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Um Alerta sobre os Lobos

Um Alerta sobre os Lobos

經過 Stephen Davey

Um Alerta sobre os Lobos

Atos 20.29

 

Introdução

Eu li que a região norte da África conhecida atualmente como o Deserto do Saara foi, um dia, um local repleto de manadas de búfalo, muitos leões e antílopes. O gado pastava numa pastagem rica que agora está coberta por montanhas de areia. Com a ausência de chuva, essa terra uma vez fértil se transformou num deserto implacável e extremo. Achei interessante ler que as areias do deserto do Saara nunca estão satisfeitas. Elas estão continuamente se movendo para o sul, tomando mais e mais território africano. Na verdade, o deserto do Saara está avançando para o sul 60 metros por dia.

Contudo, existem rios que fluem das montanhas sob o deserto do Saara. Às vezes, a água do reio sobe à superfície e a terra ao seu redor se torna o que chamamos de oásis. Num oásis, a vida de vegetação, plantação e animais floresce. Desde que exista ali água, as mortíferas areias do deserto são mantidas dentro de seus limites.

A igreja de Jesus Cristo é um oásis no meio de uma terra deserta. Ela possui a água da vida, pois Jesus Cristo, o Criador da igreja, disse, como registrado em João 7, verso 37: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.

Em João 4, verso 14a, Ele disse à mulher sedenta: aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede.

A igreja de Jesus Cristo é um oásis que oferece a verdade do evangelho, a água da vida a todos os que estão morrendo de sede, a todos os que estão cativos no deserto. Mas, o deserto nunca está satisfeito. Ele espera como um bandido para roubar dentro da igreja e devastá-la.

O que guardará a igreja desses perigos? O que manterá o rebanho se alimentando em segurança no oásis fértil, livre de qualquer perigo?

Revisão

Convido você a colocar sua atenção no capítulo 20 do livro das “ações” ou Atos, onde vemos a resposta para essas perguntas. A resposta é vista na descrição do trabalho da liderança da igreja. Em nossa última discussão, falamos um pouco sobre o papel que a liderança tem de alimentar, proteger, liderar, guiar e guardar o rebanho. Observamos que existem três termos usados no capítulo 20 em referência ao mesmo ofício de líder da igreja.

Três termos usados para os líderes da igreja

  • Primeiro, o “presbuteros,” ou “presbítero,” está relacionado à responsabilidade do ofício. É um termo que provavelmente se originou na sinagoga judaica em referência aos homens idosos e sábios. Paulo se refere a esses homens como “presbuteroi” no verso 17.
  • Depois, vimos o termo grego “episkopos.” Essa palavra está ligada ao governo dos bispos de “supervisionar” o rebanho. E notamos, no verso 28, que a ordenação do bispo para a posição de supervisor é obra do Espírito Santo. Muito antes do corpo reconhecer que esses homens são qualificados e possuem o papel para liderar, o Espírito Santo já lhes concedeu o dom, forças e os preparou.
  • Finalmente, vimos o objetivo do ofício, observado no terceiro termo “poimenos.” O “poimenos,” que é traduzido como “pastor,” é uma palavra que se refere ao papel do ofício. Poderíamos facilmente traduzir “poimenos” como “alimentador.” É a mesma palavra dá origem à nossa palavra “pasto” e isso claramente denota o aspecto de liderança que todos os presbíteros realizam. Eles são pastores e devem agir como pastores que guardam, protegem, guiam e, mais importante, asseguram que o rebanho está sendo bem alimentado. Eles não servem para entreter o rebanho, mas para equipar o rebanho para a vida.

Descrição de trabalho dos líderes da igreja

Mas, o que o pastor/presbítero/bispo faz? Bom, Paulo disse aos presbíteros de Éfeso e a todas as gerações seguintes exatamente o que fazer. Você pode notar no verso 28a que ele enfaticamente afirma: Atendei por vós.

  • Ele manda que os guardiões do rebanho primeiramente guardem a si mesmos.

Muitos líderes de igrejas estão tirando uma soneca espiritual ou, pior ainda, foram seduzidos à mediocridade.

Vance Havner costumava dizer: “O diabo vai permitir que um pastor prepare uma mensagem para que ele mesmo não tenha que prepará-la.”

O mesmo é verdade para professores de escola dominical, líderes de pequenos grupos, diretores de ministérios, como também para o pastor/presbíteros/bispo. Eles podem ficar tão envolvidos com as necessidades físicas e espirituais de outros, com os cuidados de outros, os pecados de outros que acabam negligenciando sua própria vida espiritual. Eles findam se distanciando do Supremo Pastor para o qual estão tentando atrair outras pessoas.

Presbíteros, “Atentai para si mesmos.”

Note o verso 28.

Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.

  • Guardem a si mesmos e guardem também o rebanho!

Mas, Paulo por que essa urgência? Por que esse alerta?! O verso 29 nos informa o porquê.

Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho.

“Então, Paulo, você acha que eles virão mesmo?”

“Eu tenho certeza!”

“Paulo, você tem apenas uma leve impressão de que os lobos virão, não é?”

“Eu sei que eles virão!”

 

Alerta: Destruidores Vindos de Fora!

Os destruidores estão vindo! Os predadores de fora estão tentando entrar!

Jesus Cristo já tinha alertado Seus discípulos acerca dos lobos que viriam em pele de cordeiro, como registrado em Mateus 7, verso 15. Jesus alertou repetidamente Seus discípulos sobre o falso ensino de Sua época.

Paulo também alertou dizendo que os falsos mestres iriam:

  • ...levar os irmãos a se apartar da simplicidade e pureza devidas a Cristo (2 Coríntios 11.3b);
  • ...pregar outro Jesus (2 Coríntios 11.4a);
  • ...trazer um evangelho diferente (Gálatas 1.6b).

E Paulo diz em Gálatas 1, verso 9b, que esses mestres que procuram invadir a igreja devem ser: anátema!

Desde o primeiro século, os amaldiçoados lobos/falsos mestre estão prontos, batendo à porta da igreja de diversas maneiras. Alguns seduzem a igreja com mensagens prazerosas de materialismo e prosperidade; outros ameaçam a igreja com perseguição; outros convencem a igreja a comprometer seus valores; e outros pervertem a igreja por meio de seu ensino.

O caráter e conduta dos destruidores

Eu gostaria de rapidamente observar várias caraterísticas dos lobos, desses falsos mestres que tentam invadir a igreja.

 

  • Primeiro, falsos mestres negam a divindade de Jesus Cristo.

1 João 2, verso 22, nos diz:

Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.

Desde o primeiro século, a negação da divindade de Jesus Cristo tem tomado nomes diferentes. No primeiro século era chamada de Arianismo; em nosso século é chamada Mormonismo.

O Arianismo foi condenado no segundo século como uma heresia pelos líderes da igreja que criam que Jesus Cristo era Deus em carne. Estranhamente, a igreja parece hesitante em condenar as doutrinas erradas como heresias, até mesmo o Mormonismo, o qual, a propósito, está crescendo muito em número. Perguntaram ao presidente da igreja dos Mórmons recentemente numa entrevista na mídia sobre a doutrina que ensina explicitamente que Deus foi, um dia, um mero mortal que se elevou ao status de divino; o presidente da igreja dos Mórmons disse: “Eu não diria isso.. não enfatizamos isso... eu não sabia que nós ensinávamos isso.”

O que João acabou de dizer: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?

Ou seja, a eternidade e igualdade do Pai e do Filho são negadas.

João os chama de mentirosos. Se você sustenta uma mentira, por que não mentir sobre o fato de que você acredita numa mentira? Já que você, na verdade, está relacionado ao pai da mentira, o qual, ao proferir mentiras, fala sua língua materna (João 8.44).

João escreveu em 1 João 4, versos 3 e 5 e 6a:

e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo... Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve...

  • Segundo, os falsos mestres consideram a morte de Cristo na cruz como loucura.

Eles dizem: “Por que você precisa crer em todo esse negócio sobre o Calvário? Eu não sou tão ruim assim. Por que alguém precisaria morrer pelos meus pecados?”

1 Coríntios 1, versos 18 a 20, diz:

Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?

Um membro de nossa igreja me repassou um artigo que saiu num jornal. O artigo dizia:

Cinco anos atrás, um movimento feminista realizou uma conferência. Os participantes cantaram hinos à deusa Sofia ao invés de cantarem a Jesus Cristo. Eles falaram de suas divindades sendo a “Deusa Mãe, a Mãe-Terra ou o Ventre da Criação.” Uma das palestrantes que era uma professora no Seminário Teológico União, Delores Williams, anunciou: “Eu não acho que precisamos dessa teoria da expiação.” (Nós chamamos doutrina.) “Não acho que precisamos de gente pendurada numa cruz e sangue escorrendo e toda essa coisa estranha.”

Essa pobre mulher não fez nada mais que cumprir as palavras das Escrituras que dizem que aqueles que negam que Cristo é Deus também dirão que a cruz é uma loucura. A propósito, cada preletor da conferência foi abençoado no nome de Sofia. A conferência terminou com mais de mil participantes mordendo uma maçã vermelha enorme para expressarem sua solidariedade para com Eva. Eles receberam ordens de, “regozijarmos em nossa resistência, em nossa solidariedade para com todas as mulheres que buscam ser a palavra. Morder a maçã significa um compromisso pessoal em resistir as forças que nos oprimem.”

Isso é do inferno!

Paulo continua dizendo aos coríntios nos versos 23 e 24:

mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.

  • Terceiro, os falsos mestres detêm a verdade da criação e criam suas próprias especulações.

Romanos 1, versos 20 a 25, diz:

Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!

  • Quarto, os falsos mestres transformam a graça de Deus em libertinagem/lascívia.

Judas 4 diz:

Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.

Ou seja, esses são os falsos mestres que Judas irá descrever um pouco mais à frente; mas ele inicia nos dizendo que esses mestres transformam a graça de Deus em licença para pecar. A graça de Deus é pervertida em licenciosidade.

William Barclay escreveu:

Esses homens acreditavam que, já que a graça de Deus é suficiente para cobrir qualquer pecado, o homem pode pecar o quanto desejar. Ele será perdoado de qualquer maneira; quanto mais ele pecar, maior será a graça; portanto, por que se preocupar com pecado? A graça irá resolver isso. dessa forma, a graça é pervertida em justificativa para o pecado.1

Deixe-me trazer isso para a nossa realidade do dia-a-dia. Sinceramente, meus amigos, creio que a ameaça da libertinagem substituiu há muito tempo ameaça do legalismo.

Uma geração atrás, o que se podia e não podia fazer eram a definição de um Cristianismo madura – mas isso estava errado. Hoje, a falta de definição do que se pode e não pode fazer são considerados a marca de um Cristianismo maduro – e isso também está errado. Uma geração atrás, padrões em vestimenta e conduta eram necessários para que você fosse realmente espiritual – e isso não estava certo. Hoje, entretanto, nenhuma distinção de modéstia ou prudência marca espiritualidade. Por que alguém deveria se incomodar com que tipo de roupa o crente deve vestir? E isso também não está certo.

A igreja parece estar sempre balançando de um lado a outro nesse pêndulo de legalismo e  licenciosidade. Daí, ou você não pode fazer nada, ou você pode fazer tudo. E a igreja, que está pendendo mais para o lado da licenciosidade que para o lado do legalismo em nossos dias, convenientemente silencia qualquer um que se preocupa com o assunto e o chama de o irmão mais fraco.

Quer fazer um teste? Diga a um irmão que você está preocupado com algo que ele fez. Por exemplo, assistir a determinados filmes. O crente comum não teria problema algum em assistir a muitos filmes que são lançados hoje. O que um crente qualquer da igreja pensaria se você chegasse a ele e dissesse: “Escuta, nós somos crentes e estou preocupado que a sua sensibilidade ao pecado está sendo diminuída ao assistir a esse filme em particular”?

O irmãozinho diria: “De que planeta você veio? Qual o problema com filmes?”

Você responde: “Bom, pelo que sei e tenho lido, grande parte dos filmes de hoje estão cheios de violência, linguagem obscena e grande ênfase na sensualidade e sexualidade. E a Bíblia claramente ordena que o crente fuja dessas coisas.”

“Iiih! Tem um legalista em nosso meio! Você deve ser um daqueles irmãos mais fracos que ouvi falar.”

Fico pensando quantos irmãos mais fracos são, na verdade, pessoas mais santas que Deus colocou em nossas vidas para nos desafiar quanto aos nossos compromissos licenciosos.

E já que eu estou fazendo muitos amigos hoje com essa pregação, deixe-me dizer mais uma coisa. Fico me perguntando quantos pais estão “dormindo no volante” ao invés de ativamente encorajarem suas esposas e filhas no assunto da modéstia. Ei, você que é pai, se você ainda não teve longas discussões com sua filha sobre como ela chama atenção dos outros com a roupa que veste e por que ela não deveria sair de casa vestindo aquela determinada roupa, ou você está cochilando no ponto ou realmente não se importa.

Nunca me esquecerei de Charles Swindoll alguns anos atrás literalmente gritando em seu sermão: “Homens, acordem para a maneira como suas esposas e filhas estão se vestindo! Acordem!”

Isso não é legalismo, mas pastoreio!

  • Quinto, os falsos mestres não prestam contas a outros.

O versos 7 e 8a de Judas nos dizem:

como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.  8 Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo...

Uma das marcas do falso mestre é que ele não está envolvido com uma igreja local. Ele não presta contas a um corpo de crentes, um corpo de pastores – ele criou sua própria igreja, sua própria adoração, sua própria religião. E ele propaga sua própria religião através da televisão, rádio, internet e outros meios para ganhar audiência.

Eles não prestam contas a ninguém.

  • Sexto, eles exaltam a autoridade pessoal.

A próxima frase do verso 8 de Judas diz: rejeitam governo e difamam autoridades superiores.

Ou seja, eles dizem ser maiores e mais importantes que a voz dos anjos.

Parece algo empolgante; parece algo corajoso, mas esses falsos mestres não respeitam adequadamente o terror do inimigo da igreja. Muitos líderes de movimentos hoje estão dando ordens a Satanás e seus demônios, como se o que eles dizem possuísse algum poder inerente.

Acho que um dos primeiros pregadores modernos a fazer isso foi o Billy Sunday, um teólogo fraco, mas um grande pregador no início do anos de 1900. Ele chocava suas ouvintes ao conversar com o diabo como se o diabo estivesse no palco com ele. Billy Sunday dava ordens para o diabo, fazia graça dele e, por último, o condenava ao inferno. Ele até lutava boxe com o diabo e o Billy Sunday, obviamente, ganhava sempre.

O problema, contudo, é que Billy Sunday não ganhou. No final de seu ministério, as pessoas pararam de ouvir suas pregações. Parte devido ao fato de seus filhos serem alcoólatras e parte porque ele foi acusado de desviar parte do um milhão de dólares que suas cruzadas evangelísticas receberam em ofertas.

Agora, não estou dizendo que o Billy Sunday foi um falso mestre, mas sou relembrado da fascinação de nossos dias com conversas com demônios, pessoas dando ordens a Satanás e essa característica que os falsos mestres têm de exaltar a autoridade pessoal. Judas escreveu nos versos 9 e 10a:

Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda! Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem...

  • Mais uma característica, eles encontram falhas na igreja e começam seu próprio grupo de seguidores.

Veja o verso 16 de Judas.

Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros.

Os falsos mestres, no fundo, querem que as pessoas os sigam. Então, eles depreciam a igreja; fazem acusações falsas contra os pastores; encontram erros. De acordo com Judas, qual o motivo disso? Eles fazem essas coisas, “por motivos interesseiros.”

Paulo escreveu à igreja dos colossenses, no capítulo 2, verso 8:

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;

A palavra “enredar” é a palavra grega utilizada para se referir ao sequestro de alguém. Paulo diz, na verdade, “Cuidado para que nenhum filósofo ou enganador sequestre vocês da terra da luz e os leve para a terra da escuridão.”

Conclusão

Precisamos parar neste ponto e, em nosso próximo estudo, daremos continuidade a esta pregação.

Talvez você esteja pensando: “Acho que não existe chance alguma para a igreja. Parece haver tantos inimigos, tantos enganadores e muita coisa contra a igreja. O que faremos?”

Primeiramente, lembre-se que Deus comprou a Sua igreja. Deus é quem edifica a igreja. Deus concedeu dons a homens para que eles liderem a igreja. Deus comprou a igreja com Seu próprio sangue e Ele prometeu à igreja que o Espírito Santo iria habitar nela. Ele prometeu que, apesar de as portas do inferno montarem um sistema ofensivo incrível que tem estado ativo por mais de vinte séculos, a igreja não será derrotada (Mateus 16.18).

Existe uma lenda antiga sobre Leônidas, um general de Esparta que defendia a Grécia dos persas. Numa batalha, os persas eram muito maior que os gregos em número, de forma que havia 10 persas para 1 grego. Um dos generais veio até Leônidas e disse: “General, os persas são tão superiores em número a nós que se eles atirarem suas flechas para o céu, o céu vai escurecer. O que faremos?”

O general Leônidas respondeu: “Lutaremos na sombra.”

E nós também. Como um oásis cercado pelo deserto do erro que nos aperta, continuaremos a olhar para o Supremo Pastor para estudarmos a Palavra a fim de sermos cautelosos, críticos e cuidadosos em nossos pensamentos. E, por fim, como corpo de crentes e como indivíduos, como esse oásis que preserva a água da vida, ofereceremos essa água do evangelho da vida às pessoas sedentas que procuram ser libertadas do deserto do pecado.

 

 

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1 William Barclay, The Letters of John and Jude (Westminster Press, 1960), p. 180.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 07/06/1998

© Copyright 1998 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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