
Água Ilimitada
Água Ilimitada
João 7
Introdução
Abra sua Bíblia comigo em João capítulo 7. Começaremos com os versos 1 e 2:
Passadas estas coisas, Jesus andava pela Galiléia, porque não desejava percorrer a Judéia, visto que os judeus procuravam matá-lo. Ora, a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava próxima.
Precisamos primeiro entender que essa Festa era uma das três festas obrigatórias na nação judaica. Qualquer homem que morasse no raio de trinta quilômetros tinha que participar. Poderia até ser um fardo, mas, na verdade, era um tempo de celebração pelo tempo de colheita. A festa também servia como um memorial da provisão de Deus quando os antepassados israelitas foram libertos da escravidão no Egito e peregrinaram por muito tempo no deserto. Como parte desse memorial, o povo fazia pequenas cabanas de folhas de palmeiras e dormia nelas, sob as estrelas, por sete noites, lembrando-se de como seus antepassados viveram como escravos fugitivos. Era um tempo especial de celebração e Jerusalém transbordava de homens, mulheres e crianças que iam participar da festa.
A Família de Jesus
Continue até o verso 3:
Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa este lugar e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
Agora, talvez você tenha notado uma menção aos irmãos de Jesus. Mateus 13, verso 55 nos informa os nomes dos quatro irmãos de Jesus. Apesar de não fornecer os nomes, o verso 56 continua dizendo que Jesus ainda tinha mais de uma irmã. Já que Jesus nasceu de uma virgem, ele não seria considerado filho biológico de José, mas era filho legal de José. Os outros filhos de José e Maria eram, portanto, meios-irmãos e irmãs de Jesus. A doutrina da perpétua virgindade de Maria não é bíblica. Tanto Mateus como Marcos nos dizem que José e Maria tiveram pelo menos sete filhos.
Agora, a Bíblia registra os maus sentimentos entre Jesus e o resto do grupo. Veja João 7, verso 5: Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.
- Os irmãos de Jesus pensavam que ele era uma fraude, um jovem em busca de poder e popularidade.
Como eu sei disso? Volte ao verso 4 para termos uma ideia:
[Disseram a Jesus] Porque ninguém há que procure ser conhecido em público.
Em outras palavras: “Espera aí, se você está em busca dos holofotes, pare de andar nos buracos insignificantes da Galileia e vá para a cidade grande, vá para Jerusalém!” Eles acusam Jesus de apenas estar em busca de popularidade.
- Em segundo lugar, os irmãos de Jesus duvidavam da credibilidade dos seus milagres.
Veja a última parte do verso 4: Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Não há nada mais doloroso do que ser considerado pela própria família como um doido. “Esse negócio de Cristianismo... Cara, você ficou meu maluco e fanático com isso?” Ainda pior, muitos dizem: “Ah, se você é fraco e precisa de Jesus, tudo bem! Eu consigo viver sem essa muleta chamada Jesus....” E você deseja ardentemente que eles saibam que Jesus não é uma muleta, mas a solução para o problema do pecado, a cura para o pecado.
Princípios de Encorajamento
Deixe-me retirar dois princípios de encorajamento a partir desse exemplo de Jesus.
- O primeiro princípio é: se você está enfrentando pressão da família, lembre-se das duas maneiras como Jesus lidou com o problema.
- Jesus nunca retaliou ou revidou na mesma moeda. “Cai fora! Eu sei que vocês estão só zombando de mim! Vocês não são santinhos. Se alguém precisa de um Messias, com certeza são vocês!”
Ele não revelou as inconsistências de seus irmãos, apesar de eles terem tentando revelar as de Jesus. A frase-chave se encontra no verso 4:
Porque ninguém há que procure ser conhecido em público e, contudo, realize os seus feitos em oculto.
Você sabe qual é a grande dificuldade em ser menosprezado por causa da fé? Você sabe muito bem quais os problemas pelos quais estão passando, o orgulho e as intrigas, a frustração e o materialismo, etc. “Ei, você aponta o meu pecado, mas deixe-me mostrar o seu também!”
Jesus poderia muito bem ter se virado para Tiago e dito: “Ei Tiago, sei muito bem o pensamento perverso que você teve ontem! Sei como você foi grosso e estúpido com aquele homem semana passada. Você diz que eu tenho problemas, mas deixe-me mostrar os seus problemas....”
- Jesus nunca menosprezou ou rebateu a religião de seus irmãos.
Podemos pensar que, pelo fato de se tratar dos meios-irmãos de Jesus, eles seriam o grande alvo dos seus maiores e mais poderosos discursos e mensagens perturbadoras. Você já parou para pensar que não existe registrada nem sequer uma mensagem que Jesus tenha pregado para sua família? Pensamos que, com certeza, Jesus despejaria todo o conhecimento no quintal de casa a respeito de sua divindade. Claro que ele realizaria algum milagre particular para comprovar que o Judaísmo era coisa do passado! Mas o que ele faz? Ele os encoraja a ir a uma festa da qual ele mesmo é o cumprimento!
A solução não é mudança de religião. Existem muitas pessoas hoje nas igrejas que morrerão e irão para o inferno. O problema é resolvido por meio de um encontro pessoal com Jesus Cristo, o Deus vivo, vitorioso, intercessor e Cabeça da igreja.
Agora, não estou sugerindo que você não evangelize sua família. Evangelize sim! Não pregue para eles, mas testemunhe de forma amorosa e compassiva, desviando toda raiva e possíveis debates, discussões e ataques pessoais. E lembre-se: seus familiares são as pessoas mais difíceis que você evangelizará neste mundo. Portanto, siga cuidadosamente o exemplo de Jesus.
- O segundo princípio de encorajamento é: se você está experimentando atrito familiar por causa de sua fé, lembre-se de que Jesus prometeu isso.
Pessoas às vezes chegam até mim e dizem: “Ah, o Cristianismo não pode ser a solução, pois tem dividido famílias e separado entes queridos....” Jesus disse que isso aconteceria.
Existem pessoas na nossa igreja que se converteram e eu as batizei, mas seus familiares não foram assistir à cerimônia de batismo porque diziam que eles estavam abandonando a herança familiar e traindo o passado.
Veja o que Jesus disse em Lucas 12, versos 51 a 53:
Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão. Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três. Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra.
Lembre-se: Jesus experimentou essa verdade antes de todos nós. Quando as pessoas que você ama e das quais você procura aprovação menosprezarem você e sua fé, lembre-se de que Jesus sentiu o mesmo que você sente; ele passou pela dificuldade da rejeição da sua própria família. Portanto, quando estiver no meio disso, traga à memória o exemplo amoroso e compassivo de Jesus.
Perspectivas a Respeito de Jesus Cristo
Agora, essa intriga de família expandiu, na verdade, para um debate nacional. Toda a população está comentando sobre Jesus. As mulheres no mercado conversam sobre o último milagre; os líderes religiosos estão numa reunião, traçando uma estratégia para silenciar Jesus e seus milagres; os aldeões pobres têm a enorme esperança de que este seja, de fato, o Messias.
Em João 7, você deveria sublinhar os versos 12 e 43, pois servem como duas capas para o conteúdo deste capítulo. O capítulo começa com murmuração e termina com divisão. No meio, existem pelo menos sete perspectivas diferentes sobre Jesus Cristo. Ele é:
- apenas um homem bom (v.12);
- um enganador (v.12);
- um mestre conhecedor (v.15);
- um lunático paranoico (v.20);
- um grande operador de milagres (v.31);
- um profeta (v.40); e
- o Messias (v.41).
Eu imagino que esse capítulo resume bem todas as possíveis visões a respeito da Pessoa de Jesus. Aqui também se encontra a sua própria opinião, expressada por alguém há mais de dois mil anos. A questão é: qual é a sua perspectiva sobre Jesus?
Das sete opiniões mencionadas, quero gastar um pouco mais de tempo na primeira—a de que ele era apenas um homem bom.
Vamos começar lendo os versos 10 a 12:
Mas, depois que seus irmãos subiram para a festa, então, subiu ele também, não publicamente, mas em oculto. Ora, os judeus o procuravam na festa e perguntavam: Onde estará ele? E havia grande murmuração a seu respeito entre as multidões. Uns diziam: Ele é bom.
Motivos por que Jesus não pode ser apenas um bom homem
Agora, vamos parar aqui um pouco. Existem muitos motivos porque Jesus ou era Deus ou era um homem mau, mas ele não pode ter sido apenas um homem bom. Deixe-me explicar rapidamente por que:
- Se Jesus Cristo não era Deus, então ele era um enganador, um impostor.
Por quê? Porque ele declarou que podia perdoar pecados. Pense sobre isso um instante. Se um de vocês roubou algo de mim, isso seria um pecado. Eu digo: “Se você confessar esse pecado a mim, eu perdoo.” Ou suponha que alguém me dê um soco no rosto. Se ele se desculpar e me levar ao médico, posso dizer: “Tudo bem, você está perdoado.” MAS, se essa pessoa tivesse roubado algo seu e dado um soco no seu rosto. Daí você viesse até mim e dissesse: “Olha, ele me deu um soco e roubou minha carteira.” O que você faria se eu dissesse: “Não tem problema, eu já o perdoei por isso!” Eu não tenho nenhum direito de perdoá-lo—ele não pecou contra mim!
Bom, aqui está Jesus Cristo dizendo que tem o poder e a autoridade de perdoar pecados não só cometidos contra ele, mas contra cada pessoa na face da terra. Que declaração poderosa! Ele disse à uma mulher, em Lucas 7, verso 48: Seus pecados foram perdoados. Também disse em Marcos 2, verso 5: Meu filho, os teus pecados estão perdoados. Os que viram isso, disseram no verso 7 do mesmo capítulo: Por que fala ele deste modo?... Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?
A questão é exatamente essa. Ou Jesus era Deus, ou ele não era um bom homem, mas apenas um impostor e enganador.
- Segundo, se Jesus Cristo não era Deus, então ele era um tremendo egocêntrico.
Certa vez, perguntaram a Jesus em João 8, verso 53: És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? No verso 58 ele responde:
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.
Veja o seu ensino. Quem era o assunto principal? Ele mesmo!
Em João 10, verso 9, ele disse: Eu sou a porta. Em João 14, verso 6, ele disse: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Numa ocasião, ele afirmou que o Antigo Testamento foi escrito só por causa dele! Se ele não era Deus, era um egomaníaco e, portanto, não era um bom homem.
C. S. Lewis escreveu:
Você pode calar a boca dele dizendo que foi um imbecil; pode cuspir nele e matá-lo, dizendo que era um demônio; ou você pode cair aos seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas não venha com essa besteira complacente de que ele foi somente um grande mestre humano. Ele não deixou isso como uma opção para nós. Você precisa fazer uma escolha. Ou esse homem era e é o Filho de Deus ou era um lunático.
Quem é Jesus?
Volte agora para João 7, versos 14 a 16:
Corria já em meio a festa, e Jesus subiu ao templo e ensinava. Então, os judeus se maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter estudado? Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou.
Agora, veja cuidadosamente o verso 17:
Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.
“Ou, se eu acabei de inventar essa doutrina.”
Você percebeu? O seu discernimento acerca das verdades bíblicas depende de sua obediência ao autor da Bíblia. Em outras palavras, sua habilidade de entender a Palavra de Deus está relacionada à sua habilidade de obedecer à vontade de Deus.
Portanto, muitas pessoas hoje nunca conhecerão a vontade de Deus. Por quê? Porque se conhecessem, não a seguiriam de qualquer forma. Então por que Deus se importaria em revelá-la?
Veja novamente o verso 17: Se alguém quiser fazer a vontade dele. A palavra quiser vem do grego thelo, e é uma palavra com um sentido muito forte. Significa “cercar com a mente ou estar resolvido.” Então, em última instância, esse era um grande desafio aos líderes judeus. Eles criam que conheciam “a palavra e a vontade de Deus.” Mas Jesus está dizendo que eles são analfabetos nisso. Esse é o significado do verso 19:
Não vos deu Moisés a lei? Contudo, ninguém dentre vós a observa. Por que procurais matar-me?
Nesse ponto, a multidão entra na discussão. Veja o verso 20:
Respondeu a multidão: Tens demônio. Quem é que procura matar-te?
Em outras palavras: “Você está doido! Quem está querendo mata-lo?” Mas Jesus sabia da conspiração secreta. Volte a João 5, verso 18:
Por isso, pois, os judeus...
(essa é uma referência aos líderes judeus, não à nação como um todo).
...ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
Agora, veja os versos 28 e 29 do capítulo 7:
Jesus, pois, enquanto ensinava no templo, clamou, dizendo: Vós não somente me conheceis, mas também sabeis donde eu sou; e não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro, aquele a quem vós não conheceis. Eu o conheço, porque venho da parte dele e fui por ele enviado.
E o verso 30:
Então, procuravam prendê-lo; mas ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora.
Por que prendê-lo? Porque ele reivindicava ser igual a Deus.
Agora, o parágrafo seguinte, versos 30 a 36, inclui uma advertência profética. Veja os versos 33 e 34:
Disse-lhes Jesus: Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou. Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir.
Mas Jesus disse: Buscar-me-eis e me achareis. Agora, em João 7, verso 34, ele diz: Haveis de procurar-me e não me achareis. O equilíbrio é fornecido pelo profeta Isaías, quando escreveu: Buscai ao Senhor enquanto se pode achar.
Aqui está uma nação alvoroçada com o debate se irá ou não aceitar as declarações messiânicas de Jesus. E Jesus os adverte: “Um dia, será tarde demais.” Jesus está dizendo: “Vocês se agarram à Lei, mas um dia essa mesma Lei irá julgá-los ao invés de salvá-los. Vocês pensam que estão seguros, mas um dia a Lei irá condená-los!”
Alguns séculos atrás, perto do final do século doze, o rei da Escócia Robert Bruce estava sendo perseguido por soldados ingleses. Quando percebeu que os soldados se aproximavam, ele deixou o caminho e entrou na floresta densa, procurando despistá-los. Correu quilômetros e quilômetros. Mas, depois quando pensava ter escapado da vingança do Rei Eduardo, ele ouviu um barulho que disparou seu coração. Era o latido de seus próprios cães farejadores. Os ingleses, temendo que perderiam Robert Bruce de vista, soltaram seus próprios cachorros para segui-lo. Os animais, que deveriam fielmente proteger seu dono, iriam, na verdade, conduzir os ingleses a capturá-lo e matá-lo. Desesperado e cansado, ele tropeçou e caiu num rio profundo e cristalino que cortava a montanha. A correnteza o conduziu ao outro lado da floresta, onde se escondeu, ainda ouvindo os latidos dos cachorros que não podiam mais farejá-lo, pois seu cheiro havia sido dissipado pela água do rio. Robert Bruce conseguiu escapar.
A Lei, que deveria ser boa para nós, na verdade nos trai e condena. Meu amigo, você pensa que está seguro—sua igreja, suas obras, sua moralidade, sua ética o salvarão. Um dia, essas coisas o caçarão, assim como aqueles cães farejadores fizeram com Robert. Você estará perdido, até que caia dentro de uma corrente de água limpa que o lavará de todo o cheiro de pecado para sempre.
Se eu fosse Jesus, teria pegado minhas coisas e saído dali depois de ter deixado aquela advertência. Mas Jesus ainda não tinha terminado. Algo maravilhoso está prestes a acontecer. Continue no capítulo 7, verso 37:
No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
Quero que você entenda bem essa cena. A água era parte fundamental na festa. Todo dia da festa, o sacerdote pegava uma jarra de ouro e desfilava pelas ruas de Jerusalém até chegar ao Tanque de Siloé, onde enchia a jarra de água e retornava, passando pelo Portão das Águas, enquanto o povo cantava Isaías 12, verso 3, que diz: Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação. A água, então, era levada ao templo e derramada sobre o altar. Isso representava a água que saiu da rocha no deserto, dando de beber aos israelitas na sua peregrinação.
No último dia da festa, que é o contexto do verso 37, o povo juntava suas folhas de palmeiras com as quais tinham feito suas cabanas. Depois, seguiam o sacerdote pelas ruas da cidade quando ia pegar a água. Na volta, eles marchavam sete vezes ao redor do altar, onde a água seria derramada. Juntamente com o cântico de Isaías 12, eles também entoavam uma oração, que dizia: “Traga-nos agora a salvação!”
Com esse pano de fundo, de repente, a voz de Jesus Cristo ecoa nos ares, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Em outras palavras: “Deus respondeu as suas orações! Ele está trazendo a salvação! Da mesma forma como os israelitas foram salvos no deserto pela água da rocha, o Cristo também oferece a água da vida eterna.” Esse é um convite aberto a todos. A água da vida é oferecida.
Veja o verso 38:
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
Isso é:
- uma referência a Cristo, a rocha ferida (Salmo 78.20);
- um desafio para receber o presente da vida eterna e, creio eu, a implicação ainda é maior do que essa;
- uma promessa de cumprimento e satisfação.
Veja o verso 39:
Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.
Agora, se você combinar esse verso com a palavra interior do verso 38, acho que dará para entender melhor. A palavra interior no verso 38 se refere ao centro das emoções na cultura judaica, que era os rins. Frequentemente, os judeus se referiam à barriga como sinônimo dos rins, o centro da emoções. Para nós ocidentais, o local das emoções é o coração. Por isso, escrevemos um cartão romântico e dizemos: “Te amo de todo o meu coração!” Em Israel, você diria: “Te amo de todo os meus rins!” ou “De toda a minha barriga!” Na cultura judaica, o local onde as emoções eram sentidas, onde os desejos eram ansiados, era na barriga.
Portanto, Jesus está dizendo: “Se você beber da água viva, da mesma forma como a água desce à sua barriga, também o Espírito virá, enchendo e satisfazendo seus desejos mais interiores, íntimos, profundos.”
Bom, o capítulo termina da mesma forma como começou: debates e discussões. As decisões variavam:
- ele é um profeta—vamos segui-lo (v. 40);
- ele é o Cristo—vamos convidá-lo a entrar em nossas vidas (v. 41);
- ele é um impostor—vamos prendê-lo (v. 44); e
- ele é um excelente mestre—vamos ouvi-lo (v. 46).
Bom, já listamos muitas opiniões sobre Jesus. Qual é a sua opinião? Ele é um bom homem, um bom professor, está iludido, é uma muleta para os deficientes? Ou será que Jesus Cristo é o Messias? O convite está feito pelo próprio Jesus. Venha beber da água da vida! Pois a água é ilimitada, mas o tempo não é. Neste momento, ainda dá tempo.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/02/1994
© Copyright 1994 Stephen Davey
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