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O Teste da Prosperidade

O Teste da Prosperidade

經過 Stephen Davey 參考: Genesis 41

O Teste da Prosperidade

Gênesis 41

Introdução

Se você tem acompanhado nossos últimos estudos, então sabe que a vida de José tem sido um furacão de reveses. Pelo fato de ser o filho preferido do pai Jacó, seus irmãos agem maliciosamente contra ele em inveja e o vendem a uma caravana de ismaelitas. José finda como escravo no Egito servindo na casa do oficial Potifar. Ele é promovido e recebe grandes responsabilidades. Mas, daí, a esposa de Potifar tenta seduzi-lo. Por recusar suas propostas sensuais, ela lhe arma uma cilada e José acaba preso injustamente.

Dentro da prisão, José alcança o favor do carcereiro e passa a trabalhar no cárcere, apesar de ainda estar preso. Enquanto cumpre sua pena, o copeiro e o padeiro de Faraó são lançados na mesma cela que a sua. Num belo dia, esses dois homens têm sonhos; José interpreta os sonhos, dizendo que o copeiro será absolvido e o padeiro decapitado. E ele diz ao copeiro: “Quando você sair daqui, lembre-se de mim. Diga ao Faraó que eu fui acusado injustamente. Por favor, faça o que puder por mim, pois eu interpretei seu sonho. Me tire daqui!” Entretanto, conforme lemos nas últimas palavras do capítulo 40, o copeiro se esqueceu de José.

Vamos voltar um pouco e ler Gênesis 40.20: No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó. Três dias após os sonhos do copeiro e do padeiro, chega o aniversário de Faraó. Críticos e céticos afirmam o seguinte: “Essa referência ao aniversário de Faraó é evidência de que o Pentateuco foi escrito muitos anos depois do acontecido, já que o povo da época de Faraó não comemorava aniversários.” E aqui vemos no verso 20 essa festa de aniversário. Os céticos dizem que isso é prova de que alguém vivendo séculos após o acontecido escreve a narrativa.

Entretanto, Deus permitiu que Napoleão descobrisse a Pedra de Roseta, a qual serviu de chave para paleógrafos e arqueólogos desvendarem a escrita egípcia antiga chamada “hieróglifos.” O interessante é que a Pedra de Roseta fala de um decreto pronunciado na ocasião da festa de aniversário de Faraó! Portanto, existe evidência arqueológica para festas de aniversários nos dias dos Faraós.

Então, estamos na festa de aniversário de Faraó três dias após os sonhos do copeiro e do padeiro; e o copeiro já esqueceu de José. Como isso é possível? De fato, esse homem simplesmente esqueceu.

Mas o que está acontecendo nos bastidores realmente? Havia um Deus soberano que sabia que a hora de soltar José ainda não havia chegado; ele ainda tinha dois anos de preparação na prisão antes de sair dali para se tornar um poderoso no império. Deus não tinha terminado seu trabalho com José; ele estava refinando José como ouro, assim como Deus fez com Jó (Jó 23.10). Trata-se do desenvolvimento interno de caráter que se torna valioso, precioso.

Em certo sentido, Deus passaria mais dois anos na prisão enquanto José foi esquecido. A. W. Tozer escreveu o seguinte:

É incerto se Deus usa alguém poderosamente sem antes machucá-lo profundamente. Ali naquela masmorra por um período de dois anos, Deus, de certa forma, fere, desenvolve e amadurece José para que ele saia dali de dentro pronto para o cargo de primeiro ministro do Egito.

Os Sonhos de Faraó

Vamos ver, agora, o que acontece no capítulo 41; veja os versos 1–8:

Passados dois anos completos, Faraó teve um sonho. Parecia-lhe achar-se ele de pé junto ao Nilo. Do rio subiam sete vacas formosas à vista e gordas e pastavam no carriçal. Após elas subiam do rio outras sete vacas, feias à vista e magras; e pararam junto às primeiras, na margem do rio. As vacas feias à vista e magras comiam as sete formosas à vista e gordas. Então, acordou Faraó. Tornando a dormir, sonhou outra vez. De uma só haste saíam sete espigas cheias e boas. E após elas nasciam sete espigas mirradas, crestadas do vento oriental. As espigas mirradas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó. Fora isto um sonho. De manhã, achando-se ele de espírito perturbado, mandou chamar todos os magos do Egito e todos os seus sábios e lhes contou os sonhos...

Perceba que esses magos compõem a seleção dos homens mais sábios do Egito. Essa é, a propósito, a mesma classe de magos que Moisés enfrentará no livro de Êxodo. O título de sábios pode ser entendido como homens de leitura, conhecedores. Ou seja, eles conheciam bem os escritos egípcios.

Os magos eram bem versados no ocultismo; seu poder fica manifesto no encontro com Moisés quando evidenciam atuar pelo poder de Satanás. Eles eram sábios nas questões do inferno, do mundo demoníaco. Eles também eram treinados para interpretar os significados de sonhos. Se alguém saberia, seriam eles.

A verdade é que, quando lemos esses sonhos, podemos até “dar um chute” e fornecer uma interpretação razoável: parece que haverá 7 anos de coisas boas e 7 anos de coisas ruins. Isso faz sentido. Entretanto, Deus fecha as mentes desses sábios e eles não conseguem oferecer uma interpretação plausível ao Faraó. Veja o final do verso 8: mas ninguém havia que lhos interpretasse.

É aqui que o copeiro finalmente abre a boca; lemos no verso 9: Então, disse a Faraó o copeiro-chefe: Lembro-me hoje das minhas ofensas. Em outras palavras, “Desculpe-me, Faraó, mas eu esqueci de algo que creio que ajudará.” E ele continua nos versos 10–13:

Estando Faraó mui indignado contra os seus servos e pondo-me sob prisão na casa do comandante da guarda, a mim e ao padeiro-chefe, tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos, e cada sonho com a sua própria significação. Achava-se conosco um jovem hebreu, servo do comandante da guarda; contamos-lhe os nossos sonhos, e ele no-los interpretou, a cada um segundo o seu sonho. E como nos interpretou, assim mesmo se deu: eu fui restituído ao meu cargo, o outro foi enforcado.

As Interpretações de José

Agora, dois anos depois, Deus traz à memória do copeiro aquele acontecido na prisão envolvendo o jovem hebreu. Lemos nos versos 14–15:

Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó. Este lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo.

Imagine que você é José nesse momento. Passou dois anos na prisão por causa de uma falsa acusação. Essa é sua grande oportunidade. Em certo sentido, esse é sua chance no tribunal de provar sua inocência. Creio que as minhas primeiras palavras seriam: “Se você me tirar da prisão, interpreto os sonhos.”

Ou talvez, José tivesse passado os últimos dois anos em amargura, determinando se vingar quando saísse dali, a primeira coisa que exigiria seria vingança. Mas veja o que ele diz no verso 16: Não está isso em mim, ou seja, não sou eu que interpreto os sonhos. José não toma para si crédito nenhum. Tudo o que tinha feito viera de Deus. Ele diz no verso 16: Não está isso em mim; mas Deus dará resposta favorável a Faraó.

Gosto muito dessa cena. Lá estão no palácio todos os magos e sábios do Egito; o Faraó encontra-se em seu trono e, no meio de tudo isso, o escravo hebreu diz: “Elohim te dará a interpretação.”

Como sabemos, o Egito era um país idólatra com uma miríade de deuses. E José diz: “Elohim, o Deus dos céus, revelará a interpretação.” Faraó deve ter simplesmente ignorado o que José disse primeiro e conta os sonhos nos versos 17–24. Leia os versos 25–31 onde José interpreta os sonhos:

Então, lhe respondeu José: O sonho de Faraó é apenas um; Deus manifestou a Faraó o que há de fazer. As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um só. As sete vacas magras e feias, que subiam após as primeiras, serão sete anos, bem como as sete espigas mirradas e crestadas do vento oriental serão sete anos de fome. Esta é a palavra, como acabo de dizer a Faraó, que Deus manifestou a Faraó que ele há de fazer. Eis aí vêm sete anos de grande abundância por toda a terra do Egito. Seguir-se-ão sete anos de fome, e toda aquela abundância será esquecida na terra do Egito, e a fome consumirá a terra; e não será lembrada a abundância na terra, em vista da fome que seguirá, porque será gravíssima.

A interpretação de José vai direto ao ponto e é verdadeira. Talvez se você tivesse sido sequestrado, vendido como escravo e lançado num calabouço injustamente, diria: “E é o seguinte, Faraó: eu quero é que o Egito apodreça mesmo. Não me importaria.”

Entretanto, o que lemos em seguida é incrível. Veja o que José diz no verso 33:

Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito.

Gosto do fato de José adicionar o termo ajuizado ou “com discernimento.” Faraó tinha seus sábios, mas uma pessoa que possui discernimento consegue enxergar o problema e a solução. José recomenda uma solução nos versos 34–36:

Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura. Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não pereça de fome.

“É assim que você conseguirá sobreviver a essa fome, Faraó.” Agora, fiquei me perguntando: “Mas como José saiu com esse plano ali na hora?” Da última vez em que vimos José em liberdade, ele cuidava de ovelhas, filho de um imigrante numa terra estranha. Agora, com 30 anos, ele entra no palácio do Faraó e diz: “Faraó, aqui está o problema. Agora, deixe-me oferecer uma solução que vem em três partes. Precisamos de um centro administrativo, de um sistema de segurança e de um plano de distribuição.” Inacreditável!

A Promoção de José

Faraó deve estar pensando: “Creio nessa interpretação. Mas onde encontrarei alguém capaz de enxergar um problema e fornecer uma solução desse jeito?” No verso 38, Faraó diz aos seus magos e sábios:

Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?

Agora, Faraó não se refere aqui ao Espírito Santo; ele não é um crente. Ele diz: “em quem habitam os espíritos dos deuses.” Faraó sente que existe algo diferente nesse jovem; Deus é parte integrante de sua vida e esse Deus lhe deu discernimento. Como seria bom se o mundo conseguisse ver o mesmo em nós hoje!

Continue nos versos 39–40:

Depois, disse Faraó a José: Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu. Administrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu.

Agora, o que será que o restante do Egito achará disso? A notícia se espalhará rapidamente que um escravo imigrante foi colocado na posição de primeiro ministro. As pessoas em geral pensariam que José subornou alguém, que ele tinha contatos no palácio; ninguém pensaria que Deus agia nos bastidores. E apesar de o plano de José parecer excelente aos olhos de Faraó, não seria interessante a nós, o povão. José sugere aqui que Faraó cobre um imposto de um quinto da produção agrícola de todos os habitantes pelos próximos sete anos. José sugere aumento nos impostos. As pessoas dirão: “Por qual motivo, Faraó, você faz isso?” E o rei responderia: “Bom, eu tive um sonho e esse escravo hebreu me contou o significado.”

Precisamos entender que a promoção de José veio com tremendos riscos. Sim, ele se tornou o primeiro ministro, mas garanto que ele foi odiado por muitos.

Após promover José, veja o que o Faraó diz nos versos 41–42:

Disse mais Faraó a José: Vês que te faço autoridade sobre toda a terra do Egito. Então, tirou Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro.

O anel de sinete era símbolo de poder; era com ele que se selava correspondências e documentos oficiais sobre cera; era com ele que se comprava e vendia em nome da corte. José não prestaria contas a ninguém. As roupas falavam da posição de realeza agora ocupada por José. Ele passou a ser o segundo em autoridade sobre toda a terra do Egito.

Aplicação: O Maior Teste de José

É impossível não imaginar o que se passava na cabeça de José. Poucas horas antes, ele estava catando comida na prisão, vestindo roupas velhas e imundas, com os pés acorrentados. Agora, ele está vestido de roupas finas, comendo dos melhores manjares, sendo tratado pelos melhores médicos do mundo e com um anel de sinete no dedo. José andará de carruagem e diante dele escravos se prostrarão.

Nós iríamos gostar de ser primeiro ministro no Egito. Em nossa carne, adoraríamos a ideia de não ter que prestar contas a ninguém, nunca ter que pedir dia de folga, aumento de salário, etc. As pessoas é que prestariam contas a nós. Estaríamos no topo!

Meu amigo, o que você acha que José diria se lhe perguntássemos: “José, qual foi o maior teste em sua vida?” Apesar de a traição por parte dos irmãos e as tentações por parte da esposa de Potifar terem sido testes difíceis, creio, sinceramente, que o maior teste que José encarou foi o da prosperidade, essa posição na qual agora se encontra, a autoridade que agora possui com esse cargo.

Por que a prosperidade é um teste tão difícil? Vivemos numa sociedade que revolve em torno do “eu quero.” Temos mais, mas queremos mais. Acho que não estamos cientes de como esse teste é comum a nós hoje. Por que prosperar é algo tão perigoso? Alguém escreveu: “Enquanto 100 homens conseguem suportar as adversidades, somente 1 vence a prosperidade.” Por que?

Deixe-me mencionar três motivos por que a prosperidade é um teste tão difícil para nós.

  • Primeiro porque a prosperidade tende a eliminar a necessidade da fé.

Em Deuteronômio 8, lemos um alerta severo aos filhos de Israel, um alerta que precisamos sempre carregar conosco. O povo está prestes a possuir a terra; eles teriam entrado, caso não tivessem duvidado das promessas de Deus. Lemos a advertência em Deuteronômio 8.11–18:

Guarda-te não te esqueças do SENHOR, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno; para não suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas; depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração, e te esqueças do SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão, que te conduziu por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e de secura, em que não havia água; e te fez sair água da pederneira; que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem. Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê.

Palavras poderosas! Parece que nos lembramos de Deus somente quando passamos por necessidades. Existe algo precioso na adversidade. Por que? Porque ela promove confiança em Deus e não nos deixa esquecer dele. Em meio à prosperidade, todavia, temos a tendência natural de nos esquecer de Deus e de não confiar nele.

  • A prosperidade é um teste difícil não somente porque tende a eliminar a necessidade de fé, mas também, em segundo lugar, porque a falta de fé enfraquece o caráter.

Quando se elimina a fé, o caráter enfraquece. São as adversidades que fortalecem o sangue e solidificam o caráter moral.

Saindo do primeiro e indo para o último livro da Bíblia, vemos em Apocalipse 3 o exemplo de uma igreja na qual isso aconteceu—a fé se foi e levou consigo o caráter. Isso serve de alerta para mim e para você, tanto como indivíduos como igreja. Veja Apocalipse 3.14–17:

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

Em meio à prosperidade, a igreja de Laodicéia se esqueceu de Deus. O que aconteceu? Seu caráter ficou tépido e a igreja perdeu sua eficácia. Quando se elimina fé, o caráter enfraquece, e isso, por sua vez, reduz a eficácia de nosso ministério, quer como indivíduos, quer como igreja.

Agora, como sabemos, com base em Gênesis 41, que José não se esqueceu de Deus durante tempos de prosperidade? O texto nos fornece uma evidência clara de que ele não se esqueceu de Deus.

Observe os nomes que José dá aos seus dois filhos. A fim de que o povo egípcio aceitasse José mais facilmente como seu líder, o Faraó dá a José uma esposa egípcia e um nome egípcio. No entanto, quando José tem dois filhos, ele decide cria-los conforme os valores e princípios de seu povo. Lemos nos versos 50–52:

Antes de chegar a fome, nasceram dois filhos a José, os quais lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. José ao primogênito chamou de Manassés, pois disse: Deus me fez esquecer de todos os meus trabalhos e de toda a casa de meu pai. Ao segundo, chamou-lhe Efraim, pois disse: Deus me fez próspero na terra da minha aflição.

Como sabemos que José não se esqueceu de Deus? Por causa dos nomes que deu aos seus dois filhos; foram nomes em honra a Deus. Note que os dois nomes, Manassés e Efraim, significam “Deus me fez.” José tinha Deus, Deus, Deus na ponta de sua língua! José não tomou para si crédito algum por tudo de bom que lhe havia acontecido.

Deixe-me fazer outra pergunta como aplicação: qual foi a chave para José conseguir passar no teste dificílimo da prosperidade? Foi a seguinte: José foi bastante cauteloso em respeitar a glória de Deus, a posição de Deus e a autoridade de Deus. Ou seja, José sabia o seu lugar e ele sabia o lugar de Deus em sua vida.

Entre os dois extremos da adversidade e da prosperidade, existe uma palavrinha: integridade. E é esse tipo de caráter que reconhece Deus em todas as circunstâncias, quer boas ou ruins. O indivíduo de caráter íntegro jamais toma crédito para si, mas rende tudo a Deus; ele jamais se olha no espelho e admira seu próprio reflexo; ele dá toda a glória e reconhecimento a quem pertence por direito: a Deus. José era um homem de integridade.

Conclusão

Mas o que aconteceu com as interpretações que José deu aos sonhos de Faraó? Elas se tornaram realidade. Veja os versos 53–54:

Passados os sete anos de abundância, que houve na terra do Egito, começaram a vir os sete anos de fome, como José havia predito; e havia fome em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão.

Permita-me adicionar um detalhe a esse respeito. Conforme mencionei no nosso encontro anterior, José é uma ilustração de Jesus Cristo. Existem, talvez, mais de cem maneiras como ele ilustra Cristo. Muitos acreditam que o nome egípcio de José, Zafenate-Paneia, significa “Salvador do mundo.” Além disso, é interessante que, quando a fome assola a terra, veja o que acontece no verso 55:

Sentindo toda a terra do Egito a fome, clamou o povo a Faraó por pão; e Faraó dizia a todos os egípcios: Ide a José; o que ele vos disser fazei.

Isso é incrível! Semelhantemente, existe uma fome espiritual em nosso mundo. Os pecadores morrem famintos pela verdade. E o que dizemos a todos? Vão, corram para Jesus Cristo; ele os alimentará; ele fornecerá o mantimento necessário!

Talvez existe uma fome em sua alma neste exato momento. Você jamais correu ao Salvador do mundo. Corra para ele!

Imagino que, a essa altura na vida de José, ele poderia ter se sentado, se reclinado em sua poltrona e dito ao Faraó: “Está vendo? Eu disse para você que isso aconteceria...” José está muito além desse ponto, e isso porque Deus o feriu, Deus o quebrantou, Deus forjou seu caráter nos anos anteriores. Agora, como primeiro ministro, ele possui o mesmo caráter que tinha quando era um simples prisioneiro. Ele não estufa o peito; ele não empina seu nariz. Ele ainda é um homem compassivo e que se importa com as pessoas.

Algo maravilhoso aconteceu na vida de José: Deus criou ouro. Ouro é a qualidade de um caráter puro; é a qualidade de um caráter que, nos dias de José e hoje também, é raro.

Você tem essa qualidade de caráter? Você reconhece a glória de Deus? Você dá a Deus honra e louvor por tudo o que acontece em sua vida, mesmo quando prospera? O mundo nota isso rapidamente, assim como notou nos dias de José. No fim, eles irão a você em busca de resposta. Daí, você poderá direcioná-los ao Salvador do mundo e dizer: “Vá para Jesus Cristo!”

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