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Surpresa!

Surpresa!

經過 Stephen Davey

Surpresa!

João 20.1–18

Introdução

Uma família estava assistindo a um filme sobre a vida de Jesus intitulado A Maior História de Todos os Tempos. Uma das crianças na família ficou bem comovida. Enquanto Jesus ia para o Calvário, lágrimas começaram a descer em seu rosto. Ela estava completamente em silêncio, até que Jesus foi retirado da cruz e sepultado. Daí, de repente, ela gritou: “Agora é a parte boa!”

Agora é a parte boa! E realmente é!

Depois de várias mensagens sobre a agonia de Cristo por causa da crucificação, é ótimo chegar a este momento – porque sem a ressurreição física e literal de Cristo, não haveria nenhuma “parte boa”, não haveria “boas-novas”.

Ressurreição – A Base de Nossa Fé

A ressurreição é o alicerce ou a base de nossa fé.

Sem Ressurreição

Deixe-me dar uma lista de coisas que aconteceriam se não houvesse ressurreição.

O Evangelho não faria sentido

  • Primeiro, o evangelho não faria sentido.

Veja 1 Coríntios 15, versos 1 e 2.

Irmãos, venho lembrar-vos...

(ou, “Chamo a sua atenção agora”, como um professor diz aos alunos: “Concentrem-se aqui”)

...o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 

Paulo está dizendo: “Firmem-se nessas verdades fundamentais; doutra sorte, crer terá sido em vão, um mero exercício religioso acumulando nada.”

Mas, em que devemos nos firmar, segundo o apóstolo Paulo? Continue até os versos 3 e 4.

Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

Qual é a importância da ressurreição para o evangelho? Paulo escreveu em Romanos 10, verso 9:

Se, com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e, em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.

Não haveria esperança para perdão de pecados

  • Segundo, sem ressurreição, não haveria esperança para o perdão dos pecados.

Veja novamente em 1 Coríntios 15, agora no verso 17.

E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.

Não era suficiente Jesus apenas morrer na cruz. Ele tinha que ressuscitar dos mortos – provando que o Seu pagamento pelos pecados havia sido aceito por Deus.

O túmulo vazio foi o recibo que Deus emitiu – o pagamento foi aceito!

Nossa vida presente seria sem alegria

  • Terceiro, sem ressurreição, nossa vida presente seria sem alegria.

Veja os versos 18 e 19 de 1 Coríntios 15.

E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.

Em outras palavras, não podemos realmente desfrutar da vida sem estarmos prontos a experimentar a morte. E nunca estaremos prontos a passar pela morte se não nos entregarmos Àquele que conquistou a morte – o ressurreto Senhor Jesus Cristo.

Isso faz sentido. Eu imagino que, se alguém dissesse a você que você iria morrer hoje à noite às 10 horas, e que não há esperança de viver nem mais um minuto; e você nunca tivesse ouvido sobre Jesus Cristo, tendo nenhum conhecimento sobre o futuro céu, em que estado a sua mente, o seu coração, o seu ânimo estariam? E que tal às 9:55? Garanto a você que você seria uma péssima companhia hoje. 

De acordo com as Escrituras, se Cristo não tivesse destruído a morte, não poderíamos desfrutar da vida.

Na verdade, Paulo diz que se Jesus foi bom para nós apenas quando esteve vivo, então nós somos objetos de dó e compaixão.

Vida piedosa seria inútil 

  • Quarto, sem ressurreição, viver uma vida piedosa seria inútil.

Volte ao registro de João das palavras de Jesus em João 14, verso 12.

Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.

Pule até os versos 16 e 17a.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade...

Pule até o verso 26.

Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

Você notou qual a condição para a vinda e habitação do Espírito Santo? A ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Se Ele subir, o Espírito Santo desce. Se Ele não subir, o Espírito não desce – e o Consolador divino que trabalhará em nossas vidas o fruto do amor, alegria e paz, será outra promessa vazia de outro Messias falso e morto.

Agora podemos entender por que Paulo escreveu em 1 Coríntios 15, versos 3b a 4a – e ese é o cerne das boas-novas:

...que Cristo morreu pelos nossos pecados... e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia...

Nossa vida futura seria vazia

  • Finalmente, sem ressurreição, nossa vida futura seria vazia.

Veja os versos 1 e 2 de João 14. Já estudamos essa passagem detalhadamente, mas deixe-me esclarecer algo rapidamente em relação à ressurreição de Jesus.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.

Vamos direto ao ponto – se Jesus mentiu para os discípulos nesses versos, Ele mentiu a respeito de nosso futuro. Tudo o que Ele prometeu que faria após a Sua ressurreição, obviamente não será feito, uma vez que Ele ainda permanece morto!

Outro ponto – se Cristo não ressuscitou, Ele não pode voltar. Continue até o verso 3.

E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

Jesus deixa bem claro que Ele é o nosso passaporte e nosso transporte! Se Ele não subiu ao Pai, então Ele não pode retornar e nos levar ao céu. Na realidade, o próprio conceito de céu é plenamente perdido!

Ainda rio muito quando ouço a história de um paraquedista que estava prestes a dar o seu primeiro salto. Era essencial, estando a vinte mil pés de altura, confiar no instrutor, uma vez que o medo geralmente tomava conta da pessoa. Quando o paraquedista se colocou à porta do avião, pronto para saltar, o instrutor gritou: “Depois que você saltar, conte até dez devagar e puxe a corda – o paraquedas vai abrir. Se ele não abrir, conte até cinco e puxe a corda de emergência – ela nunca falha, o paraquedas vai abrir. Quando você chegar ao chão, vai ter um caminhão esperando por você.”

Então ele pula, conta até dez meio rápido, e puxa a corda. Nada acontece. Ele conta até cinco rápido e puxa a corda de emergência. E nada acontece. Enquanto ele despenca, passando ao lado de seus companheiros de salto que flutuavam normalmente, eles o ouvem gritando: “É, aposto que aquele caminhão não vai estar lá também!”

Ele tem todo o motivo do mundo para duvidar. As primeiras coisas não aconteceram, então, por que esse pobre paraquedista acreditaria nas últimas coisas?

Você entende o que está em jogo aqui? Se não há ressurreição, então não existe evangelho, nenhum perdão de pecados, nenhuma alegria e nenhuma esperança futura.

Ressurreição – A Batalha Continua!

Existe mais uma coisa que desejo mencionar e o Dr. David Strauss, um cético descrente, até mesmo reconheceu que, “a ressurreição é o ponto decisivo para toda a perspectiva do Cristianismo.”

O Túmulo de Cristo

Agora, uma vez que a ressurreição é o ponto diferencial entre o Cristianismo e todas as demais religiões e que dá validade às declarações de Jesus Cristo, sempre houve e sempre haverá uma batalha doutrinária envolvendo essa grande doutrina.

Ocupado  

Existem pessoas que se chamam teólogos que especulam a possibilidade de o túmulo ainda estar ocupado. Um livro fascinante que gosto muito e que trata sobre o assunto é Evidências da Ressurreição, de Josh McDowell.

Existe a crença de que o túmulo de Cristo é desconhecido e que o túmulo errado foi identificado como sendo supostamente Dele. Isso significaria que as mulheres foram ao túmulo errado, os judeus foram ao túmulo errado, os guardas romanos estavam guardando o túmulo errado e José de Arimateia esqueceu em que túmulo ele tinha colocado Jesus, apesar de ser um túmulo novo que lhe pertencia.

Outras teorias incluem a ressurreição espiritual, dizendo que um espírito saiu; um vapor espiritual de Cristo – que, milagrosamente, pôde comer um peixe depois e ainda mostrar suas mãos e pés a Tomé, o descrente.

Também existe uma teoria da alucinação proposta por alguns teólogos. É bem explicado por John Allegro em seu livro Os Cogumelos Sagrados e a Cruz. Nesse livro, o autor alega que o nome “Jesus” foi um código para um antigo alucinógeno feito de cogumelo e usado pelos cristãos. Eles comiam os cogumelos e tinham as mesmas alucinações. Sinceramente, creio que John Allegro andou comendo um desses seus cogumelos.

Gosto do que Paul Athaus, da universidade alemã de Erlangen, escreveu:

A ressurreição não teria sobrevivido em Jerusalém nem por um dia, nem por uma hora, caso o túmulo vazio não tivesse sido estabelecido como um fato.

Vazio 

Também existem as teorias de que o túmulo está, de fato, vazio.

Explicação natural 

Uma dessas teorias é a de que o corpo de Jesus foi roubado pelos discípulos. Algo incrível, pensar em Pedro covardemente negando o Jesus ainda vivo, e os outros nove que fugiram da cena com medo, agora se revestem de uma coragem imensa a ponto de se disporem a se tornar mártires pela causa de um Jesus morto, escondido em algum lugar.

Então, será que o corpo foi levado pelas autoridades? Bem, nesse caso, tudo o que eles tinham que fazer era mostrar o corpo e o caso do Cristianismo estaria inegavelmente encerrado como uma grande fraude.

O Dr. Cassels escreve sobre teorias. Veja que interessante o que ele diz:

A coisa incrível sobre essas teorias é que elas aceitam várias porções do registro dos evangelhos que lhe são convenientes, mas ignoram ou repudiam outras porções dos mesmos documentos que contradizem suas noções.

Deixe-me dar um exemplo. Muitas pessoas já me disseram: “Eu não acredito na existência de algo como o inferno.”

E sempre pergunto: “Você acredita num céu?”

“Ah, sim!”, geralmente dizem.

“Bom. Onde você aprendeu sobre o céu?”

“Na Bíblia”, respondem.

“Certo. E você sabia que a Bíblia se refere mais ao inferno do que ao céu? Agora, como alguém que vive mais de dois mil anos depois que a Bíblia foi escrita pode determinar que o que ela diz sobre o céu é verdade, mas rejeitar o ensino sobre o inferno?”

Meu amigo, o registro bíblico é bem claro – Jesus Cristo está vivo e Ele pode perdoar os seus pecados e dar a você propósito de vida e levá-lo ao céu um dia. Mas, tudo isso depende de João capítulo 20.

Sobrenatural  

Vamos descobrir o que João 20 nos diz! Abra sua Bíblia em João 20, verso 1.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida.

Agora, se a biografia escrita por João fosse como qualquer outra biografia, não existira o capítulo 20. Morte, sepultamento – tudo terminado! Mas, Jesus não era um homem comum!

Ressurreição – O Ensino Bíblico

Precisamos lembrar que essa narrativa é o testemunho de uma testemunha ocular. Portanto, assim como em qualquer tribunal hoje, o que uma testemunha viu é de suma importância. Você pode até destacar as palavras derivadas do verbo “ver” que ocorrem oito vezes nos primeiros 18 versos deste capítulo.

Três encorajamentos aos crentes e desafios aos descrentes

João faz menção de três observações que ele acredita que serão suficientes para encorajar a fé do crente e desafiar a fé do descrente. Lembre-se, tanto o crente como o descrente possuem fé.

Maria viu que a pedra havia sido movida

  • A primeira observação é que Maria viu que a pedra havia sido movida.

De acordo com o verso 1, Maria viu algo incomum – algo que nosso idioma português não consegue descrever tão bem como o idioma original, o grego.

Precisamos entender que as covas comuns de sepultamento tinham uma espécie de entalhe ou encaixe esculpido na entrada num determinado ângulo. Daí, uma pedra grande redonda era também esculpida ao formato desejado, movida por vários homens ou com a ajuda de ferramentas e colocada no encaixe à entrada da sepultura. Uma pedra menor era usada para segurá-la no lugar antes de ser movida de forma definitiva para fechar a entrada. Uma pedra grande como essa pesava em torno de uma tonelada.

Mateus nos diz no capítulo 28, verso 2, que um anjo moveu a pedra. Em Marcos 16, verso 3b, vemos que as mulheres que estavam com Maria estavam conversando e se perguntando: “Quem moveu a pedra da entrada do túmulo?”

Agora, João usa uma palavra grega bastante interessante. É a palavra “airo,” que literalmente significa “separado de.” Um léxico grego traduz o verbo como, “levantar algo e carregá-lo embora.”

Algo muito interessante aqui é que essas mulheres viram a pedra não apenas movida para o lado e ainda dentro do encaixe e escorada com uma pedra menor; na verdade, a pedra foi arrancada da entrada e do seu encaixe e depositada num local até meio distante da entrada da sepultura, como se alguém tivesse dado um empurrão forte o suficiente para arrancá-la do seu lugar.

Lucas, no capítulo 24, verso 2, usa uma palavra composta em seu evangelho que significa que a pedra foi movida ladeira acima e separada uma certa distância do túmulo.

Tem que ter sido uma grande demonstração de força! Aquela pedra de uma a duas toneladas foi removida por força divina. 

E não se esqueça que essa pedra foi lançada ao lado como um graveto naquele domingo de manhã não para que Jesus saísse, mas para que o mundo entrasse – e visse que, de fato, o túmulo estava vazio!

Ou melhor, quase vazio. Jesus deixou algo no túmulo que posteriormente confirmaria que algo sobrenatural havia ocorrido.

Vamos fazer uma segunda observação aqui. Sublinhe as palavras relacionadas ao verbo “ver” em João 20, versos 3 a 8.

Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou. Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte. Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Pedro e João viram que os panos do sepultamento estavam intactos

  • Minha segunda observação é simplesmente a de que Pedro e João viram que os panos do sepultamento estavam intactos.

Três vezes e com três verbos gregos diferentes, João descreve como ele e Pedro viram a evidência deixada para trás.

“blepo” – “uma olhada de relance” 

O verso 5a, diz:

e, abaixando-se, viu os lençóis de linho...

A palavra “viu” é o termo grego “blepo,” significando “uma olhada rápida, de relance.”

“theoreo” – “observar cuidadosamente” 

João esticou o pescoço e viu os panos, os lençóis ainda dentro do sepulcro, mas esperou por Pedro. Pedro chega todo agitado correndo sem parar para espiar. O verso 6b nos diz que ele: 

...chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis.

Imagino que Pedro e João estão respirando profundamente, atônitos – e, enquanto lá dentro, Pedro fica pasmo olhando aqueles panos. O termo grego é, “theoreo,” que significa, “observar cuidadosamente.” Essa palavra dá origem à nossa palavra portuguesa, “teorizar,” que significa, “olhar de perto, dissecar visualmente.”

Mas, o que Pedro está olhando de perto? O que ele está observando?

Veja novamente o verso 6b e o verso 7.

Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.

E isso é algo muito interessante de se ver! Vou dizer por que.

Por volta do início do século vinte, Henry Latham documentou vários sepultamentos no oriente, voltando até os dias de Cristo. Seus estudos combinam perfeitamente com a narrativa de João.

Henry observou que o corpo todo era envolto em lençóis de linho, deixando de fora apenas o pescoço, o rosto e a parte superior dos ombros. A parte superior da cabeça era coberta com um pano que havia sido enrolado ao redor da cabeça, como uma espécie de turbante.

À medida que o corpo era coberto, as beiradas sobrepostas dos lenços de linho eram cobertas com diversas especiarias, algumas secas e outras mais de consistência pastosa para segurar os lenços no lugar. Lembre-se que, no caso de Jesus, cerca de cinquenta quilos de especiarias foram utilizados!

O resultado final assemelhava-se àquilo que imaginamos a respeito das múmias do Egito. A única diferença é que o rosto não era coberto e a cabeça era coberta com uma espécie de turbante. 

Será que foi assim que o corpo de Jesus foi preparado? Vejamos novamente os versos 6b e 7.

 Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.

Os panos usados em Jesus não foram mexidos ou desarrumados. Eles não haviam sido rasgados pelo Senhor ressurreto; também não foram rasgados por alguém que veio roubar o corpo. Eles estavam lá intactos, ainda dobrados como José e Nicodemos haviam feito.

Depois de três dias e três noites, as especiarias já tinham começado a endurecer. Quando os discípulos entraram no túmulo, eles se assustaram ao verem o que um autor descreve como, “os panos do sepultamento no formato de um corpo, levemente ajustados ao corpo, mas vazio – como o casulo de uma lagarta.”

Imagine você entrando no túmulo e vendo os lençóis de linho e, a poucos centímetros, os panos da cabeça. Pensamos que, se tivéssemos visto Jesus se levantando dos mortos, ele iria se sentar, se remexer, rasgar os panos e se desenrolar deles, não é?! Não, isso teria sido uma ressuscitação, e não uma ressurreição, e os lençóis estariam espalhados para todo lugar.

Se estivéssemos lá no sepulcro no momento da ressurreição, teríamos visto, num instante, o corpo de Jesus deitado e, logo depois, Seu corpo desapareceria, deixando intactos os lençóis de seu sepultamento, assim como uma borboleta deixa para trás o seu casulo intacto e voa.

“eido” – “ver e compreender”

Por isso que o verso 8 é tão poderoso.

Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Essa terceira referência a “ver” é a palavra grega “eido,” que significa, “ver e compreender.” Sem dúvidas – ver aquele manto vazio faria qualquer pessoa crer.

Um olhar de relance; uma teoria; uma crença baseada no entendimento – meus amigo, como você enxerga o túmulo vazio de Jesus Cristo? Você não esteve lá fisicamente, mas você está ouvindo o registro inspirado das evidências. Como você vê aquele túmulo quase vazio?

  • Você dá uma olhada rápida? – “Ah é, está vazio... mas não faz grande diferença em minha vida.”
  • Você está no processo de formação da sua teoria? – Você está interessado, curioso, mas ainda indeciso.
  • Ou, você vê com entendimento por meios dos olhos da fé? – Você crê?

Maria viu o Senhor e foi a primeira a contas a notícia

  • A terceira observação é que Maria viu o Senhor e foi a primeira a espalhar a notícia.

Continue em João 20, versos 10 a 15.

E voltaram os discípulos outra vez para casa. Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés. Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.

Podemos parar aqui e sentir o mesmo que Maria estava sentindo. Esse parágrafo está repleto de tristeza e amor. Ela voltou ao túmulo depois de levar a notícia para Pedro e João. Daí, ela deve ter sido deixada para trás quando os três corriam ao sepulcro. Quando ela finalmente chegou lá, eles já tinham ido embora. Então, ela fica lá de pé sozinha, chorando, ou, literalmente, soluçando. Ela estava tão tomada de tristeza que nem se espantou com a presença dos anjos e nem reconheceu Jesus, quando disse a Ele: “Só me diga onde está o meu Senhor, por favor!”

Jesus primeiramente responde a ela no verso 15 com a palavra “mulher”. Mas, no verso 16:

Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!  

Agora, obviamente Maria abraça o Mestre. Mais provavelmente, ela se lança aos Seus pés e os abraça, enquanto seu corpo se estremece de alegria.

Sabe, quando eu vir Jesus um dia, não sei bem o que irei fazer. Será que vamos dizer: “Oi!”; ou dar um aperto de mão, um abraço, nos prostrar diante Dele, abraçar Seus pés? Não sei. Mas, será algo maravilhoso ter a nossa fé trocada pelo encontro pessoal e físico com nosso Salvador!

Continue até o verso 17.

Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.  

De início, isso me pareceu uma recepção fria por parte de Jesus.

Mas A. D. Carson observou esse texto em suas várias nuanças no idioma original e expandiu a tradução da seguinte maneira:

Pare de me segurar como se eu fosse desaparecer de novo permanentemente, porque ainda não estou pronto para subir ao Pai. Este é um tempo para se alegrar e espalhar a notícia, não para me deter, como se eu fosse a realização de algum sonho pessoal. Pare de me agarrar, mas vai e diga aos meus irmãos que estou no processo de subir ao Meu Pai e ao seu Pai... quero que eles saibam da boa notícia também. 

Talvez você tenha notado que Jesus não disse: “Estou subindo para o Meu Pai e nosso Deus”, mas, “Meu Pai e Deus” e “Vosso Pai e vosso Deus.” Apesar da intimidade compartilhada, Jesus Cristo tem algo que nós não temos. 

Jesus tem um relacionamento único com o Seu Pai e Deus por causa da natureza divina. Nós temos um relacionamento especial com nosso Pai e Deus por causa da graça divina.

Então, Maria é a primeira a enxugar suas lágrimas!

Acho interessante o fato de que a primeira testemunha da ressurreição foi uma mulher. De acordo com o costume da época, as mulheres não podiam apresentar evidência num tribunal. O ensino rabínico da época é resumido pela crença cruel de que, “é melhor que as palavras da Lei sejam queimadas do que confiadas a uma mulher.”

O Cristianismo é que dará dignidade e honra às mulheres. O ensino dos apóstolos levantará as mulheres dos sapatos dos homens e as colocará como herdeiras juntamente com Cristo. Apesar de os papéis de homens e mulheres serem distintos na igreja, o valor do homem e da mulher para a causa de Jesus Cristo é absolutamente o mesmo. 

É interessante que a primeira pessoa a ver Jesus ressurreto e a receber a ordem de testemunhar não foi um homem, mas uma mulher. Por que? Talvez essa seja uma mensagem de Deus, dizendo: “Essa é uma mensagem da graça e não da Lei.”

O Salvador vive!

Você percebeu que Ele ressuscitou mas não foi direto ao templo para confrontar os líderes religiosos hipócritas para que Anás e Caifás fossem envergonhados e exilados? Ele não fez uma confusão com o pretório romano e disse a Pilatos: “Eu disse a você que Eu estava dizendo a verdade.”

Ele não se colocou no centro de Jerusalém e enviou uma praga sobre todos os que antes haviam gritado: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

E Ele não faz isso hoje também com aqueles que O rejeitam e zombam Dele. 

Ao invés disso, Ele se encontra com uma mulher que, anos antes, era uma mulher de rua possessa de demônios, mas que ele curou e perdoou. Agora, Ele a chama pelo nome e manda que ela vá e conte a notícia aos outros. Que pessoa melhor para espalhar a notícia de que a graça tinha chegado?

Um pastor chamado Ed Ross me contou uma história de sua filha de três anos de idade, Nicole, que estava ansiosa pela Páscoa. Sua mãe já tinha comprado roupas novas e um gorro novo. Quando eles estavam na loja para comprar sapatos novos para a filhinha, disse de novo: “Estou ansiosa pela Páscoa, papai!”

Ele perguntou: “Você sabe o que a Páscoa significa, filha?”

Ela respondeu: “Sim.”

“Então, o que é a Páscoa?”

Em seu próprio jeito meigo e inocente de uma criança de três anos, ela levantou seus braços, colocou um grande sorriso e disse: “Surpresa!!”

Da perspectiva humana, que outra palavra poderia resumir melhor o significado do túmulo vazio?

“Surpresa! Surpresa para a morte! Surpresa para o pecado! Surpresa para os discípulos tristes! Surpresa para a humanidade, Jesus está vivo!

Você vai vê-lO e crer Nele? E, se você já creu, conte para outros as boas-novas da Salvação em Jesus Cristo!

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 12/03/1995

© Copyright 1995 Stephen Davey

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