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Pastores em Estilo Bíblico

Pastores em Estilo Bíblico

經過 Stephen Davey

Pastores em Estilo Bíblico

Atos 20.28

 

Introdução

Alguns anos atrás, John Stott foi o palestrante convidado no Seminário Teológico de Dallas, Texas, Estados Unidos. Ele começou uma de suas pregações sobre o papel do pastorado citando um diálogo entre a ruiva Mary Jane e Huck.

Huck estava dizendo a Mary Jane que na igreja do reverendo Wilks, o tio de Mary Jane, havia “nada mais nada menos que dezessete ministros.” “Mas,” adicionou ele, “eles não pregam todos no mesmo dia – só um prega.”

“Bom, então,” perguntou Mary Jane, “o que o resto deles faz?”

“Ah, nada,” disse Huck, “eles ficam de bobeira, coletam ofertas, e outras coisinhas... mas, no geral, não fazem nada.”

“Bom, então,” perguntou Mary Jane em grande surpresa, “para que eles servem?”

Huck replicou com confiança, “Porque, Mary Jane, eles são para estilo, você não sabe disso?... eles servem para estilo.”

Simplesmente, para quê servem os pastores? Qual é o papel do líder da igreja hoje? Será que seu papel é serviço social? Ou psicólogos? Administradores? Gurus empresariais? Será que são os especialistas em autoajuda? Será que são palestrantes motivacionais que todos ouvem uma vez por semana? Ou talvez terapeutas projetados para fazer com que todos se sintam melhor sobre a vida?

Agora, essas descrições que eu acabei de mencionar não foram inventadas. Elas são, na verdade, descrições reais de milhares de ministros nos púlpitos das igrejas hoje. Nunca antes o papel do pastor esteve tão enlameado com tanta confusão e jargão estranho às Escrituras.

Então, hoje, desejo começar a nadar contra a maré da opinião popular e, talvez, até contra algumas de suas opiniões em relação ao papel e responsabilidade do pastor.

Os Líderes da Igreja

Chamo sua atenção para Atos 20, onde paramos em nosso estudo anterior. Como introdução, desejo fazer suas declarações.

  • Primeiro, os líderes da igreja do Novo Testamento são identificados por meio de três termos ou títulos.

Todos os três termos são utilizados intercambiavelmente no Novo Testamento para se referir ao mesmo homem, o mesmo ofício.

 

 

 

Presbítero

  • O primeiro termo é “presbuteros” no grego, que é geralmente traduzido como “presbítero.”

Note o verso 17 de Atos 20.

De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja.

A palavra “presbuteros” está relacionada à responsabilidade do pastoreio. Esse é um termo provavelmente emprestado da sinagoga judaica referindo-se aos homens sábios e idosos que lideravam a sinagoga.

Bispo

  • A segunda palavra é “episkopos” no grego, que é traduzida como “bispo.”

Veja o verso 28 e observe o segundo termo: Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos.

É desse termo que derivamos a palavra “Episcopal.” A última parte da palavra “episkopos,” ou “skopos,” é a palavra grega da qual derivamos nossa palavra portuguesa “escopo.” Essa palavra está combinada com várias outras, incluindo “telescópio” e “microscópio.” Elas carregam o significado de “skopos” com bastante exatidão, que é, “analisar cuidadosamente, supervisionar intencionalmente.” Essa palavra está ligada ao papel do pastoreio. Daremos uma olhada mais de perto nessa palavra depois.

Pastor

  • O terceiro termo é “poimenos” no grego, que é traduzido como “pastor.”

Esse termo é encontrado em forma verbal nas próximas palavras do verso 28: para pastoreardes a igreja de Deus.

A forma nominal dessa palavra é usada por Paulo em Efésios 4, verso 11, como um termo categórico descrevendo o ofício por completo. Essa palavra significa, literalmente, “aquele que alimenta.”

Essa palavra resume o papel do ofício, o fervor do ofício do líder da igreja designado por Deus para guiar o rebanho. Na verdade, a mesma palavra grega é traduzida como “pasto,” termo este que está diretamente ligado com a nutrição, o cuidado e a saúde da ovelha.

Jesus Cristo restituiu Pedro depois de Pedro O ter negado. Talvez você se recorde que, por três vezes, Jesus Cristo perguntou a Pedro em João 21, versos 15 a 17: “Tu me amas?” E Pedro respondeu: “Senhor, sabes que te amo.” Jesus respondeu: “Alimente as minhas ovelhas,” “apascente as minhas ovelhas” e “alimente as minhas ovelhas.”

Esse é o papel mais negligenciado hoje. E, contudo, a Bíblia considera esse como o papel principal do pastorado. Você sabia que o papel primário do pastor/bispo/presbítero não visitar as pessoas em seus lares; não é aconselhar pessoas em seu escritório; não é evangelizar pessoas nas ruas; não é levantar fundos; não é presidir casamentos e funerais; nem mesmo dar beijinhos em bebês ou apertar mãos? Seu papel principal é alimentar o rebanho.

Agora, tudo isso que eu acabei de mencionar são atividades da igreja, não é? Então, o segundo ponto é de igual importância e responde a pergunta que você talvez tenha feito: “Bom, pastor, se você, que é o pastor, não vai fazer essas coisas, quem vai?”

  • Segundo, a liderança da igreja é identificada como uma pluralidade de homens.

Ou seja, o ofício de presbítero numa dada igreja é um ofício ocupado por mais de um homem. Anteriormente, em Atos 14, verso 23, vimos que eles instituíram presbíteros (plural) em cada igreja (singular).

Não há nenhuma evidência no Novo Testamento de que o pastor deve tocar todos os instrumentos da orquestra. Mas, deixe-me ainda adicionar isto, o exemplo da organização da igreja do Novo Testamento claramente revela um líder dentre os demais líderes. Existe um presbítero líder dentre os demais presbíteros tipificado pelo pastor/mestre.

Um exemplo disso é Tiago na igreja de Jerusalém. Tiago, a propósito, nem era um apóstolo e, entretanto, resumiu e pôs fim ao debate na igreja de Jerusalém. Timóteo, da mesma forma, era o pastor/mestre da igreja de Éfeso. Tito, o pastor/mestre, era o presbítero líder na igreja de Creta.

O ponto é que, apesar de existir a necessidade de um líder dentro os líderes, o erro comum é assumir que o presbítero líder ou pastor/mestre deveria lidar com tudo. E, pior ainda, que ele está sozinho para decidir tudo.

Uma das forças de nossa igreja tem sido o esforço combinado de homens piedosos que servem na equipe pastoral e os presbíteros leigos (anciãos eleitos de dentro da família da igreja). Desde a fundação da igreja, tenho me cercado com um grupo de homens que combinam suas forças, dons ministeriais e sabedoria para direcionar a igreja para alvos e prioridades bíblicos. E, desde o princípio, decidimos operar sobre o princípio da unanimidade. Ou seja, se não chegamos a um acordo pleno em alguma questão, levamos mais tempo para discutir e orar sobre o assunto. Lideramos pela virtude da unanimidade.

Você pode dizer: “Você está me dizendo que uma dúzia de homens se reúne numa sala e concorda em tudo e ainda se chama Batista?”

Sim! E essa é a combinação unificada da sabedoria e dons desses homens que faz de nós uma igreja que equipa os crentes a evangelizar, discipular, facilitar, cuidar e muitos mais, para a glória de Deus!

Montem Guarda para Si Mesmos!

Agora, vamos dar uma olhada no texto do livro das “ações,” no capítulo 20. Vamos começar refrescando nossa memória a partir do versos 17 até o verso 27.

De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram, jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o reino, não vereis mais o meu rosto. Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos; porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.

Nessa altura, depois de ter dito tudo sobre o seu próprio ministério, Paulo irá, agora, direcionar seu discurso para os presbíteros da igreja de Éfeso. E, ao fazê-lo, Paulo nos fornece uma descrição bíblica desse trabalho – a responsabilidade, a regra e o papel – do ofício neotestamentário do pastor/presbítero/ancião.

Primeiramente, Paulo alerta os presbíteros para que eles montem guarda para si mesmos. Veja o verso 28: Atendei por vós.

É interessante que Paulo começa alertando os presbíteros sobre a vulnerabilidade espiritual deles mesmos antes de os alertar sobre a igreja.

“Atendei,” ou, “prosecho,” no grego. Em outras palavras, cuidem de vocês mesmos; prestem bastante atenção em si mesmos. Poderíamos parafrasear Paulo dizendo: “Ouçam bem, presbíteros!”

Por que começar com os presbíteros? Se os presbíteros falharem em sua caminhada espiritual, a igreja irá sofrer. Se os presbíteros caírem em pecado, a igreja toda sofrerá com isso.

Recentemente, um oficial da igreja Episcopal foi indiciado por ter desviado mais de um milhão de dólares nos Estados Unidos. Posteriormente, em sua defesa, ela disse que foi uma espécie de insanidade que a levou fazer aquilo. Penso que, em certo sentido, ela estava correta, porque, certamente, nenhum pecado é razoável; nunca faz sentido.

O presidente de uma grande instituição da Convenção Batista nos Estados Unidos foi não somente indiciado por ter desviado milhões de dólares, mas por ter se envolvido com práticas de pornografia e prostituição.

Warren Wiersbe escreveu há vários anos atrás: “Por vários séculos, a igreja mandou que o mundo se arrependesse; agora, nesta geração, o mundo manda a igreja se arrepender.”

Então, acho interessante que o apóstolo Paulo, grandemente preocupado com o futuro da igreja de Éfeso, começa alertando os líderes da igreja.

Essa advertência também pode ser estendida a professores de salas de Escola Dominical e outros crentes que servem em qualquer outro ministério. A verdade é que às vezes é mais fácil abandonar a comunhão com Deus enquanto estamos no processo de servir a Deus. Por que? Porque o seu foco passa a ser a vida de outros, as necessidades de outros, os pecados de outros, os cuidados de outros, de forma que nos esquecemos de fazer o que Paulo, nesse verso, exortou os presbíteros a fazerem primeiro – “Atentem para si mesmos! Observe cuidadosamente sua vida.”

Se os líderes estão fracos na fé, a igreja não será levada a tomar passos de fé. Se os líderes são imaturos em seu comportamento, a igreja será marcada por lutas e discórdias. Se os líderes são tímidos em suas convicções das verdades doutrinárias, a igreja irá vacilar de uma moda evangélica para outra. Se os líderes não são homens puros com consciência sensível a pecados, a igreja não será conduzida à pureza e santidade. Se os líderes não são comprometidos com o estudo da Palavra de Deus, a igreja será alimentada com manobras de assuntos e questões interessantes, ao invés de ser alimentada com todo o conselho da santa Palavra de Deus.

Lenski escreveu:

Seja você primeiramente ensinado antes de tentar ensinar outros. Seja você a luz antes de tentar passar a luz a outros. Esteja você perto de Deus antes de tentar aproximar outros [de Deus].1

Em outras palavras, os presbíteros devem ser o padrão para o rebanho na pureza, fé e sã doutrina.

O autor de Hebreus declarou no capítulo 13, verso 7:

Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.

A conduta e o caráter do presbítero lhe concede o direito de liderar!

A propósito, muitas pessoas se revoltam com o caráter imoral de nossa nação e dos nossos governantes. Contudo, muitas de nossas igrejas possuem liderança imoral e adúltera.

De acordo com a prioridade do apóstolo Paulo, ele iria dizer: “A igreja vai conforme os seus presbíteros... os lares vão conforme a igreja... a nação vai conforme os lares.”

A igreja, hoje, clama por um avivamento em nosso governo. Eu digo, que haja primeiro um avivamento nos púlpitos de nossa nação que irão afetar a igreja, a qual influenciará os lares, cujos moradores, por sua vez, não permitirão imoralidade em suas próprias vidas, muito menos na vida de seus líderes.

A nação é um reflexo dos lares; os lares são um reflexo da igreja; a igreja é um reflexo de sua liderança.

“Cuidado, líderes! Vocês influenciam mais do que imaginam.”

Então, os presbíteros foram os primeiros alvos dessa advertência severa de Paulo.

Montem Guarda para o Rebanho

Daí, Paulo diz para os presbíteros cuidarem atentamente do rebanho! Veja a próxima frase do verso 28: Atendei por vós e por todo o rebanho.

O “rebanho” é a assembleia local, a “ekklesia” local, a igreja local de Éfeso.

Descrição de trabalho para líderes de igrejas (ou presbíteros)

Agora, Paulo começa a descrever o trabalho do presbítero.

  • Primeiro, Paulo esclarece a ordenação deles.

Continue para a próxima frase do verso 28: sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos.

Em última análise, quem é o responsável pelo homem que ocupa o ofício de presbítero? Um histórico de pais e avós servindo como presbíteros? Não. A indicação feita por um amigo bem intencionado? Não. Um voto congregacional? Não. Todos esses podem até fazer parte desse processo, mas, no final, foi o Espírito Santo soberano que o escolheu primeiramente e o constituiu um bispo.

Apenas o Espírito Santo por capacitar um homem para o trabalho. Apenas o Espírito Santo pode lhe conceder os dons necessários para a tarefa. Somente o Espírito Santo pode lhe dar forças para essa tarefa desgastante. Um homem não força ou manipula seu caminho para se tornar um pastor, presbítero ou bispo. Ele não é qualificado por causa de riquezas, posição social, conhecimento nos negócios, sucesso terreno ou talento natural. Apenas o Espírito Santo pode qualificar e chamar um homem para a responsabilidade, governo e papel. Somente o Espírito Santo pode dar ao homem o fervor com um desejo de dar sua vida para liderar, instruir, cuidar e alimentar o rebanho.

  • Segundo, Paulo não somente esclarece a ordenação deles, como também revela a supervisão deles sobre o rebanho.

Veja a mesma frase do verso 28: sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos.

O termo “bispo” no grego é “episkopos,” que significa “olhar sobre.”

Ou seja, não é o rebanho em si que consegue encontrar o pasto, mas o pastor guia o rebanho para o pasto. O rebanho não decide o que é bom para o rebanho, essa é a responsabilidade dos presbíteros.

Agora, também observamos no livro de Atos a afirmação da congregação em relação às decisões dos presbíteros. É algo maravilhoso que a família inteira esteja de acordo. É algo poderoso para o corpo mover em unidade em busca de cumprir seus objetivos bíblicos.

Todavia, a responsabilidade final de direção repousa inteiramente desse ofício dos líderes da igreja. Um dia, eles prestarão contas a Deus desse rebanho que lhes foi confiado.

Ouça as palavras que o autor de Hebreus escreveu no capítulo 13, verso 17:

Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.

Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses 5, versos 12 e 13a:

Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam...

A supervisão feita pelos presbíteros também inclui, como Paulo escreveu em Tito 1, versos 9 a 11a:

apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores... É preciso fazê-los calar...

A propósito, apesar de o rebanho ter de se submeter e seguir os líderes da igreja, a Bíblia nunca diz que o rebanho pertence aos pastores/presbíteros/bispos. Esse é o motivo por que nunca me refiro à congregação como “Meu povo.” Eles não me pertencem, nem a mim, nem a outro presbítero; eles pertencem a Deus. Os presbíteros são apenas despenseiros, aquele que zela pelos que Pedro chama em 1 Pedro 5, verso 2, “o rebanho de Deus.”

  • Terceiro, os presbíteros devem cumprir o próximo aspecto da descrição de seu trabalho; ou seja, o objetivo.

Note o verso 28b: para pastoreardes a igreja de Deus.

Que objetivo incrível – pastorear. Em outras palavras, os presbíteros devem nutrir, alimentar, guardar, liderar a igreja de Deus.

Montem Guarda para a Verdade!

Qual é a importância da igreja de Deus? Note a última parte do verso 28: a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.

Isso não somente nos informa sobre a preciosidade da igreja, mas também nos declara a divindade de Jesus Cristo. Essa última frase tem sido alvo de debates por vários séculos; entretanto, os manuscritos mais confiáveis contêm o registro: “...a igreja de Deus comprada com seu próprio sangue.”

Copistas da antiguidade pensaram que Paulo precisava ser corrigido; então, eles inseriram as palavras para dizer: “a igreja de Deus que o Senhor comprou com o seu sangue.” Outros inseriram: “A igreja de Deus que Ele comprou com o sangue de Seu próprio Filho.

Essas declarações estão corretas, mas Paulo está tratando não somente do valor da igreja, mas da natureza de Cristo. Jesus Cristo é Deus. E, já que em Jesus Cristo habita toda a plenitude da divindade (Colossenses 1.19), poderíamos dizer, como Paulo disse, quando Jesus derramou Seu sangue, esse era p sangue de Deus.

Essa frase poderia ser literalmente traduzida, “A igreja de Deus que Ele comprou com sangue que era o Seu próprio.”

Paulo continua nessa passagem alertando os presbíteros sobre os lobos que viriam para tentar destruir a igreja. E os lobos vieram – de dentro e de fora da igreja. E a questão que eles atacaram, mais do que qualquer outra, foi a divindade de Jesus Cristo. Será que Ele realmente era Deus em carne?

 

 

 

Aplicação

Marcas de uma igreja saudável

Quais são as marcas de uma igreja bíblica saudável?

  • Uma liderança fiel composta por homens piedosos;
  • Um rebanho de crentes submissos e bem alimentados.

(A propósito, como um membro do rebanho, a maior revelação de seu caráter pode não ser a sua disponibilidade em liderar, mas sua disponibilidade em seguir.)

  • Uma fé firme no Senhor vivo da igreja.

O Senhor vivo – Aquele que foi chamado de o Bispo e Pastor de nossas almas em 1 Pedro 2, verso 25; Aquele que morreu para que a igreja fosse comprada da escravidão e retirada das trevas; Aquele a quem o autor de Hebreus se refere no capítulo 13, verso 20, como, “O grande Pastor das ovelhas” – aquele homem era plenamente Deus, o Redentor e cabeça viva da igreja.

A Escola de Divindade da Universidade de Chicago, Estados Unidos, realiza, todo ano, o que eles chamam de “O Dia dos Batistas.” Esse é o dia em que os batistas da região são convidados a participar de alguns eventos porque a escola precisa das ofertas levantadas e trazidas por esses batistas.

Num desses dias, o evento era um picnic. Após o almoço, houve uma conferência e todo ano a universidade convida as “melhores mentes” para dar as palestras.

Alguns anos atrás, a Universidade convidou o “mente brilhante” Dr. Paul Tillich. Ele foi e, se você acredita, ele passou duas horas e meia tentando comprovar que a ressurreição de Jesus Cristo era falsa. Ele citou eruditos e mais eruditos, livros e mais livros. Ele concluiu que, já que não existe nenhum registro histórico literal da ressurreição de Jesus Cristo, a religião da igreja era sem fundamento, balela emocional porque se baseia num relacionamento com um Cristo ressurreto, o qual, na verdade, nunca ressuscitou dos mortos num sentido literal.

O Dr. Tillich perguntou se havia alguma pergunta. Depois de trinta segundos de silêncio pasmo, um pastor idoso de cabelo todo branco se levantou no fundo do auditório. “Dr. Tillich, tenho apenas uma pergunta,” disse ele enquanto todos se viravam para ver quem estava falando. Ele pegou uma maça que tinha guardado de seu almoço e deu uma mordida. “Dr. Tillich, minha pergunta é bem simples. Veja, eu não li os livros que você citou e também não posso recitar versos bíblicos em grego, como você fez. Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger,” já terminando sua maçã, “tudo o que eu quero saber é isto: essa maçã que eu acabei de comer estava azeda ou doce?”

Dr. Tillich parou por um instante e respondeu de maneira acadêmica: “Eu não tenho como responder sua pergunta porque não provei daquela maçã.”

Aquele pregador de cabelos brancos jogou o miolo de sua maça no saco de lixo que tinha à mão, olhou para o Dr. Tillich e disse tranquilamente: “Você também não provou também do meu Jesus.”

Davi escreveu no Salmo 34, verso 8: Oh! Provai e vede que o Senhor é bom.

O desejo de nossas igrejas e suas lideranças deve ser conhecer Aquele que é o nosso Pastor Supremo, o Bispo de nossas almas, o Cordeiro que morreu para redimir a igreja para Si mesmo, o Senhor ressurreto que voltará um dia.

 

 

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1 Lenski, Interpretation of the Acts of the Apostles, (Augsburg Publishing House, 1934), p. 846.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 31/05/1998

© Copyright 1998 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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