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Aprendendo com Os Erros dos Santos

Aprendendo com Os Erros dos Santos

經過 Stephen Davey 參考: Genesis 9–11

Aprendendo com Os Erros dos Santos

Gênesis 9.20–11.25

Introdução

Depois do nosso estudo de hoje, o restante do livro de Gênesis cobrirá um período de apenas 350 anos; contudo, esses 3 séculos e meio compõem a maior parte do livro, lidando primariamente com as vidas dos patriarcas Abraão e José.

Hoje, ao concluirmos o capítulo 9, nos deparamos com uma passagem infeliz. Enquanto nossa meditação anterior tratou dos ingredientes da integridade, hoje veremos lições aprendidas com os erros dos santos. Infelizmente, as duas mensagens avaliam a vida do mesmo indivíduo. Conforme ficará claro, ninguém está acima da possibilidade de pecar—nem mesmo um homem de Deus como Noé.

Em Gênesis 9.20–29, encontramos o relato do que aconteceu após Noé e sua família desembarcarem da arca:

Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem. Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos. E ajuntou: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo. Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo. Noé, passado o dilúvio, viveu ainda trezentos e cinqüenta anos. Todos os dias de Noé foram novecentos e cinqüenta anos; e morreu.

O paralelo entre Adão e Noé é muito interessante. O primeiro homem a viver, Adão, pecou ao comer do fruto proibido; Noé, o primeiro homem depois do Dilúvio, também pecou ao beber do fruto da videira. Ambos os homens cairiam em pecado e, como resultado, um reconheceria sua nudez, enquanto o outro ficaria nu. Ambos receberiam cobertura das mãos de outro e, como resultado de seu pecado, ambos receberiam uma maldição. Apesar disso, nessa maldição, haveria a promessa de uma bênção.

Agora, o pecado de Noé foi duplo:

  • Primeiro, Noé ficou embriagado; bebedice é uma violação do caráter de Deus, o que fica ainda mais claro à medida em que lemos o Antigo Testamento;
  • Segundo, ele não somente ficou bêbado, mas ficou nu; ou seja, ele, em sua imoralidade que não ousamos imaginar, talvez dentro de sua tenda, tirou sua roupa após haver se embebedado.

Noé, esse homem de Deus, o pregador da justiça, se encontra, agora, bêbado e nu. Ele vergonhosamente se expôs.

Achei interessante que existem pelo menos 6 interpretações diferentes dessa passagem. A interpretação que eu adoto é a que segue literalmente o sentido das palavras hebraicas. Considero ser mais seguro fazer isso, especialmente no caso de uma narrativa como essa.

A locução verbal se pôs nu no verso 21 é a mesma construção usada nas Escrituras para o ato de se expor vergonhosamente. Não há nada espetaculoso nisso; Noé, simplesmente, ficou bêbado e tirou a roupa, quem sabe dançando imoralmente dentro de sua tenda.

A confusão surge com a atitude de Cam. Mais uma vez, várias são as interpretações para o significado do que ele fez. Alguns dizem que a expressão vendo a nudez de seu pai é uma expressão hebraica que significa deitar com sua esposa; ou seja, uma relação incestuosa com a mulher de Noé. O texto, contudo, não indica isso. Outros ainda ousam sugerir um relacionamento homossexual. Todavia, o texto não diz que Cam descobriu a nudez de Noé, mas que Noé descobriu sua própria nudez.

Então, o que Cam fez? Lemos no verso 24: Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço. Cam fez duas coisas. Veja o verso 22 novamente: Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos.

  • Primeiro, Cam viu. A palavra hebraica indica que ele observou, contemplou, assistiu. Quem sabe, talvez escondido atrás da tenda, ele ficou vendo seu pai em sua imoralidade.
  • E não somente isso, creio que o pecado mesmo veio em seguida. O verbo hebraico traduzido como fê-lo saber significa “contar com prazer.” Ou seja, Cam se divertiu com aquilo tudo.

A atitude de Cam foi não somente uma desonra a seu pai, mas, talvez, revelou em seu coração que havia repudiado a fé de seu pai.

A única coisa pior do que cometer um dado pecado, talvez, seja o deleite diabólico de observar esse pecado na vida de outro e conta-lo a outros. Por que você acha que revistas de fofoca lucram milhões todos os anos? Simplesmente, elas se satisfazem com a natureza humana caída que se deleita no lado falho da humanidade. Então, suas histórias giram em torno de brigas, divórcios, processos jurídicos, escândalos de relacionamentos e todas as demais coisas sórdidas e trágicas que acontecem na humanidade.

Então, Noé desperta de sua letargia e pronuncia uma maldição profética; veja o verso 24 novamente: Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos. Noé sabia que Cam havia zombado dele e pronuncia uma maldição profética. Essa maldição profética não diz respeito a algo que Cam ou Canaã fará, mas qual será o futuro de Cam.

Noé pronuncia a maldição e embutida nela há uma promessa. Continue no verso 26: E ajuntou: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem. Sem se tornou o pai dos semitas; é desse grupo que descende a nação de Israel. Portanto, essa é uma promessa da vinda do Messias.

Jafé é o pai das nações Indo-Europeias; Cam se tornaria o pai das nações africanas em geral, egípcias e árabes. Essas informações podem ser encontradas em outros registros e documentos seculares de antropólogos.

A propósito, nações e a noção de nacionalidade são ideia de Deus. Abra sua Bíblia em Atos; essa é uma passagem interessante. Veja os versos 17–27 onde Paulo fala sobre o “Deus Desconhecido:”

O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós;

Qual é o propósito das nações hoje? Elas são lições visuais de que eu e você, como membros de uma nação, precisamos buscar Deus e segui-lo. O que a grande Roma antiga nos ensinou? O que aprendemos com a Babilônia? Elas nos ensinam que, quando rejeitamos Deus, ele nos rejeita.

Agora, volte novamente a Gênesis 9. Existem aquele que acreditam que os africanos ou negros estão destinados à escravidão e que Deus até mesmo determinou tal maldição. Já ouvi isso da boca de pessoas que se dizem crentes.

Existe uma forma muito simples de determinar se isso é verdade ou não: leia o que o texto diz. Não quero ser sarcástico, mas é trágico que essa perspectiva, dentre muitas outras, é resultado simplesmente de falta de entendimento, até mesmo ignorância quanto ao que a Bíblia ensina.

Leia o verso 25 novamente: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos. Quem é amaldiçoado, Cam e seus descendentes? Não. Canaã é amaldiçoado, um ramo dos descendentes de Cam, não todos os descendentes de Cam. Somente um ramo é amaldiçoado e esse ramo é Canaã, o qual é o pai dos cananeus.

Você se recorda dos cananeus? Eles habitavam a terra que Deus prometeu dar a Israel. Quando Josué liderou o povo na conquista de Canaã, o que ele teve que fazer? Subjugar, derrotar quem? Os cananeus.

Dos cananeus descendem os heteus, perezeus, amorreus, jebuseus e outros. Todos esses vieram de Canaã e, de fato, deixaram de existir como nações. A maldição foi cumprida. Se existe algum grupo que herdaria essa maldição hoje, não seriam os africanos, mas os árabes que moram na Palestina.

Agora, já falei dos descendentes de Cam e Sem, mas e os de Jafé? Permita-me mencionar alguns fatos interessantes sobre seus descendentes. Em Gênesis 9.27, lemos que Deus engrandeceria a Jafé, o que significa que seus descendentes conquistariam territórios e expandiriam suas fronteiras. E foi exatamente isso o que aconteceu.

O filho de Jafé, Gômer, mencionado em Gênesis 10.2–3, é o pai dos germânicos; é daí quem vêm os alemães. Um dos filhos de Gômer é Togarma, o qual se fixou na atual Turquia. Os armênios passaram a ser chamados de “Casa de Targam.”

Especialmente interessante são os três filhos de Jafé mencionados em Gênesis 10.2: Os filhos de Jafé são: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.

Magogue, Tubal e Meseque originaram os povos nórdicos ou russos. Na verdade, Ezequiel menciona Magogue no capítulo 38 como o “príncipe de Rôs.” A palavra hebraica para “chefe” é rosh, um termo que origina a palavra “Russia.”

Agora, lembre-se que não estamos falando de milhões de anos atrás, mas de 4 mil anos atrás. Essas informações são claramente vistas nos registros relatados pelo homem e, especialmente, na tábua das nações.

As tribos de Tubal e Meseque são encontradas nos escritos do historiador grego Heródoto. Ele indicou que, na sua época, os nomes haviam desenvolvido e passaram a ser chamados de Mesken e Theobelian. Essas duas tribos subiram para o norte ao oriente do Mar Negro, penetrando o território moderno da Rússia, e hoje servem de marcas divisórias para o estado russo. Tubal é chamada hoje de Tobol no Rio Tobolsk e Mesken é Moscou no Rio Moskva.

Isso é algo fascinante. De pensar que esse é o começo daquilo que um dia se levantaria contra Israel. Deus está em total controle das civilizações e nações da terra; ele é não somente o Criador, mas é também o controlador de todas as nações.

Após a descrição da origem das nações em Gênesis 10, chegamos ao capítulo 11, ao famoso evento conhecido como Torre de Babel. Essa é uma história repleta de grandes mistérios. A humanidade documentou muito bem que astrologia, o zodíaco e a idolatria traçam suas origens a um homem chamado Ninrode e ao reino da Babilônia.

Veja onde a Babilônia começou, conforme Gênesis 10.8–10:

Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do SENHOR; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR. O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.

A expressão caçador diante do SENHOR deve ser entendida como “caçador em desprezo à face do Senhor.” Ninrode é o primeiro homem a ser chamado de “poderoso,” e o verso se refere à sua proeza de caçar, não animais, mas almas de homens que usaria para edificar o reino da Babilônia. De fato, o nome “Ninrode” significa “vamos nos rebelar.”

O pai de Ninrode, Cuxe, ouviu a maldição e disse: “Não irei me submeter a isso. Meu garotinho crescerá um dia para ser o reedificador de uma nação.” Assim, chegamos a Ninrode.

Veja Gênesis 11.1–3:

Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa.

O verso seguinte é uma clara violação à ordem de Deus que lemos no capítulo 9: a de que o homem deveria se multiplicar e encher a terra. Veja o verso 4: Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus.

A expressão até aos céus é melhor entendida como “acima, superior aos céus.” Esse é, portanto, o sistema religioso desse povo; eles substituem Deus. Essa torre ultrapassará os céus; essa é a sua declaração. Continue no verso 4: e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.

Essa torre foi um monumento erigido para simbolizar sua rebelião contra a ordem de Deus. Arqueólogos escavaram essas torres, os chamados zigurates, e descobriram que, no teto dessas torres, havia altares e salas dedicadas à adoração dos signos do zodíaco. Eles até encontraram os signos do zodíaco pintados e desenhados nas paredes. Dessa maneira, o que temos hoje na astrologia moderna não é nada moderno. Suas raízes voltam a um dos maiores atos de rebelião que Deus um dia suprimiria, conforme vemos neste capítulo.

Deixe-me ler o que um especialista no assunto escreveu. Ele afirma que o texto fala dos telhados de torres como sendo dedicados aos céus como um lugar de adoração. Então, astrologia, que foca no estudo do zodíaco, originou-se na Babilônia. Se você pegar qualquer livro de astrologia, lerá que a prática começou com os caldeus, o que não passa de outro nome dado aos habitantes da Babilônia. Os caldeus foram os primeiros a desenvolver o zodíaco ao dividir o céu em partes e dando significados a cada parte com base nas estrelas ali encontradas. Em seguida, eles disseram que o destino de um dado indivíduo era determinado pela parte ou signo no qual se encontra.

A propósito, você sabe qual é seu signo? Creio que cada um de nós, num dado momento ou outro de nossas vidas, tropeçou nesse conhecimento, o qual aponta diretamente para aquele momento de rebelião contra Deus na antiguidade.

Da Babilônia, a astrologia foi repassada para o antigo Egito, onde misturou-se com animismo e politeísmo. As pirâmides foram construídas relacionadas matematicamente às estrelas. A grande esfinge—um monumento enorme que ainda está de pé no Egito hoje—possui significância astrológica. Ela tem a cabeça de uma mulher, que simboliza Virgem, e um corpo de leão, que simboliza Leão. A esfinge, portanto, que em grego significa “junta,” é o ponto de encontro do zodíaco. Ela simboliza, com efeito, que ela é o começo e o fim, como que dizendo: “Nossa religião é eterna. Ela é o alfa e o ômega, o princípio e o fim.”

A falsa religião, mesmo nos dias antigos de Ninrode, já buscava obliterar o verdadeiro começo e fim. É interessante que, quando Jesus Cristo vier reinar, ele declarará, conforme lemos em Apocalipse 21 e 22, que ele é “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.”

Então, eu o advirto que, se lê e segue os horóscopos, pare; essa prática é perigosa e traça suas origens à idolatria da Babilônia.

A fim de acabar com os desígnios pecaminosos daquela geração, Deus confunde sua linguagem. Veja Gênesis 11.5–9:

Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.

O propósito de Deus era, precisamente, espalhar o povo pela terra. Ele disse: “Não quero que vocês formem um governo mundial com uma cidade governando o mundo inteiro. Quero que vocês se espalhem e formem as nações que eu mesmo projetei.”

Então, Deus desceu e resolveu o problema criando o que até hoje continua sendo uma barreira: idiomas. Existe grande dificuldade na comunicação dos povos. E esse problema é tão sério que Deus profetizou por meio de Sofonias:

Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo consenso (Sofonias 3.9 ARC).

É incrível pensar que, no futuro, adoraremos a Deus com a mesma linguagem.

Aplicação

Permita-me, agora, destacar algumas lições práticas que emergem dessa passagem. Enquanto estudava para esta mensagem, uma coisa ficou clara: se nós tivéssemos escrito a Bíblia, teríamos deixado de fora os pecados dos patriarcas. Deus não faz isso, o que é outra prova de que foi Deus quem determinou o conteúdo das Escrituras. Deus quer que aprendamos não somente com os acertos, mas com as falhas dos grandes homens do passado também. Portanto, deixe-me mencionar algumas lições que aprendemos com o pecado de Noé.

  • Primeiro: o crente jamais está imune ao pecado.

Noé tinha 600 anos quando veio o dilúvio; até então, viveu seis séculos em retidão. Daí, nos últimos dias, mancha seu histórico. Algo semelhante aconteceu também com Moisés, o qual tomou para si glória que pertencia a Deus, e Davi, o qual caiu em imoralidade.

  • Isso me conduz à segunda lição: sucesso no passado não garante segurança do pecado no futuro.

Os sucessos do passado não nos vacinam contra o fracasso. Satanás não diz: “Olha, ele se comportou muito bem na semana passada. Não o incomodaremos hoje.” Não. A tentação ao pecado persiste até o túmulo.

  • A terceira lição é: pequenas tentações são, com bastante frequência, as mais perigosas.

Veja Noé, o pregador da justiça. Ele disse “não”  à imoralidade por 120 anos. Por sim, depois de tomar uma garrafa de vinho caseiro, se rende à imoralidade. Foi uma tentação pequena, mas a mais perigosa. Talvez seja quanto a isso que somos advertidos em 1 Coríntios 10.12: Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. Cuidado com as pequenas coisas.

  • A quarta lição é: tentações constantemente mudam de roupagem.

Quando você finalmente domina certa tentação, outra surge em sua vida. Entretanto, apesar de mudarem de roupagem, todas as tentações, no fundo, fazem a mesma pergunta: “Você seguirá a voz de quem: de Deus ou do mundo, da carne e do diabo?”

  • Quinto: o pecado jamais afeta apenas o pecador que o pratica.

Esse é provavelmente um dos aspectos mais trágicos do pecado. Ele nunca afeta a vida apenas do pecador que o pratica. Aquele pecado o impede de ser o marido, pai e crente que deveria ser. Alguém perde quando eu e você fugimos do plano de Deus para nós.

Alguém escreveu: “O pecado é como aquela pedrinha que você joga no meio de um lago. Apesar de ela atingir apenas um lugar, seus efeitos se estendem até as margens.”

  • A sexta lição é: o crente nunca tem uma justificativa para pecar.

Conforme lemos em 1 Coríntios 10.13, Deus nos providencia livramento.

  • Sétima lição: Deus jamais ignora o pecado.

Deus nunca ignora o pecado, até mesmo na vida de um crente. Deus não tem favoritos. O pecado sempre trará culpa, não importa quem você seja. A culpa pode gerar perda de alegria e de comunhão; muitas são as consequências.

Agora, eu e você também nos identificamos com Noé num aspecto positivo. Existem semelhanças que residem em nossa natureza pecaminosa. Deixe-me mencionar duas lições positivas que aprendemos com nossa natureza pecaminosa. Deus pode usar nossa consciência de que temos uma natureza pecaminosa para realizar duas coisas.

  • Primeiro: Deus pode usar nossa condição pecaminosa para desenvolver em nós maior apreço pela nossa posição em Cristo.

Paulo clamou a Deus em Romanos 7.19, 24:

Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço... Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?

A expressão corpo desta morte se refere a um costume romano no qual um homicida era crucificado com o corpo de sua vítima amarrado ao seu; ele carregava o corpo de sua vítima até a cruz amarrado nos pulsos, pernas e cintura, e ambos eram colocados na cruz. O homicida morria uma morte terrível com o rosto colado ao de sua vítima.

Paulo diz: “Quem me livrará desse homem velho perverso, essa velha natureza amarrada a mim?”

Paulo tinha consciência de seu pecado e ele conclui no verso 25 e no capítulo 8.1:

Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor... Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

  • Segundo: Deus pode usar nossa consciência de pecado não somente para desenvolver apreço pela nossa nova posição em Cristo, mas também para desenvolver gratidão à obra de Cristo em nós.

Lemos em 2 Coríntios 5.17:

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

E em Filipenses 1.6:

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.

Deus trabalha em nós; nossa natureza pecaminosa é uma lição. O motivo por que nos sentimos tão miseráveis em nosso pecado é que Jesus Cristo coloca em nós o sentimento de culpa; nosso relacionamento com ele nos ajuda a enxergar nossa perversidade. E graças a Deus por isso. É perigoso não ter consciência de pecado.

Você fracassa? Sim. Você peca? Sim.  Mas sabe que seus pecados foram perdoados porque entregou sua vida a Jesus Cristo.

Essa é a vida de Noé—um santo e um pecador. Ele fracassou? Sim. Ele pecou? Sim.  E Deus nos forneceu esse relato para o nosso aprendizado. Contudo, o epitáfio que Deus deu a Noé foi o seguinte em Hebreus 11.7: Pela fé, Noé... se tornou herdeiro da justiça que vem da fé. Nós, também, temos a justiça de Deus porque fomos à cruz de Jesus Cristo.

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Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 06/11/1988

© Copyright 1988 Stephen Davey

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