
Apresentando O Dr. Lucas
Apresentando O Dr. Lucas
Atos 1.1
Introdução
Voltamos nossa atenção hoje para o livro de Atos.
Atos é uma biografia da igreja, não em meditação, mas em ação. Na verdade, a palavra “ação” está no próprio título do livro, “Os Atos dos Apóstolos.” Antes de mergulharmos nesse livro, vamos dar uma olhada panorâmica.
Esboços no livro de Atos
O livro de Atos pode ser esboçado de várias formas.
Baseado em Atos 1.8
O primeiro esboço pode ser baseado no cumprimento da ordem de Cristo aos apóstolos dada no capítulo 1, verso 8, onde Ele disse:
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
Esse esboço inclui:
- A igreja se originando em Jerusalém (capítulos 1-7);
- A igreja se dispersando para a Judeia e Samaria (capítulos 8-12);
- A igreja alcançando os confins da terra (capítulos 13-28).
Baseado nos personagens principais do livro
O segundo possível esboço pode ser baseado nos personagens do livro de Atos. Isso inclui:
- O ministério do apóstolo Pedro (capítulos 1-12);
- O ministério do apóstolo Paulo (capítulos 13-28).
Baseado em seis relatórios de crescimento e desenvolvimento da igreja
Charles Barclay fornece um terceiro esboço bastante interessante baseado nos relatórios de crescimento e desenvolvimento. Com o verso final de cada sessão dando o relatório de progresso, esse esboço inclui:
- “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.” (Atos 1.1-6.7);
- “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número.” (Atos 6.8-9.31);
- “Entretanto, a palavra do Senhor crescia e se multiplicava.” (Atos 9.32-12.24);
- “Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número.” (Atos 12.25-16.5);
- “Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.” (Atos 16.6-19.20);
- “Pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo.” (Atos 19.21-28.31).
Por que Atos foi inserido no cânon das Escrituras inspiradas?
Agora, como estudantes da palavra de Deus, temos a esperança de manejarmos e dividirmos bem a palavra da verdade para não ficarmos envergonhados (2 Timóteo 2.15). Então, a pergunta-chave é: Quem? O que? Onde? Quando? e Por que?
Vou responder primeiro a pergunta do “Por que?” para depois prosseguirmos. Por que Atos foi preservado no cânon das Escrituras? Uma melhor maneira de colocar essa pergunta é: “Qual o propósito de Deus por trás desse manuscrito?”
Creio que Deus no deu o livro de Atos por vários motivos. Deixe-me compartilhá-los com você.
- Para providenciar um esquema biográfico para a Sua nova criação, a igreja!
O livro de Atos contém os primeiros capítulos da biografia da igreja do Novo Testamento.
- Para aprovar e recomendar o Cristianismo ao governo romano.
É interessante lermos os escritos de Lucas e percebermos as diversas vezes em que ele se refere a um tratamento favorável dado pelos oficiais romanos. Isso tem levado alguns a crer que o livro de Atos foi uma declaração resumida preparada para Paulo quando teve que se defender diante do imperador romano.
- Para revelar a expansão do Cristianismo.
Os evangelhos terminam com alguns poucos discípulos que mal se recuperaram do choque ao verem o Senhor ressurreto. Caso o livro de Atos não estivesse nas Escrituras, o próximo livro seria a carta de Paulo à igreja em Roma. O livro de Romanos nos informa obviamente que havia crentes em Roma. Mas como os crentes chegaram até Roma? Como o evangelho chegou às outras partes do mundo? O livro de Atos explica tudo isso.
- Para servir de ponte entre os evangelhos e as epístolas.
O livro de Atos ocupa de forma bem apropriada o lugar entre os evangelhos e as epístolas. Ele serve como uma ponte literária e histórica entre a vida de Cristo e a vida da igreja. Esse é o propósito mais importante do livro de Atos. Deixei esse aspecto por último porque precisamos levar mais tempo aqui.
Sinceramente, vivemos em um tempo no qual existe muita confusão em torno do poder e agir do Espírito Santo. Grande parte do problema é falta de entendimento no assunto ou uma tentativa consciente de torturar esse segundo livro de Lucas.
Vivemos no que é chamado de “A Terceira Onda.” Supostamente, a terceira onda do Espírito Santo chegou há uns anos atrás e ainda estamos nesse período. A primeira onda foi na virada do século vinte com o surgimento do Pentecostalismo. A segunda onda foi por volta da década de 1950 com o crescimento do uso de línguas e curas. Agora, vivemos ainda na terceira onda que começou nos anos de 1970 com um movimento que esposa uma miríade de crenças. Nessa onda, línguas e cura não são tão enfatizadas, mas uma expressão física de poder é necessária.
A crença básica do movimento da terceira onda é que tudo o que ocorreu no livro de Atos deve ocorrer hoje também. Já que o nascimento da igreja foi acompanhado por sinais e maravilhas, então a eficácia da igreja de hoje depende dos sinais e maravilhas.
Iremos estudar essas questões detalhadamente depois quando chegarmos ao capítulo 2. Nesse momento, deixe-me apenas fazer uma observação. Quando estudamos a vida de Elias, por exemplo, chegamos à passagem em que Elias fez descer fogo do céu. Se você se lembra da história, desceu fogo do céu e consumiu o altar de sacrifício, servindo como prova inegável para os profetas de Baal de que alguém muito poderoso habita os céus.
Agora, ninguém espera fazer a mesma coisa que Elias fez. Aquela experiência não foi o normal da vida de todos os crentes. Simplesmente porque Elias fez descer fogo do céu não significa que quando você passa meia hora tentando acender aquela brasa para o churrasco e cansa, você dá um passo para trás e diz: “Certo, Senhor, acende!”
Simplesmente porque um profeta fez isso não significa que podemos fazer o mesmo. Entretanto, por algum motivo, parece ser mais difícil dizer: “Só porque os apóstolos fizeram não significa que eu tenho que passar pelas mesmas experiências em minha vida cristã.”
Em outras palavras, quando estudamos esse livro de transição, que também é um livro de começo com demonstrações sobrenaturais de poder que Deus há muito tempo já havia anunciado que aconteceria, existem experiências e decisões são tomadas que o Autor divino não deseja que se tornem a busca normal do dia-a-dia de cada crente.
Dessa forma, você se torna como aquele homem que abre a Bíblia com a promessa de fazer a primeira coisa que aparecer. Daí, ele abre em Mateus 27 e o dedo dele para em cima do verso 5, que diz: “...e ele foi e se enforcou.”
Daí, o homem disse: “Oh, não, o que vou fazer?”
Então, ele fechou os olhos e folheou sua Bíblia algumas páginas à frente e chegou em João 13, verso 27, que diz: “...o que pretendes fazer, faze-o depressa.”
Apesar de toda experiência e decisão reveladas neste livro serem proveitosas a nós para fins de aplicação, verdades e descobertas, precisamos ter cuidado com o que gosto de chamar de interpretação seletiva. Em outras palavras, não pense: “Vou pegar esse verso; ah, não gosto desse outro aqui não.”
Mas você pode pensar: “Espera aí, estamos falando do livro de Atos! Eu quero ter essas mesmas experiências.”
Certo. Então precisamos reajustar nossos calendários para nos reunirmos todos os dias da semana. Além disso, podemos demitir todos os pastores e presbíteros e a liderança de nossas igrejas será agora decidida com a sorte. O que você acha? Quem sabe amanhã você não será o pastor da igreja?!
Abra no capítulo 4 e leia os versos 32 a 35.
Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.
Gosto muito dessa passagem. Vamos fazer uma votação! Quantos pregadores poderosos, quantos tele e rádio-evangelistas famosos gostariam de depositar tudo o que eles têm no pote da comunidade e compartilhar todos igualmente com as pessoas das quais eles têm sistematicamente roubado?
Deixe-me dizer algo a você, esses profetas enganadores que posam como curandeiros e operadores de milagres, dizendo ouvirem a voz de Deus pela tela da televisão, dizendo-se ser conduítes de poderes sobrenaturais estarão um dia no meio das pessoas que estarão diante de Jesus e dirão, como registrado em Mateus 7, versos 22 a 23: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.”
Você percebeu que o Senhor nunca invalida o que eles dizem ter realizado? Ele simplesmente diz: “Eu nunca operei dessa forma por meio de vocês; vocês foram informados e capacitados pelo rei da mentira.”
Por isso que estou levando tempo nesse assunto. Isso é muito mais do que um simples entendimento defeituoso das Escrituras. Estar mal informado a respeito do livro de Atos pode significar, na verdade, que você será guiado e enganado por um falso profeta, um profeta que evidentemente tinha o poder de realizar milagres e, no processo, enganou milhares e levou muitos a uma busca fútil, vazia. Enquanto isso, o Espírito Santo, em verdade, é deixado de lado, ignorado e negligenciado ao invés de ser bem-vindo, como era o planejado.
O livro de Atos ressalta como uma história maravilhosa e emocionante; um manual que conduz o estudante da Bíblia a partir da vida de Cristo, através do início da igreja, para dentro das doutrinas e práticas da vida da igreja ensinadas pelas epístolas.
Tendo dito isso, talvez você pense que eu não creio em milagres.
Eu creio, sim, em milagres. Só não creio em operadores de milagres.
Talvez você pense que eu não creio em cura divina.
Creio, sim, eu cura divina. Só não creio em curandeiros divinos.
Agora, vou deixar esse assunto de lado um pouco e apresentar a você o instrumento usado por Deus para registrar esse livro inspirado. Seu nome é Lucas.
Apresentando Lucas
Se juntarmos as peças, descobrimos que Lucas era um médico que conheceu Paulo no porto marítimo de Trôade. Trôade era o portal entre as civilizações orientais e ocidentais. Navios chegavam a toda hora de diversas partes do mundo. Trôade era um ponto comercial para a Ásia. Dificilmente haveria outro lugar melhor para um jovem médico começar sua carreira do que em Trôade.
Nunca somos informados a respeito das circunstâncias que colocaram Lucas e Paulo frente a frente, mas sabemos que Paulo sofria de mais de uma enfermidade física. Quando Paulo e Timóteo chegaram a Trôade ao final de uma longa viagem, ele evidentemente precisava de cuidados médicos. Talvez, como F. B. Meyer sugere, Paulo enviou Timóteo em busca de um médico disponível e, pela providência de Deus, Timóteo encontrou esse jovem médico grego chamado Lucas. Durante a visita do médico, em algum ponto, Paulo compartilhou a história do Cristo ressurreto – e Lucas creu.
Contudo, isso não foi tudo. Lucas foi depois confrontado com o desafio de levar suas habilidades médicas para a estrada e acompanhar Paulo em suas viagens. Lucas chegou ao ponto em que teve que decidir entre um negócio lucrativo em Trôade e um ministério difícil e perigoso junto a Paulo.
Bem, creio que já sabemos qual foi a sua decisão. Lucas veio a ser o homem sobre o qual Paulo disse em Colossenses 4, verso 14:
Lucas, o médico amado...
O envolvimento de Lucas no ministério
Agora, o envolvimento de Lucas no ministério envolveria pelo menos quatro coisas.
- O ministério de Lucas incluiria o de ser um autor preciso.
Vamos começar olhando suas primeiras palavras de seu primeiro registro. Abra no evangelho de Lucas, capítulo 1, versos 1 a 4.
Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.
Deu para captar sua paixão por precisão? Ele deve ter sido um médico excelente. Note as palavras que ele escolheu: “narração coordenada” (v.1), “investigação” (v.3), “exposição em ordem” (v.3), “certeza das verdades” (v.4).
A forma como Lucas empregou linguagem médica é bem interessante. Por exemplo:
- A palavra “investigação”, no verso 3, é a palavra usada pelos médicos quando eles investigam os sintomas de alguma doença;
- A ilustração que aparece no capítulo 4 de Lucas quando ele fala sobre o homem possesso de espírito imundo que é lançado de um lado a outro no chão inclui a palavra médica exata para convulsão que somente Lucas utiliza;
- O dizer de um camelo passando pelo fundo de uma agulha. Mateus e Marcos utilizam a palavra convencional para agulha de costureiro “needel,” enquanto Lucas utiliza “belone,” um termo técnico para a agulha de um cirurgião.
- Outro ministério de Lucas foi o de um missionário dedicado.
Volte para o livro de Atos e note algo interessante no capítulo 16. Lucas irá mudar o pronome pessoal da primeira pessoa do singular para a primeira pessoal do plural, usando “nós” e “nos” em várias ocasiões. Um dos vislumbres mais esclarecedores a respeito do caráter e paixão de Lucas é visto em Atos 16, versos 9 e 10.
À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.
Lucas não via a si mesmo como um simples médico que acompanhava Paulo. Ele era um membro da equipe missionária! Ele diz: “Deus NOS havia chamado.” Lucas, evidentemente, pregava com suas mãos.
- Outra parte do legado de Lucas é o de um companheiro fiel.
Em 2 Timóteo 4, versos 10 e 11a, Paulo, que está na prisão, escreve com tristeza:
Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Somente Lucas está comigo...
O companheiro que permaneceu junto a Paulo até o dia de sua execução foi o amado doutor Lucas.
- Outro aspecto do ministério de Lucas é que ele permaneceu um servo anônimo.
Em nenhum lugar, seja no livro de Atos ou no seu evangelho, Lucas escreve o seu próprio nome. Toda a informação que temos a respeito desse homem brilhante e dedicado é de alguns versos de outros livros das Escrituras.
Apresentando Teófilo
Vamos, agora, voltar ao início de Atos e apresentar um outro homem. Abra sua Bíblia em Atos 1.
Outro homem sobre o qual sabemos pouca coisa é o destinatário dos escritos de Lucas. Talvez a essa altura você já tenha percebido que tanto o livro de Atos como o evangelho de Lucas foram escritos para o mesmo homem. Veja Atos 1, verso 1.
Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar.
No capítulo 1, verso 1 do evangelho de Lucas, ele se refere a Teófilo com a palavra, “excelentíssimo.”
Quem era Teófilo e por que Lucas gastou tanto tempo escrevendo duas obras volumosas para ele?
Acho interessante que, após ler quase todos os materiais acadêmicos a respeito de Teófilo, ninguém ainda sabe por certo quem esse homem realmente era. Contudo, existem algumas possibilidades:
- O uso da palavra “excelentíssimo” é, na verdade, um título para oficiais romanos de alta posição. É bem possível que Teófilo era um convertido ao Cristianismo que ocupava um papel de enorme influência no império romano.
- Naquela época, homens ricos geralmente financiavam a escrita de livros. Muitos dos escritos gregos antigos só foram possíveis por causa desses patrocinadores ricos que doavam investimento e, como recompensa, os livros eram destinados ou dedicados ao patrocinador. Será que é possível que Teófilo tenha sido um oficial romano rico que recebeu a dedicatória desses livros por causa de sua generosidade e, ao mesmo tempo, os livros foram escritos para qualquer pessoa que quisesse ler?
- Teófilo não era um nome real, na verdade. Foi uma invenção de Lucas que escrevia para a comunidade cristã. Ele simplesmente combinou as duas palavras gregas: “theos,” ou “Deus,” e “philos,” ou “amor fraternal,” “amigo,” que traduzido pode significar, “Aquele que ama a Deus,” “Amigo de Deus.” Lucas simplesmente se referiu aos seus leitores como “os amigos de Deus.”
Talvez você esteja curioso para saber qual dessas opções eu gosto mais. E, sinceramente, gosto de todas elas. Apesar de pessoalmente crer que Teófilo tenha sido um oficial romano de alta posição, também penso que seu nome é divinamente irônico – “Amigo de Deus”!
Não tem como eu não me perguntar se Deus de fato não quis dar uma mensagem de que esse livro foi escrito para todos aqueles que creem no Senhor Jesus Cristo. Como o próprio Jesus Cristo disse aos discípulos, conforme registrado em João 15, verso 15: “Não vos chamo mais servos... mas tenho-vos chamado amigos,” esse livro foi escrito para nós também. Guiado pelo Espírito Santo, Lucas escreve a Teófilo – e ele escreve para nós também!
Então, quando encaixamos as peças, descobrimos dois homens notáveis:
- Um era chamado Teófilo. Ele era um homem que ocupava uma posição elevada no poder político, mas, ao mesmo tempo, um homem que não tinha vergonha de sua sede pelas coisas de Deus. Às vezes fico pensando se talvez Paulo, em sua carta aos crentes de Filipos, que era uma colônia romana, ao mandar saudações aos santos que estavam sob a administração de César, não estava mandando saudações a Teófilo.
- O outro homem, Lucas, talvez, pela primeira vez, era um médico, um autor e um missionário fiel. Ele é um homem que pode se tornar um modelo para nós. Ele não era perfeito, mas tinha um ardente desejo e zelo pela exatidão da verdade. Ele era um professor altruísta que, para o benefício do seu aluno vivendo dentro do sistema político romano, passou grande parte de seu tempo escrevendo. Ele escreveu a fim de que um amigo de Deus, como também todos nós, que somos amigos de Deus, pudéssemos conhecer melhor a Deus.
Pensamentos Adicionais
a respeito de Lucas
Deixe-me dar mais um pensamento. A vida de Lucas foi destacada num manuscrito interessante escrito apenas quarenta anos após a sua morte. É, na verdade, uma cópia do evangelho de Lucas, mas essa cópia em particular é muito fascinante porque possui uma introdução como anexo que diz:
Lucas era da Antioquia da Síria, um médico por profissão. Ele foi um discípulo dos apóstolos e depois acompanhou Paulo até o martírio do apóstolo. Sem esposa ou filhos, serviu ao Senhor sem culpa; e morreu com oitenta e quatro anos, cheio do Espírito Santo.
Isso nos fornece mais informações a respeito de Lucas. Ele era um homem solteiro que viveu uma vida piedosa para a glória de Deus. Também nos diz que, quando ele morreu, aos oitenta e quatro anos de idade, ele tinha servido ao Senhor sem culpa alguma. Em outras palavras, ele terminou bem. Assim como o homem com o qual ele viajava, Lucas lutou o bom combate e terminou sua trajetória com honra.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 01/09/1996
© Copyright 1996 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
添加評論