
Nunca Fora de Serviço, Sempre de Plantão
Nunca Fora de Serviço, Sempre de Plantão
Marcos 2.1–17
Introdução
Geralmente, quando uma pessoa se torna popular—quando tem sucesso naquilo que realiza, quer seja num emprego ou ministério—esse indivíduo se afasta e se isola um pouco das demais pessoas. Para as pessoas comuns—o populacho—fica mais difícil entrar em contato com uma celebridade.
Esse, todavia, não é o cenário quando analisamos a vida de Jesus Cristo quando Seu ministério começa a crescer. Quando o povo descobre quem Ele é e se arrebanha ao redor dEle, vemos que Jesus Cristo continua disponível e acessível a todos.
Em nosso estudo hoje, gostaria de destacar várias ocasiões em que vemos Jesus acessível e pronto para servir. Assim como um bom soldado, Ele nunca está fora de serviço, nunca de folga. Como um bom médico, Ele está sempre de plantão.
Agora, no Evangelho de Marcos:
- Capítulo 1, que acabamos de concluir, os críticos ficaram calados e murmuraram só um pouco.
- No capítulo 2, os críticos se pronunciarão um pouco mais e questionarão os discípulos, mas não Jesus diretamente.
- No capítulo 3, a perseguição começará e, daí em diante até a cruz, eles planejarão a morte de Jesus.
Hoje, começaremos o capítulo 2, onde os críticos passam a questionar os discípulos. A despeito da perseguição que em breve surgirá, Jesus Cristo está sempre acessível e disponível.
Fique com esse pensamento em sua mente pelo decorrer de nossa meditação. Jesus Cristo está totalmente disponível para mim e para você, assim como esteve ao público judeu de Sua época.
- Primeiro: Jesus estava disponível para ensinar.
Veja Marcos 2.1: Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. As pessoas começaram a espalhar a novidade.
O verso pode dizer que Jesus estava em Sua casa. Isso soa um pouco estranho, já que Jesus disse que não tinha um lugar onde reclinar a cabeça:
As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Mateus 8.20).
Ao dizer isso, entretanto, Ele quis dizer que não tinha uma residência permanente. Evidentemente em Cafarnaum, alguém cedeu sua casa para Jesus poder se hospedar e esse lar serviu como base para Suas atividades.
Portanto, Jesus voltou para Sua casa e todos ouviram a notícia. Veja Marcos 2.2:
Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar...
Agora, fiquei um pouco confuso aqui e tive que investigar os lares da Palestina naquela época. Descobri que nas casas de pessoas mais ricas, a porta de entrada levava a um vestíbulo ou saguão, o qual, por sua vez, conduzia ao interior da casa.
Os lares de pessoas mais pobres, todavia, tinham apenas uma porta de entrada, mas nenhum vestíbulo; a porta abria direto para a rua. O costume era abrir essa porta logo cedo pela manhã, o que era um convite para outros entrarem e saírem conforme desejassem. As pessoas mais pobres fechavam a porta somente quando desejassem total privacidade.
Obviamente, a porta da casa onde Jesus se encontra está aberta. Por isso, as pessoas entram e saem; na verdade, existe tanta gente ali a ponto de se amontoarem na rua.
Enquanto pensava na maneira como essas pessoas deixavam suas portas abertas e outras nem sequer tinham portas, de forma que os outros iam e vinham como quisessem, concluí que gosto de portas. É incrível o que você consegue fazer enquanto a visita sai do carro, toca a campainha ou bate ao portão! Você prende o cachorro, varre a sala rapidinho, joga os brinquedos das crianças para debaixo do sofá, abre a porta e diz: “Oi, que surpresa! Se eu soubesse que você vinha teria arrumado um pouco, está uma bagunça!”
Eu gosto de portas fechadas, mas nessa região e naquela época, a cultura era diferente—as portas estavam sempre abertas.
Então, com as portas abertas e pessoas transbordando na rua, lemos no final do verso 2 que Jesus anunciava-lhes a palavra.
Quando estudamos o capítulo 1 de Marcos, vimos Jesus ensinando na sinagoga. Agora no capítulo 2, O vemos pregando a palavra na entrada de uma casa. Ele ensinará a palavra o tempo inteiro.
Não cometa o erro de pensar que, porque curou com frequência, Jesus veio a terra para curar. Ele veio proclamar o programa do reino, pregar a oportunidade de salvação. Ele também curou a fim de provar que era o Cristo, o Filho de Deus; veremos um exemplo disso em instantes. Jesus Cristo, porém, veio para ensinar e estava acessível para ensinar as multidões.
- Segundo: Jesus estava disponível para curar.
Em Marcos 2.3–4, nos deparamos com uma passagem bastante familiar:
Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente.
O telhado das casas da época era um pouco diferente do que costumamos ver hoje: o telhado era feito com vigas de madeira de uma parede a outra; essas vigas ficavam espaçadas entre si pouco mais de 1 metro. Entre as vigas, havia placas de pedras de calcário que mediam 1 metro de largura por 1 de comprimento. Sobre essas placas de calcário, os construtores colocavam uma mistura de palha e barro bem batida para servir de isolamento térmico. Por fim, uma camada de grama cobria tudo isso. Como resultado, os tetos das casas da época eram cobertos de capim.
A fim de conseguir entrar nessa casa pelo teto, esses 4 homens tiveram que cavar um buraco para chegar ao calcário; em seguida, remover umas 3 pedras de calcário para poder baixar a maca de palha do aleijado, a qual tinha duas hastes compridas—uma de cada lado—e em cada haste uma corda amarrada. Dessa maneira, os homens baixaram a maca do paralítico no meio da sala onde estava Jesus.
Agora, perceba no verso 6 que o público nessa casa era composto de doutores da Lei ou escribas. Naquela época, os rabinos acreditavam que uma doença grave era resultado de algum pecado grave. Na verdade, eles entendiam doença como a mão de Deus pesando sobre o pecador; doença e pecado eram duas coisas inseparáveis. Esse homem era marginalizado da sociedade pelos doutores da Lei por ser aleijado; ele era paralytikos, o termo grego do qual derivamos nossa palavra “paralítico.”
Sempre li esse acontecido do ponto de vista de uma das pessoas observando o que se passava, mas imagine a sensação do paralítico aqui. Ele é baixado no meio dos seus acusadores; duvido que passou por uma vergonha maior em sua vida. Lá vem ele descendo, talvez com os braços pendurados, um de cada lado, enquanto a maca é arriada de forma desajeitada diante de todos; apesar de consciente, seu corpo está paralisado. Ele sente o olhar dos escribas sobre ele com pensamentos condenatórios.
É nesse momento que Jesus diz três coisas ao paralítico:
- Primeiro, veja em Marcos 2.5 que Ele diz uma palavra: Filho.
O termo grego usado por Jesus, teknon, se refere a uma criança, e era usado de forma afetuosa por um pai ou mãe acerca de seu filho. Jesus olha para esse homem que está paralisado não somente física, mas também emocionalmente com medo, e diz: “Filho” com tremenda compaixão disponível num Salvador.
- Em seguida, Mateus 9.2 nos conta que Jesus também disse: Tem bom ânimo.
A palavra aqui traduzida como ânimo também significa “coragem.” Ela ocorre em outras ocasiões em que coragem ou bom ânimo é necessário. Por exemplo, quando Jesus se encontra com os discípulos no meio do mar e vem andando sobre as águas; os discípulos ficam aterrorizados e pensam ser um fantasma. Jesus diz: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! (Mateus 14.27).
Eu já passei por momentos—e você talvez também já tenha passado—em que estive com medo terrível, mas tive que tomar coragem para fazer o que precisava ser feito.
Quando era menino, a garagem de nossa casa era ligada a um porão. Com bastante frequência, meus pais pediam que eu ou meus irmãos buscássemos algo no freezer que ficava lá no porão; se meu irmão mais novo não fosse por causa do medo, eu acabava indo. Geralmente era algo que queríamos muito, como sorvete ou algo do tipo. Lembro de ir para a garagem, abrir a porta que levava para o porão e me deparar com uma tremenda escuridão. Tateava a parede procurando o interruptor para acender a luz, enquanto me preparava para um monstro ou algo do tipo me pegar. Finalmente, encontrava o interruptor, mas a luz não iluminava o porão inteiro. Então, corria para o canto onde ficava o freezer, abria a porta com tudo, pegava o sorvete, me virava e voltava correndo.
Bom, a fim de tomar coragem para descer para esse porão, eu assoviava—você já deve ter feito isso também. Mas era difícil assoviar com os lábios tremendo! Eu estava cheio de pavor e tomava coragem para enfrentar meu medo assoviando.
Quando é usada no contexto de curas, como é o caso aqui, a palavra não transmite, necessariamente, uma ideia de medo ou pavor, mas de esperança e confiança. Jesus disse à mulher com hemorragia: Tem bom ânimo, filha (Mateus 9.22); e, quando foram informar o cego Bartimeu que Jesus iria recebe-lo para curá-lo, os discípulos lhe disseram: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama (Marcos 10.49).
Agora, Jesus diz ao paralítico: “Tem bom ânimo, filho,” ou seja, “pode confiar em mim, sua esperança está na pessoa certa.” O coitado do paralítico estava na presença de seus acusadores e sabia que era visto como um homem impuro. Mas Jesus lhe diz: “Anime-se, não há motivo para ficar intimidado. Tem esperança para a sua situação!”
- Por fim, em Marcos 2.5, Jesus olha para o paralítico e diz uma terceira coisa: os teus pecados estão perdoados.
- É nesse momento que vemos que Jesus, em terceiro lugar, estava disponível aos críticos.
Veja Marcos 2.8: E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam. O que os críticos estavam pensando? O verso 7 nos conta:
Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?
Os rabinos tinham uma lei, a propósito, a ser aplicada para quem blasfemasse. O infrator seria pendurado numa árvore, apedrejado, retirado e enterrado em vergonha.
Por isso, Jesus diz no verso 8: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Gosto muito da resposta de Jesus; não podemos ignorá-la.
Você sabia que a maneira como reagimos a críticas é um bom teste para mim e para você? Nossa reação quando alguém critica nosso caráter é um bom teste de caráter. Jamais veremos Jesus dizendo aos críticos: “Por que estão pensando isso de mim?” A única coisa que O vemos dizendo, conforme Marcos 2.8–10 é:
Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados...
Lembre-se que esse é o motivo por que Jesus realiza curas:
– disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos...
Perceba a progressão lógica do argumento de Jesus. Foi assim que Ele provou Seu raciocínio usando a argumentação dos rabinos. A progressão foi a seguinte:
- Ninguém pode ser curado se não for perdoado;
- Somente Deus pode perdoar pecados;
- O paralítico foi perdoado;
- Jesus perdoou seus pecados;
- Logo, Jesus tem que ser Deus.
Esse foi um argumento inegável. É incrível a forma como Jesus lidou com os críticos!
E que grande médico era Jesus! Imagine: Ele recebe o paciente, faz um diagnóstico perfeito, fornece a cura completa e, no fim, ainda paga a conta!
Continue no verso 12:
Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!
Em outras palavras: “Coisas estranhas estão acontecendo aqui hoje!”
- Em quarto lugar, vemos que Jesus estava disponível aos marginalizados.
Acompanhe Marcos 2.13–14:
De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e ele os ensinava. Quando ia passando, viu a Levi [Mateus], filho de Alfeu, sentado na coletoria...
Cafarnaum ficava na intercessão de muitas rotas comerciais; se você viajasse do Egito para a Galileia, teria que passar por Cafarnaum. Portanto, a cidade ficava no meio de uma economia crescente.
Nessas rotas comerciais, havia duas classes de coletores de impostos. Uma delas era chamada de gabbai, os quais cobravam impostos sobre propriedade, renda e outros bens. Era difícil enriquecer nesse ofício porque as taxas eram fixas.
A segunda classe de coletores de impostos era a dos mokhes; esses homens enriqueciam muito porque cobravam taxas sobre tudo o que viam. Se alguém pegasse um peixe, teria que pagar imposto sobre o peixe ao coletor de impostos que armava sua barraca em rotas de comércio. Se um indivíduo saísse para fazer compras e comprasse alguma coisa, teria que pagar impostos ao coletor. Pelo fato de não haver taxação fixa sobre certas coisas, muitos coletores ficavam extremamente ricos às custas do povo.
Agora, a classe dos mokhes incluía a subclasse dos grandes mokhes. Um “grande mokhe” contratava alguém para ficar à mesa dos impostos para não ferir sua reputação. Esses cobradores de impostos eram judeus que tinham comprado do governo romano o direito de cobrar impostos dos seus compatriotas; por isso, eram tidos por traidores. Então, os grandes mokhes não queriam ser vistos como traidores; daí, contratavam alguém para ocupar a sua banca de impostos.
Já os pequenos mokhes eram avarentos e mesquinhos demais para contratar outra pessoa. Ele mesmo se sentava à mesa porque não queria envolver um intermediário.
Veja o que lemos sobre Mateus em Marcos 2.14: Quando ia passando, viu a Levi [Mateus], filho de Alfeu, sentado na coletoria.
Mateus era coletor de impostos e, muito provavelmente, um pequeno mokhe avarento e mesquinho. Ele não se preocupava com sua reputação; não queria saber se alguém lhe apontaria o dedo e diria: “Seu traidor!” Mateus estava na profissão por causa do dinheiro. Apesar disso, Jesus Cristo vai até ele e diz: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.
E isso nos conduz ao quinto grupo de pessoas a quem Jesus estava disponível.
- Por fim, em quinto lugar, Jesus estava disponível ao mundo necessitado.
Veja o que Mateus faz em Marcos 2.15:
Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam.
A nossa tradução diz publicanos, que era uma designação genérica usada para falar dos coletores de impostos. Um “publicano” era aquele que fazia o “serviço público.” Mateus era um publicano.
Quando lemos os Evangelhos, notamos que publicamos eram tão repugnantes aos judeus quanto os gentios; eles formavam a escória da sociedade. Na verdade, veja o que diz Marcos 2.16:
Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores?
Em outras palavras, os críticos disseram: “Por que Ele come com a ralé? Por que Ele se associaria com esse povo?” Daí, Jesus reage no verso 17:
Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores.
Jesus Cristo estava numa festa e, creio eu, esse foi o banquete de demissão de Mateus. Ele convidou todos os seus amigos e tinha um orador convidado—Jesus. Mateus estava pronto a resignar publicamente seu cargo; ele dirá aos seus colegas de trabalho coletores de impostos que estava saindo do emprego para seguir esse homem chamado Jesus. Então, Mateus reúne todas essas pessoas e prepara uma festa.
Jesus Cristo estava lá no meio deles. Como de costume, eles não estavam sentados, mas reclinados. O verbo traduzido no verso 15 como achando-se Jesus à mesa significa, na verdade, estando Jesus reclinado à mesa. As pessoas reclinavam apoiando-se com um dos cotovelos e viradas de frente para a refeição. Comer com um indivíduo era sinal de intimidade; se você comesse com um indivíduo, dizia que ele era seu amigo.
Mas o que Jesus está fazendo aqui nessa festa? Ele disse: “Não vim chamar justos; eles não precisam de mim. Sou um médico. Não fico de plantão na casa de pessoas sadias; elas não precisam de mim. Vou para os doentes; eles precisam de mim.”
Lembro-me de ler a história contada por Hugh Redwood, um antigo pregador inglês. Ele contou de uma mulher que vivia na região do porto de Londres. Ela vivia com um homem chinês e os dois tiveram o que na época era chamado de um “bebê meia-casta, de raça misturada.” Por isso, a mulher era desprezada pela sociedade.
Essa mulher ouviu falar de um estudo bíblico para mulheres. Então, decidiu participar e levou seu bebê consigo; gostou tanto que acabou voltando nas semanas seguintes. Contudo, finalmente, depois de um mês ou dois, o vigário veio a ela e disse: “Madame, não quero que você venha mais para os estudos.”
Ela olhou para o vigário com os olhos cheios de perguntas. Ele continuou e deu a resposta: “Se você continuar vindo, as demais mulheres não voltarão mais para esta igreja.” Com os olhos dessa vez cheios de lágrimas, ela lhe disse: “Eu sei que sou uma pecadora, mas não existe outro lugar onde uma pecadora possa ir?”
Nos dias de Jesus, havia um lugar para onde pecadores podiam ir—eles podiam ir para Jesus.
Eu temo que a igreja de hoje realiza seus cultos e programações, mas depois diz: “Se quiser Jesus, venha até nós. Mas, se vier, comporte-se como nós, pareça-se conosco e seja como nós.” Não entendemos a mensagem de Jesus. Quando estudo a disposição e acessibilidade de Jesus Cristo, fico admirado. Se vivesse no século 21, creio que Ele não seria bem-vindo em muitas de nossas igrejas.
Aplicação
Deixe-me fornecer alguns princípios retirados da realidade de Jesus estar acessível a todos. Esses são princípios simples, mas profundos.
- Primeiro: Jesus Cristo está disponível a você, caso admitir que precisa dEle.
É simples assim: Jesus está disponível. Você alguma vez já disse que deseja estar com Ele? A pergunta é: “Você O aceita?”
Jesus está disponível. Na verdade, Ele morreu por você e derramou Seu sangue por você. Se entender hoje mesmo que precisa dEle, tenho boas notícias: Ele está disponível.
- Segundo: Jesus Cristo está disponível a outros quando você está disposto a servi-lO.
Voltei ao texto e fiquei admirado ao ver as coisas que emergiram como lição para nós, crentes. Sugiro que você leia essa passagem novamente. Achei interessante ver que o ministério de Jesus Cristo foi possível por causa que Seus seguidores estavam dispostos a servi-lO.
Alguém emprestou sua casa a Jesus, mas esse anfitrião nunca é mencionado; não sabemos quem foi.
Houve também homens que consertaram o teto, mas não ouvimos nada sobre eles. Aposto que demoraram alguns meses para consertar o telhado, porque convidavam pessoas e diziam: “Vejam! Foi aqui! Ele desceu por aquele buraco e Jesus o curou bem aqui.” Os homens que trabalharam depois limpando nunca são mencionados.
Houve também mulheres e homens que prepararam a festa dada aos amigos de Mateus, mas eles não aparecem no texto. Eles estavam ocupados preparando a comida e pensando: “Jesus estará aqui. Ele proclamará o evangelho do reino e nós serviremos para que isso seja possível.”
Gosto muito da verdade desses servos secretos que nunca vemos. Porque eles estiveram dispostos a servir, Jesus Cristo esteve disponível a outros. Então, a pergunta é: Se você O conhece, está disposto a servi-lO?
Lembro de ler uma história que aconteceu pouco tempo depois da Segunda Guerra Mundial. A Europa precisou se reconstruir e um dos resultados mais trágicos da guerra foi o número imenso de crianças órfãs largadas pelas ruas morrendo de fome. Nessa história, um soldado estava voltando para seu acampamento em Londres, vindo de jipe quando viu um garotinho órfão olhando pela janela de uma padaria, pressionando o nariz contra o vidro. O menino babava enquanto o padeiro enrolava a massa de rosquinhas e as colocava para assar. O soldado freou seu jipe e perguntou: “Ei, você quer algumas rosquinhas?” O menino respondeu: “Quero sim!”
O soldado entrou na padaria, comprou uma dúzia e deu ao menino. Em seguida, ele se virou e caminhou em direção ao seu jipe para ir embora. De repente, ele sentiu um puxão em sua jaqueta. Era o garoto que, olhando para ele, perguntou: “Moço, você é Deus?”
A verdade é, meu querido, que Jesus Cristo veio e está disponível. Ele precisa que aqueles que dizem ser cristãos sejam como Ele foi.
Você alguma vez já tornou possível que alguém se sente à mesa de um banquete? Você já possibilitou que alguém ouça o Evangelho? Será que as pessoas podem olhar para você e perguntar: “Você é Deus?” porque está disponível a elas?
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 01/11/1987
© Copyright 1987 Stephen Davey
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