Eu, Eu Mesmo e Mim Mesmo

Neemias 5

Introdução

Em nosso estudo no livro de Neemias, o dragão vermelho, Satanás, já arquitetou várias tentativas diferentes para interromper a reconstrução dos muros de Jerusalém. Os inimigos de Deus, fascinados pelo dragão vermelho, se colocaram contra os filhos de Deus. O povo de Israel já teve que suportar zombaria cruel de seus inimigos. O povo teve que ir além da metade do caminho quando o desencorajamento bateu e quase os levou a abandonar o serviço. Mas, nem a zombaria, nem o desencorajamento tiveram sucesso em parar com aquela reconstruções dos muros.

Conflito

A Estratégia de Satanás

A estratégia de Satanás em suas investidas contra os que trabalham para Deus é tripla:

• Primeiro, ele tenta desanimar o crente.

E isso pode vir em forma de perseguição. Pode ser: um espinho da carne.

Como esse foi um elemento perturbador que Paulo teve que suportar, sobre o qual ele escreveu em 2 Coríntios 12, verso 7, dizendo ser um: mensageiro de Satanás, para me esbofetear.

• Segundo, Satanás tentará enganar o crente.

E esse engano pode vir dos falsos mestres. Também pode ser um engano que nos leva a pensar somente em nossa vidas; que o trabalho de Deus não possui um espaço para você com seus dons; que você não é importante para a causa de Cristo.

• Terceiro, ele tentará dividir os crentes.

Warren Wiersbe escreveu ao comentar em Neemias 5: “Quando o inimigo falha em seus ataques externos, ele começa a atacar de dentro; e uma de suas armas prediletas é o egoísmo.”

Ele usou isso já na primeira família, quando um irmão assassinou o outro por inveja e pelo ódio que guiava sua vida. Satanás usou isso logo dentro da primeira igreja, quando um clamor veio dos crentes gregos porque suas viúvas idosas estavam recebendo menos cuidado que as viúvas hebreias. Isso criou uma controvérsia enorme no rebanho em Jerusalém que, literalmente, levou a igreja a redefinir sua liderança.

Nas igrejas da Galácia, Paulo teve que dizer a eles, e a nós, em Gálatas 5, verso 15:

Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos.

É de surpreender o fato de que, quando conflitos surgem no meio dos crentes, Satanás assume uma postura neutra e apenas supre as munições?

Creio que, frequentemente, o maior inimigo da igreja é a própria igreja. Geralmente, o que mais impede a igreja de progredir é a igreja. O que impede a igreja de alcançar o mundo é o mundo dentro da própria igreja. O que impede crentes de crescerem em Cristo é outros crentes que não têm maturidade espiritual.

A música tema é: “Eu, Eu Mesmo e Mim Mesmo!”

Antes de vermos como Neemias lidou com o egoísmo dos israelitas, gostaria de definir esse laço do Dragão da forma mais clara possível e pedir para que Deus, à medida que estudamos essa insurreição em Jerusalém, desafie nossas próprias vidas e corações onde for necessário.

Definição de Egoísmo

A definição de egoísmo é:

Ter a atitude de que as demais pessoas existem meramente para cumprir minha própria agenda, meus desejos e minhas necessidades; daí, o valor de qualquer coisa (pessoas, igreja, Deus, etc.) é determinado à luz daquilo que faz a meu favor. Essa atitude é revelada não somente no comportamento exterior, mas em pensamento secreto; e, se deixado assim, se tornará posteriormente destrutivo.

O egoísmo destrói relacionamentos; destrói casamentos; destrói ministérios; destrói igrejas; destrói campos missionários. Recebi, recentemente, algumas ligações de missionários que servem em partes diferentes do mundo. Os dois missionários que me telefonaram me disseram que a coisa mais desanimadora com a qual estão tendo de lidar agora no campo é “problemas com pessoas” – relacionamentos desgastados com companheiros de equipe.

Ouça esse relatório de notícia que recebi alguns meses atrás sobre uma igreja no Quênia.

Um grande número de adoradores foi ferido numa discussão durante um culto de domingo numa igreja do Quênia, conforme relatado pelos jornais locais. A igreja havia se dividido em congregações rivais por causa de uma disputa a respeito de decisões administrativas depois de os anciãos da igreja terem retirado alguns líderes de suas posições por causa de fraudes financeiras. O jornal Quênia Times informou que foi necessária a intervenção policial para impedir que parte da congregação estrangulasse um membro da equipe pastoral votado a tomar a direção da igreja na capital Nairóbi. O jornal The People disse ainda que membros da congregação viraram suas costas ao pastor quando ele tentava dirigir o culto. Por mais de quatro horas, os membros da congregação vaiaram, insultaram e questionaram o pastor, disse o jornal. Vários fiéis ficaram seriamente feridos quando uma briga a socos eclodiu.

No mesmo instante lembrei de um adesivo de carro que eu vi algumas semanas atrás. Ele dizia: “Crentes que lutam.”

Obviamente, a ideia desse adesivo não era passar essa mensagem, mas poderia ser interpretada como “crentes que brigam entre si.” Desde a primeira igreja em Jerusalém até a igreja de Corinto e a nossa igreja de hoje, nossa grande ameaça pode ser nós mesmos.

A igreja de Éfeso lutou com esse problema. Então, Paulo dedica quase um capítulo inteiro para exortá-los a simplesmente conviverem bem e amar uns aos outros. Ele escreveu em Efésios 4, versos 25 a 27:

Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,

Note o verso 27:

nem deis lugar ao diabo.

Ou seja, é como se o diabo estivesse só observando. Ele espera muito tempo por esse tipo de atividade egoísta. Para ele, essa é uma grande oportunidade. Ele lança sua isca com um conselho egoísta: “Não pense nos outros, pense apenas em si mesmo – seus desejos, sua vida, seu dinheiro, seus planos, sua careira, sua aposentadoria. Repita comigo,” diz o diabo, “eu, eu mesmo e mim mesmo... eu, eu mesmo e mim mesmo!”

Note os versos 29 a 31:

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.

A implicação é que os crentes efésios estavam envolvidos em disputas amargas e ira e raiva e xingamentos. Daí, Paulo diz no verso 32 que eles deveriam ser:

...uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.

Esses versos nem mesmo dão espaço para pensamentos secretos de egoísmo, muito menos para atitudes egoístas.

Sabe quem tem grande problema com esse tipo de coisa? Eu. A verdade é que, se eu pudesse, pensaria apenas em mim mesmo também!

O primeiro de todos os pecados no Jardim do Éden veio no salto da serpente que disse a Eva, com efeito: “Pense em si mesma, Eva. Isso é algo que você quer. Se Deus realmente quisesse suprir suas necessidades, ele deixaria você fazer as coisas do seu jeito.”

Thomas Merton estava certo quando escreveu: “Considerar os acontecimentos e pessoas e situações apenas à luz de seus efeitos sobre você é viver à porta de entrada do inferno.”

Existe um problema em Éfeso. Existe um problema na Galácia. Existe um problema em Jerusalém. Existe um problema no Quênia. Existe um problema em nossa cidade.

Nenhum crente está isento disso. Estamos todos em estado terminal, infectados pelo egoísmo e ele está no centro de cada um de nós, no centro de nossa natureza pecaminosa. Por isso que o egoísmo é um laço tão eficiente e poderoso do Dragão. E ele usará esse laço contra Deus assim que puder. Devemos tratar do egoísmo, devemos lutar contra ele, ou ele destruirá todos nós.

Uma Situação do Antigo Testamento

Vamos descobrir o que aconteceu em Jerusalém quando uma atitude autocentrada fez com que a reconstrução dos muros fosse momentaneamente interrompida. Veja Neemias 5, versos 1 a 5:

Foi grande, porém, o clamor do povo e de suas mulheres contra os judeus, seus irmãos. Porque havia os que diziam: Somos muitos, nós, nossos filhos e nossas filhas; que se nos dê trigo, para que comamos e vivamos. Também houve os que diziam: As nossas terras, as nossas vinhas e as nossas casas hipotecamos para tomarmos trigo nesta fome. Houve ainda os que diziam: Tomamos dinheiro emprestado até para o tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas. No entanto, nós somos da mesma carne como eles, e nossos filhos são tão bons como os deles; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas filhas para serem escravos, algumas de nossas filhas já estão reduzidas à escravidão. Não está em nosso poder evitá-lo; pois os nossos campos e as nossas vinhas já são de outros.

Existem três problemas representados nessa erupção de controvérsia aqui. São:

• Fome;
• Dívida; e
• Altos impostos.

Podemos até pensar que estamos lendo uma cópia do jornal de hoje.

Quatro grupos de pessoas estão envolvidos nessa crise:

• Primeiro, no verso 2, eram as pessoas que estavam passando fome porque não tinham nenhuma terra para plantio;
• Segundo, no verso 3, eram as pessoas que possuíam terra, mas tinham hipotecado a sua propriedade para poder comprar comida;
• O terceiro grupo, no verso 4, eram as pessoas que tinham terra, mas estavam tão limitadas financeiramente que foram forçadas a pedir dinheiro emprestado a fim de pagar os impostos;
• E o quinto grupo, no verso 5, eram os líderes judeus ricos que alugavam dinheiro aos compatriotas para resolverem seus problemas, mas, como garantia, tomavam suas terras e filhos como escravos. Dessa forma, o povo judeu tinha que escolher entre fome ou escravidão aos líderes judeus abastados.

Os líderes e os judeus endinheirados estavam, em seu egoísmo, extorquindo os judeus mais pobres para ficarem ainda mais ricos. Como um autor disse, era uma epidemia de egoísmo e avareza.

Confronto!

Note o verso 6:

Ouvindo eu, pois, o seu clamor e estas palavras, muito me aborreci.

Agora, Neemias tomará três atitudes.

Considerou

• Primeiro, no verso 7.

Depois de ter considerado comigo mesmo...

Isso literalmente significa: “Tomei conselho dentro do meu próprio coração.” Já que os líderes de Israel e as pessoas poderosas e ricas da cidade eram o problema, Neemias não pode conversar com ninguém sobre esse conflito interno. Ele teve que carregar o fardo sozinho.

Neemias confrontou

• A segunda atitude que Neemias tomará será confrontar os cidadãos egoístas de Jerusalém.

A propósito, da perspectiva humana, Neemias estava assumindo grande risco. No exato momento em que os inimigos haviam cercado a cidade; no mesmo momento em que os trabalhadores trabalhavam com a espada pendurada à cintura – construindo e, ao mesmo tempo, preparados para batalha – Neemias está confrontando os homens que poderiam enfraquecê-lo, caso se ofendessem e ficassem enraivecidos com o confronto de seu pecado. Se esses nobres e ricos fizessem suas malas e partissem, a perda de disposição e ânimo somente acumularia mais ainda os problemas de Neemias.

Ou seja, Neemias tinha todo o motivo do mundo para dizer ao povo: “Voltem a trabalhar e veremos algum jeito de arranjar comida!”

Mas, não Neemias – ele estava disposto a confrontá-los.

Neemias desafiou

• E, terceiro, Neemias desafiou o egoísmo deles.

E Neemias os desafia de diversas formas:

A desobediência egoísta deles

• Primeiro, ele desafia a desobediência egoísta deles às Escrituras.

Veja o verso 7b:

...repreendi os nobres e magistrados e lhes disse: Sois usurários, cada um para com seu irmão; e convoquei contra eles um grande ajuntamento.

O Antigo Testamento deixava bem claro que os judeus podiam emprestar dinheiro e bens a outros judeus. Mas eles não tinham a autorização de cobrar juros. Na verdade, a cada cinquenta anos, os credores deveriam apagar de seus registros qualquer débito de seus compatriotas devedores. Esse era chamado de “o ano do jubileu” e evitava que um judeu tirasse vantagem sobre outro e que houvesse muitos devedores.

Mas, esses nobres e ricos estavam cobrando juros. Mais à frente nessa passagem, vemos que era de doze por cento ao ano.

Neemias disse no verso 7: “Vocês estão infringindo a Lei e estão fazendo isso às custas de seus irmãos judeus.” Em outras palavras, “Vocês não deveriam tratar família dessa forma.”

A violação egoísta deles

• Neemias foi mais além e, segundo, ele desafiou a violação egoísta dos propósitos de Deus para Israel.

Veja o verso 8:

...nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às gentes, segundo nossas posses; e vós outra vez negociaríeis vossos irmãos, para que sejam vendidos a nós?

Ou seja, “Deus nos redimiu da escravidão e nos trouxe de volta a Jerusalém. Como vocês podem transformar a redenção de Deus em escravidão ao povo judeu novamente?!”

Note a resposta deles no verso 9a: Então, se calaram e não acharam o que responder.

Aqui é um momento bom para parar, não é? Esses homens já estão convencidos de que têm sido avarentos e egoístas; e estão perplexos diante da assembleia. Contudo, Neemias ainda não terminou.

O fracasso egoísta deles

• Ele conclui desafiando o fracasso egoísta deles em representar Deus aos pagãos.

E não é esse o coração da perda quando crentes agem em egoísmo, vingança e sem amor para com os demais irmãos?

Veja os versos 9 a 11:

Disse mais: não é bom o que fazeis; porventura não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos gentios, os nossos inimigos? Também eu, meus irmãos e meus moços lhes demos dinheiro emprestado e trigo. Demos de mão a esse empréstimo. Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas vinhas, os seus olivais e as suas casas, como também o centésimo do dinheiro, do trigo, do vinho e do azeite, que exigistes deles.

Neemias conclui seu discurso e provavelmente segurou seu fôlego. Como eles reagiriam? Será que o coração deles seria balançado e amaciado? Será que eles colocariam a lealdade para com os outros acima da tremenda riqueza que estavam arrancando do povo?

É uma coisa dizer: “Desculpe-me, não serei mais egoísta.” É outra coisa completamente dizer: “Desculpe-me, não serei mais egoísta e aqui está todo o dinheiro que eu tirei de você.” É difícil de imaginar o tipo de caráter que retorna uma fortuna simplesmente porque é a coisa certa a fazer.

Arrependimento!

O que os nobres farão aqui? Vemos no verso 12:

Então, responderam: Restituir-lhes-emos e nada lhes pediremos; faremos assim como dizes. Então, chamei os sacerdotes e os fiz jurar que fariam segundo prometeram.

• Eles fizeram uma promessa a Neemias;
• Eles fizeram um voto diante dos sacerdotes;
• Mas, havia submissão à autoridade de Deus.

Neemias ainda não tinha terminado. Veja o verso 13.

Também sacudi o meu regaço e disse: Assim o faça Deus, sacuda de sua casa e de seu trabalho a todo homem que não cumprir esta promessa; seja sacudido e despojado. E toda a congregação respondeu: Amém!

Que literalmente significa: “Assim seja!”

E louvaram o SENHOR; e o povo fez segundo a sua promessa.

A falta de egoísmo levou a adoração. Eles fizeram uma festa ali mesmo e naquela hora. E geralmente acontece dessa forma até mesmo hoje – só não de forma tão clara. Pessoas que vivem vidas abdicadas encorajam outros a louvar ao Senhor. Sua generosidade produz gratidão a Deus.

Exemplo!

Neemias viveu dessa maneira.

Diante do povo—altruísmo

O restante do capítulo nos informa seu exemplo pessoal de serviço altruísta diante do povo. Veja os versos 14 a 16.

Também desde o dia em que fui nomeado seu governador na terra de Judá, desde o vigésimo ano até ao trigésimo segundo ano do rei Artaxerxes, doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos o pão devido ao governador. Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo e lhe tomaram pão e vinho, além de quarenta siclos de prata; até os seus moços dominavam sobre o povo, porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus. Antes, também na obra deste muro fiz reparação, e terra nenhuma compramos; e todos os meus moços se ajuntaram ali para a obra.

Você captou o cenário aqui? Neemias não era um governante qualquer que vivia às custas do trabalho de seus empregados ou que tirava proveito de sua posição. Ele tinha todo o direito de morar num palácio de marfim.

E assim é a nossa cultura – sucesso é revelado pela quantidade de pessoas que servem você. Então, tire vantagem de suas prerrogativas. Lembre-se, a vida gira em torno de um tema: “Eu, Eu Mesmo e Mim Mesmo.”

Se você notou, o verso 16 deixa claro que Neemias está misturando massa e carregando pedra juntamente com os seus subordinados. Naquela época, isso seria tão raro como um presidente varrendo a rua junto com um gari.

Diante do povo, Neemias serviu com toda renúncia. Pessoas altruístas são como faróis à beira da praia – eles não tocam nenhuma buzina; apenas brilham.

Diante do Senhor—resoluto

E ainda mais importante – diante do Senhor, Neemias era resoluto em sua adoração. Continue no verso 19.

Lembra-te de mim para meu bem, ó meu Deus, e de tudo quanto fiz a este povo.

Acima de tudo, adoração busca o prazer de Deus. Pessoas egoístas querem ser reconhecidas por outras. Neemias queria reconhecimento apenas de Deus.

Note que Neemias não disse: “Oh, Senhor, faça com que essas pessoas ao meu redor notem o meu trabalho.” Ou, “Oh, Senhor, faça com que minha família respeite minha decisão de viver para Ti.” Ou, “Oh, Senhor, faça com que meus amigos e colegas de trabalho admirem a decisão que tomei de viver uma vida santa para a Tua glória.”

Não. Ele disse: “Ah, Senhor, lembre-te do que tenho feito em obediência a Ti, isso me é suficiente.”

Dr. Campbell, antigo presidente do Seminário Teológico de Dallas, nos Estados Unidos, contou a história de um garoto que estudou violino com um violinista famoso ao redor do mundo. Eventualmente, chegou a hora de sua apresentação. O salão do conservatório estava lotado com expectadores e com a mídia. O centro de artes da cidade estava repleto de pessoas. Depois de cada seção, a despeito dos aplausos dos expectadores, o jovem rapaz parecia estar insatisfeito. Até mesmo depois de seu último número, quando os gritos de “bravo” ecoavam no auditório, o violinista talentoso ficou de pé olhando fixamente para a galeria. Finalmente, o ancião sorriu e balançou a cabeça em aprovação. Imediatamente, o jovem rapaz relaxou e transbordou de alegria. O aplauso do público nada significou a ele comparado à aprovação de seu mestre professor.

Ah, se aprendêssemos a viver como Neemias – ansiando pela aprovação do Senhor acima de tudo; então, os desejos egoístas da vida sumiriam e perderiam sua atração. E, mais uma vez, o Dragão Vermelho seria derrotado.

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 14/05/2000

© Copyright 2000 Stephen Davey

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