
Apresentando O Criador
Apresentando O Criador
Atos 17.24
Introdução
Em 1798, Napoleão foi para o Egito em busca de conhecimento do mundo antigo, como também expandir seu próprio domínio. Um ano depois que suas tropas chegaram, juntamente com cientistas e arqueólogos, alguns soldados seus estavam demolindo um muro baixo – e fizeram uma descoberta notável. Eles se depararam com um dos achados mais significantes do mundo da arqueologia em todos os tempos – a Pedra de Roseta.
Por vários séculos, a cultura, o idioma e a vida desse vasto império permanecera um mistério porque todas as escritas encontradas eram num idioma desconhecido ao homem moderno – a escrita hieroglífica egípcia. Entretanto, a Pedra de Roseta desvendou o mistério porque, nela, estava esculpida a uma única mensagem em três idiomas distintos. A mensagem estava esculpida na parte de cima em hieróglifo; na parte do meio estava numa forma cursiva de hieróglifo; e, mais importante, na parte de baixo, a mesma mensagem estava escrita em grego.
Podemos imaginar a sensação que não foi encontrar essa Pedra de Roseta. Após anos de silêncio, escritas do Egito antigo poderiam ser, agora, entendidas.
Essas escritas egípcias revelaram muitas coisas, desde:
- O preparo das múmias para a eternidade até a tecnologia por detrás dos maiores monumentos de pedra do mundo;
- As práticas médicas e técnicas de plantio até a tradução de poemas românticos antigos.
A Pedra de Roseta foi a chave que abriu o baú dos mistérios de uma civilização antiga – o reino do Egito.
Em Atos 17, Paulo está diante dos atenienses, cercado por séculos de idolatria. Os gregos haviam construído mais de 30 mil estátuas de seus deuses e deusas. Para todos os lados que o apóstolo se virava, ele via estátuas de ouro, prata, bronze e pedra.
Os gregos, assim como os demais membros de qualquer civilização que já viveu ou vai ainda viver, estavam desesperadamente tentando desvendar os mistérios do universo. Então, eles adoravam Apolo, o qual criam que andava em sua carruagem de fogo, o sol, todos os dias pelos céus. Também adoravam a deusa virgem Athena, a qual tinha dado o nome da cidade. Além desses, eles adoravam milhares de outros deuses que eles criam ser resultado da procriação entre o pai céu e a mãe terra.
Contudo, Atenas e o mundo grego, ainda estavam sem respostas.
Em nosso estudo anterior, voltamos na história a um momento em que Epimênides, seiscentos anos antes da visita de Paulo a Atenas, havia soltado um rebanho de ovelhas no mesmo lugar em Paulo agora estava. A cidade de Atenas sofreu de uma praga terrível e Epimênides cria que ovelhas deveriam ser sacrificadas aos deuses irados para que a praga passasse. Quando uma ovelha se deitava no chão, os atenienses a sacrificavam ao deus do templo ou estátua mais próximo. Mas, muitas ovelhas se deitaram em lugares onde não havia nenhum tempo ou estátua por perto. Então, o povo de Atenas erigiu um altar específico para um deus que eles provavelmente haviam ignorado; um deus que eles não conheciam ainda. Nesse altar, eles escreveram as palavras: “AO DEUS DESCONHECIDO.”
A Declaração Ousada de Paulo
Agora, Paulo, depois de séculos de silêncio, anuncia que ele, de fato, conhece o nome desse Deus desconhecido. Veja os versos 22 e 23 de Atos 17.
Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.
Paulo diz, com efeito: “Deixe-me revelar o mistério dos céus para vocês. Deixe-me desvendar a resposta que o Parthenon busca a mais de um século. O Deus que falta para vocês, o único Deus vivo e verdadeiro, tem um nome.”
No verso 18, Paulo revela o nome Jesus. A Pedra de Roseta é Jesus Cristo e Ele, Paulo declara, na verdade, a esse mundo politeísta, traduzirá as perguntas que enchem o coração de cada ser humano. Jesus pode responder perguntas, como:
- “Quem me criou?”
- “O universo é um resultado do acaso ou de uma criação?”
- “Se ele foi criado, quem é o dono desse poder criatório?”
- “Se existe um criador que criou a mim e todas as coisas que existem, então, devo prestar contas a Ele?”
Todas essas perguntas são respondidas, e ainda mais, quando Paulo faz sua apresentação dinâmica do Senhor do céu e da terra.
Dois pontos no sermão de Paulo
Existem dois pontos principais no sermão que Paulo pregou no Areópago. Em nosso último estudo, vimos o primeiro ponto. No verso 24, Paulo declara:
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.
- O ponto número um é – “Meu Deus,” Paulo disse, “é mais que um monumento!”
Ele é um Deus vivo! No verso 18b, descobrimos que o tema da mensagem de Paulo é o tema que separa o Cristianismo de todas as demais religiões do mundo: pois pregava a Jesus e a ressurreição.
Seiscentos anos antes, Epimênides tinha surgido com a ideia correta, mas com os ingredientes errados. De fato, havia uma epidemia chamada pecado e uma praga chamada morte. Havia também um Deus irado que exigia a morte de um cordeiro eterno para satisfazer Sua ira. Jesus foi o Cordeiro sem mácula e sem pecado que entregou Sua vida, que suportou a violência da ira de Deus e, ao fazê-lo, criou um caminho para todos os que crêem Nele evitem a morte eterna e a santa ira de Deus.
Todavia, esse não foi o final da história. Aquele Cordeiro voltou à vida, Ele ressuscitou do túmulo! Ele está vivo e virá em breve para reinar e governar como o Senhor dos céus e Senhor da terra.
O ponto número um é: “Meus Deus é mais que um monumento!”
- O ponto número dois é – “Meus Deus criou todas as coisas!”
A fim de entendermos o contexto por detrás dessa declaração de Paulo aos atenienses, seria útil entendermos cosmovisão comum dos atenienses.
Cosmovisões contemporâneas
A cosmovisão dos atenienses ainda é bastante comum em nossos dias. Vou explicar isso e apresentar, rapidamente, outras cosmovisões. As palavras de Paulo em Atenas confronta cada uma delas.
- Politeísmo – o mundo possui mais de um deus.
Essa era a cosmovisão de Atenas – e tem se tornado a cosmovisão de nosso país. Assim como a Índia e seus milhares de deuses, o Brasil, ao manter sua crença no sobrenatural, perdeu o monoteísmo, substituindo-o pelo politeísmo.
Essa era a cosmovisão da antiga Atenas e é a visão dos Mórmons de nossos dias. Na verdade, a teologia do Mormonismo crê que o nosso Deus Pai foi criado por um Deus Pai anterior que ainda fora criado por outro Deus Pai ainda mais antigo – e todos nós caminhamos em direção ao nosso próprio planeta, onde também reinaremos como Deus.
Em 1993, aproximadamente 7 mil representantes de mais de 125 religiões mundiais compareceram ao Segundo Parlamento Mundial das Religiões em Chicago, Estados Unidos. O evento ocorreu exatamente um século após a primeira edição de 1893. Todos os representantes concordaram em aderir à Regra de Ouro: “Devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados por eles.”
Aulas e oficinas, sessões de meditação e danças de rituais deram destaque ao evento. Cem líderes proeminentes de cerca de uma dúzia de credos discutiram, criaram, assinaram e publicaram a “Declaração de Ética Global” contendo nove páginas. Essa declaração foi um esboço comum entre as crenças condenando destruição ambiental, abuso sexual, violência religiosa, exploração, genocídio e coisas semelhantes. Os líderes que assinaram disseram que a Declaração era um documento histórico no mesmo pé de igualdade da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Um item assustador mostrou o elemento não tão sutil dos problemas da assinatura nesse Parlamento. Por incrível que pareça, a palavra “Deus” teve que ser deixada de fora da Declaração de mais de cinco mil palavras. Por que? Incluir a palavra “Deus” “excluiria muitos grupos de crenças com diferentes visões de Deus e do divino.” Em deferência às demais religiões, eles deixaram de lado a palavra “Deus,” chegando muito perto de uma referência à “Realidade Suprema.” No Parlamento das Religiões Mundiais, a palavra “Deus” era ofensiva... “Realidade Suprema” nem tanto.1
É como realizar um Parlamento Mundial de Matemática e deixar de lado a referência ao números. Ou, um Parlamento Mundial de Medicina e não permitir que médicos participem.
O mundo está em busca pelo sobrenatural e, contudo, ignora o chamado evidente, o convite infinito de Jesus Cristo, que diz em João 4, verso 14: aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede...
- Deísmo – um Deus criou mundo, mas depois o deixou.
Talvez um dos deístas mais famosos foi Thomas Jefferson, o que o levou a editar a série de evangelhos do Novo Testamento. Foi um Novo Testamento desprovido de milagres e, portanto, desprovido do maios de todos os milagres – a ressurreição de Jesus Cristo. Seu Novo Testamento termina com o verso: “Lá depositaram Jesus e rolaram a pedra à porta do sepulcro e partiram.”
O Deísmo nega a intervenção de Deus nos negócios dos homens. Apesar de existir um Deus e de Ele realmente ter criado tudo o que existe, a partir desse ponto, Ele saiu de cena. Portanto, Deus nunca se envolve nos negócios de Sua criação.
Deus não nos observa à distância. A Bíblia ensina que Deus está intimamente envolvido com Sua criação. Na verdade, como veremos em um momento, o apóstolo Paulo irá expor como o Deus Criador se interessa profundamente e se envolve com Sua criação.
- Panteísmo – Deus é o mundo e o mundo é Deus.
No Panteísmo, tudo é divino e o divino é tudo. Essa é a crença popular representada nos Hinduísmo, Budismo e no Movimento da Nova Era.
Com certeza, podemos entender a popularidade de movimentos que ensinam: “Você é deus,” ao invés de: “Você prestará contas a Deus.”
- Ateísmo – o mundo não possui Deus.
Essa visão deixa o mundo em completa solidão.
- Deísmo Finito – o mundo possui um Deus limitado.
Essa visão não acredita num Deus todo-poderoso. O mundo evoluiu por meio de um Deus que era e é muito inteligente, mas que não possui poder suficiente para manter o mundo na direção correta.
Harold Kushner é um adepto popular dessa visão, primeiramente por causa da existência do mal no mundo e coisas ruins acontecem a pessoas que acreditam em Deus. Se Deus fosse todo-poderoso, Ele não deveria... Ele não poderia evitar que tanto mal acontecesse a essas pessoas?
As Escrituras respondem a isso com as palavras do próprio Deus em Isaías 55, verso 9b:
...assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
Ou seja, porque eu sou um Deus infinito, sempre haverá um mistério a respeito de Minhas decisões. Mas, para os que Me amam, Eu prometi, conforme Romanos 8, verso 28:
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem (não que todas as cosias são boas, mas que todas as coisas cooperam para o bem) daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
E qual o propósito de tudo isso? conforto? Saúde? Prosperidade? Não, o verso seguinte nos fala que o propósito de Deus é: para serem conformes à imagem de seu Filho.
O Deísmo Finito diz: “Podemos deixar Deus de fora da discussão se simplesmente entendermos que Ele não é poderoso o suficiente para cuidar do universo inteiro.”
Contudo, na realidade, eles não O deixaram de fora da discussão, mas de fora de Seu trono.
- Finalmente, Teísmo – o mundo foi criado por um Deus pessoal e todo-poderoso.
Veja o verso 24 de Atos 17, Jesus Cristo é o: Senhor do céu e da terra.
Ou seja, Ele é o Senhor soberano sobre tudo o que existe.
Daniel 4, versos 34b e 35, declara:
...cujo domínio [de Deus] é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
Em outras palavras, esse governante soberano não precisa prestar contas a ninguém. Ele não responde a ninguém – nem mesmo a mim ou a você.
Salmo 103, verso 19, diz: Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.
Qual o direito que Deus tem de reinar sobre todas as coisas? Paulo responde no verso 24a, ao dizer que Deus é o governante por direito do céu e da terra porque Ele é: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe.
Você sabe por que o coração pecaminoso do homem rebelde argumenta contra o fato do criacionismo teísta, o fato de que Deus criou todas as coisas? Porque, se Ele de fato criou tudo, então Ele tem o direito sobre todas as coisas e sobre todos os seres viventes. Então, este é o Se planeta, não nosso. Esse é o Seu reino animal, não nosso. Esse sol e essa lua são Dele, não nossos.
Finalmente, como o próprio Paulo irá declarar mais à frente, e esse é o ponto que mais incomoda o pecador não regenerado – a humanidade estará um dia diante de seu Deus Criador e prestar contas das obras de suas mãos e de sua adoração. Por esse motivo, o homem insistentemente se recusa a reconhecer Deus como Criador – e, se essa peça do dominó cai, então, todos nós estamos em sérios problemas.
Paulo declara: “Meu Deus criou todas as coisas.”
Um Declaração Bíblica da Criação
Veja que em nenhum momento em Atos 17, Paulo tenta provar a existência de Deus. Ele simplesmente declara que Deus é.
Passagens críticas das Escrituras
É exatamente como o início da Bíblia que simplesmente declara em Gênesis 1, verso 1:
No princípio criou Deus os céus e a terra.
Em Isaías 45, verso 18, o profeta descreve Deus como: o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu.
Jeremias fala do mesmo tema ao declarar no capítulo 10, verso 12:
O SENHOR fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.
Jeremias também disse no capítulo 32, verso 17:
Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa.
No Novo Testamente, lemos a mesma declaração clara e dogmática. Veja Efésios 3, verso 9b: Deus, que criou todas as coisas.
Colossenses 1, verso 16, aponta especificamente Jesus Cristo como o agente criador no relato da criação de Gênesis. Ele, a segunda Pessoa da Triunidade, foi particularmente responsável, pois Paulo escreve sob a direção do Espírito Santo:
pois, nele [Jesus Cristo], foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Então, é exatamente dessa forma que Paulo começa seu discurso com aquela multidão politeísta de Atenas.
Por que? Porque, creio eu, se uma pessoa pode crer na primeira criação de Deus, então ela está preparada para crer na segunda criação – a nova criação de homens e mulheres pecadores por meio da redenção. E, se uma pessoa crê na segunda criação, ela não terá nenhum problema em crer na terceira criação descrita em Apocalipse, que revela a futura criação de um novo céu e uma nova terra.
Argumentos para um Criador
Agora, note novamente o verso 24a – Paulo declara: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe.
Argumento Cosmológico – tem que haver uma causa para todos os efeitos
A palavra original utilizada por Paulo é “kosmos,” que significa “mundo.” Foi uma escolha inteligente de termo simplesmente porque Homero, o herói antigo da Grécia, usou a mesma palavra para falar do sistema de ordens gregos no governo. Outro ateniense brilhante chamado Platão usou essa palavra para se referir à ordem em que uma mulher coloca a maquiagem – primeiro uma camada, depois a outra.
A significa básico da palavra “kosmos” inclui a ideia de organização e ordem. Quando o termo passou a se referir ao universo, começou a carregar a ideia de ordem no universo.
Um dos argumentos para a criação feita por Deus é o argumento cosmológico; ou seja, uma vez que vemos os efeitos em ordem, é necessário que exista uma causa por detrás desses efeitos.
Argumento teleológico – um projeto inteligente, ou design inteligente, demanda um artista divino.
Outro argumento para o criacionismo é o argumento teleológico; ou seja, a complexidade da criação, ou o design inteligente, demanda que um ser divino tenha projetado tudo.
Uma vez que já estamos próximos de terminar nosso estudo, deixe-me fornecer alguns exemplos disso. E vou dizer, não me considero um apologeta, especialmente quando o assunto é na área científica. Ciências foi uma das matérias que sobrevivi com dificuldades para poder passar de ano!
Sou como aquele garoto de cinco anos que volta para casa todo animado depois da Escola Dominical. O professor ensinou sobre a história de Adão e Eva e como Eva foi criada a partir da costela de Adão. Uns dias depois, ele estava em casa correndo e sentiu uma dor forte no seu lado. Daí ele foi apressado para sua mãe gritando: “Mãe, mãe, acho que estou tendo uma esposa!”
Assim como ele, admito que o assunto ultrapassa em muito meu conhecimento, mas gosto muito de ler e pesquisar.
A primeira ilustração do design maravilhoso da criação que exige um criador vem de um livro escrito por um descrente. Um bioquímico chamou a atenção da arena científica ao publicar seu livro A Caixa Preta de Darwin. Nesse livro, ele argumenta que a complexidade dos sistemas não poderiam ter evoluído, mas devem ter sido projetados. Deixe-me ler alguns comentários editados desse livro.
Nos anos de 1800, o período do famoso Charles Darwin, a célula era apenas uma caixa preta ainda fechada (essa é a ideia por detrás do título do livro). Darwin supôs que o interior de uma célula era bastante simples. Ernst Harckel, um discípulo de Darwin, cria que uma célula era apenas, “uma pequena massa simples de carbono.” Mas isso foi antes da invenção do tipo de tecnologia que nos permitiria ver a complexidade do interior de uma célula. Darwin não teve essa habilidade, mas veja o que Darwin afirmou: “Se puder ser demonstrado que um organismo complexo existiu que não pode ter sido formado por meio de inúmeras modificações sutis e sucessivas, minha teoria sucumbirá totalmente .”
O advento do telescópio de elétron permitiu a investigação das complexidades celulares. Um exemplo de um sistema de complexidade irredutível (ou seja, um sistema que exige a existência em ordem de A, B, C, D...; se essa ordem for quebrada, o sistema se torna impossível) é a coagulação do sangue após um corte na pele. A formação de coágulo parece ser algo tão familiar a todos nós que a maioria das pessoas não presta muita atenção a isso, ao menos que sejam pessoas que tenham hemofilia na família. A investigação bioquímica, contudo, tem demonstrado que a coagulação do sangue é um sistema muito complexo, com muitos entrelaces intricados consistindo numa cooperação de mecanismos interdependentes. A ausência de qualquer rum dos componentes leva o sistema todo a falhar – o sangue não coagula no tempo adequado o no local devido. Existe um diagrama científico com várias linhas chamado “cascata” que revela os vários sistemas em operação no corpo no processo de coagulação do sangue. Se eliminarmos um dos elementos dessa fórmula, os sistema inteiro entra em colapso. Esse bioquímico está dizendo que sistemas de complexidade irredutível não podem ter evoluído porque depende de outras coisas para que aconteça.
Ele diz: “Será que essa complexidade irredutível poderia ter evoluído num processo gradual? A verdade é que ninguém no planeta terra possui a mais vaga ideia de como a coagulação em cascata veio à existência.”
É nesse ponto que nós, os crentes, argumentaríamos com ele um pouco mais.
“A coagulação sanguínea,” ele continua, “é um paradigma da incrível complexidade que constitui a base até mesmo de processos corpóreos aparentemente simples. Frente à complexidade por detrás de fenômenos simples, a teoria darwiniana cai em silêncio.”2
As pessoas que receberam o ensino da evolução de Darwin desde o ensino elementar jamais ouviria falar da ansiedade pessoal de Darwin causada pela sua teoria. Ele rejeitou a narrativa bíblica da criação e, na verdade, o Deus da Bíblia – e ele pagou um preço emocional muito alto.
Ele escreveu uma carta a um amigo que, evidentemente, cria num Deus Criador. Essa carta foi publicada em 1888 com muitas outras de suas cartas e anotações. Uma porção da carta dizia:
Estou consciente de que estou num poço de lama sem esperança. Não consigo imaginar que o mundo, como o vemos, é resultado do acaso; mas também não consigo olhar para cada coisa individualmente como sendo resultado de um design... de novo eu digo, eu estou, e permanecerei eternamente, num poço de lama sem esperança.3
O apóstolo Paulo deu uma resposta a Darwin quando disse em Atos 17, verso 24: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe.
Ou seja, cada coisa em particular foi criada por Deus.
Mais uma ilustração. Dessa vez, a ilustração vem do médico Paul Brand. Seu livro intitulado, Assombrosamente e Maravilhosamente Formado, inclui outra verdade de um artista escondido dentro da célula humana que Darwin nunca conseguiu enxergar,
Trancada no núcleo de cada célula estão os filamentos de DNA. Uma vez que o óvulo e o espermatozoide compartilham sua herança genética, a cadeia química do DNA separa o centro de cada gene, como um zíper. Daí o DNA se reformula dividindo-se; 2, 4, 8, 16, 32 células, cada uma com um DNA idêntico. Ao longo do caminho, as células tomam formas específicas, mas cada uma carrega consigo o livro completo de informações dos cem mil genes. Estima-se que o DNA contenha informações que, se escritas, preencheriam mil livros de seiscentas páginas. Uma célula nervosa pode operar de acordo com as informações do quarto volume e a célula de um rim de acordo com o vigésimo quinto volume, mas ambos carregam o mesmo compêndio. O DNA é tão estreito e compacto que todos os genes das células de meu corpo caberiam num cubo de gelo; entretanto, se o DNA for desmembrado e reunido de ponta a ponta, o filamento poderia ser esticado da terra ao sol e ir e voltar mais de quatrocentas vezes.4
O apóstolo declarou à multidão reunida no Areópago: “Vocês têm buscado a verdade a respeito do sobrenatural – eu estou aqui para dar a vocês a Pedra de Roseta para desvendar esse mistério. Traduzir Cristo é entender o mistério do universo.”
Com autoridade e coragem, esse grande embaixador de Cristo declara: “Meu Deus é mais que um monumento,” e, “Meu Deus é o Criador de todas as coisas.”
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1Dr. Ramesh Richard, A População do Céu (Moody Press), p. 70.
2Michael Behe, Darwin’s Black Box (The Free Press, 1996).
3Roy Zuck, Vital Apologetic Issues (Kregel Publications, 1995), p. 123.
4Paul Brand e Philip Yancey, (Fearfully and Wondrfully Made (Zondervan, 1980), pp. 45-46.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/12/1997
© Copyright 1997 Stephen Davey
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