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Quando Porcos São A Preferência

Quando Porcos São A Preferência

經過 Stephen Davey 參考: Mark 5:1–20

Quando Porcos São A Preferência

Marcos 5.1–20

Introdução

Chamo, hoje, sua atenção para Marcos 5. Continuaremos estudando a soberania de Jesus Cristo. Mais uma vez, testemunharemos Seu poder soberano sobre o mundo demoníaco.

Jesus está prestes a confrontar um dos homens mais terríveis do país. Essa é, na realidade, uma das passagens mais sinistras que lemos no Novo Testamento. Contudo, Jesus lida com essa situação problemática com a calma pertinente a um Cristo soberano.

A Soberania de Cristo sobre os Demônios

Vamos começar fazendo a leitura de Marcos 5.1:

Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos.

Talvez você se recorda que vimos em nosso estudo anterior em Marcos 4 que Jesus e os discípulos foram para o outro lado do Mar da Galileia. No decorrer da viagem à noite, formou-se uma tempestade tenebrosa e Jesus acalmou a comoção no mar, revelando Sua soberania sobre a natureza. Ainda está de noite e eles finalmente desembarcam na outra margem. O texto de hoje nos conta o que acontece quando eles desembarcam ali.

Não sei como você lida com interrupções—eu não lido muito bem com elas. Minha esposa e eu temos a convicção de que a vida é feita mais de interrupções do que de acontecimentos planejados. Jesus e os discípulos estão prestes a se deparar com mais uma interrupção.

Como vimos, eles partem de Cafarnaum em direção ao outro lado do mar a fim de fazerem um retiro—eles vão para este lugar para conseguir descansar e relaxar um pouco. Eles deixam a confusão das multidões para trás, sobem no barquinho e vão para a outra margem do Mar da Galileia. Finalmente, desembarcam, mas, diferente do que pensaram, este não será um tempo de descanso.

Veja o que ocorre em seguida conforme Marcos 5.2:

Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo,

Quando desembarcam, se deparam com um homem endemoninhado.

Fatos sobre os demônios

Agora, sem dúvida alguma, você concordaria que o mundo demoníaco é uma realidade assustadora. Creio que nenhuma outra passagem das Escrituras esclarece essa verdade tão bem quanto Marcos 5. Permita-me mencionar três fatos revelados a nós a respeito dos demônios.

  • O primeiro fato é que os demônios possuem uma força sobre-humana.

Veja Marcos 5.3–4:

o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo.

O verbo traduzido como subjuga-lo é o mesmo usado em referência ao ato de se domar um animal selvagem—era extremamente difícil, senão impossível. Imagino que esse homem era conhecido em toda a região como “O Louco de Gadara.”

Em minha imaginação, voltei a essa cidade. As crianças da vizinhança acordavam chorando com os gritos desse homem que ecoavam de uma caverna a outra. O litoral de Gadara era uma região repleta de cavernas, as quais serviam de túmulos onde o povo sepultava os mortos. Este é um lugar de morte. Se morasse em Gadara e quisesse descer ao litoral, teria que evitar essa região, pois era um grande cemitério.

Agora, você evitaria essa parte do litoral não somente por causa dos sepulcros, mas porque havia ali um maluco. Todos o conheciam. Os ferreiros da cidade fabricavam correntes e pensavam: “Bom, agora, sim, conseguiremos prender aquele doido.” Os fabricantes de cordas faziam cordas resistentes e diziam: “Pronto, esta corda é forte o suficiente para mantê-lo amarrado.” A passagem sugere que alguns homens da cidade se juntavam de vez em quando para capturar esse maluco que corria nu pelas cavernas, com cabelos e barba compridos, gritando com uma voz estridente.

Lemos em Marcos 5.5:

Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras.

Que retrato medonho! As pessoas o atacavam, o seguravam e o prendiam com correntes. Contudo, o maluco arrebentava essas correntes como se fossem gravetos. Como vemos, os demônios dentro deste homem tinham força sobre-humana.

  • Segundo, os demônios eram persistentemente cruéis.

Pode grifar a palavra sempre no verso 5: Andava sempre, de noite e de dia. Essa é uma situação contínua. Não havia descanso e paz para esse indivíduo possuído por demônios. Os demônios eram terrivelmente cruéis.

  • Terceiro, os demônios tinham tendências destrutivas,

No final do verso 5, lemos que esse homem endemoninhado ficava ferindo-se com pedras. Ou seja, ele cortava o corpo com pedras, talvez algo semelhante à adoração de demônios.

Você lembra o que aconteceu quando o profeta Elias desafiou os profetas de Baal no Monte Carmelo (1 Reis 18)? Os profetas de Baal começaram a se cortar com pedras e outros instrumentos afiados. Esse tipo de autoflagelação fazia parte da adoração aos demônios.

Parece que os demônios que possuíram o corpo deste homem gadareno o utilizavam como uma espécie de sacrifício vivo; é como se ele fosse continuamente sacrificado ao mundo demoníaco. Então, dos pés à cabeça, havia feridas e cortes. Quanta crueldade!

De fato, que retrato terrível!

Os demônios reconhecem a soberania de Cristo

Vamos, agora, dar uma pausa nesse retrato e observar de forma mais completa o que está acontecendo aqui. Os discípulos e Jesus descem do barco e, conforme Marcos nos diz, logo que Jesus coloca os pés em terra firme, ouve gritos. Nos montes, na penumbra da luz lunar, eles veem correndo em sua direção “O Maluco de Gadara.” Muito provavelmente, Jesus e os discípulos já tinham ouvido falar desse homem.

Imagine essa cena. Jesus está de pé na praia e vê esse endemoninhado correndo em Sua direção. Também existem outros 12 homens—correndo na outra direção! Fico imaginando Pedro derrubando Tiago e João para entrar no barco primeiro, todos tentando fugir dali. Eles já ouviram falar desse “maluco de Gadara” e estão prontos para sair dali.

Talvez o endemoninhado não tenha reconhecido Jesus à distância, mas corre em Sua direção. Não sei quando reconhece Jesus, mas, ao invés de se jogar sobre Ele, o endemoninhado se prostra aos pés de Cristo. Lemos em Marcos 5.6–7:

Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?...

Sua reação diante de Jesus revela outras verdades sobre o mundo demoníaco. Vemos nisso tudo a supremacia de Cristo.

  • Primeiro, descobrimos que os demônios reconhecem a divindade.

O endemoninhado diz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?

Essa frase é usada constantemente no Antigo Testamento para se referir à majestade tremenda de Yahweh. Os demônios, portanto, reconhecem a divindade na pessoa de Jesus Cristo.

Quando vemos pessoas hoje negando a divindade de Cristo, acredito que agem de forma mais tola do que os demônios, pois eles sabiam perfeitamente quem Jesus era.

  • Segundo, descobrimos que os demônios tremem diante do poder de Jesus.

Veja a última parte do verso 7: Conjuro-te por Deus que não me atormentes!

Em outras palavras, o endemoninhado tenta colocar Jesus sob juramento; ele diz: “Jure por Deus que você não me atormentará!”

Agora, se Jesus tivesse feito isso, creio que teria pecado. É possível que se trate aqui de uma armadilha demoníaca para tentar Jesus a pecar. O demônio diz: “Jure por Deus que você não me atormentará!”

Quanto ao tormento, teríamos que adivinhar do que se trata. Talvez encontramos uma pista em Marcos 5.10:

E rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país.

O mundo demoníaco sabe perfeitamente que existe um julgamento chegando. Os demônios sabem que virá o dia em que o Filho de Deus os lançará no abismo eternamente.

Agora, essa passagem também mostra que os demônios não conhecem o futuro e não conseguem ler a mente do homem. Se esse fosse o caso, então saberiam que Jesus tinha vindo não para manda-los para o abismo, mas para estabelecer Seu reino. Os demônios não sabiam se Cristo iria manda-los para o abismo naquela hora ou depois. Eles não sabiam disso porque seu conhecimento é limitado. Como disse, essa passagem revela bastante coisa sobre o mundo demoníaco.

  • Terceiro, descobrimos que os demônios estão submissos à vontade de Cristo.

Veja os versos 7–8:

...Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem!

Jesus já tinha dito: “Saia deste homem!”

Agora, os demônios não saíram imediatamente. Jesus lida com demônios várias vezes e diz uma palavra apenas para expulsa-los da pessoa. Nesse verso, contudo, Jesus diz uma palavra e os demônios tentam argumentar com Jesus, apesar de Ele ser o Cristo.

É aqui que os demônios imploram que Jesus os envie aos porcos. Veja Marcos 5.11–12:

Ora, pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos. E os espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para que entremos neles.

Em seguida, no verso 13, lemos que Jesus o permitiu. Jesus diz apenas uma palavra: “Vai,” e todos os demônios deixam o homem. Veja o que acontece em seguida ainda no verso 13:

...Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram.

Marcos nos fornece um retrato rápido do que aconteceu. A prova disso é que ele usa vários verbos no tempo aoristo sem fornecer os detalhes, mas para indicar progressão rápida de acontecimentos. Jesus diz, “Vai,” os demônios deixam o homem, depois entram nos porcos e os porcos se jogam de cima do precipício. Após essa sequência de verbos aoristos, Marcos volta ao imperfeito, o que desacelera a narrativa, como se a imagem agora fosse em câmera lenta. Vemos uma cena estranha de dois mil porcos morrendo afogados.

Jesus ensina por meio da forma como lidou com os demônios

Agora, quando li essa passagem, fiz a mesma pergunta que você provavelmente já fez ou está fazendo: “Por que o Senhor agiu de forma tão cruel e deixou que 2 mil porcos morressem ao se jogarem do despenhadeiro?”

Por que Jesus simplesmente não enviou esses demônios para o abismo? Por que Ele não disse: “Vão para o lugar onde pertencem”?

Deixe-me sugerir 3 motivos que podem esclarecer essa dúvida.

  • Primeiro: creio que, ao fazer isso com os porcos, Jesus desejou fornecer prova clara de que o homem havia sido, realmente, libertado—especialmente para o próprio homem.

Ao fazer isso, Jesus deu uma garantia maravilhosa a esse homem quando ele viu os porcos caindo no despenhadeiro. Não havia dúvidas de que tinha sido libertado. Quando as pessoas da cidade vieram, não tiveram dúvidas de que esse homem, realmente, tinha sido libertado do poder dos demônios. Portanto, na melhor das hipóteses, o sacrifício dos porcos foi um recurso visual para provar que libertação tinha, de fato, ocorrido.

  • Segundo: essa foi uma lição vívida e objetiva para a cidade.

Perceba que esse acontecimento serve de lição objetiva para a cidade de que, para Satanás, um porco é tão bom quanto um homem.

Agora, não é interessante o fato de os demônios não quererem ficar fora de algum corpo? Não temos tempo para falar detalhadamente sobre o assunto, mas os demônios simplesmente não querem permanecer num estado sem corpo. Se não podem ficar dentro de um homem, aceitarão ficar dentro de um porco; não importa. Eles ficarão tão felizes, satisfeitos e contentes em habitar dentro de um porco.

Que retrato esse acontecimento fornece ao povo da cidade sobre o mundo demoníaco—que retrato a todos os que seguem outro que não Cristo: pessoas são tão insignificantes a Satanás e aos demônios quanto porcos. Para eles não importa; é somente para Jesus que você vale alguma coisa. Quando Ele vem habitar dentro de você, você se torna Seu objeto precioso. Mas, quando segue Satanás, você lhe é totalmente insignificante, servindo apenas para fazer o que ele quer.

  • Terceiro: a morte dos porcos foi um ato de julgamento.

Entenda bem que o povo não podia possuir porcos. Então, o que essas pessoas estavam fazendo? Elas estavam comercializando clandestinamente. Evidentemente, Gadara fornecia a cidades israelitas e a judeus rebeldes o suprimento desejado de carne de porco. Para esses criadores, o acontecido foi apenas uma matança precoce; tenho certeza de que foram, pegaram os porcos da água, trataram sua carne e venderam. Entendo isso como um julgamento de Deus.

Jesus Cristo estava dizendo: “O que está acontecendo aqui? 2 mil porcos? Vocês nem deveriam criar porcos!”

Isso me ajudou a entender, enquanto considerava o julgamento sobre a cidade, que a única coisa que Jesus fez, realmente, foi purificar a cidade; Ele se livrou de coisas que as pessoas não deveriam possuir—2 mil porcos!

A obra salvífica de Cristo

Note que, após o incidente dos porcos, testemunhamos a obra salvífica de Cristo como uma experiência transformadora. Leia o texto maravilhoso de Marcos 5.14–15:

Os porqueiros fugiram e o anunciaram na cidade e pelos campos. Então, saiu o povo para ver o que sucedera. Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram.

A coisa mais incrível nisso tudo é quando Jesus pergunta ao homem no verso 9: Qual é o teu nome? Creio que, ao fazer essa pergunta, Jesus tenta despertar no endemoninhado sua personalidade porque ele estava profundamente controlado por outra força—pelos demônios. A resposta do homem reflete o controle dos demônios; ele diz: Legião é o meu nome.

Agora, o território de Gadara era ocupado por soldados romanos. Uma legião era composta de 6 mil soldados. Existe certa discussão sobre se esse homem realmente tinha 6 mil demônios, já que ele explica a definição de “legião:” porque somos muitos. Não sabemos ao certo. O que sabemos é que havia 2 mil porcos e todos eles caíram no desfiladeiro.

Portanto, Jesus exorciza os demônios e os porcos reagem.

Veja Marcos 5.15:

...Então, saiu o povo para ver o que sucedera. Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo...

O homem está vestido, provavelmente pela primeira vez após muito tempo; e sentado, o que significa que está contente pela primeira vez também após muito tempo. E ele está em perfeito juízo.

Veja, agora, como o povo da cidade reage ao acontecido. O final do verso 15 que todos temeram.

Pule para os versos 18–19, onde Jesus está prestes a deixar o lugar:

Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti.

Esse homem era aquele antes conhecido como “O Louco de Gadara.” Todos o temiam; mães tranquilizavam suas crianças à noite que ficavam com medo dos gritos que ouviam ecoando pelas cavernas da cidade. Esse era o homem doido que o povo tanto temia, mas que agora está transformado. Agora, Jesus o usará como um de Seus evangelistas. Que experiência transformadora!

Quando pensamos na transformação radical na vida de um indivíduo como esse, percebemos que não existe mudança mais maravilhosa do que a mudança que ocorre quando Jesus Cristo invade a nossa vida; quando O deixamos fazer residência em nós, quando O convidamos a entrar, a transformação é incrível.

Agora, o homem implorou que Jesus o deixasse ir com Ele. Jesus, porém, responde com 4 palavras importantes que você deveria grifar no verso 19: Vai para tua casa.

E é interessante que a cidade clama em uníssono no verso 17: E entraram a rogar-lhe que se retirasse da terra deles. Em outras palavras, as pessoas diziam a Jesus: “Vai embora.”

Finalmente, Jesus vai embora, já que Ele não fica onde não é bem-vindo. Mas, antes de partir, Ele deixa um missionário, um evangelista na cidade. Ele diz ao homem: vai para tua casa.

Agora, essa missão não parece tão interessante. Dificilmente, ir para casa parece ser algo impressionante—as pessoas sabem seu apelido, sua reputação e dizem: “Ei, a gente lembra de você.”

Jesus o manda voltar para casa. Meu querido, eu creio, de fato, que o seu testemunho e o meu devem invadir nossos lares. Muitos de nós fomos salvos dentro de casa mesmo. Talvez você tenha familiares ou amigos descrentes que nem sabem que você é regenerado, mas que ouviriam o que você tem a dizer.

É interessante que Jesus Cristo não foi para a casa desse homem—Ele sabia que o seu testemunho seria suficiente, então, o enviou para casa.

Creio que um dos maiores fardos que devemos carregar é o desejo intenso pela salvação de amigos e familiares—talvez um cartão, uma ligação é o que Cristo usará para salvar um indivíduo.

Precisamos tomar a ordem vai para tua casa para nós mesmos. A tua casa pode ser um pai, uma mãe, um filho, uma filha, um amigo, um colega de trabalho, um professor, um parente que precisa ouvir a mensagem—e que ouvirá, se você simplesmente for para casa.

Aplicação

Vamos aplicar esse texto às nossas vidas. A soberania de Cristo sobre os demônios conforme revelada em nosso estudo é algo incrível. Deixe-me mencionar 4 maneiras de se permitir que Cristo frustre os ataques de Satanás na sua vida e na minha.

Se você é crente, jamais precisará temer possessão demoníaca porque o Espírito de Deus reside em sua personalidade e Ele jamais cederá espaço a demônios. Por outro lado, os ataques de Satanás podem oprimi-lo de tal maneira que seu testemunho é obstruído. A tentação trazida pelos demônios pode prejudicar o que Deus busca realizar na sua vida. Então, o que podemos fazer para garantir que a soberania de Cristo avance por meio de nosso testemunho?

  • Primeiro: fique alerta.

Em 2 Coríntios 2.11, Paulo diz que não ignoramos os desígnios de Satanás. Portanto, fique alerta; fique ciente do que está acontecendo. Satanás é um leão que ruge e sempre vem disfarçado, especialmente aos crentes. Ele disfarça seus desígnios.

  • Segundo: fique preparado.

Em Efésios 6, Paulo descreve a armadura que devemos usar a fim de avançarmos a causa de Cristo. Lemos em Efésios 6.10–11:

Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;

Em outras palavras, é com essa armadura que podemos resistir as estratégias e desígnios satânicos. Não basta saber que Satanás está à solta; não basta simplesmente saber que existem tentações. Precisamos dar mais um passo e nos preparar para o ataque. Deus providencia a armadura.

  • Terceiro: seja disciplinado.

Ainda lemos em Efésios 6.18:

com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos

Da mesma forma, também não basta estar preparado—precisamos vigiar com toda perseverança, ou seja, permanecer atentos aos tiros de dardos inflamados do inimigo.

  • Quarto: fique encorajado.

Lemos em Tiago 4.7: Resisti ao diabo e ele fugirá de vós. Como resistimos ao diabo? Ficando alertas, preparados e sendo disciplinados. Quando essas coisas estão em operação, podemos ficar encorajados porque, ao resistirmos todos os dias, podemos vencer as ciladas do diabo.

Agora, em Marcos 5.16–17, vemos a trágica reação da cidade:

Os que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. E entraram a rogar-lhe que se retirasse da terra deles.

Agora, por que o pessoal da cidade rogou que Jesus saísse dali? Acho que Jesus causou desconforto porque tocou em suas posses, seus investimentos, sua religião e os desmascarou. Por isso, rogaram que Ele se retirasse do meio deles.

Como isso é trágico! Essas pessoas dizem, com efeito: “Senhor, chegou a hora de escolhermos entre você e os porcos—e preferimos os porcos ao invés de o Filho de Deus em nossa cidade. Preferimos ouvir os grunhidos de porcos do que ver a bondade de Deus em Gadara.”

No decorrer de meu estudo, me deparei com um fato impressionante. Se você fosse a Gadara hoje, a esse mesmo litoral, encontraria túmulos em cavernas, um cemitério e os ossos de homens mortos há séculos. Ali também você encontraria um grupo de pessoas selvagens que habitam nas cavernas—elas são conhecidas como “trogloditas.” Elas são os descendentes daqueles que um dia disseram a Jesus: “Saia de nossa cidade.” Não há registro bíblico algum de que Jesus voltou ali novamente.

Meu querido, se você ainda não tem Cristo hoje, Ele desembarcou no seu litoral—chegou e está disponível a você. É algo perigoso demais dizer “não” a Cristo; é algo terrível ter o Espírito Santo falando a você, à sua mente, seu coração, ver o convencimento de Deus em sua vida e Lhe dizer “não.”

Para nós que cremos, esse ex-endemoninhado serve de grande desafio: esse “louco de Gadara” que foi libertado é, agora, um evangelista, um missionário. Lemos no verso 20:

Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam.

Esse homem proclamou o Evangelho não somente em sua cidade, mas também em Decápolis—a região das dez cidades. Ninguém podia impedi-lo de pregar! Ele começou em casa e seu ministério depois se espalhou a dez cidades gregas. Que grande história! Será que você, também, começará em sua casa hoje?

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Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 27/12/1987

© Copyright 1987 Stephen Davey

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