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Alívio para Corações Perturbados

Alívio para Corações Perturbados

經過 Stephen Davey

Alívio para Corações Perturbados

João 13.36–14.4

Introdução

Nossa era tem sido chamada de “a era da ansiedade.” A melancolia de nossa sociedade é muito bem resumida por John Margolis, que escreveu: “Eu vi o futuro e não dá certo.” Até mesmo o personagem de história em quadrinhos Charlie Brown percebeu isso. Ele disse ao seu amigo: “Tenho uma nova filosofia de vida: me preocuparei com apenas um dia de cada vez.”

 Em nosso estudo de João 13, versos 31 a 35, deixamos os discípulos no cenáculo. Eles estavam ficando mais e mais perturbados com o futuro. De fato, o futuro parecia que não estava dando muito certo aos olhos deles.

Três Razões para a Angústia dos Discípulos

Agora, precisamos entender por que os discípulos estavam angustiados.

  • Primeiramente, Jesus tinha acabado de anunciar que um deles seria um traidor.

Os outros Evangelhos registram que os demais discípulos ficaram chocados com isso. Eles perguntaram em Mateus 26, verso 22: Porventura, sou eu, Senhor? Judas perguntou no verso 25: Acaso, sou eu, Mestre?

  • A segunda razão para a angústia dos discípulos é que Jesus tinha acabado de informar Pedro que ele negaria o Mestre três vezes.

Daremos uma olhada mais detalhada nisso depois, mas note agora as palavras de Jesus em João 13, versos 37 e 38:

Replicou Pedro: Senhor, por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a própria vida. Respondeu Jesus: Darás a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que jamais cantará o galo antes que me negues três vezes.

Quando Pedro começa a falar como um herói, Jesus anuncia que ele se tornaria uma fatalidade do medo.

Quando a guerra civil norte-americana começou, um certo grupo de infantaria decidiu se esconder ao invés de travar a batalha e arriscar a vida. Quando chegou o momento de se separarem, um dos soldados propôs um brinde que dizia: “À nossa infantaria—invencível em tempos de paz e invisível em tempos de guerra!”

Tenho certeza de que o anúncio da negação de Pedro não somente chocou Pedro, como também chocou os dez outros discípulos. “Pedro?! Negar o Senhor?!” Pedro havia sido o único a arriscar o pescoço ao andar sobre as águas; foi Pedro quem se tornou um dos discípulos mais próximos de Jesus. Se o corajoso Pedro vai negar, o que pensar dos demais? A sala estava cheia de negadores e traidores e esse era um pensamento perturbador.

  • A terceira razão para a angústia dos discípulos é que Jesus tinha acabado de anunciar que iria deixá-los.

Veja João 13, verso 33:

Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; buscar-me-eis, e o que eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: para onde eu vou, vós não podeis ir.

O Senhor usou a palavra grega teknion ao se referir aos discípulos como filhinhos. Esta é a única ocasião em que Jesus aplica essa palavra aos discípulos. É um termo amoroso e íntimo, geralmente utilizado pelos gregos para descrever o amor entre mãe e filho.

Por que Jesus, neste momento, fala tão amorosamente com os discípulos? Por que ele se referiu a eles como filhinhos queridos? Simplesmente porque lhes diz algo que, consequentemente, gerará certa confusão, incerteza e medo. Jesus diz que deixará os discípulos. E, assim como uma criança, eles estão cheios de perguntas.

Veja novamente as perguntas de Pedro. Capítulo 13, verso 36 diz: Senhor, para onde vais? E o verso 37: Senhor, por que não posso seguir-te agora? Pule até o verso 5 do capítulo 14. Tomé também faz uma pergunta: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? No verso 8, Filipe faz um pedido numa forma de pergunta indireta. Ele diz: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Pule até o verso 22: Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo? Perguntas, perguntas e mais perguntas.

Por quê? Porque os discípulos viram que as coisas aconteciam de forma radicalmente diferente daquilo que imaginaram; agora, estão cercados de dúvidas e medo. Jesus deixou as coisas bem claras para eles quando disse: “Vou embora e vocês não podem vir comigo.”

Qual seria outra melhor explicação para a primeira frase do capítulo 14? Jesus disse: Não se turbe o vosso coração. Podemos até colocar na nossa linguagem de hoje, dizendo: “É isso mesmo... vou embora. Mas vai dar tudo certo no final.”

E nós sabemos o resto da história. Mas, quando interpretamos e aplicamos as Escrituras, temos que impor em nossa mente e coração uma certa cegueira, colocando-nos de volta naquela cena. Como o professor Howard Hendricks costumava dizer: “Veja o que eles viram, cheire o que eles cheiraram e sinta o que eles sentiram.” Até onde os discípulos podiam enxergar, eles caminhavam em direção a um desastre total.

Lembro-me de eu e minha esposa viajarmos, certa vez, para a praia. Eu dirigia e, a caminho da praia, nos deparamos com uma tempestade terrível; o vento estava tão forte que balançava o carro. Por um momento, íamos em direção à destruição e ao desastre. Quando finalmente passamos pela tempestade e chegamos ao outro lado, na praia, vimos o céu limpo e um dia perfeito. A ideia é que, se não entendermos completamente o problema, dificilmente apreciaremos a solução.

Esperança de Alívio: Três Princípios

Com isso em mente, descobrimos que o capítulo 14 é o capítulo do alívio e das soluções. É o capítulo que responde a pergunta básica dos discípulos: “Simplesmente, o que acontecerá conosco quando Jesus for embora?”

Por issoJesus começa no capítulo 14 dizendo: Não se turbe o vosso coração. Poderíamos traduzir: “Não permita que o seu coração fique cheio de preocupações.” A palavra turbe é o tarasso, que significa “perturbado, angustiado, em tumulto.”

Agora, sabemos que não ajuda nada dizermos a uma criança: “Pare de chorar!”, a não ser que lhe demos bom motivo para não chorar. E a primeira parte do motivo que Jesus fornece é, na verdade, uma ordem. Você poderia pegar um lápis e acrescentar dois pontos de exclamação. Veja o verso 1: Não se turbe o vosso coração. A próxima parte do verso está no modo imperativo—é uma ordem: credes em Deus (exclamação!), credes também em mim (exclamação!).

É interessante traduzirmos o verso um com ambos os modos gregos expostos: “Não fiquem perturbados em seu coração. Continuem crendo em Deus e continuem crendo em mim!”

Agora, essa confiança contínua não tem nada a ver com a salvação. Jesus não está encorajando o crente a continuar crendo a fim de chegar à praia no céu; ele encoraja o crente a continuar crendo para passar pelas tempestades da vida.

Parece que Jesus diz que será muito mais difícil continuar crendo nele. Por quê? Porque os discípulos estão prestes a vê-lo sendo arrastado para um tribunal, condenado, crucificado e escarnecido pela quadrilha judaica. E eles ainda têm que continuar crendo em Jesus? 

Esse tipo de fé é vista em Abraão no livro de Romanos, capítulo 4, verso 18, que diz: esperando contra a esperança, creu. Em outras palavras, “Você crê em Deus a quem nunca viu; agora, creia em mim, apesar de não entender o que está prestes a ver.”

  • Então João 14, verso 1, começa com Jesus, na verdade, dizendo: “Parem de se angustiar em seus corações; vocês podem confiar totalmente em mim.” 

Os próximos versos têm sido considerados os versos mais confortadores das Escrituras. Por quê? Porque todos nós temos angústias em nossos corações. Pode ser um homem que acabou de receber o diagnóstico de um câncer; alguém enfrentado a possibilidade de perder o emprego; alguém com coração sempre em angústias por causa de um filho afastado do Senhor; ou ainda alguém cujo casamento está se desmoronando. Pode ser alguém lutando contra um pecado ou a dor do erro. Pode ser alguém preocupado com o futuro de nossa nação, nossa economia e tudo o que o amanhã pode trazer.

No caminho para a casa de meus pais, existe um vilarejo de casas pequenas e carros velhos. Com o passar dos anos, percebi que existe lá a casa de uma vidente. Uma placa escrita à mão com tinta chamou minha atenção. Era uma propaganda dizendo que a irmã Maria podia ler sua mão e prever o futuro. Hoje, mais do que nunca, o sucesso desse negócio é devido ao fato de que o mundo está cheio de corações confusos, problemáticos, e cheios de dor e medo.

A verdade é que todo o ser humano deseja resposta para o amanhã. A única diferença é onde você busca essa resposta. Para aquele que busca na Palavra de Deus, uma das coisas mais maravilhosas em João 14 é o que Jesus diz aos discípulos e a nós a respeito do futuro: “Esta é a história real; esta é a verdade.”

Mas precisamos admitir que toda a verdade de João 14 é construída sobre o princípio estabelecido no verso 1. A única maneira de essa passagem aliviar o seu coração é se você crer que Jesus é totalmente digno de confiança. Você crê? Nesse caso, o segundo princípio dessa passagem realmente traz alívio ao seu coração.

  • Não somente Cristo é digno de total confiança, como também o céu é uma realidade prometida. 

Vamos ler o verso 2:

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos chegou a um resultado bastante interessante. Setenta e oito por cento dos americanos acreditam num lugar como o céu e oitenta e dois por cento desses acham que têm boas chances de irem para lá um dia. Em outro estudo, falaremos sobre as condições para se entrar no céu. Mas, se você conversar com as pessoas sobre o céu, terá impressões bem variadas. Perguntaram a algumas crianças sobre o que elas acham do céu:

  • Um garoto disse: “É um lugar onde tem muito dinheiro.”
  • Outro afirmou: “O céu é lá em cima e você pode ver os circos de graça se quiser, mas tem que pedir para Deus primeiro.”
  • Uma criancinha bem honesta falou: “O céu é um lugar grande; você se senta lá e toca harpa; mas acho que tem que fazer algumas aulas logo que chega.”
  • Uma menininha opinou: “O céu vai ser a parte mais feliz da minha vida de morta.”

Existem, como vemos, muitos conceitos errados sobre o céu, e os aprendemos desde criança. Talvez seja pelo fato de seguir outro mistério—a morte. Muitas pessoas também não sabem o que pensar da morte.

É como o rapaz sobre o qual li. Ele se encontrou com um velho amigo que não via há muitos anos. Eles conversaram e depois ele perguntou: “Como está sua esposa?” Ele respondeu: “Ela está no céu agora.” Sem nem pensar, ele replicou: “Oh, meus pêsames!” Daí, percebendo que a frase não foi muito adequada, ele disse: “Quero dizer, estou feliz que ela foi para o céu.” Finalmente, todo atrapalhado, ele disse: “O que estou tentando dizer é que estou surpreso.”

Dois Conceitos Errados

Não podemos desfazer todos os conceitos errados de hoje ou esclarecer toda a confusão, mas dois conceitos a partir desse verso realmente precisam ser esclarecidos. Jesus disse no verso 2:

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.

  • O primeiro conceito errado é que o céu está repleto de mansões.

Algumas versões trazem a tradução “Na casa de meu Pai há muitas mansões.” Além disso, músicas também não ajudam; muitas falam sobre “minha mansão no céu.” A verdade é que, a maioria de nós cresceu pensando que o céu é um bairro extraordinário cheio de mansões. Pensamos que, quando chegarmos lá, um anjo apontará numa direção e dirá: “Veja, você desce essa rua de ouro e vira à esquerda no primeiro cruzamento; vai reto três quarteirões e vira à direita,. Já vai ver a sua mansão à direita, logo depois do lago.”

Jesus se refere à casa de meu Pai. A palavra grega para casa é oikia. É constituída de muitas “mansões,” o que pode ser traduzido como “locais de habitação, salas ou residência.”

Jesus usa uma linguagem para que seus ouvintes entendam imediatamente, mas nós confundimos as coisas. Nos tempos de Jesus, quando um filho se casava, o pai adicionava um cômodo à casa. Quando outro filho se casava, o local original de habitação se tornava um conjunto habitacional. Eles construíam um pátio no centro e todos moravam ao redor do pátio.

Essa noção errada de várias mansões acaba colocando o crente numa habitação bem distante de Deus, dependendo de quão bons fomos. A figura apropriada é que nós, a noiva do Filho de Deus que se casou conosco, estamos morando debaixo do mesmo teto, numa ala adicionada especialmente para nós. A ideia é que estaremos na presença imediata de Deus.

  • O segundo conceito errado é que o céu está em construção.

Jesus disse no verso 2: pois vou preparar-vos lugar. Muitos, infelizmente, concluem que, de alguma forma, Jesus tem um martelo e uma planta em suas mãos e está no processo de construção de uma cidade, na qual a casa de todos nós está em construção. Além disso, o tamanho da sua casa é determinado pela quantidade de material que você envia para lá.

Eu já li uma ideia absurda que sugeria que, já que Jesus foi carpinteiro na terra, ele sabia exatamente o que fazer para construir nossas casas no céu. É absurdo pensar que ele criou todas as coisas, como vemos em Colossenses 1, verso 6, em seis dias e depois de dois mil anos ainda não terminou de construir o céu. Não! Quando Jesus subiu aos céus após a sua ressurreição, ele se assentou à destra do Pai. Estava terminado.

Então, sobre o que Jesus fala em João 14? Um dos maiores comentaristas bíblicos dos últimos tempos foi William Barclay. Ele nos fez um grande favor ao destacar o conceito de que Jesus Cristo é frequentemente retratado como Aquele que vai à nossa frente. Como o Bom Pastor, Jesus vai à nossa frente para que sigamos seus passos. Uma das palavras gregas utilizadas para descrever Jesus (e que, creio eu, ajuda a esclarecer o significado de João 14, verso 2) é a palavra prodomos. Ela é frequentemente traduzida como “precursor.” Hebreus 6, versos 19 a 20 diz:

...a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós,

No exército romano dos tempos de Jesus, os prodomoi eram as tropas mandadas à frente da corporação principal para iluminar o caminho e assegurar que estava tudo seguro para o restante das tropas seguirem.

Robert Hughes, um professor de Seminário na Filadélfia, era filho de mineradores de carvão. O trabalho de seu pai era, todo dia de manhã, descer à minas e checar o gás metano antes de os trabalhadores descerem para trabalhar. Toda manhã, ele descia até as minas, levando consigo uma lanterna. Ele entrava nos túneis escuros e checava cada túnel, vendo se o nível de gás metano estava muito elevado e poderia matar os trabalhadores. É claro que, se saísse alguma faísca de sua luz, ele mesmo estaria em grande perigo. Então, toda manhã, ele subia até a superfície das minas e lá, na superfície, estavam todos os mineradores juntos esperando. Ele dava o anúncio: “Está tudo bem, tudo seguro. Podem descer agora.” O pai de Robert preparava as minas para os trabalhadores.

Semelhantemente, Jesus ia preparar o céu para os discípulos. Ou seja, ele foi à frente de todos nós. Jesus Cristo já subiu os túneis escuros da morte e do inferno; ele já removeu o aguilhão da morte e a obrigação do inferno; e ele fez um caminho reto desta terra para o céu. Nosso lar no céu é uma realidade prometida. É um destino tão real e confiável como Jesus, que é Deus.

A propósito, quando João escreveu o livro de Apocalipse, ele teve uma visão da cidade celestial—ele viu o céu em sua inteireza. O capítulo 21 nos fala sobre a visão e nos dá uma pequena ideia de quão vasto é o céu. Abra no capítulo 21 de Apocalipse e comece lendo os versos 1 a 4:

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Agora, qual o tamanho da cidade? Pule para o verso 16:

A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais.

Essa nova cidade é onde o Pai, o Filho e o Espírito estão entronizados. Essa é a residência dos santos. Veja o verso 21:

As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.

Você já viu ouro tão puro quanto vidro transparente? Não existe, mas o Senhor o criará. Continue até os versos 22 e 23:

Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada

Pule para o verso 27:

Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro. 

Agora olhe o capítulo 22, versos 3 a 5:

Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.

Você quer saber o seu futuro? Olhe aqui e fique maravilhado!

A propósito, as dimensões da cidade celestial foram calculadas. A partir do capítulo 21, verso 16, engenheiros calcularam que a cidade celestial terá em torno de oito milhões, quinhentos e cinco mil quilômetros quadrados. Para fazermos uma comparação, a cidade de Londres, na Inglaterra, tem pouco mais de quinhentos e trinta quilômetros quadrados. O raio da população da cidade celestial, baseado na população de Londres, será de cem bilhões.

Veja que faz em torno de dois mil anos que o apóstolo João escreveu o livro de Apocalipse. Em seu passeio divino pelo céu, não havia nenhum andaime e Jesus não estava usando roupa de carpinteiro. Não. Há dois mil anos, o céu já estava pronto e nos esperando.

Portanto, se o seu coração está angustiado, Jesus diz, bem no início de João 14, o capítulo das soluções, que você precisa se lembrar de que ele é plenamente confiável. Segundo, precisa se lembrar de que o seu lar no céu é uma realidade prometida.

Volte para o capítulo 14 de João mais uma vez.

  • O terceiro princípio é que o nosso futuro é garantido de forma permanente.

Veja o verso 3:

E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

Precisamos entender que esse verso nos diz que o importante é estar com Jesus. Somos convidados não por causa do lugar, mas por causa de uma Pessoa. Em outras palavras, “O céu é a casa de meu Pai. Eu estarei lá e você virá comigo!”

Jó escreveu no capítulo 19, versos 25 a 27, parafraseando: “Eu sei que o meu redentor vive e que o verei face a face. E, quando vê-lo, não serei estranho para ele e ele não será estranho para mim.”

Se Jesus Cristo é o Deus infinito, totalmente confiável, vive eternamente e nosso futuro está com ele, então nosso futuro é, de acordo com suas palavras, eterno. Lembre-se: seu futuro é garantido de forma permanente. Seja você fraco ou forte, tenha você uma fé pequena ou grande, quer seja você um discípulo maduro ou imaturo, quer seja você um crente antigo ou que acabou de aceitar a Cristo—você está em seu caminho para casa!

Por volta do ano 125 d.C., o pensador grego Aristides tentou explicar o sucesso do Cristianismo. Ele escreveu:

Quando um membro do Cristianismo deixa o mundo, eles se alegram, agradecem a Deus e fazem um sepultamento cheio de músicas e ações de graças, como se estivessem colocando a pessoa em um lugar próximo.

Pense em pisar numa praia e ver que é a do céu; segurar uma mão e ver que é a mão de Deus; respirar um ar e sentir que é o ar celestial; acordar em glória e ver que você está em casa!

Seu coração está perturbado? Você tem perguntas ainda não respondidas, medos e dúvidas? Jesus começa o capítulo das respostas dizendo que você ainda não está em casa. Chegará o dia quando todas as nossas perguntas serão respondidas, todos os medos serão eliminados e todas as lágrimas serão enxugadas. Mas isso não acontecerá aqui, pelo menos não completamente. Portanto, enquanto isso, se você deseja aliviar a angústia do seu coração, lembre-se de que Jesus Cristo é digno de toda confiança, independente do que vemos ao nosso redor. Alegre-se no fato de que o seu lar no céu está preparado e esperando por você, e o seu futuro está permanentemente garantido. E tudo se tornará concreto naquele dia em que Jesus chama-lo para si, quer por meio da morte ou pelo arrebatamento da igreja. Esse será o dia em que eu e você estaremos, finalmente, em nossa casa!

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/08/1994 

© Copyright 1994 Stephen Davey

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