
De Mãos Atadas (Parte 2)
De Mãos Atadas (Parte 2)
2 Reis 4
Introdução
Em seu livro intitulado Atitudes, Charles Swindoll conta a história de um soldado prisioneiro de guerra que foi mantido em cativeiro pelo exército vietnamita. Swindoll escreve:
Naquela prisão, encontrava-se um fuzileiro naval, um rapaz jovem e forte de 24 anos de idade que já tinha sobrevivido a dois anos de aprisionamento com uma saúde relativamente boa. Isso se deveu em parte ao fato de o comandante da prisão ter prometido que ele seria libertado, caso cooperasse. Já que isso já tinha sido feito a outros, o fuzileiro se tornou um prisioneiro exemplar e líder do grupo de reforma ideológica dentro do campo.
Mas, com o passar do tempo, ele percebeu que seus captores lhe tinham mentido; por fim, acabou se transformando praticamente num zumbi. Ele não fazia o trabalho, não comia e recusava receber encorajamento; simplesmente se deitava em sua cabana e chupava o polegar. Dentro de poucas semanas, morreu.
Swindoll adiciona:
Uma vez pego pelas garras da desesperança, a vida se tornou pesada demais para esse jovem fuzileiro lidar. Quando a última corda arrebentou, não havia mais nada a ser feito.
Compare essa história com a descoberta feita perto do final da Segunda Guerra Mundial. Membros das Forças Aliadas faziam buscas em casas e fazendas procurando atiradores de elite. Numa das casas abandonadas, que tinha sido reduzida a escombros, eles desceram ao porão. Ali, numa parede quase desmoronando, uma vítima do holocausto tinha desenhado uma estrela de Davi. Debaixo da estrela, havia as palavras:
Creio no sol, mesmo quando ele não brilha;
Creio em Deus, mesmo quando ele não fala.
Nesses dois acontecimentos, vemos dois pensamentos sobre a fé bíblica:
- Primeiro: fé é crer sem ver evidência.
- Segundo: fé é obedecer sem sentir emoção alguma.
Fé é como entrar numa sala escura na convicção de que, em algum momento, Deus acenderá a luz. Você pode dizer: “Eu não vivo dessa maneira. Deus é injusto em pedir que eu faça algo às cegas.”
A verdade é que fazemos isso o tempo inteiro. Quando adoeceu da última vez, você foi a um médico sem verificar sua devida formação na medicina; ele passou uma receita que você não conseguiu ler; depois, a levou a uma farmácia e um farmacêutico que você nunca tinha visto antes entregou um composto que você nem sabia ler; e ainda pagou por ele! Depois, levou o remédio para casa e, sem nem testar no gato do vizinho, tomou. A questão é o objeto de sua fé: o médico, o farmacêutico e o remédio o levaram a agir com fé.
Essa é a experiência do crente no decorrer da vida. Desde que o objeto de nossa fé—Deus—permaneça em perspectiva, agiremos em fé num estilo de vida que o honra.
Agora, essa verdade é facilmente ensinada e aprendida numa sala de aula em cadeiras confortáveis. O problema surge na aula prática quando essa verdade é posta à prova, quando nossa fé é testada, quando nossas mãos estão atadas, a sala está escura e Deus parece não se mexer para acender a luz.
Em nosso encontro anterior, começamos a falar sobre impossibilidades. Observamos algumas impossibilidades que o profeta Eliseu enfrentou e descobrimos algumas verdades. Permita-me revisá-las rapidamente. Essas são verdades que devemos manter em mente quando encaramos impossibilidades e nossas mãos estão atadas.
- Primeiro: quando Deus está no controle, planos não precisam se transformar em caos. Depender do Senhor e descansar nele significa confiar que ele agirá no momento certo.
- Segundo: quando Deus está no controle, confiança não precisa se transformar em culpa.
O apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Roma que os acontecimentos do Antigo Testamento, mais em particular a história da nação de Israel, foram escritos para o nosso ensino para evitarmos cometer seus mesmos pecados. Veja Romanos 15.4:
Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.
O problema com aquele soldado na prisão foi que ele colocou sua fé na palavra de um comandante mentiroso e enganador. Como resultado, perdeu sua esperança. Como crentes, nossa fé está na palavra de um Deus de confiança que está vivo e é real. Como resultado, temos esperança.
Impossibilidades no Ministério de Eliseu
Vamos, agora, voltar ao laboratório da vida e observar os princípios da fé, não por meio de aulas teóricas, mas através das vidas de pessoas de Deus que entraram na sala escura. Já destacamos três impossibilidades no ministério de Eliseu. Essas foram situações que:
- Revelaram a necessidade de purificação na nação de Israel por meio de uma intervenção divina;
- Enfatizaram a rebelião da nação contra a palavra do Senhor;
- Apresentaram a necessidade da viúva de um profeta.
Daremos continuidade a essa discussão hoje, falando, agora, da quarta impossibilidade em 2 Reis 4.
- A quarta impossibilidade que Eliseu encara revela escassez, morte e um desejo não realizado.
Veja 2 Reis 4.8–10:
Certo dia, passou Eliseu por Suném, onde se achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes que passava por lá, entrava para comer. Ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali.
Conforme o texto nos informa, essa mulher era rica. Quando Eliseu passava por sua propriedade, ela o persuadia a comer com eles. Dentro de pouco tempo, o profeta se tornou frequente no lar do casal. Como isso deve ter servido para revigorar as forças de um profeta cansado. Ele chegava à casa de pessoas que se importavam e cuidavam dele.
Com o passar do tempo, o casal acaba construindo um quarto de hóspedes para Eliseu. As casas comuns da época tinham um telhado plano, onde as pessoas se sentavam para desfrutar da brisa de noites mais frias. Aquele já seria um espaço ideal para Eliseu deitar seu colchão e dormir quando passasse por ali. Entretanto, conforme o verso 10 nos diz, eles construíram um quarto adicional com paredes e móveis. A Bíblia fornece detalhes no final do verso 10, dizendo que tinha uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro.
Já que Eliseu comia as refeições com o casal, essa mesa lhe servia de escrivaninha, que vinha acompanhada de um belo candeeiro, não uma vela qualquer. Além disso, seu lugar de descanso não era um buraco no chão, mas uma cama feita para ele. O que vemos aqui, portanto, é um quarto pessoal, bem aquecido, feito sob medida para o retiro particular do profeta Eliseu. Meu amigo, esse casal deu a Eliseu no segundo andar o que eles mesmos desfrutavam no primeiro andar. Eles lhe deram o melhor.
Agora, a Bíblia não descreve todos esses detalhes para preencher espaço. Essa descrição fornece ao crente um exemplo do que podemos chamar de “Hospitalidade Sunamita.” A pergunta para nós como crente e igreja é a seguinte: Como tratamos pastores, missionários e agências missionárias, membros de organizações cristãs em geral e outras pessoas que estão no ministério? Temos esse sangue sunamita correndo em nossas veias?
Um tempo atrás, uma família de missionários visitou nossa igreja e nos escreveu uma carta de agradecimento pela hospitalidade. Nessa carta, eles disseram que sua filha gostou demais da banheira de hidromassagem. Banheira de hidromassagem?! Onde eles focaram hospedados? Num belo hotel da cidade. Mas por que?! Pela metade do preço poderiam ter ficado numa pousada. Onde você gostaria de ter se hospedado?
Eu e meus três irmãos crescemos numa família de missionários. Durante as férias, nossa família visitava várias igrejas e indivíduos que nos apoiavam no ministério. Havia um casal de idosos que fielmente apoiava meus pais na obra. Assim que entrávamos em sua casa, a senhora nos dava bolinhos de canela. Ela tinha o dom para aquilo! Parecia que chegávamos sempre na hora perfeita e os bolinhos ainda estavam quentes. Depois de comer, ficávamos na sala cantando alguns hinos. Além de nos estufar de bolinhos de canela, eles também nos enchiam de boa teologia com as músicas que cantávamos.
Numa dada ocasião, nosso carro quebrou na estrada e esse casal nos levou para sua casa e nos hospedou ali enquanto o carro era consertado. Eles eram sunamitas e ninguém sabia disso. Eles não estavam no ministério; eram agricultores aposentados. Ambos estão no céu agora, recebendo sua recompensa.
Jesus Cristo afirmou em Mateus 10.41:
Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo.
Para o crente do Novo Testamento, a recompensa total pela sua hospitalidade prestada aos servos de Deus virá no Bema, o tribunal de Cristo. No Antigo Testamento, essa recompensa geralmente era imediata.
No caso do casal que cuidou de Eliseu, o desejo de uma vida inteira por um filho, algo que até então lhes tem sido uma impossibilidade, será concretizado. Veja 2 Reis 4.15–16:
Disse Eliseu: Chama-a. Chamando-a ele, ela se pôs à porta. Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho. Ela disse: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
Na linguagem de hoje, essa mulher disse: “Pare de brincar! Fale sério! Não pode ser verdade.” Continue no verso 17:
Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera.
Agora, tudo o que aprendemos sobre essa mulher e seu marido e a alegria que sentiram com a chegada de um filho tão esperado, tudo isso será trocado por remorso e angústia à luz do que ocorre em seguida. Leia os versos 18–20:
Tendo crescido o menino, saiu, certo dia, a ter com seu pai, que estava com os segadores. Disse a seu pai: Ai! A minha cabeça!
(Evidentemente, o menino sofre uma heliose ou insolação grave).
Então, o pai disse ao seu moço: Leva-o a sua mãe. Ele o tomou e o levou a sua mãe, sobre cujos joelhos ficou sentado até ao meio-dia, e morreu.
Você consegue sentir o que essa mulher sente aqui? O filho de seus sonhos—sua esperança, o milagre—morreu. Nada mais na vida revela tão bem nossa impotência como a morte.
Diante da tragédia, a mulher coloca a sela no jumento e vai em busca de Eliseu. Ela se encontra com ele no verso 28:
Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?
Em outras palavras, “Eu não pedi um filho, mas você me prometeu um. Não pedi por essa tristeza, mas Deus me deu um por meio de sua profecia.”
Em seguida, Eliseu envia Geazi, seu servo, para colocar o bordão de Eliseu (que representa seu ofício) sobre o menino. Por algum motivo que não é mencionado, isso não dá certo. É provável que Deus deseja associar o profeta mais de perto com o milagre da ressurreição do garoto. Então, quando Eliseu chega, o que acontece é nada mais do que um milagre de ressurreição. Veja os versos 35–36:
Então, se levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá, e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos. Então, chamou a Geazi e disse: Chama a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu filho.
Imagine isso! Continue no verso 37:
Ela entrou, lançou-se aos pés dele e prostrou-se em terra; tomou o seu filho e saiu.
Meu amigo, essa é uma sombra maravilhosa da presença física de Cristo no ar, quando a igreja for arrebatada e os mortos ressuscitarem em Cristo. Esse é um evento que pode acontecer a qualquer momento.
- A quinta e sexta impossibilidades que Eliseu encara ocorrem em seguida e ambas estão ligadas a comida. A quinta impossibilidade revolve em torno de comida envenenada.
Veja 2 Reis 4.38:
Voltou Eliseu para Gilgal. Havia fome naquela terra, e, estando os discípulos dos profetas assentados diante dele, disse ao seu moço: Põe a panela grande ao lume e faze um cozinhado para os discípulos dos profetas.
Já mencionamos antes que os profetas moravam numa espécie de comunidade. Gilgal era a cidade onde o seminário ou escola dos profetas tinha sido estabelecido e desenvolvido. Foi primeiramente criado por Samuel e depois liderado por Elias.
Agora, existe uma fome na região e os servos justos de Deus sofrem com falta de comida. Eliseu diz: “Coloque uma panela no fogo e faça um cozinhado.” Não sabemos, mas esse cozinhado pode ter sido apenas um caldo temperado. Então, os jovens seminaristas vão a um campo próximo e catam alguns legumes e verduras silvestres. Infelizmente, esses legumes e verduras acontecem de ser venenosos. Veja o verso 39:
Então, saiu um ao campo a apanhar ervas e achou uma trepadeira silvestre; e, colhendo dela, encheu a sua capa de colocíntidas [algo semelhante a uma abóbora pequena]; voltou e cortou-as em pedaços, pondo-os na panela, visto que não as conheciam.
É desse jeito mesmo que homens cozinham! Não sabemos o que estamos fazendo. Pensamos: “Parece abóbora... além disso, a água está fervendo. Se tiver algum veneno, a água fervente resolve, não é? Claro! Vou cortar alguns pedaços e jogar no cozinhado.”
Creio que essa seja a primeira referência bíblica a “gororoba”—você joga um monte de coisas dentro da panela e fica torcendo para que dê certo! No verso 40, vemos o que acontece com a gororoba:
Depois, deram de comer aos homens. Enquanto comiam do cozinhado, exclamaram: Morte na panela, ó homem de Deus! E não puderam comer.
Não quero arruinar sua refeição, mas é possível que alguns homens começaram a “botar seu almoço para fora.” O problema é resolvido no verso 41:
Porém ele disse: Trazei farinha. Ele a deitou na panela e disse: Tira de comer para o povo. E já não havia mal nenhum na panela.
Esse é um milagre facilmente ignorado. O milagre não estava na panela. Se a comida tivesse naturalmente absorvido o veneno sem a operação de milagre algum, eles teriam jogado o caldo fora. Mas eles não fazem isso. Na verdade, Eliseu diz: “Podem comer AGORA.”
Se você estivesse nesse “junta de panelas” e visse o Jedidias e o Malaquias passando mal de enjoo do lado, você acha que pediria um prato cheio? De jeito nenhum! Você diria: “Uh, Eliseu, perdi o apetite,” ou, “Eliseu, não vou comer isto! Olha a situação do Jedidias!”
Meu amigo, para que esse milagre fosse experimentado, todos os homens tiveram que atuar juntos em fé na palavra do Senhor. Se Eliseu tivesse perguntado: “Quantos de vocês acham que eu eliminei os efeitos do veneno no cozinhado pela palavra do Senhor?” todos teriam dito: “Valeu, Eliseu!” Em seguida, Eliseu diria: “Pronto, problema resolvido! Agora, matem quem está matando vocês!”
Deus deseja desenvolver nossa fé da mesma forma como desenvolveu a fé desses homens, não somente nos fazendo decorar os fatos da fé, mas escolhendo agir pela fé. Em meio a impossibilidades, Deus quer nos ver saindo de uma crise de fé para uma convicção de fé; e de fé confirmada para fé contagiosa. A fé contagiosa diz: “Você tem que experimentar dessa fé! Não conseguirá viver sem ela!” Onde você se encontra nesse prisma da fé?
Agora, se você já tomou um caldo gostoso, como esse acabou se tornando, a refeição precisa de um pão também. Você mergulha o pão na sua tigela e, se não tiver visita em casa, pega aquele último pedacinho de pão e meio que raspa todo o caldo da tigela para uma última mordida deliciosa... não precisa nem lavar a tigela depois de tão limpa que fica! Eu nunca fiz isso! E é exatamente isso o que acontece em seguida na próxima impossibilidade que Eliseu encara.
- A sexta e última impossibilidade que Eliseu encara gira em torno de falta de comida suficiente.
O ocorrido é relatado em 2 Reis 4.42–44:
Veio um homem de Baal-Salisa e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu alforje. Disse Eliseu: Dá ao povo para que coma. Porém seu servo lhe disse: Como hei de eu pôr isto diante de cem homens? Ele tornou a dizer: Dá-o ao povo, para que coma; porque assim diz o SENHOR: Comerão, e sobejará. Então, lhos pôs diante; comeram, e ainda sobrou, conforme a palavra do SENHOR.
Mais uma vez, essa á uma sombra do que Cristo Jesus faria no futuro quando alimentaria uma multidão milagrosamente. Existe fome na terra, mas um banquete na pequena escola de profetas. O banquete é desfrutado pelos servos de Deus dispostos a agir com base na palavra de Deus somente, sem evidências ou sentimentos.
Aplicação
Vamos concluir com algumas aplicações retiradas da fé de Eliseu em meio a impossibilidades.
- Primeiro: quando ficamos em silêncio e Deus atua através de nós, não haverá dificuldades para reconhecer seu poder maravilhoso.
Você provavelmente já ouviu falar de George Mueller, o homem de Deus que administrava vários orfanatos na Inglaterra. Em várias ocasiões, ele mandou todas as crianças se sentarem à mesa e até orou pela refeição, sem qualquer comida sobre a mesa. Deus, porém, providenciava de forma maravilhosa. Ele escreveu em certa ocasião:
Deus gosta de desenvolver a fé de seus filhos. Ao invés de querer evitar provações antes da vitória e exercícios para a paciência, devemos estar dispostos a recebe-los das mãos de Deus como um meio para o fim desejado. Eu digo isto, e digo deliberadamente: provações, obstáculos, dificuldades e, às vezes, derrotas, constituem a própria comida da fé.
- Segundo: quando nos falta força e Deus atua através de nós, não restará dúvidas quanto a quem merece todo crédito.
Eu e você temos a tendência terrível de ofuscar a glória de Deus; temos o terrível hábito de roubar louvor que não nos pertence. Mas quando nossas mãos estão atadas e não podemos fazer nada além de depender no Senhor completa e verdadeiramente, então, no final de tudo, toda glória é devidamente rendida e prestada a quem de direito: ao Senhor.
- Terceiro: apesar de a solução de Deus poder ser temporária, as lições que aprendemos são válidas e úteis para a vida inteira.
Se você observar mais uma vez o final de 2 Reis 4, verá que a fome não terminou; não há garantia alguma de que os estômagos dos profetas não roncarão de fome no dia seguinte. Se voltarmos um pouco no texto, também veremos que não há promessa alguma ao casal sunamita de que seu filho viveria mais do que eles. Não há garantias. Haverá fome novamente. Haverá funerais no lar sunamita.
As lições aprendidas em situações como essas, contudo, ajudarão quando a próxima fome chegar, quando acontecer o próximo funeral. Essas lições nos ajudam a dizer aos nossos familiares, amigos e ao mundo todo que, apesar de situações desagradáveis e impossibilidades como essas acontecerem, temos essa fé e eles precisam dela também; viver sem essa fé será terrível.
Essa é a história de Israel; é isso o que Deus quer que aprendamos. Deus nos mostra como os israelitas caminharam em meio a tempos difíceis. O Senhor nos conta a biografia de Eliseu para que vejamos como ele trabalha e consigamos perseverar mais uma hora e sejamos encorajados para mais um dia. Deus nos dá a seguinte esperança: quando nossas mãos estão atadas e estamos no escuro, as mãos de Deus estão trabalhando.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/01/1996
© Copyright 1996 Stephen Davey
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