
Dançando no Titanic
Dançando no Titanic
Depois das Trevas, Luz—Parte 7
1 João 2.15–17
Introdução
Foi no dia 14 de abril de 1912 quando partiu o navio conhecido como a “cidade flutuante.” Ele partiu da Inglaterra em direção à cidade de Nova Iorque. Desde então, essa enorme embarcação tem cativado a atenção de cada geração como o navio mais luxuoso já projetado e construído pela inteligência e opulência do ser humano.
O Titanic foi projetado para ser a palavra final no assunto de conforto e luxo, sendo equipado com ginásio, piscina, bibliotecas, restaurantes finos e salões luxuosos com móveis de cerejeira.
O navio foi construído, também, com os dispositivos de segurança mais avançados da época, como casco duplo com 16 compartimentos impermeáveis—inclusive com portas à prova de água acionadas à distância—um sistema poderoso de telégrafos para operações e a mais moderna tecnologia marítima. Muitíssimo confiante de que a era inafundável, a embarcação carregava botes salva-vidas para apenas 1/3 de sua tripulação e passageiros.
Foi no dia 14 de abril, pouco mais de um século atrás, que o Titanic começou a se aproximar das geleiras do Atlântico Norte.
Às 11h da noite, a tripulação visualizou icebergs do tamanho de montanhas de gelo; ordens frenéticas foram dadas para que revertessem o motor e mudassem a direção do navio para voltar ao porto, a fim de se desviar de um iceberg logo adiante.
Apesar de conseguirem evitar um choque frontal, o navio ainda resvalou sua lateral contra o gelo; era 11:40 da noite quando o gelo debaixo da água cortou o casco de metal do navio como uma faca corta manteiga.
Gelos pontiagudos abriram buracos pequenos com largura de menos de 1 cm, 30 metros ao longo do casco. 5 dos 16 compartimentos impermeáveis começaram a encher de água.
Eva Hart tinha 7 anos de idade na época e passou a vida inteira envolvida no assunto, compartilhando seu testemunho sobre a tragédia e lembrando da jornada. Numa entrevista, ela afirmou que ela e sua mãe estiveram entre os sortudos que conseguiram embarcar em 1 dos 20 botes salva-vidas. Ela falou sobre homens e garotos corajosos que ajudavam mulheres e crianças a embarcar em segurança, e também sobre alguns homens bem vestidos que tentavam enganar as pessoas.
Eva e sua mãe embarcaram em segurança no bote de número 14. As últimas palavras de seu pai foram: “Segure a mão da mamãe e seja uma boa menina.” Eva nunca mais viu seu pai.
Quando foi entrevistada vários anos atrás, ela disse que ainda conseguia se recordar vividamente do navio afundando. Eva se lembra das bandeiras, das cores, dos barulhos, dos tiros de fumaça vermelha dados ao ar que pediam socorro, mas que não foram atendidos por outro navio que passava por perto. E Eva contou que ainda se lembrava que a banda do navio, em meio à loucura, tocava o hino Mais Perto Quero Estar.
De seu bote, ela viu o navio na posição vertical e se quebrando ao meio com estrondos e explosões. Em seguida, ela disse, “houve um silêncio profundo, como se o mundo inteiro tivesse parado.”
1522 pessoas morreram naquela noite quando o inafundável Titanic afundou.
Após o desastre, muitas pessoas ficaram profundamente emocionadas, percebendo como haviam chegado perto da morte. J. P. Morgan tinha comprado um bilhete de primeira classe—a cabine havia sido projetada conforme suas especificações e com uma varanda com vista para o mar. Contudo, de última hora, ele mudou de ideia. Milton Hershey, da fábrica de chocolate Hershey, também havia comprado um bilhete para fazer parte da história, mas, na noite anterior, sua esposa adoeceu gravemente e ele decidiu ficar em casa cuidando dela.
Agora, você consegue imaginar alguém, por causa do luxo ou da fama, comprando um bilhete no Titanic, ou recebendo um como presente, mesmo sabendo o que aconteceria? Na economia de hoje, um bilhete em primeira classe custou 75 mil dólares.
Se estivesse viajando de primeira classe no Titanic, você era alguém importante. Todavia, se soubesse que ele afundaria, provavelmente não pagaria nem 75 centavos por um bilhete. Na verdade, você não entraria nem que pagassem.
Em diversas ocasiões, os apóstolos fornecem a motivação ou o incentivo para o crente amar e viver para Deus. Uma motivação para vivermos uma vida de obediência pode ser a gratidão por termos sido salvos pela fé somente (Efésios 2.8–9). Dentre os incentivos, podemos mencionar:
- A futura recompensa do crente ao comparecer diante de Cristo (2 Timóteo 4.8);
- O fato de Cristo voltar a qualquer momento para levar o crente (1 Tessalonicenses 1.10);
- O fato de nossas vidas poderem terminar repentinamente (Tiago 4.13–15). Assim, como Jonathan Edwards, resolvemos não fazer nada que nos envergonharia, caso fosse nosso último ato sobre a Terra.
Todos esses são incentivos e motivações piedosos. Entretanto, às vezes, o Espírito de Deus nos motiva por meio da Palavra de Deus a investir nossas vidas na glória do Senhor simplesmente porque todos os demais investimentos serão um desperdício. Embarcar num navio em sua vida que não é o navio da glória e vontade de Deus é embarcar num navio que nunca chegará ao seu destino.
E esse é, basicamente, o incentivo que o apóstolo João fornece em sua primeira carta aos crentes do século primeiro. João escreve em 1 João 2.15–17:
Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
Talvez você tenha percebido que esse parágrafo começa com uma proibição—não ameis o mundo—e termina com uma promessa—aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
Entre a proibição e a promessa, encontra-se o motivo que João fornece para obedecermos à proibição e navegarmos em direção à promessa. E a motivação de João vem na forma de três alertas.
Três Alertas
- O primeiro alerta é: amar o mundo revela sua verdadeira disposição.
Veja o verso 15:
Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.
É possível ler isso e se encher de temor ao pensar: “E agora?! Acho que amo o mundo. Então, não sou crente.”
Tipo, você gosta de fazer compras no shopping e isso está no mundo; eu gosto das minhas férias na praia e isso está no mundo; eu estudei na melhor universidade da região e ela é um tanto mundana; eu gosto de ficar ao ar livre a apreciar a natureza—estou amando o mundo! Então, será que isso significa que não amamos a Deus?
Vá com calma. Sobre o que João realmente fala aqui? O apóstolo fala do mundo no decorrer de suas cartas, e o termo pode se referir a 1 de 3 realidades. O termo grego para “mundo,” kosmos, pode indicar, primeiramente, algo bem organizado, tendo em vista a ordem da criação estabelecida por Deus. De fato, é desse termo kosmos que derivamos nossa palavra “cosmético,” ou “bem ornamentado.”
Em segundo lugar, a palavra kosmos pode ser empregada para falar do mundo da humanidade. Essa é a ideia, por exemplo, quando João escreve que Deus amou ao mundo; João não se refere às montanhas, árvores ou planetas, mas à raça humana, à população mundial.
Em terceiro lugar, João usa o termo komos para se referir ao sistema mundial e esse uso geralmente tem conotação negativa. Ele fala deste mundo com seus valores sem Deus, ambições anti-Deus e prazeres que negam Deus. Trata-se, nesse caso, do sistema mundial caído que, na realidade, é encabeçado e guiado pelo maligno (1 João 5.9).
E essa é a ideia que João tem em mente aqui em 1 João 2. Ele usa o termo kosmos 6 vezes em 3 versos.
O apóstolo Paulo também usa o termo para falar da sabedoria do sistema mundial (1 Coríntios 1.10); tanto João como Paulo se referem ao sistema mundial que nega a autoridade de Deus e do Evangelho de Cristo.
Então, podemos parafrasear o verso 15 da seguinte forma: “Não ame o sistema mundial que rejeita Jesus Cristo; pois como alguém pode amar o mundo ímpio e, ao mesmo tempo, dizer que ama Deus o Pai?”
E João, a propósito, esclarece ainda mais ao usar a palavra agape para “amar” e “amor:” não agape/ame o mundo.
Agape é a palavra para o compromisso fiel dedicado e sacrificial ao objeto de seu amor; essa é a direção e disposição do seu coração.
Então, amar o sistema mundial governado por valores ímpios e afirmar amar Deus ao mesmo tempo é uma disposição paradoxal. Isso se assemelha a um policial que diz que adora seu trabalho de manter a ordem e cumprir a lei, mas, ao mesmo tempo, afirma que adora a máfia e que deseja ver os traficantes de droga tendo êxito em seus negócios.
Alguém aqui está confuso; não se pode amar os dois. Que crente genuíno diria: “Eu amo o Senhor, mas também gosto do mundo controlado por Satanás e que nega Deus”?
Esse amor, na verdade, revela a verdadeira disposição de seu coração.
- O segundo alerta que o apóstolo João dá é: amar o mundo promete desilusões capciosas.
É neste ponto que João vai mais a fundo em sua definição de sistema mundial e nos motivos por que o crente luta contra suas tentações e agoniza em batalhas vencidas e perdidas.
Por que o crente luta contra o mundo nesse sentido? Porque ele enxerga o sistema mundano como estando tragicamente perdido e ficamos decepcionados quando agimos como ele.
Porque sabemos que, a despeito de suas conquistas, a raça humana perdeu seu propósito; ela é incapaz de glorificar a Deus como o Criador projetou inicialmente. De fato, vemos o mundo como uma massa de seres humanos embolados em pecado e caminhando em direção à calamidade eterna.
A jornada pode incluir refeições suntuosas, cabines de primeira classe e um céu azul ensolarado, mas o navio está afundando... ele irá afundar.
Então, João descreve as desilusões da humanidade em sua jornada pela vida. Ele escreve no verso 16: “O sistema mundial gira em torno de três desilusões.”
- A concupiscência da carne.
João usa a palavra concupiscência aqui de forma genérica; ou seja, ele inclui nela todo desejo possível que você consiga imaginar que viola os limites da pureza e projeto de Deus. Esse é o “pacote completo” dos desejos pecaminosos.
A palavra carne se refere ao “eu:” uma orientação centralizada em si mesmo que busca atingir seus próprios fins, conforme definiu um autor, numa independência autossuficiente de Deus.
E é exatamente isso. A concupiscência da carne deseja fazer aquilo que bem quiser e rejeita qualquer tipo de restrição moral. Poderíamos traduzir essa expressão da seguinte forma: “os anseios básicos do coração humano.” Um autor afirmou que esses desejos básicos pervertem e distorcem todos os desejos normais e enviam a humanidade numa busca insaciável pelo mal e que não satisfaz.
E você pode perceber que, se questionar ou desafiar as pessoas quanto às decisões morais que tomam, muitas delas defenderão sua independência moral com o argumento da criação. Você já notou isso?
Eu já ouvi pessoas entregues às paixões sexuais da carne dizendo algo do tipo: “Mas foi assim que Deus me fez.” Eu não sabia que ela acreditava em Deus; pelo menos esse é um passo na direção certa. É interessante que a criação por Deus se torna o argumento para se negar a autoridade de Deus.
O problema é que as concupiscências ou desejos da carne, as quais o Deus Criador não apoia, não passam de anseios por uma miragem: eles não trarão satisfação, apenas desejo cada vez maior por uma desilusão cada vez maior.
- João continua e descreve outro tipo de desilusão distrativa. Existe a concupiscência da carne e a concupiscência dos olhos.
Isso se refere, simplesmente, à atração por algo proibido, a qualquer coisa que seduz os olhos—e pode não ser algo, necessariamente, errado. Contudo, uma vez visto, surge uma insatisfação até que você possua aquela coisa; o objeto se torna um desejo, uma cobiça, um anseio, uma busca para possuir, desfrutar e experimentar.
E o alerta aqui, novamente, é que esse objeto de sua lascívia gera a desilusão de que, caso consiga aquilo que vê e deseja, tal objeto trará plena satisfação.
E essa é a estratégia de propaganda de nosso mundo—apresentar coisas aos nossos olhos e tentar provar em 30 segundos que você precisa:
- Comprar isso;
- Vestir isso;
- Falar sobre isso;
- Ir até isso;
- Viver em torno disso;
- Adornar-se com isso;
- Viajar até isso;
- Sentar-se nisso;
- Nadar nisso;
- Aposentar-se com isso;
- Depender disso;
- Investir nisso;
- Beber isso;
- Comer isso;
- Brincar com isso;
- Etc.
E a desilusão é que você satisfará aquela insatisfação com sua vida uma vez que possuir o objeto.
João diz, com efeito: “Pelo que você anseia profundamente?” Poderíamos perguntar da seguinte forma: “O que realmente é importante em sua vida?”
Um autor escreveu em um de seus livros os resultados da pergunta: “Se sua casa estivesse pegando fogo, o que levaria consigo?” Como você pode imaginar, ninguém disse que levaria sua televisão ou sua blusa de grife. Aqui estão algumas respostas:
- Meu ursinho de pelúcia de infância;
- Meu diário;
- A Bíblia de meu avô;
- Minha filha—isso é confortador;
- Os brincos que usei no dia do meu casamento;
- O anel que meu pai me deu quando eu tinha 12 anos;
- Uma mulher disse: “Pegaria meu marido e meus três gatos.”
Todas as coisas realmente importantes eram insubstituíveis. A verdade é que a desilusão do mundo nos faz correr atrás de coisas que se gastam, enferrujam, apodrecem ou simplesmente saem de moda.
Essa é a desilusão prometida da satisfação.
- João adiciona uma terceira desilusão: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.
A palavra traduzida como soberba ocorre apenas aqui em todo o Novo Testamento e se refere a alguém que exagera ou se gaba de algo a fim de impressionar outra pessoa.
E isso acontece de ser uma epidemia hoje no mundo dos currículos de emprego. Uma pesquisa analisou mais de 2 mil profissionais de empresas pequenas, médias e grandes. A conclusão foi a de que 70% dos entrevistados mentiram em seus currículos. Com maior frequência, o engano foi nas áreas de sua educação, salário anterior, razões para haver deixado o outro emprego e realizações antes de deixarem o emprego anterior.
A verdade é que mentira é uma epidemia no sistema mundial, especialmente se o que está em jogo é um lucro financeiro, pessoal ou político. E esse não é um problema recente; isso é uma questão da natureza corrompida de um sistema mundial caído e de uma raça humana caída.
Volte, por exemplo, aos dias de Plutarco, o historiador grego que viveu nos dias de Cristo; ele descreve esse mesmo termo que João usa aqui para soberba. Plutarco escreveu:
Essa é a pessoa que contará a um estranho sobre seus investimentos, como é grandioso, e quais foram suas perdas e lucros; mas, quando envia seu office-boy ao banco, seu saldo é mísero. Se viaja pela estrada com alguém, é rápido em dizer que serviu com Alexandre o Grande, como conviveu com ele e quantos cálices de ouro trouxe para casa como espólios, apesar de nunca ter saído de Atenas. Ele diz que recebeu autorização para exportar madeira livremente, mas que não fez isso para evitar fofocas de mau-caráter; e que, durante a escassez de milho, enviou dinheiro para os cidadãos em necessidades. Esse indivíduo mora numa casa alugada, apesar de dizer a todos que aquela é a sua residência, mas que a venderá porque é pequena demais para o seu estilo de vida corrido.
O assunto favorito de suas conversas é ele mesmo e ele pensa que, ao se exaltar aos olhos dos outros, se sentirá melhor a respeito de si mesmo. Essa, contudo, é mais uma desilusão, mais uma miragem que persegue em sua vida egocêntrica, vã e corrompida.
No final do verso 16, João escreve que nada disso procede do Pai. Ou seja, esse desejo por autossatisfação, promoção e glória pessoais não provem de Deus, mas do esgoto da carne caída e de um sistema mundial caído.
Com isso, João dá o alerta final.
- Amar o mundo revela a verdadeira disposição de nosso coração; amar o mundo promete desilusões capciosas; e, em terceiro lugar, amar o mundo finda em destruição trágica.
Veja o verso 17:
Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência. E aqui está a promessa: aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
João não institui aqui um sistema de salvação pelas obras, mas contrasta o descrente que deseja fazer a vontade do mundo com o crente que deseja fazer a vontade de Deus. E João lembra a pessoa que busca a vontade do mundo que o mundo não durará para sempre.
O apóstolo emprega o tempo presente ao dizer que o mundo passa, algo que destaca que o sistema mundial se encontra, neste momento, no processo de desintegração. O mundo já está passando.
Tudo pode parecer uma festa, tudo pode parecer estar na moda, as coisas parecem ser maravilhosas e você conseguiu um bilhete; você fica todo animado por dentro e pensa que a festa está só começando, mas, na realidade, conforme escreveu um autor, está dançando no convés do Titanic.
Sua festa é no convés de um navio que já começou a afundar.
Veja bem, aqui está a resposta para os nossos anseios, aqui está a única solução para a falta de satisfação: amar, seguir e obedecer a vontade de Deus, pois Deus dura eternamente, assim como a alegria de Seus seguidores.
Enquanto isso, João deixa o lembrete sutil de que nós, os crentes, também estamos, neste momento, no convés de um navio que está naufragando.
Nós estamos num mundo que está passando—e por bom motivo. Deus nos colocou nessa jornada da história humana para influenciar o Titanic. João diria: “Só não caiam na desilusão de que Deus os colocou a bordo para que vivam, pensem, cresçam e envelheçam com a mesma perspectiva superficial, egocêntrica e limitada das pessoas ao seu redor.”
Não, nós acontecemos de conhecer o futuro do navio. E isso deveria fazer toda a diferença, tanto no nosso amor para com Deus, nosso Redentor e Resgatador, como no nosso fervor em alertar os descrentes do perigo eterno e iminente no qual se encontram.
Esse tipo de perspectiva, a propósito, foi verdade no Titanic que afundou mais de 100 anos atrás.
A bordo do Titanic estava o pastor de 39 anos, John Harper, um viúvo que viajava com sua filha Annie de 6 anos de idade e sua irmã. Ele estava a caminho dos Estados Unidos para se tornar o novo pastor da Igreja Moody em Chicago.
Quando o navio bateu contra o iceberg e começou a afundar, John conduziu as mulheres em segurança aos botes salva-vidas e buscou outras pessoas para salvar. Sobreviventes se lembram dele gritando: “Mulheres, crianças e pessoas não salvas, entrem nos botes!”
Ele evangelizou todas as pessoas que pôde. Durante as 2 horas e 40 minutos que o Titanic levou para afundar, John pregou no convés. Seu texto foi Atos 16.31: Crê no Senhor Jesus e serás salvo.
Antes de pular nas águas congelantes do Atlântico (o navio estava quase submergido), John deu seu colete salva-vidas a outro homem que não era crente, encorajando-o a confiar em Jesus Cristo. Até mesmo dentro da água, ele implorou que aqueles ao seu redor cressem em Jesus.
Apenas 6 pessoas foram resgatadas pelos botes das águas geladas; o pastor John Harper não estava entre os resgatados.
Mas um homem, que passaria o resto de sua vida contando sobre seu encontro com John Harper, disse:
Eu flutuava nas águas gélidas quando o sr. Harper, que flutuava agarrado num pedaço de madeira, passou ao meu lado. Ele disse: “Homem, você é salvo?” “Não,” respondi, “Não sou,” sem entender plenamente a salvação espiritual através de Cristo. As ondas o levaram para distante, mas, de forma estranha, o trouxeram de volta pouco tempo depois. Ele perguntou novamente: “E agora, já é salvo?”
“Não,” disse eu, “não posso dizer que sou.” Ele então me disse: “Creia no Senhor Jesus Cristo e serás salvo.”
Minutos depois, ele sucumbiu à hipotermia e vi seu corpo afundando nas águas; foi nesse momento que me puxaram para dentro de um dos botes. E ali, naquela noite, com 3 km de oceano debaixo de mim, cri em Jesus Cristo.
Você já creu em Cristo? Sua confiança se encontra na inafundável reputação do mundo no qual viaja? Você ainda não descobriu, a essa altura, que as desilusões do mundo somente o deixam mais sedento, querendo mais... algo está faltando?
Veja bem: a hora de cantar, “Mais perto quero estar meu Deus de Ti,” é agora; neste momento.
Para o crente, jamais pare de entoar essas palavras para que outros ouçam; nunca pare de vive-las; nunca pare de amar e de desejar estar “Perto de Ti meu Rei, meu Deus de Ti.”
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 14/04/2013
© Copyright 2013 Stephen Davey
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