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Bramido de Renovação

Bramido de Renovação

經過 Stephen Davey

Bramido de Renovação

Esdras 1.1–4

Introdução

Enquanto iniciava meus estudos no livro de Esdras, ocorreu-me um pensamento: este é um estudo de homens e mulheres cujos registros foram há muito tempo esquecidos. Eles são heróis da fé cujas conquistas têm sido, em sua maioria, ignoradas pela comunidade cristã.

Para muitos de nós, o Antigo Testamento se tornou uma relíquia empoeirada do passado, ao menos, é claro, que você queira ler um Salmo ou um capítulo de Provérbios por dia. Esquecemos que Paulo escreveu ao seu filho na fé, Timóteo, dizendo-lhe sob a direção do Espírito Santo que Toda escritura é inspirada por Deus e útil para ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Timóteo 3.16–17). Até mesmo aquelas passagens mais obscuras do Antigo Testamento servem para equipar e capacitar o crente a realizar toda boa obra para a glória de Deus.

A despeito da utilidade do Antigo Testamento, o crente em geral ouve mil vezes no decorrer  da vida inteira na igreja os relatos de Noé e de Davi derrotando o gigante Golias, mas nunca ouve sequer uma vez o nome “Esdras,” muito menos “Zorobabel.” Não estou dizendo que Noé e Davi não merecem nossa atenção; mas verdades profundas de Deus são transmitidas a nós por meio das vidas de heróis esquecidos em passagens que há muito tempo começaram a juntar poeira.

Então, ao dar início a este estudo em um livro esquecido num Testamento ignorado por muitos, fico feliz de poder varrer a poeira, cavar fundo em arquivos e redescobrir as realizações grandiosas de um homem chamado Esdras.

Agora, já que em breve começaremos a ouvir os bramidos de renovação na nação, gostaria de voltar ao livro de 2 Reis e ler algumas passagens, a fim de montar o palco para essas realizações heroicas de Esdras e Zorobabel. Então, abra sua Bíblia em 2 Reis 25.1–12 para lermos sobre os eventos trágicos em torno da destruição de Jerusalém e sobre o início do cativeiro de Judá na Babilônia. Veja 2 Reis 25.1–12:

Sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela, e levantaram contra ela tranqueiras em redor. A cidade ficou sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias. Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, e não havia pão para o povo da terra, então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros perto do jardim do rei, a despeito de os caldeus se acharem contra a cidade em redor; o rei fugiu pelo caminho da Campina, porém o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou. Então, o tomaram preso e o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, o qual lhe pronunciou a sentença. Aos filhos de Zedequias mataram à sua própria vista e a ele vazaram os olhos; ataram-no com duas cadeias de bronze e o levaram para a Babilônia. No sétimo dia do quinto mês, do ano décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes. Todo o exército dos caldeus que estava com o chefe da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém. O mais do povo que havia ficado na cidade, e os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia, e o mais da multidão, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos. Porém dos mais pobres da terra deixou o chefe da guarda ficar alguns para vinheiros e para lavradores.

E acompanhe também os versos 18–21:

Levou também o chefe da guarda a Seraías, sumo sacerdote, e a Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da porta. Da cidade tomou a um oficial, que era comandante das tropas de guerra, e cinco homens dos que eram conselheiros do rei e se achavam na cidade, como também ao escrivão-mor do exército, que alistava o povo da terra, e sessenta homens do povo do lugar, que se achavam na cidade. Tomando-os, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, a Ribla. O rei da Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate. Assim, Judá foi levado cativo para fora da sua terra.

Quando lemos essas palavras, podemos sentir o desespero e contemplar o horror e tragédia desse cativeiro. Por que esse desastre aconteceu? Porque o povo de Deus recusou teimosamente seguir o Senhor. Apesar de Deus lhes ter enviado os profetas Jeremias e Isaías para adverti-los quanto ao julgamento, ainda assim, o povo, em uníssono, abafou a voz dos profetas. Até chamaram Jeremias de louco.

Mas, agora, são prisioneiros, sua nação está espalhada e a capital e o templo estão destruídos. Assim começam os 70 anos de cativeiros que Deus prometeu por boca do profeta Jeremias.

Isso nos conduz a alguns princípios significantes e válidos em qualquer sociedade e geração.

  • Primeiro: quando desobedecemos a Deus, entramos num jogo que jamais venceremos.

Se você entra no jogo da relação sexual fora do casamento, sempre perderá; se entra no jogo da pornografia, sairá perdendo; se entra no jogo da ambição profissional para subir na vida e abandonando sua família no processo, você perderá.

O povo de Israel pensou que poderia ignorar os alertas de Jeremias e Isaías: “Esses profetas não sabem nada! Podemos viver do jeito que quisermos!” Daí, chegou o horror do julgamento e perceberam, pelas lágrimas de desespero no cativeiro, que precisavam de reavivamento, renovação e restauração.

Agora, entre esses acontecimentos que lemos em 2 Reis 25 e o livro de Esdras, passam-se 70 anos. Aqueles que seguiam de perto o calendário profético estavam começando a ouvir o bramido da renovação.

Quando se aproxima o tempo de se completarem os 70 anos de cativeiro, algumas carruagens estacionam do lado de fora da Babilônia. Numa dessas carruagens está um homem que em breve receberá o título de “Dario,” dado pelo rei persa Ciro, do Império Medo-Persa. O rei da Babilônia riu de Dario e, atrás das muralhas fortificadas da Babilônia, planejou um banquete e agora participa de uma festa servida por escravos judeus. No banquete, ele até bebe vinho usando os utensílios sagrados do templo de Jerusalém e zomba do exército persa: “Quem conseguirá derrotar a poderosa Babilônia? Temos o rio Eufrates em nosso meio, provendo alimento e água sem fim. Sobreviveremos ao ataque de qualquer inimigo.”

Durante a festa, porém, de repente aparece aquela mão e escreve uma mensagem na parede. O povo treme de medo; toda festividade desaparece. O mago Daniel é convocado e interpreta a mensagem para esse rei babilônio orgulhoso, Belsazar. Ele disse em Daniel 5.26–28:

Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.

E assim aconteceu, pois naquela mesma noite os persas concluíram o projeto de desvio do rio Eufrates. Os soldados marcharam e penetraram a cidade por sob os muros, caminhando no rio com água baixa. Então, no mês de outubro, quase 2500 anos atrás, o Império Babilônio foi derrotado pelo Império Persa e seu rei, Ciro, se tornou o soberano sobre tudo.

Os prisioneiros judeus descobriram sua necessidade de renovação durante o tempo do exílio. Assim como o filho pródigo recuperou seu juízo depois de ter ido para o chiqueiro, a nação de Israel recupera o seu juízo no cativeiro babilônio.

Entretanto, é necessário mais do que mera consciência de que precisamos de renovação para que um reavivamento de fato aconteça. Isso me conduz ao seguinte pensamento: a essência da renovação é adoração.

Chamo sua atenção para Esdras 1.3. Se observar cuidadosamente o âmago da declaração do rei Ciro, verá a intenção principal de Deus com o povo de Israel:

Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.

Após 70 anos de castigo, Deus, agora, se movimenta para restaurar e renovar seu povo. Você percebeu que seu primeiro objetivo não é restaurar a economia da nação? Isso só acontecerá depois. Deus também não age para restaurar o sistema político do país. Aprendemos muito com isso. Apesar de a igreja dever se envolver na sociedade e influenciá-la com os princípios da verdade bíblica, sua maior missão não é purificar o Palácio do Planalto; ela não deve investir seus recursos e esforços com esse alvo. A restauração do sistema político não é a causa do reavivamento, mas o resultado do reavivamento.

Em seu livro Por Que A Cruz Pode Realizar O Que A Política Não Consegue, Erwin Lutzer escreveu:

Quando a Grã-Bretanha entrava numa decadência moral e espiritual; quando o Parlamento Britânico tinha que, por vezes, encerrar a sessão em pleno dia porque os membros estavam bêbados demais para continuar com suas deliberações; quando crianças trabalhavam em fábricas, rejeitadas e exploradas—Deus suscitou John Wesley para pregar o Evangelho uma vez esquecido e o reavivamento do século 18 transformou a sociedade.

Quando Deus quis que os israelitas voltassem para o Senhor, ele não reformou suas casas ou meios de transporte; ele não fez com que os persas amassem a justiça; ele não obrigou o rei Ciro a decretar que os Dez Mandamentos passariam a ser lei em toda a Pérsia. Não. Deus iniciou a renovação ao levar seu povo a focar seu tempo e energia na reconstrução do seu templo e na restauração da adoração bíblica. Somente quando o povo de Deus fica cativado e encantado com o Rei do céu é que ele consegue impactar mais reinos e a terra. C. S. Lewis escreveu que os crentes em grande parte deixaram de pensar no mundo por vir e, como resultado, se tornaram ineficientes neste mundo.

Poder Soberano sobre Um Poder Pagão

Se você se esqueceu da verdade de que reinos vêm e vão, mas o reino de Deus é eterno, depara-se com essa verdade novamente em Esdras 1. Lemos em Esdras 1.1 um verso impressionante:

No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito...

Você percebeu de quem foi a ideia para fazer o decreto? Será que veio do próprio rei Ciro? De jeito nenhum! A ideia foi de Deus.

O verbo traduzido como despertou significa “acordar, estimular a ação, abrir os olhos de alguém.” Ele foi usado em Deuteronômio 32.11 para se referir a uma águia mexendo em seu ninho. Ele também ocorre no Salmo 108.2 em relação a um instrumento sendo afinado e preparado para ser tocado.

Deus está prestes a restaurar seu próprio povo. Ele prometeu que faria isso depois de 70 anos e, agora, ele soberanamente afina o coração do rei Ciro para tocar a melodia divina. Esse acontecimento é um cumprimento do que Salomão escreveu em Provérbios 21.1:

Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina.

Deus mexe no coração de Ciro e desperta nele o desejo de deixar o povo de Israel partir de volta à sua terra.

A declaração do rei persa aparece em Esdras 1.2–4:

Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá. Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. Todo aquele que restar em alguns lugares em que habita, os homens desse lugar o ajudarão com prata, ouro, bens e gado, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém.

Agora, alguns afirmam que Ciro, evidentemente, se converteu a Yahweh, o Deus de Israel. Veja só a linguagem que ele utiliza no verso 2: o SENHOR, Deus dos céus; e no verso 3: Deus de Israel. Todavia, inscrições escritas por Ciro revelam outra história.

Numa inscrição feita para os derrotados babilônios, Ciro diz que quer que os babilônios creiam que o principal deus do panteão babilônio, Marduque, o designou para derrotar a Babilônia:

Marduque buscou em todas as nações, procurando um regente justo. Daí, pronunciou o nome de Ciro. Marduque, o grande senhor, protetor de seu povo, contemplou com prazer as boas obras de Ciro e, portanto, o mandou marchar contra sua cidade da Babilônia. Todos os habitantes da Babilônia e do império inteiro se curvaram diante de Ciro e beijaram seus pés... com profundo prazer, adoraram seu nome. Eu sou Ciro, rei do mundo, o grande rei, rei da Babilônia, rei dos quatro cantos da terra.

Obviamente, com base nessa inscrição Ciro era politeísta, ou seja, cria na existência de muitos deuses. Ainda outra inscrição fornece detalhe interessante sobre suas convicções religiosas: “Que todos os deuses, os quais repatriei às suas santas cidades, supliquem para que eu tenha uma longa vida.”

É possível dizer muita coisa correta sobre Deus, mas mesmo assim não conhecer a Deus pessoalmente. É possível usar os termos corretos sem jamais haver experimentado redenção. Esse não foi um problema de Ciro apenas na terra da Pérsia; essa é uma realidade em nosso mundo hoje e em nossa sociedade. Milhões de pessoas usam jargão religioso, carregam suas Bíblias, frequentam igrejas aos domingos e falam de maneira religiosa, mas nunca foram redimidas. Elas jamais dobraram os joelhos ao Senhor dos céus, deixando de lado suas boas obras, das quais o rei Ciro tanto se orgulhava, e disseram: “Sou um pecador. Coloco minha fé em ti somente.”

Agora, Ciro também cometeu o erro de crer em algo errado acerca do Deus de Israel. Veja a última parte do verso 3: ele é o Deus que habita em Jerusalém. Ciro pensava que Yahweh se limitava à terra de Israel; ele não sabia que Deus não era limitado geograficamente.

Esta, a propósito, é a teologia do descrente religioso: “Deus mora naquela igreja. As pessoas vão lá uma vez por semana para lhe fazer companhia. Ele se limita aos domingos, não está vivo de segunda a sábado. Ele não controla os negócios na minha vida pessoal. Ele pertence a Jerusalém.”

Não, meu amigo. Se você conhece verdadeiramente o único Deus vivo e verdadeiro, então sabe que ele é o Deus sobre toda a criação e é dono de cada canto e centímetro de sua vida. Se o conhece de fato, sabe que ele é realmente Senhor.

Agora, como o rei Ciro foi introduzido ao conhecimento de Yahweh, o Deus de Israel, de forma a pensar que ele era um Deus tão vivo quanto os seus deuses? Josefo, o historiador judeu do século primeiro d.C., nos informa que mostraram a Ciro a profecia de um profeta judeu, feita aproximadamente 150 anos antes do nascimento de Ciro. A coisa mais incrível é que a profecia incluía o nome “Ciro.” Deixe-me mostrar a você essa profecia que se encontra em Isaías 44.28. Deus diz por intermédio do profeta Isaías:

que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado.

Continue em Isaías 45.1–6:

Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão. Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e despedaçarei as trancas de ferro; dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. Por amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus o sobrenome, ainda que não me conheces. Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro.

Josefo escreveu que, quando Ciro viu essa predição incrível, escrita aproximadamente 150 anos antes mesmo de seu nascimento, ele ficou tomado de desejo e ambição para cumprir o que fora escrito.

Essa profecia de Isaías me conduz ao segundo princípio significante e válido em qualquer cultura e geração:

  • A fidelidade de Deus à sua palavra não depende de nosso entendimento.

Imagine só profetizar que um libertador chamado Ciro virá! Por várias décadas, essa profecia não fez sentido algum aos ouvidos dos israelitas. Um rei chamado Ciro fará algo de grande importância—mas quem é esse tal de Ciro? Ele só nascerá dali a 150 anos! Imagine Deus dizendo ao seu povo algo que não faz sentido, nem se cumpre, até que centenas de anos se passem.

Você pode dizer: “Bom, os israelitas deveriam ter sido pacientes. Deveriam ter crido que Deus é fiel, mesmo quando o que ele diz parece não fazer muito sentido.”

Concordo. Aplique isso agora à sua vida. Você esperaria em Deus 150 anos para esclarecer as coisas na sua família? Nós somos impacientes; não queremos lhe dar sequer um ano. Na verdade, esperar uma semana já é difícil. Preciso entender seu plano para minha vida agora!

Como é maravilhoso o fato de nosso Deus soberano não ser incapacitado por nossa falta de entendimento e que ele permanece fiel à sua palavra, mesmo quando não compreendemos o que ela diz.

  • O terceiro e último princípio válido em qualquer cultura e geração é o seguinte: a supremacia de Deus prevalece sobre o poder da humanidade.

Em Esdras 1, é impossível não perceber que Deus é aquele no controle de tudo. Deus, Yahweh, é apresentado como o poderoso rei sobre toda a terra, o Deus que move o coração do rei para agir de tal forma a cumprir seus propósitos.

Mais uma coisa que devemos considerar é a seguinte: quem apresentou o rei Ciro a essa profecia de Isaías? Quem lhe mostrou as escrituras? A Bíblia não nos informa, mas eu creio, assim como muitos estudiosos das Escrituras, que só pode ter sido um homem. Somente um homem tinha acesso ao rei; somente esse indivíduo, em todo o reino da Pérsia, tinha conhecimento das Escrituras e coragem para compartilhá-la. Foi o homem a quem Ciro nomeou seu primeiro-ministro, um homem chamado Daniel.

Pense nisso. Daniel, na verdade, aguardava a chegada de Ciro. Deus já agia muito tempo antes da vinda desse rei e Deus tem agido desde então. Nações mudaram seus limites e reinos muitas vezes desde o reino de Ciro, mas Deus permanece em total controle, realizando suas maravilhas.

Nesse relato de Esdras, existem vários personagens envolvidos no drama divino. Descobriremos cada um deles quando continuarmos nosso estudo pelo livro. O papel deles é um tanto escondido e obscuro, mas eles se encontram por trás da narrativa, escondidos nos bastidores. Existe a influência escondida de Daniel, a influência de Ester no momento exato, o papel de Zorobabel que não foi predito por ninguém, o ministério fiel de Esdras e a coragem resoluta e Neemias.

Vamos acertar logo as coisas: Deus está no controle total de todas as coisas. A história é a sua história, apresentada no palco deste mundo. A história é dele e Deus somente é o Soberano.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 14/02/1999

©Copyright 1999 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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