
O Opus Magnum da Fé
O Opus Magnum da Fé
O Silêncio do Céu—Parte 9
Jó 18–19
Introdução
O céu da Alemanha em 1941 estava tão azul como sempre. A primavera tinha chegado, mas para milhares de judeus, trabalhando e sofrendo nos campos de concentração alemães, a esperança não passava de um fio no qual se agarravam.
Conforme o diário de um dos prisioneiros, em um campo em particular um grupo de judeus estava com o dever de carregar pedras de um lado do campo a outro. Os rumores eram o de que iriam construir um prédio. Outros diziam que as pedras eram para uma estrada. Dia após dia, os homens carregavam pedras com suas costas doloridas e corpos gemendo sob o peso. Daí, finalmente, semanas depois de haverem começado aquele projeto imenso, eles terminaram o serviço. As pedras tinham sido empilhadas formando um monte enorme e prontas para serem usadas. Naquela noite, os homens deitaram em suas camas com um senso de dever cumprido e de expectativa.
No dia seguinte, todos saíram de seus aposentos como sempre e se apresentaram. Logo receberam a nova tarefa—eles deveriam carregar as mesmas pedras para o outro lado do campo de volta para o lugar onde haviam estado no início. Abatidos, os homens começaram o serviço. Ficou evidente que o trabalho era em vão. As pedras acabaram sendo carregadas de um lado a outro várias vezes sem propósito ou finalidade. Foi aí, quando perceberam que estavam agindo em futilidade, que esses homens começaram a ceder e acabaram morrendo.
Aflição sem finalidade é um fardo pesado demais para se carregar. A perda de propósito transformou as vidas dolorosas desses homens em algo insuportável.
Li sobre algo semelhante que aconteceu com uma cidade inteira, mas em um contexto diferente. Ela foi a cidade escolhida na qual uma barragem seria construída para uma usina hidroelétrica. Essa barragem seria construída no rio e, como resultado, a cidade seria completamente inundada. Quando anunciaram o projeto, as pessoas receberam vários meses para organizarem suas vidas e se mudarem de lá. Durante esses meses, algo curioso aconteceu—obras de melhoria na cidade de repente pararam. As pessoas pararam de fazer reparos em suas casas e a prefeitura não consertava mais danos em calçadas e ruas. Dia após dia, a cidade ia ficando cada vez mais acabada. Muito tempo antes de as águas devastarem a cidade, ela já tinha a aparência de abandonada e descuidada, apesar de as pessoas ainda não haverem se mudado de lá. Um dos cidadãos disse: “Quando não existe fé no futuro, não existe poder no presente.”
Quando a perspectiva de um futuro desaparece, a vontade de realizar algo, trabalhar em algum projeto, progredir ou consertar, ou até mesmo de perseverar é abandonada. Sem um futuro ou propósito, como os ramos de uma vinha o desespero se enrola em torno do coração e sufoca a esperança.
Até onde Jó sabe, Deus lhe deu o dever de carregar pedras de um lado a outro em sua vida aprisionada. Não há propósito na vida, não há significado por trás do seu sofrimento.
Para piorar as coisas ainda mais, Bildade chega com mais uma mensagem de culpa e condenação para Jó suportar. Na verdade, ele, como Elifaz em seu segundo discurso, aumenta a pressão. A fim de arrancar uma confissão e Jó, Bildade descreve a Jó a terrível e tenebrosa morte dos pecadores.
O Poço de Medo e Ansiedade
Bildade pinta para Jó quatro cenários da morte de um pecador. Essas são imagens verdadeiras, a propósito, mas o problema delas é que são apresentadas para o homem errado. Contudo, para os que não possuem um Redentor, esse é o seu futuro.
Cenários da morte de um pecador
- O primeiro cenário é o de uma tenda escura.
Veja Jó 18.5–6 onde Bildade começa sua aula:
Na verdade, a luz do perverso se apagará, e para seu fogo não resplandecerá a faísca; a luz se escurecerá nas suas tendas, e a sua lâmpada sobre ele se apagará;
O cenário pintado para Jó é o de uma lamparina pendurada em uma tenda. De repente, a lamparina se apaga. Talvez um vento soprou por alguma abertura na tenda. Ela ainda queima por um tempo com uma chama vermelha forte, mas logo em seguida apaga, deixando o interior da tenda totalmente escuro e impossível de se enxergar alguma coisa.
Para muitas pessoas, essa é a escuridão da morte, a miséria em torno da morte que faz dela a rainha de todos os terrores.
Isso acontecerá a todos nós. Não podemos ignorá-la, nem evita-la. As estatísticas são irrefutáveis: uma de cada uma pessoa morre.
No século passado, o magnata americano William Randolph Hearst não permitia que ninguém mencionasse a morte em sua presença. Ele nunca deixava o assunto surgir—nunca. Mas, nada disso importou—ele mesmo se tornou vítima da morte.
Bildade aponta seu dedo a Jó e diz, “Jó, você está ignorando o óbvio. A luz de sua vida está prestes a se apagar e você será deixado na escuridão do julgamento de Deus.”
- O segundo cenário é o de um animal preso em uma armadilha.
Veja Jó 18.9–10:
A armadilha o apanhará pelo calcanhar, e o laço o prenderá. A corda está-lhe escondida na terra, e a armadilha, na vereda.
Em outras palavras, “Jó, você está preso! Seja honesto logo antes que você seja pego e morto.”
- O terceiro cenário é o de uma vítima perseguida.
Veja Jó 18.11–12:
Os assombros o espantarão de todos os lados e o perseguirão a cada passo. A calamidade virá faminta sobre ele, e a miséria estará alerta ao seu lado.
Ou seja, “Não há saída! Renda-se, Jó, não tem escape!”
- O quarto e último cenário que Bildade pinta é o de um túmulo esquecido.
Veja Jó 18.17: A sua memória desaparecerá da terra, e pelas praças não terá nome.
Ele começa dizendo em 18.2: Até quando andarás à caça de palavras?
E agora Jó começa sua resposta dizendo em 19.2: Até quando afligireis a minha alma e me quebrantareis com palavras?
Bildade pergunta, “Jó, até quando você vai ficar se justificando com palavras?”
Jó responde, “Até quando vocês vão ficar me executando com suas palavras?”
Enquanto Bildade descreve os horrores da morte em Jó 18—e eles são realmente terríveis—Jó responde no capítulo 19 descrevendo os problemas da vida—e eles são, de fato, perturbadores! Tantas coisas haviam sido perdidas.
É impossível não perceber o contraste entre as perspectivas desses dois homens quanto ao que realmente havia sido perdido.
Bildade considerava a perda de Jó ser a seguinte:
- Jó 18.12—força física;
- Jó 18.14—ruína financeira;
- Jó 18.17—fama e reputação.
Jó considerava outras coisas como perda e elas eram radicalmente diferentes. O que mais perturbava Jó eram as seguintes perdas:
- Jó 19.7—Jó lamenta o que crê ser a perda da justiça;
- Jó 19.8—Jó lamenta a falta de discernimento ao dizer: nas minhas veredas pôs trevas;
- Jó 19.9—Jó lamenta ter sido “despojado de sua honra;”
- Jó 19.10—Jó fica abatido com a perda de esperança;
- Jó 19.11—a perda de intimidade com Deus quebranta o coração de Jó e ele clama a Deus: me tem na conta de seu adversário;
-
Jó 19.13–19—Jó destaca as perdas em seu relacionamento com outras pessoas:
- V. 13—“conhecidos se tornam estranhos;”
- V. 14a—parentes o desampararam;
- V. 14b—amigos íntimos o abandonaram;
-
Até mesmo colegas de trabalho não são mais os mesmos:
- V. 15—minhas servas me têm por estranho;
- V. 16—meu criado não me responde;
- V. 17a—o meu hálito é intolerável à minha mulher—significando, “por causa de minha terrível situação, nem mesmo minha esposa quer se aproximar de mim;”
- V. 17b—“até meus irmãos têm repugnância de mim;”—ele perdeu o relacionamento com sua família imediata;
- V. 18—até as crianças me desprezam; sua vila inteira o despreza;
- V. 19—Todos os meus amigos íntimos me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim.
A perda de comunhão com Deus e de amizade com outros eram perdas maiores para Jó do que fama e fortuna. Bildade pensava que a perda de fama e dinheiro era o que realmente importava; Jó considerava a intimidade com Deus e seu testemunho com família e amigos perdas reais.
Qual valor damos ao nosso testemunho de pertencermos a Jesus Cristo? Isso é válido não somente para crentes como indivíduos, mas também como igreja. Será que a reputação da sua igreja está ligada a Cristo?
A nossa igreja acabou de comprar um terreno no qual construiremos as novas instalações. Algumas semanas atrás, ao invés de nos reunir no local de sempre, fizemos um culto no novo terreno antes de a construção começar.
Um homem de nossa igreja tem um colega de trabalho que de vez em quando passa com seu carro em frente à nossa igreja nos domingos pela manhã e fica preso no trânsito. No dia que fizemos o culto na outra propriedade, ele veio dirigindo e percebeu que não havia trânsito algum. O pensamento que imediatamente surgiu em sua mente foi, “Ihh, será que o tal do arrebatamento aconteceu e eu fiquei para trás?” Ele não sabia que estávamos realizando o culto em outro lugar naquele domingo.
E se o estacionamento da nossa igreja estivesse vazio próximo domingo, será que as pessoas ligariam isso ao arrebatamento? Se você não aparecesse para o trabalho segunda-feira, será que seus colegas se perguntariam se o motivo foi o arrebatamento?
Esse tipo de reputação se constrói quando se vive para coisas que realmente importam.
No caso de Bildade, o mais importante era fama, riqueza e coisas materiais. Ele diz, “Jó, se você não me der ouvidos, jamais conseguirá recuperar seu nome, riqueza e prestígio entre os poderosos do sul da Arábia.”
No caso de Jó, o que realmente importava não era algo que ele poderia colocar em sua conta bancária.
O que você, homem e pai de família, considera ser grandes perdas?
- Sua casa;
- Rendimentos financeiros;
- Aposentadoria;
- Emprego;
- Hobby;
- Saúde?
Ou:
- Sua integridade no mundo profissional;
- Testemunho para Cristo;
- Relacionamentos com família e amigos;
- Comunhão e andar com Deus?
Quais perdas realmente roubariam seu sono à noite?
Quando lemos vez após vez as coisas que Bildade pensava ser perdas reais de Jó, logo vemos que Bildade se encaixaria perfeitamente em nossa sociedade moderna. Ele estaria vendendo livros sobre administração e outros assuntos financeiros, tais como:
- Como se manter em forma física e mentalmente;
- Como evitar a ruína financeira;
- Como aumentar seu prestígio na sua sociedade e no mundo;
- Como ser procurado por outros e promovido;
- Como ser um grande influenciador em seu mundo.
Jó, todavia, diria, “Eu tive tudo isso! Agora que perdi tudo, o que mais importa são minha comunhão com o Senhor, minha integridade e meu relacionamento com família e amigos.”
A propósito, semana passada recebi um e-mail bastante parecido com isso de um casal de nossa igreja. Eles estão passando por algumas experiências de Jó. Eles perderam seus negócios e finanças, e a casa está para ser hipotecada. Contudo, o e-mail evidencia fé em Cristo e confiança na graça de Deus. Até mesmo de dentro do poço do medo e da ansiedade, esse casal chegou ao apogeu, ao clímax da certeza e da fé.
Você acredita que, no meio dessa experiência no livro de Jó, estamos prestes a ouvir nada menos que um dos apogeus da fé registrados nas Escrituras?
Veja Jó 19.23: Quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras! Quem me dera fossem gravadas em livro!
Elas serão, Jó. Pessoas têm lido sua história há milhares de anos.
Mas, “Por que, Jó? Por que você deseja que outros leiam o que você disse?”
O Apogeu da Fé e da Convicção
Observe Jó 19.25–27a:
Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros…
Esse é o apogeu da fé e da convicção! É isto: sei que o meu Redentor vive.
Uma das sinfonias mais famosas do mundo se chama Messias, uma composição de George Handel. Ela é considerada como seu Opus Magnum, uma expressão latina que significa, sua maior obra, seu empreendimento mais sublime.
Achei interessante que o Opus Magnum de Handel foi escrito em circunstâncias difíceis.
O rumor diz que Handel compôs essa obra quando estava preso na Torre de Londres por causa de uma dívida que tinha. Esse rumor não é verdadeiro, mas é verdade, sim, que, nessa época em sua vida, ele estava lutando com débitos insuperáveis.
Além disso, Handel havia recentemente sofrido um derrame—sua saúde debilitada por causa de uma vida difícil e ansiosa. O derrame paralisou o lado esquerdo de seu rosto, causando dores intensas.
Na maioria dos dias, Handel quase não conseguia sequer pagar seu aluguel e comprar comida. Ele se encontrava desesperado e desencorajado.
Numa noite no ano de 1741, deprimido e derrotado, Handel vagueou pelas ruas solitárias até o amanhecer quando finalmente voltou para seu quarto velho e acabado. Sobre a mesa estava um envelope grosso—era de Charles Jennens, um amigo que o encorajou a pegar o texto e a compor uma nova obra. Eles eram simplesmente versos da Bíblia sobre profecias e seus cumprimentos na pessoa de Jesus Cristo, o Messias.
Handel jogou as páginas ao lado e subiu na cama, mas não conseguiu dormir. Algumas palavras que tinha lido ficaram vívidas em sua mente: Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus... o povo que andava em trevas viu grande luz... é a glória de Deus... Aleluia!
Ele se levantou e foi para o seu piano; e começou a escrever.
Ele era canhoto e, por causa de seu derrame, teve dificuldades em escrever. As anotações e palavras em seu manuscrito original foram escritas de forma esquisita e com formato estranho. Mas isso não o impediu de continuar. Por três semanas seguidas ele compôs, parando somente às vezes para comer e dormir. Ele se recusou a ver outras pessoas.
Finalmente, após vinte e um dias, um amigo conseguiu entrar em seu apartamento e encontrou Handel em seu piano. Com papéis de música jogados para todos os lados e lágrimas descendo em seu rosto, Handel disse a seu amigo, “Eu creio que vi o Céu diante de mim e a grandeza do próprio Deus.”
Esse foi o Opus Magnum de Handel. Quando foi tocado pela primeira vez em Londres, o rei George se colocou de pé na hora do coro do “Aleluia!” e retirou sua coroa.
Das profundezas da ansiedade veio uma declaração de convicção. Do poço do medo surgiu o apogeu da fé.
Essa foi a declaração de Handel do Evangelho de Jesus Cristo, o Messias. Hoje, sua obra é tocada e cantada ao redor de todo mundo.
Um dos textos incorporados na obra Messias de Handel foi Jó 19.25. Antes de esse texto se tornar o Opus Magnum de Handel, contudo, ele foi o Opus Magnum de Jó.
Essa foi a conquista mais sublime da fé de Jó, “Estou no poço, mas...” Porque eu sei que o meu Redentor vive...
Características do apogeu da fé
Existem pelo menos seis características nesse Opus Magnum da fé.
- Primeiro, perceba a convicção da fé.
Lemos em Jó 19.25: Porque eu sei.
Concordo com Spurgeon que disse ao pregar nesse texto que esperaríamos que Jó não tivesse convicção de nada. Nada nas circunstâncias da vida de Jó transmitia convicção, somente incertezas. [Mas isto ele sabia], o Messias vive. Os ventos podem soprar e as tempestades rugir, mas não podem abalar esta rocha—eu sei... eu sei.
Jó não disse, “Espero” ou “Acho” ou “Talvez” ou “Pode ser.” Ele sabia!
Se Jó pôde ter essa certeza com a pouca revelação que havia recebido, e nada em forma escrita, quanto mais nós, que carregamos conosco a infalível Palavra de Deus, podemos crer com essa mesma convicção?
O apóstolo João escreveu sobre essa certeza ao dizer em 1 João 5.13:
Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.
- Segundo, perceba a posse da fé.
Jó continua no verso 25: o meu Redentor.
Jó não disse, “Sei que o Redentor da minha esposa vive,” ou, “o Redentor de meus pais vive,” ou, “o Redentor de meus avós,” ou, “o Redentor do meu professor de Escola Dominical.”
Martinho Lutero costumava dizer que a carne do Evangelho se encontrava nos pronomes possessivos. Jó disse, “Ele é o meu Redentor.
- Terceiro, perceba o foco da fé de Jó.
Também lemos nas palavras de Jó em 19.25: eu sei que o meu Redentor vive.
De onde Jó tirou o termo hebraico go’el, ou “parente-resgatador,” se não do agir e da obra de revelação do Espírito Santo?
O go’el era alguém que:
- Podia comprar um parente da escravidão;
- Tinha o direito de defender um parente no tribunal;
- Poderia se casar com a viúva de um parente chegado, dando a ela um futuro e esperança.
Muito tempo antes de Boaz se apaixonar por Rute, a viúva, e de comprar o direito de resgatar sua propriedade e toma-la como sua noiva, Jó já tinha entendido que havia um Redentor que poderia comprá-lo da escravidão, defende-lo em um tribunal e lhe dar futuro e esperança.
No poço, pela fé, Jó segurou seu coração e o colocou nas mãos de seu Parente-Resgatador.
- Quarto, perceba o alicerce da fé.
Vemos não somente a convicção da fé, a posse da fé e o foco da fé, mas também o alicerce da fé. Lemos em Jó 19.25: sei que o meu Redentor vive.
Se não fosse pela ressurreição, nossa fé seria vã, conforme Paulo escreveu em 1 Coríntios 15.
Jó não disse, “Sei que o me Redentor um dia viverá,” ou, “sei que o meu Redentor viveu no passado.” Não. Este é o alicerce do Opus Magnum de Jó: seu Redentor vive.
Ao pregar nessa passagem, Spurgeon disse o seguinte, “Pule para esta rocha! Se você está em lutas, neste momento, e ondas do pecado e da dúvida se arrebentam contra você, suba nesta rocha—Jesus está vivo!”
- Quinto, perceba a expectativa da fé.
Jó ainda diz em 19.25: sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra.
Jó disse mais do que conseguia entender; ele apresentou mais verdade sobre Cristo do que poderia começar a explicar. Do poço do desespero veio essa declaração poderosa de verdade profética.
Nós, hoje, nos unimos a Jó aguardando aquele dia vitorioso em que Cristo se levantará pessoalmente sobre a terra—quando todas as coisas estiverem sujeitas aos Seus pés (1 Coríntios 15.27).
Jó se refere a Ele como se levantando—uma imagem de Sua conquista, vitória e triunfo.
Essa é a expectativa da fé.
- Finalmente, em sexto lugar, veja a motivação da fé.
Jó diz em 19.26: Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus.
O Redentor de Jó irá não somente reinar triunfantemente sobre a terra; não somente haverá um futuro no qual Deus e o homem terão comunhão juntos como tiveram antes no Jardim—e muito mais—Jó afirma, “Estarei lá também! Eu verei a Deus!”
Não é surpresa que críticos e céticos tentam arrancar esse verso dos lábios de Jó, ou distorcer sua verdade profética clara e simples, mas ao mesmo tempo profunda. Nessa declaração de fé, existem as doutrinas da:
- Encarnação;
- Expiação;
- Ressurreição de Cristo;
- Ressurreição futura e física daqueles que seguem a Deus.
Estamos indo para casa! Não vamos para a morte, mas para a redenção—redenção completa e final na vida triunfante de Cristo, nosso Redentor.
Conclusão
Steve Lawson inclui sem eu comentário de Jó a história envolvendo Henry Morrison e sua esposa. Morrison foi um missionário um tanto famoso que trabalhou na África nos anos de 1800. Ele e sua esposa já tinham servido no campo missionário por quarenta anos. Na verdade, eles nunca haviam retornado aos Estados Unidos, seu país de origem, antes dessa viagem em particular, a qual marcou o final de seu empreendimento missionário dedicado e frutífero.
Quando o navio se aproximava do porto de Nova Iorque, o casal ficou se perguntando se alguém ainda se lembraria deles. Será que haveria alguém no porto para saudar e receber Henry e sua esposa? Isso foi antes da invenção do fax e telefones, e eles não sabiam se haveria alguém de sua missão esperando por eles nas docas.
Enquanto o navio ia se aproximando do porto, Morrison e sua esposa começaram a descer do deck superior. Ficaram admirados ao ver centenas de pessoas de pé no porto com placas que diziam, “Seja bem-vindo ao lar!” Havia banners e balões para todo lado e pessoas sorrindo, acenando com as mãos em euforia. O coração de Morrison começou a saltar em seu peito. Ele se virou para sua esposa e disse, “Olha, querida, eles se lembraram de nós... eles vieram nos recepcionar.”
Sem que eles soubessem, mantido na privacidade de seus aposentos e escondido de todos os demais passageiros, estava outro passageiro—Teddy Roosevelt. Roosevelt estava retornando de uma viagem que fizera à África para caçar. Os banners eram para ele; os amigos que acenavam sorridentes estavam todos ali por causa do presidente.
Henry Morrison e sua esposa tiveram que esperar o presidente Roosevelt desembarcar junto com sua comitiva. Havia até uma banda da marinha para recepcionar o presidente.
Henry Morrison disse, “Isso me parece injusto. Temos servido ao Senhor fielmente por todos esses quarenta anos. Servimos no anonimato, mas fomos fiéis a Deus. Teddy Roosevelt vai para a África para atirar em alguns elefantes e o mundo inteiro vem recebe-lo. Parece ser algo injusto que voltamos para o nosso lar e ninguém está aqui para nos recepcionar.”
A esposa de Morrison olhou para ele e disse, “Mas Henry, não chegamos em nosso lar ainda. Este não é o nosso lar.”
Um autor escreveu, “Se recebêssemos aqui tudo o que desejamos, nossos corações ficariam satisfeitos com este mundo ao invés de com o porvir. Deus está, eternamente, nos seduzindo para o céu e para distante deste mundo, persuadindo-nos para Si mesmo e Seu reino onde certamente encontraremos aquilo pelo que ardentemente ansiamos.”
Nosso lar não é aqui—é lá. Como saímos daqui e chegamos lá? Nosso Redentor—o Messias, Jesus Cristo.
Lembre-se somente de que, enquanto caminha para o lar, você não está apenas carregando pedras de um lugar a outro—dor sem propósito, esforço e luta sem significado. Na verdade, você está edificando uma vida que é um monumento de fé na provisão de Cristo agora e na presença visível de Cristo que está por vir.
Então, continue entoando a música de sua própria fé em Cristo. Existe um Redentor que está vivo; e Ele é meu e O verei um dia com meus próprios olhos quando Ele reinar triunfantemente em glória.
Essa é a letra do Opus Magnum de nossa própria fé em nosso Redentor, Jesus Cristo.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 17/06/2007
© Copyright 2007 Stephen Davey
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