
Mil Vezes Prefiro A Babilônia
Mil Vezes Prefiro A Babilônia
Esdras 1.5–11
Introdução
Recentemente, um homem me contou uma história relacionada ao Holocausto e ao aprisionamento e morte de milhares de judeus no campo de concentração de Auschwitz. Achei a história incrível e pedi para que ele, se possível, verificasse a veracidade do acontecido. Pouco tempo depois, recebi uma cópia da verificação de veracidade, a qual, a propósito, foi enviada por um rabino de Jerusalém.
Esta história verídica aconteceu nesse campo de concentração de Auschwitz já perto do final da guerra. Assim como em todos os campos de concentração, havia eruditos e acadêmicos judeus em Auschwitz. Numa bela noite, dez desses grandes estudiosos organizaram um tribunal legal judeu e começaram o julgamento de Deus. Como é possível que Deus, que é totalmente bom, criasse um inferno como Auschwitz? A discussão foi de um lado a outro, até que finalmente o tribunal chegou a um veredito: “Culpado.” Deus era culpado por abandonar seu povo. Entretanto, após o término do julgamento, todos os indivíduos acomodados no galpão começaram suas orações matinais. Apesar de concluírem que Deus era culpado, eles ainda oraram ao Senhor. O rabino continuou e disse o seguinte no final do seu e-mail ao meu amigo: “Saudações de Jerusalém. Rabino Reuven Lauffer.”
Que testemunho de fé tremendo desses judeus que continuaram orando a Deus, mesmo enquanto passavam por torturas e matanças. Por outro lado, pensei, que tragédia que oravam a um Deus que acreditavam tê-los abandonado.
Se você alguma vez concluiu que Deus, de alguma maneira, desapareceu e o deixou só, a única coisa que precisa fazer é abrir seu Antigo Testamento no livro de Esdras. Ficará maravilhado ao descobrir que Deus esteve presente o tempo inteiro.
No estudo anterior de Esdras 1.1–4, observamos várias profecias que Deus havia dado e que foram cumpridas cabalmente.
A primeira delas foi Isaías 44.28: Deus sabia o nome de Ciro antes mesmo desse persa nascer, e ele sabe o seu nome também! Aproximadamente 200 anos antes do nascimento de Ciro, o governante persa que conquistou a Babilônia, Isaías profetizou a seu respeito. Lemos em Isaías 44.28:
que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado.
Josefo, o historiador judeu do século primeiro d.C., conta que, quando Ciro ouviu que essa profecia em Isaías incluía seu nome, ele ficou tomado de desejo de executar a palavra do Senhor.
Deus sabia o nome de Ciro antes mesmo desse homem nascer. Você sabe o que é maravilhoso nisso? Ele já conhecia o seu nome também! Deus já sabia onde você nasceria, onde moraria e por quanto tempo. A pergunta é: você está disposto a obedecer à palavra desse Senhor, assim como fez o rei Ciro?
A segunda profecia cumprida no relato de Esdras foi feita no livro de Jeremias: às vezes, parece que Deus deixa o mal impune, mas ele, no fim, julga o pecado. Veja o que diz Jeremias 25.12–13:
Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniqüidade do rei da Babilônia e a desta nação, diz o SENHOR, como também a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas. Farei que se cumpram sobre aquela terra todas as minhas ameaças que proferi contra ela, tudo quanto está escrito neste livro, que profetizou Jeremias contra todas as nações.
Às vezes, parece que Deus deixa o mal impune, mas ele, no fim, julga o pecado.
A terceira profecia também foi feita no livro de Jeremias: o plano de Deus para o seu povo geralmente envolve dificuldades, mas ele, no fundo, visa o nosso crescimento. Lemos em Jeremias 29.10–11:
Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.
Os planos de Deus para o seu povo geralmente envolvem ou até mesmo exigem dificuldades, mas o que Deus busca, de fato, é o nosso crescimento. Por boca do profeta Jeremias, Deus anunciou aos israelitas exilados na Babilônia: “Eu tenho um plano para vocês.”
A quarta e última profecia aparece no livro de Daniel: Deus sempre coloca seus servos no lugar certo e na hora certa para executar seus propósitos. Em Daniel 5.17–30, descobrimos que Deus colocou Daniel no coração do reino da Babilônia para que, dentre outras coisas, Daniel proclamasse a Belsazar a mensagem do julgamento de Deus exatamente na mesma noite que as tropas de Ciro invadiram a capital e conquistaram a Babilônia. O princípio que aprendemos aqui é que Deus coloca seus servos no lugar certo e na hora certa para realizar seus planos. Deus sabe quem você é, onde está e por que.
Um novo convertido me perguntou recentemente: “Por que estou aqui?” A resposta é: “Deus sabe por que.” Ele já sabia o seu começo e sabe muito bem qual será seu futuro. Na verdade, ele já esteve presente em seu futuro e voltou para conduzi-lo até ele.
A expressão Ancião de Dias em Daniel 7 é reservada somente para Deus. Ela enfatiza de forma especial a pré-existência do nossos grande Deus. Ele é o Ancião de Dias; ele precedeu qualquer dia antes que houvesse o primeiro dia; ele é mais antigo do que o tempo, pois ele criou o tempo. Essa expressão aparece num hino composto por Walter Chalmers Smith. A primeira estrofe diz:
Imortal, invisível, o único Deus sábio,
Em luz inacessível escondido de nossos olhos.
O mais bendito, mais glorioso, o Ancião de Dias.
Onipotente, vitorioso, louvamos o teu nome.
Quando Deus começa alguma coisa, ele a termina. E o que nos dá ainda mais segurança é que ele sabe perfeitamente como a terminará. Ele é o Ancião de Dias. Ele não o abandonou; é fiel à sua palavra; seus planos não podem ser frustrados, quer seja pela Babilônia ou pelo campo de concentração de Auschwitz. Lemos em Filipenses 1.6 que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
Com isso em mente, podemos dar continuidade ao nosso estudo no livro de Esdras. O rei persa Ciro faz um anúncio registrado em Esdras 1.3:
Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.
O que vemos aqui é simplesmente a supremacia de Deus revelada. O pregador e escritor Charles Swindoll escreveu em um de seus artigos:
Veja só a soberania de Deus! Aqui está um rei pagão que acabou de herdar em torno de dois ou três milhões de exilados judeus de seu predecessor. A essa altura, esses cativos já compraram casas, abriram negócios e se misturaram com a sociedade local. Esses hebreus representam grande parte da mão-de-obra e dos impostos da Pérsia. Ainda assim, Ciro diz: “Voltem para casa! Reedifiquem!”
Não é Ciro que está no controle; Deus está!
Agora, Deus despertou o coração não somente de Ciro, mas trabalhava em outros corações também. Veja o que diz Esdras 1.5–6:
Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR, a qual está em Jerusalém. Todos os que habitavam nos arredores os ajudaram com objetos de prata, com ouro, bens, gado e coisas preciosas, afora tudo o que, voluntariamente, se deu.
Podemos até sentir a animação do povo. Até o rei Ciro faz uma doação! Veja os versos 7–11:
Também o rei Ciro tirou os utensílios da Casa do SENHOR, os quais Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém e que tinha posto na casa de seus deuses. Tirou-os Ciro, rei da Pérsia, sob a direção do tesoureiro Mitredate, que os entregou contados a Sesbazar, príncipe de Judá. Eis o número deles: trinta bacias de ouro, mil bacias de prata, vinte e nove facas, trinta taças de ouro, quatrocentas e dez taças de prata de outra espécie e mil outros objetos. Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, quando os do exílio subiram da Babilônia para Jerusalém.
Por que o rei Ciro daria tanta riqueza assim? Porque, conforme lemos no verso 1, Deus despertou o espírito do rei. Foi a isso que Salomão se referiu quando escreveu Provérbios 21.1:
Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina.
Aqui está um rei pagão dando outro e prata aos seus súditos! Isso se compara ao governo enviando para mim um cheque gordo com uma bilhete, dizendo: “Faz bastante tempo que você nos tem dado dinheiro. Decidimos devolver um pouco agora.” Isso também seria um milagre! Quer os israelitas acreditassem nisso ou não, Deus iria cumprir sua palavra. Deus não abandonou o navio; ele não deixou seu povo sozinho.
Você muito provavelmente já brincou de “esconde-esconde.” Uma criança é o “pega;” ela tem que fechar os olhos e contar até 100, enquanto as demais crianças se escondem. Depois, tem que procura-las e encontra-las. Não sei você, mas quando eu era o pega e tinha que contar até 100, geralmente pulava várias dezenas para chegar logo a 99. Enfim, quando chega aos 100, o pega grita para todos do bairro ouvirem: “Lá vou eu!” Deus contou até 70... e não pulou nenhuma dezena—70 anos de cativeiro babilônio, conforme predito pelos profetas. Quando os 70 anos se cumprissem, Deus agiria para libertar seu povo. Ele cumpriria sua palavra.
Podemos calcular os 70 anos de duas formas:
- podemos contar o tempo entre a primeira leva de exilados no ano 605 até a reconstrução do altar no ano 535;
- ou podemos contar a partir do tempo que o templo foi destruído no ano 586 até sua reconstrução no ano de 516 a.C.
De qualquer forma, temos exatamente 70 anos. Deus diz: “Lá vou eu!”
Essa é, todavia, a parte da história que, apesar de animadora, entusiasmante e até cheia de aventuras, ela ainda traz consigo um céu fechado e tempestuoso. Precisamos observar cuidadosamente os detalhes de Esdras 2 para encontrar esse aspecto negativo. Após o anúncio do rei Ciro, chegamos ao verso 67 para descobrir que menos de 50 mil judeus quiseram retornar à sua terra. O rei Ciro proclamou a cerca de 3 milhões de judeus: “Vocês podem voltar para suas casas agora! Estão livres para morar em Jerusalém, livres para restabelecer a vida em sua própria nação e restaurar a adoração teocêntrica no templo. Voltem para Jerusalém!” Dos 3 milhões, 50 mil dizem: “Queremos voltar.” O restante diz, com efeito: “Mil vezes prefiro a Babilônia.”
Apesar de o livro de Esdras não relatar isso, imagino que houve grande tumulto nesse dia. Nervos ficaram à flor da pele, partidos foram tomados e acusações foram feitas nesse dia quando a maioria da população israelita decidiu ficar.
Deixe-me fazer uma pausa aqui e dizer que creio sinceramente que grande parte do tumulto no Cristianismo hoje, muito das pressões e estresses emocionais e comoções que crentes experimentam são comoções, estresses e problemas emocionais ligados diretamente ao que Deus diz em Tiago 1.8: homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos. A igreja sofre gravemente de uma esquizofrenia espiritual e o sintoma básico é expressado das seguintes formas:
- “Creio em Deus, mas prefiro a Babilônia.”
- “Creio em Deus, mas jamais arriscaria meu prestígio acadêmico ao dizer isso.”
- “Creio em Deus, mas mentirei se for necessário para que não perca um contrato.”
- “Creio em Deus, mas não o buscarei porque, se o buscar, não poderei ficar com todo meu dinheiro para mim mesmo e minha família.”
- “Creio em Deus, mas continuarei com minha intimidade sexual com meu namorado para não perde-lo.”
- “Creio em Deus, mas não mencionarei o Cristianismo para que não perca os amigos.”
- “Creio em Deus, mas prefiro a Babilônia!”
Como uma geração inteira conseguiu tomar essa decisão? Essa geração nasceu em cativeiro e estava, agora, com seus 30, 40 e 50 anos. Durante esse tempo de exílio enquanto os israelitas estavam distantes de sua terra natal, eles fracassaram em áreas de fundamental importância.
- A primeira área na qual fracassaram foi que transmitiram à geração seguinte sua linhagem familiar, mas se esqueceram da adoração dinâmica.
Os capítulos 1 e 2 de Esdras revelam que, apesar de terem passado décadas longe da terra e de o povo ter sido dispersado, os israelitas mantiveram os registros genealógicos. Todos sabiam quem foram seus pais e avôs e a qual tribo pertenciam. Eles mantiveram escrupulosamente os registros como uma declaração de sua unidade nacional e da crença de que um dia retornariam, de fato, à terra natal.
“Precisamos de sacerdotes para oferecer sacrifícios. Então, temos que saber quem eles são. Cada tribo tem direito a certos limites de terra. Então, temos que saber exatamente onde moraremos quando retornarmos. Todos nós sabemos a qual tribo pertencemos; todos sabemos sobre Jerusalém! Conhecemos bem as histórias do agir de Deus na Cidade Santa. Um dia voltaremos—espere só e veja. Um dia, voltaremos à terra de nossos antepassados... Mas espere aí um pouco! Temos que ir agora, neste exato momento?!”
Quantos crentes dizem que viverão para Cristo? “Eu viverei para Cristo!” Quantos vivem para ele no trabalho, na faculdade, na oficina, na empresa? Quantos o servem agora?
Apesar de o povo judeu ter mantido diligentemente sua identidade, eles perderam seu propósito. A história de suas tribos não tinha significado algum na Babilônia, já que as tribos foram projetadas de forma que revolvessem em torno de Jerusalém e do templo.
Entretanto, existe uma geração inteira que jamais sequer viu Jerusalém, nem adorou no templo. Eles nunca adoraram a Deus na Cidade Santa e no templo que agora se encontra em ruínas. Seus pais cresceram acostumados à Babilônia. Registros persas apontam que, nessa época, os exilados judeus tinham recebido a liberdade para montar negócios e lucrar com seus investimentos. Muitos deles até conseguiram juntar grande riqueza. Não há nada inerentemente errado com riqueza; comparado aos padrões de grande parte do mundo, muitos de nós somos ricos. Entretanto, os israelitas recebem agora a opção de ou ficar no conforto ou viajar mais de 1500 km para um montão de ruínas velhas e começar tudo de novo.
Assim, o povo escolhe os confortos do cativeiro e seus filhos adultos seguem seu exemplo. Veja bem: é impossível transmitir aos nossos filhos algo que não possuímos. Por que teríamos a visão de adorar a Deus em Jerusalém quando estamos satisfeitos com a Babilônia?
Então, primeiramente, os israelitas transmitiram aos seus filhos a linhagem de família, mas fracassaram em lhes transmitir uma adoração dinâmica.
- A segunda área na qual fracassaram foi que desassociaram o que criam de como viviam; ou seja, desassociaram crença de comportamento.
Fico imaginando o que perguntaria se fosse entrevistar um israelita nas ruas da Babilônia nessa época. A primeira pergunta que faria é: “Você crê no Deus de Israel?” “Creio sim.” “Você crê que Israel é a terra que Deus designou para seu povo habitar?” “Sim, senhor.” “Você crê que Deus deseja que o templo seja reconstruído e a adoração restaurada?” “Ah, sem dúvidas ele deseja isso.” “Bom, você estaria disposto a voltar e contribuir para que esse desejo de Deus seja realizado?” “Ah, não... eu não.”
Uma pesquisa realizada alguns anos atrás com as principais denominações do país revelaram o mesmo distanciamento entre crença e comportamento. Dos entrevistados, somente 32% criam que sua fé tinha algo a ver com seu comportamento e estilo de vida. Em outras palavras, 68% de crentes professos, de alguma forma, concluíram que aquilo que creem não se relaciona com a forma como vivem. Você está infectado com essa mesma doença?
Deixe-me ler algumas declarações que recebi recentemente:
- É engraçado como servir a Deus por uma hora é algo demorado demais, mas como um jogo de futebol passa rápido.
- É engraçado como algumas horas na igreja parecem ser uma eternidade, mas como passam rápido quando se assiste a um filme.
- É engraçado como uma nota de 20 parece muito dentro da bandeja de ofertas, mas pouco quando estamos no shopping.
- É engraçado como é difícil ler um capítulo da Bíblia, mas como é fácil ler uma obra de ficção e romance.
- É engraçado como acreditamos no que ouvimos no jornal e no que aprendemos na sala de aula da faculdade, mas como questionamos o que a Bíblia diz.
- É engraçado como precisamos de 2 semanas de antecedência para conseguir encaixar um evento da igreja em nossa agenda, mas como é fácil remanejar nossa agenda para ir a eventos sociais de última hora.
- É engraçado como não conseguimos pensar em nada para dizer quando oramos, mas conseguimos passar horas conversando com amigos.
Um crente é alguém que não somente crê na verdade, mas que está disposto a viver a verdade.
Então, a alegria de Esdras 1 é ligeiramente ofuscada pela escolha de muitos judeus de permanecer na Babilônia. Para os seus antepassados, Jerusalém tinha sido um jeito de viver; para eles, ela não passava de monturos.
A frase-chave, mais uma vez, aparece no verso 5: todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR. Você pode dizer: “Mas Deus não despertou o espírito de todos para voltar e reconstruir.” E é verdade. Deus é o iniciador; ele é o motivador. Contudo, não ignore a responsabilidade do crente.
Se ler a Bíblia o suficiente, descobrirá o mistério da iniciativa divina e cooperação humana. Deus responsabiliza cada crente por aquilo que nós recusamos fazer. Conforme diz Tiago 4.17: Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando. O que você escolheu hoje?
Lembro-me de ouvir a história anos atrás sobre dois rapazes que eram cantores talentosos. Um deles era tenor o outro barítono. Ambos eram crentes e trabalhavam em uma rádio cristã cantando músicas. Não demorou muito para que o mundo secular descobrisse o talento desses jovens e ambos receberam propostas de contrato lucrativas. Um deles assinou o contrato e não quis investir seu talento para a glória de Deus; o outro não assinou o contrato e disse que queria usar sua voz para cantar sobre seu Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Nunca ouvi sobre o homem que escolheu a Babilônia. Contudo, o homem que escolheu cantar para Cristo canta para milhões de pessoas ao redor do mundo. Seu nome é George Beverly Shea. Agora já está idoso, mas viajou por sessenta anos com Billy Graham.
Não é ironia alguma que George Beverly Shea escreveu um hino que ficou muito famoso. O título é Jesus É Melhor. Creio que podemos dizer que esse hino resume bem o objetivo de sua vida e a decisão que tomou anos atrás: buscar aquilo que é bom, agradável e perfeito. Ou, com outras palavras, buscar aquilo que é puro para Deus, aquilo que é agradável a Deus e o que produz maturidade espiritual e recebe sabedoria de Deus.
Jesus é melhor, sim, que ouro e bens.
Jesus é melhor do que tudo que tens;
Melhor que riquezas e posições;
Melhor muito mais do que milhões.
Jesus é melhor que qualquer valor;
Amigo leal, no prazer e na dor;
Melhor do que tudo, Ele é pra mim,
Melhor que qualquer amigo, enfim.
Pode ser um rei com poder nas mãos,
Mas do mal escravo, sim.
Mil vezes prefiro o meu Jesus,
E servi-lo até o fim.
Esses judeus, com efeito, cantaram por várias décadas: “Mil vezes prefiro o meu Deus.” Mas quando chegou a hora de agir, eles mudaram a letra da música e cantaram: “Mil vezes prefiro a Babilônia.” Não sei você, mas, como disse um autor: “Quero saber para onde Deus está indo para poder ir com ele.”
E pense no seguinte: o que Deus escolheu registrar para nós no decorrer deste pequeno livro de Esdras é a história daqueles que o seguiram, daqueles que cantaram claramente e em voz bem alta: “Estou deixando para trás a velha Babilônia! Mil vezes prefiro o meu Deus!”
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/02/1999
©Copyright 1999 Stephen Davey
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