
Finalmente, Deus Se Pronuncia
Finalmente, Deus Se Pronuncia
Quando Deus Fala—Parte 1
Jó 38.1–4
Introdução
Alguns dias atrás, recebi um artigo intitulado, “O Homem Mais Sortudo ou Azarado do Mundo... Você Decide.”
Num dia frio em janeiro de 1962, um professor de música chamado Frane Selak estava viajando de trem para Dubrovnik. O trem descarrilhou e caiu dentro de um rio de águas congelantes, matando dezessete passageiros a bordo. Selak conseguiu nadar até à margem, sobrevivendo com um braço quebrado, choque térmico e vários ferimentos, mas feliz por estar vivo.
Um ano depois, em janeiro de 1963, Selak estava viajando de avião de Zagreb para Jijeka quando uma das portas o sugou para fora da aeronave. Alguns minutos depois, o avião caiu, matando todos os passageiros. Selak, contudo, acordou em um hospital depois de ter caído sobre um montão de feno, sofrendo poucos ferimentos.
Em 1966, Selak viajava quando o ônibus no qual estava perdeu o controle e caiu dentro de um rio. Quatro pessoas morreram, mas Selak sobreviveu.
Em 1970, ele estava dirigindo quando, de repente, seu carro pegou fogo. Selak conseguiu parar e escapar logo antes de o tanque de gasolina explodir e o carro virar uma enorme bola de fogo. Ele também sobreviveu a isso.
A essa altura, os amigos de Selak já o estavam chamando de “Sortudo.” Acho que é verdade! Mas isso ainda não é tudo.
Em 1996, Selak andava de carro por uma estrada em uma montanha quando se aproximou de uma curva e viu um caminhão vindo diretamente em sua direção. Seu carro atravessou a proteção lateral da estrada em direção ao precipício, ele pulou de dentro do carro no ar, ficou preso em uma árvore e observou seu carro explodindo 100 metros abaixo.
Sabe no que pensei enquanto lia tudo isso? Nunca viaje com esse homem. Se viajar, leve um paraquedas!
Em 2004, aos setenta e cinco anos de idade, Selak tinha se tornado famoso por causa de suas fugas à beira da morte. Ele foi contratado por um canal de televisão australiano para fazer uma propaganda do Doritos. Ele aceitou, mas depois mudou de ideia e não quis viajar de avião para Sydney para fazer a filmagem. O motivo? Ele não queria testar a sua sorte.
Não podemos culpa-lo por essa decisão!
Se você tivesse vivido em tempos antigos—talvez não mais de 300 anos após o dilúvio ter coberto a terra criando novas paisagens como o Grand Canyon e as montanhas nos Himalaias, deixando um registro fóssil por todo o mundo dessa catástrofe repentina e traumática—você teria conhecido um homem chamado Jó. Seu apelido pode ser qualquer coisa, menos “Sortudo.” Na verdade, ele se tornou provérbio por ser o homem mais azarado da terra.
A situação se torna ainda mais traumática pelo fato de Jó ser um homem justo e um devoto seguidor de Deus. Sua adoração a Deus era fiel e sincera.
Contudo, sem Jó saber, Satanás tinha questionado o motivo de Jó para adoração. Na verdade, Lúcifer afirmou que a humanidade adorava a Deus somente se Deus a subornasse com coisas boas. Então Deus disse, “Tire as coisas boas que Jó tem e você verá a fé genuína desse homem.”
Isso iniciou uma série de provações severas. Jó não conseguiu escapar milagrosamente—não havia nenhum montão de feno no qual cair, ou alguma árvore para protege-lo de uma queda. Demorou apenas trinta e nove segundos para os mensageiros declararem a Jó as notícias devastadoras de que ele tinha perdido seus filhos, negócios e gado.
Não demorou muito até que Jó perdesse o encorajamento de sua esposa, bem como sua própria saúde para uma imensidão de doenças e enfermidades que incluíam febre constante, dores, úlceras, diarreia, vômito, coceira, perda de apetite e sono, além de uma tristeza profunda.
No decorrer dos sofrimentos de Jó, os céus têm se mantido em silêncio. Não há palavra alguma da parte de Deus.
Alguns dos amigos chegados de Jó vieram de longe e se sentaram com ele em silêncio abismado. Daí, eles se levantaram, um após outro, e o condenaram com um discurso após outro.
Jó perseverou em meio a tudo isso. Apesar de sua perspectiva e paciência com Deus variarem, sua fé em Deus permaneceu intacta.
Finalmente, nesse dramático conflito de sofrimento e silêncio de Deus, os discursos condenatórios terminam. Todos os homens se sentam calados, como que se estivessem exaustos.
No capítulo 38 tudo muda, pois é aí que Deus se pronuncia.
Deus Fala a Jó—Por Meio da Criação
Abra sua Bíblia em Jó 38 e veja o verso 1: Depois disso, o SENHOR... respondeu a Jó.
Essas palavras são maravilhosas, não é verdade? “O SENHOR respondeu a Jó!”
Temos esperado por esse momento; já faz uma eternidade que Jó espera por isso—um pronunciamento de Deus.
Esse discurso, a propósito, é o discurso mais longo do Senhor registrado nas Escrituras. Ele falará palavras maravilhosas de conforto, mas não como esperamos. Na verdade, Seu discurso irá surpreender completamente o crente em geral que deseja ouvir respostas rápidas e soluções instantâneas para seus problemas.
Mas veja como a voz de Deus entra nesse cenário. Leia Jó 38.1: Depois disso, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó.
Será que foi ironia o fato de a voz de Deus ter vindo de dentro da mesma coisa que antes havia tirado as vidas de seus filhos? Será que essa foi uma mensagem sutil de que até mesmo os efeitos devastadores de desastres naturais não são independentes do controle de Deus?
Creio que sim, apesar de Deus não chamar atenção para o veículo de Sua revelação.
Deus diz em Jó 38.3a: Cinge, pois, os lombos como homem.
Ou seja, “Prepare-se para uma missão difícil.”
Nos dias de Jó, quando um homem começava um trabalho físico árduo, ou quando corria ou lutava, ele puxava a parte inferior de seu manto que ficava entre as pernas e a prendia em seu cinto.
Deus diz a Jó que ele deve se preparar para uma missão difícil e desafiadora.
Essa missão era um teste. Deus diz a Jó em Jó 38.3b, “Quero que você Me ensine, Jó; quero que você Me dê algumas respostas!” Ou seja, “Prepare-se para o teste surpresa mais difícil de sua vida.”
A primeira pergunta aparece em Jó 38.4: Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.
No decorrer desse discurso, Deus faz várias perguntas a Jó. As perguntas são todas sobre a criação—todas as 77 perguntas.
Antes de prosseguirmos, quero que você entenda o que Deus não faz aqui:
- Deus não condena Jó, mas o orienta.
- Deus não se desculpa por nada que tinha acontecido.
- Deus não se justifica por ter permitido que certas coisas acontecessem.
- Deus não oferece a Jó uma explicação na qual ponderar.
- Deus nem mesmo oferece uma palavra de simpatia para esse homem aflito.
- Deus não responde à pergunta do sofrimento no mundo a alguém que está experimentando profundo sofrimento.
- Deus não explica a acusação de Satanás, nem seu envolvimento direto nas perdas de Jó.
- Deus não explica por que coisas ruins acontecem a pessoas boas e por que coisas boas acontecem a pessoas ruins.
- Por mais incrível que pareça, Deus não fornece explicação alguma a Jó; Ele simplesmente aponta para a criação.
A partir de Jó 38, quando Deus começa a confortar Jó, Ele não responde perguntas; Ele faz perguntas—77 ao todo. E Ele fará isso no decorrer de dois discursos.
- O primeiro discurso está em Jó 38.1–40.1.
- O segundo discurso está em Jó 40.6–41.34.
Diferente de nossos estudos anteriores nos quais tratamos por completo os discursos de Elifaz ou Eliú—que se estendeu por seis capítulos—quero diminuir o ritmo nessa resposta interessante de Deus. Também quero destacar as respostas de Jó.
Após a primeira bateria de perguntas de Deus, Jó responde, dizendo basicamente em Jó 40.3–4, “Não estou dizendo nada porque não sei nada.”
Isso é humildade diante de Deus.
Você já fez algum teste surpresa no qual não sabia nenhuma das respostas? Não foi exatamente seu momento mais sublime na escola, não é?
Outro dia estava conversando com meu ex-professor do Seminário Teológico de Dallas, o Dr. Dwight Pentecost. Ele foi um dos meus professores favoritos.
Ele riu quando lhe contei que ainda me lembrava de um momento em sua aula sobre Vida de Cristo. Nós usávamos o livro que ele havia escrito. O Dr. Pentecost nunca tinha suas anotações à sua frente; somente a Bíblia e a lista com os nomes dos alunos. Todas as suas aulas já estavam memorizadas.
Ele tinha o costume de olhar os nomes dos alunos na lista, escolher um e fazer uma pergunta surpresa na aula. Isso era bastante intimidador em uma turma com quarenta alunos—nunca sabíamos a resposta.
Um dia, o Dr. Pentecost chamou meu nome e perguntou, “Você pode nos dizer a significância da resposta de Cristo aos fariseus no texto de hoje?”
Não sabia a resposta e disse, “Desculpe, Dr. Pentecost, mas não sei a resposta.”
Sem nem piscar o olho, nem olhar para mim, ele disse, “Se você tivesse feito a leitura devida para hoje, teria visto que a resposta se encontra na página 278.”
Esse não foi, exatamente, o meu momento mais sublime no seminário. O Dr. Pentecost riu quando lhe contei esse acontecido inesquecível.
Jó será levado de volta à escola—para uma aula na qual ele é o único aluno—e o professor acabou de pedir que ele se levante e responda algumas perguntas. O teste de Deus inclui:
- Cosmologia;
- Oceanografia;
- Meteorologia;
- Astronomia; e
- Zoologia.
Deus perguntará Jó sobre:
- As profundezas do oceano;
- As medidas da terra;
- A origem e divisões da luz; e
- Os ciclos hidrológicos e elementos atmosféricos como neve, granizo, chuva, orvalho, gelo e geada.
Deus perguntará a Jó sobre as constelações e seus movimentos, sobre Órion e Plêiades.
Ele perguntará sobre os caminhos dos animais como leão, cavalo, corvo, veado, burro selvagem, ema, gavião e águia.
Deus irá descrever o Behemoth e Leviatã, e perguntará a Jó se ele sabe como controla-los.
Jó dirá, “Senhor, não sei nenhuma das respostas.”
Será que Deus está tentando humilhar Jó? Não. Deus tenta desenvolver em Jó maior confiança e fé em Seu poder, soberania, cuidado como Criador e graça.
Contudo, pense no fato de que ali se senta um homem devastado e doente que perdeu todos os seus filhos, saúde, família e dinheiro. Ele está falido, de luto e próximo da amargura. E Deus quer que ele pense em ema? Deus o leva ao zoológico? Mas que tipo de ajuda é essa? Que tipo de resposta é essa?
Por Que O Criacionismo é Fundamental para O Cristianismo
O que eu desejo fazer hoje é simplesmente revelar por que a criação de Deus não é algum parágrafo acidental no credo, mas uma parte vital do Cristianismo. A criação é algo absolutamente necessário ao nosso relacionamento com Cristo e sentimento de esperança em meio às provações. O criacionismo não é uma perspectiva acidental, mas uma peça fundamental da nossa salvação.
Se isso parece ser exagero, é porque a igreja sucumbiu à pressão do evolucionismo e tem ignorado as Escrituras.
Recebi um e-mail de um irmão de nossa igreja outro dia. Ele escreveu, “Nossa família, especialmente minha esposa, sente falta de nossa igreja aos domingos quando está de viagem. Ontem foi um desses domingos. Ela passou o final de semana viajando e decidiu ir ao culto em uma igreja na cidade onde estava. Aquele domingo aconteceu de ser o ‘Domingo da Transfiguração e da Evolução’ para aquela igreja. Várias igrejas ao redor do país comemoraram o ‘Domingo da Evolução” em honra ao aniversário de Charles Darwin.”
Você consegue imaginar igrejas honrando os ensinos do evolucionismo ao invés de a criação de Deus por meio de Cristo?
Esse homem continuou dizendo no e-mail que os líderes daquela igreja pregaram, na verdade, que a transfiguração de Cristo foi mais um passo no evolucionismo. Ele disse que sua esposa se levantou e foi embora durante a pregação. Muito bem!
O motivo por que os crentes em geral ficam surpresos ao descobrir o conforto de Deus através de Sua obra criativa é que a maioria dos crentes não crê que Deus tenha criado todas as coisas. Eles acreditam que tudo evoluiu com o tempo e o acaso, ou que Deus deu início ao processo e permitiu que a vida evoluísse em bilhões de anos.
Não há conforto nisso porque é fabricação humana, destrói o significado da Palavra de Deus e causa confusão com as palavras das Escrituras.
Sinceramente, não existe nada mais vital do que Gênesis 1. É contra esse capítulo que Satanás tem lançado seus ataques mais poderosos; teorias e mais teorias surgem. Na verdade, em torno de 1808, já havia catalogadas mais de 80 teorias sobre as origens.
Agora, até mesmo alguns que se dizem evangélicos estão aderindo à crença de uma terra antiga. Essa crença é a de que os dias da criação correspondem a longas eras no processo evolucionário. Um professor do Seminário Teológico de Westminster nos Estados Unidos tem propagado essa visão nos últimos anos. A perspectiva diz basicamente que alguns dos “dias” da criação em Gênesis 1 são expressões simbólicas que não têm nada a ver com tempo—é apenas poesia. A formação da terra demorou bilhões de anos e o registro bíblico é somente um arcabouço metafórico que reveste nosso entendimento científico da criação. Deus, simplesmente, guiou o processo de evolução.
Se Gênesis 1 pode ser relegado a mera metáfora porque é fantástico demais para ser entendido literalmente, então por que crer no Dilúvio, na Torre de Babel ou em qualquer outro milagre bíblico? O que dizer do nascimento virginal e da expiação de Cristo pelo pecado na cruz?
Defender o criacionismo não é uma questão secundária, mas algo vital para o crente. Permita-me fornecer algumas razões para isso.
- Primeiro, sem os seis dias literais da criação, não existe Escritura na qual confiar.
Uma das melhores formas de interpretar as Escrituras, na verdade, é permitir que as próprias Escrituras interpretem as Escrituras.
O que o resto da Bíblia tem a dizer sobre o assunto?
As Escrituras repetem a integridade da criação de Deus de Adão e Eva. A Bíblia não fala deles como amebas que por fim se transformaram em homem e mulher; a Bíblia fala da criação do homem e da mulher. O próprio Jesus Cristo disse em Marcos 10.6: porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
Paulo escreveu a Timóteo em 1 Timóteo 2.13: Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva.
Todas as passagens bíblicas que se referem ao relato de Gênesis o tratam como um evento histórico e literal. Deus é o Autor das Escrituras e Ele foi a única testemunha ocular que presenciou os primeiros elementos da criação vindo à existência do nada. João escreveu em João 1.1–2:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.
No caso de nós não termos entendido bem, João continua e diz no verso 3: Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
Toda vez que o Novo Testamento se refere à criação, ele sempre se refere a um evento passado completo—uma obra imediata de Deus, não um contínuo processo de evolução que ainda acontece.
O sistema do sábado por completo no Antigo Testamento dependia de um entendimento literal dos seis dias da criação. Veja Êxodo 20.11:
porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.
Sem uma criação literal, não existe Escritura na qual podemos confiar plenamente.
- Segundo, sem uma criação literal, não há Evangelho a pregar.
Os apóstolos pregaram o Evangelho aos panteístas evolucionistas de sua época, budistas—pois o Budismo já havia alcançado o mundo do Mediterrâneo na época de Cristo—bem como aos estoicos e gnósticos que não criam em um Deus supremo pessoal, nem numa criação especial. Esses eram os eruditos da época.
Em Atos 14, lemos que Paulo exclamou a esses filósofos e eruditos no verso 15:
…vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles;
Novamente, dessa vez em Atenas, o criacionismo faz parte da mensagem do Evangelho. Paulo pregou em Atos 17.23–26:
porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;
Como Deus fez isso? Ele é Deus.
Como Davi escreveu no Salmo 33.9, ele falou, e tudo se fez.
John Wesley escreveu, “Ele criou tudo o que existe e nem precisou da metade do esforço.”
O intelectualismo de basicamente todos os países repudia o criacionismo e alguma forma da teoria da evolução reina suprema. Os mitos do evolucionismo dominam o Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, Xintoísmo e animismo. Eles até penetram sorrateiramente no Judaísmo e no Cristianismo liberal.
Não é surpresa alguma que Satanás atacaria a Palavra de Deus nesse aspecto porque, sem a criação, a confiança nas Escrituras se perde e o Evangelho se torna impotente.
Sem criação, não há Evangelho.
Pense bem: se Gênesis 1–3 não é um relato literal das origens e Adão não foi o primeiro homem e pai de toda raça humana, então a explicação bíblica de como o pecado entrou no mundo não passa de mais um mito.
Pior do que isso, se não cremos na queda de Adão como nosso representante, então não podemos ser redimidos por Cristo, o representante dos redimidos, já que Cristo é considerado o cabeça da nova raça redimida, assim como Adão é considerado o cabeça da raça caída.
Paulo escreveu em 1 Coríntios 15.22:
Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
E Paulo enfatiza mais o assunto em Romanos 5.12–17:
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte… muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos… Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
Sem criação literal, não há Escritura na qual confiar.
Sem criação literal, não há Evangelho a pregar.
- Terceiro, sem uma criação literal, não há céu a alcançar.
A verdade é que a evolução elimina o Deus de Gênesis e o Deus de Apocalipse, o qual cria um novo céu e uma nova terra.
Esse é o mundo do porvir. A promessa de uma nova criação é retratada nas Escrituras como resultado da palavra poderosa de Deus, não de um processo de bilhões de anos.
Se você crê pela fé, conforme Hebreus 11 diz, que Deus criou tudo a partir do nada, então você não tem dificuldades em crer que Deus pode suspender a Nova Jerusalém no ar sobre o céu de Jerusalém; você não tem problemas em crer que Ele transformará o seu corpo em um corpo imortal sem pecado que pode tanto comer comida como voar.
O céu já está terminado. Deus não tem algumas ostras gigantes no céu produzindo pérolas gigantes que um dia serão os portões do céu. Não, pela palavra de Sua boca, elas já foram criadas.
Cristo aludiu à Sua capacidade de driblar os processos normais do tempo conforme Sua conveniência. Quando Ele curou os paralíticos, eles se levantaram e andaram; alguns tinham sido paralíticos desde o nascimento ou por quarenta anos. Essas pessoas não possuíam capacidade mental ou memória muscular pelas quais conseguiriam se equilibrar e andar. Mas Cristo não comente curou a doença, mas Ele depositou instantaneamente em seus cérebros e corpos todo o os elementos necessários para que pudessem caminhar (Mateus 21.14).
A cura que Cristo realizou no cego foi um ato incrível de criação. Conforme li, existem, dentro do olho humano, aproximadamente 107 milhões de células.
Mesmo com seu conhecimento limitado, Charles Darwin admitiu que o olho humano o fazia duvidar de sua teoria mais do que outra coisa qualquer.
Cerca de sete milhões de células, até onde sabemos, são como cones que disparam uma mensagem para o cérebro quando o fóton de luz cruza seu caminho. As outras 100 milhões de células são chamadas de bastonetes. Os cones são menos sensíveis à luz do que os bastonetes, mas conseguem distinguir mil tonalidades diferentes de cores.
O cérebro humano recebe milhões de relatórios simultaneamente das células do olho. O cérebro absorve, seleciona e organiza esses relatórios para formar uma imagem daquilo que olhamos.
Cristo revelou uma fração de seu entendimento da anatomia e funcionamento humanos que precisavam ser restaurados e recriados para que um cego pudesse enxergar. Demoraria séculos até que a ciência entendesse o poder surpreendente de Cristo.
Através de Cristo, Deus criou o universo, a humanidade e tudo que existe—tudo em forma adulta com capacidade para funcionar.
Cristo revelou o mesmo poder quando em um casamento, conforme você pode se recordar de João 2. O vinho acabou. Ele mandou os servos derramarem água dentro dos jarros, e depois retirar um pouco e dar para o mestre-sala. Em algum momento entre o derramar e o retirar, a água se transformou em vinho. Todas as marcas da idade e maturidade estavam presentes. Cristo completamente ignorou os processos de fermentação e envelhecimento. Ele criou vinho—instantaneamente!
Em Marcos 6, Cristo convidou os cinco mil para se sentarem em um campo. Tudo o que Ele tinha era cinco pães e dois peixes do tamanho de uma sardinha, geralmente conservados para serem comidos com pão seco a fim de ajudar a dar sabor à refeição. Ele tomou esses cinco pães e dois peixes e alimentou mais de cinco mil pessoas. Ele não plantou trigo e o esperou crescer. Ele ignorou os processos naturais do tempo e criou peixe e pão—prontos para serem comidos.
John MacArthur escreveu:
Quando Deus criou a terra e todos os seres viventes, imediatamente apareceram águias voando no céu; elefantes andando ao redor com seus marfins aparentando ter cinquenta anos de idade; montanhas, rios, cachoeiras e cânions; formações geológicas que os geólogos concluiriam que haviam sido formadas no decorrer de eras por meio do vento, água e terremotos. Mas foram todas criadas em um dia apenas. E quando Adão ergueu os olhos para o céu e contemplou aquela vastidão com milhões de estrelas brilhosas, ele viu a luz de milhões de anos-luz de distância—apesar de essas estrelas terem estado ali por somente quatro dias. A luz que ele viu era, em si mesma, parte da criação de Deus.
Como Deus fez isso? Ele falou e tudo se fez.
Aqui está um homem que perdeu tudo; e o que Deus diz? “Jó, observe algumas das coisas que Eu criei. Esse é o nível do Meu poder e providência. Deixe-me leva-lo a um passeio pela criação, desde os céus, a terra e até aos animais.”
Na mente insondável de Deus, Ele sabia que uma demonstração da majestade da criação ajudaria a acalmar o coração desse homem aflito porque elevaria Deus à posição de supremo Criador, e Jó encontraria segurança e esperança nesse Deus Criador.
A ciência ainda tenta acompanhar essa demonstração incrível do poder e design criativos de Deus.
Um dos principais estudos que apareceu no cenário foi o do DNA. A obra criativa de Deus passou a ser admirada em outro nível. Eu li que o nosso DNA possui informação suficiente para encher seis milhões de páginas, mas os filamentos são tão pequenos que caberiam em um cubo de gelo. Contudo, se o nosso DNA fosse desenrolado e juntado de ponta a ponta, ele se estenderia da terra ao sol e voltaria 400 vezes.
Isso representa o que somos; é por esse motivo que sorrimos como sorrimos e gostamos do sabor de certas coisas, dos toques e sentimentos de outras pessoas. Essa é a informação que faz de nós quem somos. Essa é a obra criativa de nosso Criador e ela nos dá valor, significado, beleza e propósito.
Deus criou tudo... Deus conhece tudo... Deus entende tudo.
Com Seu poder criativo, Cristo, ignorando os processos do tempo e realizando todas as coisas conforme a Sua vontade, sentou-se à direita da autoridade de Deus, tendo terminado o céu. Quando João contemplou o céu em Apocalipse, ele não estava em construção. Deus falou e o esplendor da cidade celestial foi completado.
Conclusão:
Lições do Discurso de Deus
Não sabemos todas as respostas, mas Deus sabe. E Deus revelará a Jó que Ele é digno de confiança, mesmo que não haja explicações ou respostas do alto.
Um universitário foi para a faculdade fazer uma prova final. Para sua surpresa, ele não sabia a resposta de pergunta alguma. Nem mesmo uma! Ele sabia que não conseguiria passar na prova, então tentou conquistar a misericórdia do seu professor com humor. Na parte de cima de sua prova ele escreveu, “Somente Deus sabe as respostas para estas perguntas. Feliz Natal!” Ele entregou a prova e foi para casa. No decorrer das férias do final do ano, logo após o Natal, o aluno recebeu sua prova corrigida pelo professor. Na parte de cima estavam as palavras em letras grandes, “Bom, nesse caso, Deus recebe um 10 e você um 0. Feliz Ano Novo!”
Jó terá que responder 77 perguntas—e elas revelarão que ele não possui respostas, mas que Deus está no controle de tudo.
Várias lições emergem desse teste surpresa de Deus a Jó. Deixe-me mencionar algumas delas.
- Primeiro, se Deus nos criou, Ele pode nos salvar; se Ele nos formou, Ele pode nos perdoar.
O que os evolucionistas destroem para sua própria perda é o único Deus pessoal capaz de toma-los e, pela Sua graça, fazer deles novas criaturas. Instantaneamente eles nasceriam de novo, membros de uma nova raça—a redimida!
O Deus que nos formou é capaz de nos perdoar.
- Segundo, se Deus é poderoso o suficiente para criar o universo, então Ele é poderoso o suficiente para controlar o universo.
Jó estava com dúvidas sobre isso; agora ele passará a ter certeza disso.
- Terceiro, se Deus foi capaz de criar esse universo em existência, Ele pode criar um universo eterno.
Meu amigo, o que estamos prestes a descobrir quando Deus começar seu conforto a Jó é que a solução para o sofrimento não é uma proposição, uma resposta ou uma explicação, mas é, na realidade, uma Pessoa.
Veja o que Pedro diz em 1 Pedro 4.19:
Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.
Nossa esperança no sofrimento está presa à verdade de que Deus é o Criador.
- Deus criou tudo o que existe.
- Deus controla tudo o que Ele criou.
- Deus usa tudo o que criou para cumprir Seus propósitos eternos.
Nós podemos confiar nEle. Por quê? Porque Ele é o Deus Criador.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/10/2007
© Copyright 2007 Stephen Davey
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