website tracking softwareweb statistics
Descendo de Bote pelas Correntezas da Graça

Descendo de Bote pelas Correntezas da Graça

參考: Philippians 1–4

Descendo de Bote pelas Correntezas da Graça

Avançando—Parte 8

Filipenses 1.28–30

Introdução

Um pastor que cresceu como filho de missionário na África escreveu recentemente sobre uma viagem que fez com seus irmãos à fronteira ocidental do Zimbábue. Dentre outras coisas, eles planejaram descer de bote nas correntezas do Rio Zambezi, um rio bastante famoso porque, no leito em direção ao Oceano Índico, existem as famosas Cataratas de Vitória. O pastor escreve:

Muita água transborda do topo dessa cachoeira gigante, descendo de uma altura de mais de 90 metros; o barulho era ensurdecedor. As Cataratas de Vitória são as maiores do mundo: mais de 1,5 km de largura e 100 metros de altura. A neblina de água enche o ar como uma densa névoa e pode ser vista a mais de 75 km de distância; os nativos da região a chamam de “A Fumaça que Troveja.” As águas da catarata descem pelos penhascos em torrentes, produzindo as correntezas mais rápidas do mundo...

Essa viagem não era para pessoas medrosas. Ele continua escrevendo:

Quando entrei no bote no qual cabiam oito pessoas, vestido com meu equipamento bastante apertado, com uma jaqueta bastante acolchoada para proteção e um capacete grosso, fiquei pensando: “O rio Zambezi não é tão perigoso desse jeito, será?”

Mas, daí, ouvi o guia gritando: “Quando o bote virar...” Mas espera aí; ele não disse: “Se o bote virar,” mas, “Quando o bote virar, fique nas águas agitadas. Você será tentado a nadar rapidamente para as águas estagnadas e mansas perto das margens—mas não faça isso! É nas águas calmas e estagnadas às margens do rio onde crocodilos ficam à espreita esperando por você. Então, quando o bote virar, fique nas águas turbulentas.”

Esse pastor fez uma aplicação dizendo que as águas estagnadas são mortais, apesar de a igreja e o crente não quererem ficar nas águas turbulentas da tribulação e do sofrimento quando seu bote vira e os lança nas fortes correntezas.

Águas turbulentas são não somente projeto de Deus, mas também uma prova da proteção de Deus e um local para o crescimento do crente. É nas águas turbulentas onde caráter e perseverança são fortalecidos. Esse é o motivo por que o crente deve resistir a tentação de nadar para áreas que parecem ser seguras e calmas. Diferente de segurança, é nas águas estagnadas onde inimigos mortais espreitam e esperam por presas.

Muitos pensam ou até mesmo são ensinados que a vida cristã deve marcar o início de um velejar tranquilo e calmo sem qualquer interrupção em sua promoção no emprego, sucesso, saúde, finanças e em todas as coisas positivas da vida.

Na verdade, o contrário é verdadeiro. O apóstolo Paulo alertou os crentes da forma mais clara possível quando escreveu em 2 Timóteo 3.12:

Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.

E Tiago também disse:

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (Tiago 1.2–3).

A questão não é se passaremos por provações, mas quando passaremos.

O Cristianismo se assemelha bastante a subir em um bote e descer em correntezas violentas.

E a verdade seja dita: Deus nunca prometeu ao crente que ele apenas velejaria em águas calmas; o que Deus prometeu foi uma chegada segura na costa.

É exatamente esse tipo de alerta e encorajamento que o apóstolo Paulo faz à igreja de Filipos. Ele os lembrou de que são cidadãos dos céus; e para ser bons cidadãos do céu, eles precisam ser bons cidadãos no posto de fronteira celestial—que é a igreja local, onde o crente se compromete a três atitudes fundamentais.

Primeiro, Paulo diz que devemos nos comprometer em retificar qualquer espírito de desunião. Ele escreve em Filipenses 1.27: que estais firmes em um só espírito.

Em nosso encontro anterior, aprendemos que devemos nos comprometer a rejeitar uma atitude de alienação. Paulo ainda escreve no verso 27: com uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica. Em outras palavras, a vida cristã não é uma atuação individual, mas um esforço em equipe como um time.

Devemos nutrir o mesmo desejo pela glória de Deus, caminhar na mesma direção como um time que proclama ao mundo a mesma declaração do Evangelho.

Hoje, chegamos a uma terceira atitude um tanto surpreendente. As duas primeiras nos disseram o que devemos fazer; esta última nos informa o que não devemos fazer.

Paulo começa dizendo no verso 28:

e que em nada estais intimidados pelos adversários… 

Portanto, devemos nos comprometer não somente a retificar o espírito de desunião e rejeitar uma atitude de alienação, mas:

  • Em terceiro lugar, devemos nos comprometer a recusar uma perspectiva de desanimação.

Recusar uma perspectiva de desanimação—em nada estais intimidados pelos adversários. Essa é a única ocorrência no Novo Testamento da palavra grega ptyro, traduzida como intimidados. Ela se refere a cavalos que se espantam e amedrontam no campo de batalha. Plutarco, o historiador que viveu na mesma época do apóstolo Paulo, publicou a notícia da morte de um soldado em batalha porque seu cavalo entrou em pânico e saiu galopando disparado, arremessando fatalmente o soldado ao chão.

É possível que Paulo esteja estimulando a memória desses filipenses que se lembrariam da famosa batalha que havia ocorrido 100 anos antes naquela região. Nessa batalha, Cássio reconheceu que ele e Brutus haviam perdido a guerra para César Augusto e Antônio. Cássio não sabia que seu companheiro Brutus já havia derrotado Antônio e, imaginando o pior, desesperou-se e se matou por medo. Ele mandou seu escudeiro matá-lo com sua própria espada. Essa ficou conhecida como a Batalha de Filipos.

Paulo escreve: “Não se desesperem no campo de batalha. Pode até parecer que vocês estão perdendo, mas não estão. Na verdade, vocês estão do lado vitorioso.”

Então, ele manda a igreja resistir qualquer pensamento e perspectiva de desanimação que possa distraí-los e desencorajá-los. Em outras palavras, “Sejam corajosos.”

A propósito, perceba que Paulo não escreve: “Não fiquem intimidados se surgirem adversários.” Não, adversários era algo já certo. Seu bote irá virar; você engolirá a água da oposição e da dificuldade. Jesus disse em João 16.33: Neste mundo tereis aflição. Não, “pode ser que tereis,” mas, “tereis.”

Até hoje, o Evangelho é considerado tolice, problema e antiquado. No fim, ele será tido como algo ameaçador ao bem da sociedade. E o que a igreja em geral tem feito? O contrário do que Paulo mandou.

Em geral, a igreja hoje fica intimidada diante da oposição; ela se apressa pelos cantos para esconder qualquer doutrina ofensiva, para subtrair do Evangelho qualquer coisa que pareça ser politicamente incorreta; a igreja não chama mais pecado de pecado, não fala do perigo que o pecador corre de ir para o inferno eterno, mesmo se ele nega o Evangelho de Jesus Cristo. Muitos dizem: “Olha, não podemos dizer que essa pessoa enfrentará a ira de Deus; isso está na mãos de Deus.”

Não, na verdade, Deus nos mandou anunciar ao mundo como o pecador pode evitar o inferno eterno e ir par ao céu. Conforme um autor escreveu: “Um número crescente de igrejas hoje dilui os elementos bíblicos do pecado e do arrependimento; ao fazer isso, o Evangelho é trivializado, reduzido a um nível impotente e apresentado na forma de diversos entretenimentos.”

Creio que, no coração dessa digressão, encontra-se o medo—medo de ser censurado pela sociedade, medo de ser visto como ultrapassado, medo de ser considerado como alguém que viola os direitos humanos. Conforme recentemente disse um homem dos direitos humanos, qualquer sistema religioso que não apoia o casamento homossexual encontra-se na mesma categoria de mercadores de escravos e Nazistas.

Isso para não mencionar o fato de muitos crentes terem lutado incansavelmente para abolir a escravidão, muitos terem protegido judeus de Nazistas em seus guarda-roupas—crentes são amigos leais dos judeus.

Enquanto a igreja se esforça para evitar qualquer tipo de oposição, o apóstolo Paulo nos diz que enfrentaremos oposição.

Vamos trazer isso para um nível mais comum ainda. Quantos líderes e pastores hoje não pregam que Deus não deseja ver Seus filhos nas correntezas do sofrimento, doença e tribulação? Conforme dizem, Deus quer apenas que desfrutemos do melhor da vida, que aprendamos como ativar o poder Espiritual, descubramos os segredos da saúde, da riqueza e do conforto. Esses falsos líderes dizem que Deus jamais deseja que o crente passe pela dificuldade de águas turbulentas. Sem dúvida, Deus nos chama para nadar para aquele lugar onde a água é estagnada, mansa... e mortal.

Mais do que nunca antes, o crente e a igreja precisam ser alertados a não se desesperarem em face à oposição, mas a serem corajosos na proclamação do Evangelho de arrependimento e fé em Jesus Cristo somente.

Agora, Paulo não diz apenas: “Vamos lá, igreja, erga a cabeça.” Não, Paulo encoraja a igreja a ser corajosa com base em duas realidades eternas. Veja o verso 28 novamente:

e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.

Paulo diz: “Deixe-me redefinir oposição para vocês; deixe-me oferecer uma perspectiva diferente.”

Conforme o apóstolo, oposição é uma prova. A palavra que Paulo usa para prova se refere a uma evidência de que algo é verdadeiro. Ou seja, Paulo quer que a igreja considere a oposição como evidência de que duas coisas são verdadeiras e que realmente acontecerão.

Oposição como Prova

  • Primeiro, a oposição é evidência de um julgamento vindouro.

Paulo escreve:

Pois o que é para eles [ou seja, para os adversários] prova evidente de perdição...

Esse é um pensamento terrível. Os adversários da igreja estão se opondo, na verdade, a Deus, o qual um dia virá em julgamento. E Deus observa essa oposição—seus atos de oposição serão transformados um dia em evidência de que eles são, na verdade, inimigos de Deus merecedores de Seu julgamento.

Paulo descreve apenas uma fração desse horror vindouro em 2 Tessalonicenses 1.7–8:

…quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.

Não tem como ser mais claro do que isso.

Jesus ainda esclareceu que essa destruição é um local de fogo e tormento eterno conhecido como lago de fogo (Mateus 25.31–46).

Será que o mundo não deveria ser alertado quanto a isso? Isto não faz parte de nossa missão—dizer aos adversários que existe um inferno a evitar e um céu a ganhar?

Portanto, lembre-se disto: quando você estiver encarando oposição, o adversário faz nada mais do que prover evidência de que é inimigo de Deus e que um julgamento terrível o aguarda no futuro. Isso nos leva a reagir ao mundo de forma apropriada, não com ódio, ira ou retaliação, mas com compaixão e, acima de tudo, pena—sabemos o que eles terão que suportar, caso não se arrependam e creiam no Evangelho.

Mas isso não é tudo.

  • Em segundo lugar, a oposição é evidência de um discípulo genuíno.

Veja o verso 28 mais uma vez:

...Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus.

Em outras palavras, o próprio fato de que você é perseguido por causa de Cristo fornece evidência de que você pertence a Cristo.

Pense no seguinte: os apóstolos foram covardes na hora da crucificação—eles se aglomeraram em medo naquele cenáculo enquanto Jesus, seu líder, esteve num túmulo emprestado. Eles ficaram aterrorizados e entraram em pânico. Veja bem: a evidência era inegável—eles foram covardes após a crucificação, mas extremamente corajosos após a ressurreição. Esse acontecimento fez toda diferença. O Evangelho de Cristo foi física, completa e inegavelmente confirmado. Então, como resultado, eles pregam, agora, a verdade de que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Senhor e Messias.

Não demora muito até que eles são presos e recebem a ordem de não pregar mais. Eles simplesmente recusam obedecer a essa ordem, dizendo: Importa-nos mais obedecer a Deus do que aos homens (Atos 5.29).

O Sinédrio, uma espécie de Supremo Tribunal de Israel, não soube o que fazer diante disso. Os líderes apenas intimaram os apóstolos novamente e açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo (Atos 5.40–42).

  • Oposição aponta para um castigo vindouro sobre os inimigos de Deus.
  • Oposição também é uma prova convincente para os filhos de Deus.

Ou seja, a oposição contra você por causa de sua fé em Jesus Cristo se torna a própria evidência de sua fé em Jesus Cristo. Paulo escreve: “Isso é uma prova da realidade de sua verdadeira lealdade.”

Uma ilustração perfeita disso vem da situação recente na segunda maior cidade da Síria, Mosul. O Estado Islâmico do Iraque e da Síria, conhecido como ISIS, mandou todos os crentes na cidade ou se converterem ao Islamismo, ou pagarem uma taxa de proteção, ou sair do país ou morrer. Enquanto isso, cada casa ocupada por famílias crentes foi marcada com a letra árabe “N,” a qual identifica as residências como lares de cristãos. Quando li isso, fiquei curioso para saber o que essa letra significa.

Então, liguei para meu amigo, um palestino convertido. Ele lidera um ministério no Oriente Médio como um missionário fiel e plantador de igreja. Ele também é membro de nossa igreja. Imaginei, então, que ele saberia o significado da letra. Perguntei: “Por que os muçulmanos estão identificando as casas dos crentes com a letra árabe ‘N’?” Na mesma hora ele já me disse. Ele contou que a letra ‘N’ volta muitos séculos quando os crentes eram chamados de os seguidores de Jesus de Nazaré. Então, eles marcaram os lares de crentes com a letra ‘N’ para identificar seus lares como os de pessoas que seguiam o Nazareno.

Isso é Filipenses 1.27 visto de forma tangível e física: essas famílias foram marcadas por seus adversários. E não somente isso, a letra “N,” escrita em suas casas, serve também de prova, de evidência concreta de que são seguidores do Nazareno, de que são membros da família de Deus.

Agora, no verso seguinte, Paulo expande seu argumento para a coragem—para a igreja permanecer nas águas turbulentas—dando três lembretes encorajadores.

Três Lembretes Encorajadores

  • Primeiro, Paulo lembra os filipenses de que a salvação é um presente.

Veja o verso 29:

Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele,

Antes de falar da primeira parte, veja a segunda. Faz mais sentido cronologicamente ver a segunda parte primeiro.

A salvação é um presente aos que pertencem a Deus: Porque vos foi concedida a graça. Recebemos a salvação graciosamente. Paulo escreveu sobre isso claramente em Efésios 2.8–9:

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.

A salvação é um presente gracioso de Deus. Mas é aqui que surge uma surpresa. Deus deu aos crentes não somente o presente da fé para crerem nEle, mas também o privilégio de sofrerem por Ele.

Então, Paulo encoraja os filipenses a se lembrar de que a salvação é um presente.

  • Em segundo lugar, ele lembra os filipenses de que o sofrimento é um privilégio do crente.

Porque vos foi concedida a graça—isso soa como um prêmio; como uma honra. E Paulo diz que é, sim, um prêmio. Deus, em Sua graça, não em Seu desfavor, mas em Sua graça, deu aos crentes o privilégio de sofrer por causa dEle. Isso significa que sofrimento não é prova de que Deus o abandonou, mas de que Deus o honra. O sofrimento não é evidência de que Deus não se agrada de você, mas pode muito bem ser sinal de que Deus se agrada de você.

As águas turbulentas de uma crise terrível não indicam ao crente que o problema, de alguma forma, escapou das mãos de Deus e agarrou o crente pelo pescoço. Não, o que Paulo diz é que o problema, na verdade, veio das mãos de Deus; e isso não como uma marca de desonra, mas de honra.

Agora, não entenda isso errado. Paulo não encoraja o crente a buscar o sofrimento. Ele diz que o problema surge porque Deus o enviou como presente de Sua graça.

Agora, como o crente se beneficia de um presente como esse?

  • Ele retira nossos olhos de coisas terrenas;
  • Remove crentes superficiais e tradições vãs;
  • Fortalece o testemunho dos que perseveram;
  • Aumenta o futuro galardão dos que sofrem fielmente;
  • Protege-nos da dependência e promoção pessoais;
  • Afoga o nosso orgulho;
  • Leva-nos a adorar com motivos e emoções puros.

A salvação é um presente; o sofrimento é um privilégio do crente. Deus nos deu esse presente graciosamente a fim de nos proteger, no centro das correntezas da vida, de forma a manter nosso foco, dependência, ciência e adoração em Deus.

Meu amado, o plano de Deus não é mimar, mas aperfeiçoar o crente, nos fazer crescer em Cristo; não nos livrar das correntezas, mas nos desenvolver na fé em meio às correntezas.

Essa é uma redefinição de nossa perspectiva como crentes para recusarmos um espírito de desanimação. A salvação é nosso presente e o sofrimento é um privilégio do crente.

  • Terceiro, a provação é algo sempre corrente.

Não fique surpreso quando a provação vier. Paulo escreve nos versos 29–30:

Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.

Em outras palavras, “Vocês estão passando por algo pelo qual eu também estou passando.” Implícito nisto está a ideia: e por algo que todo crente, em todo lugar, passa.

Nossas circunstâncias podem ser diferentes, as provações variadas, mas o sofrimento é o mesmo. Tribulações devem, então, ser vistas não como visitas ocasionais, mas como companheiros constantes.

Saber dessa verdade não facilita as coisas. Na verdade, a palavra que Paulo emprega para combate é o grego agon, do qual derivamos a palavra “agonia.” Esse é o mesmo termo que Lucas empregou para falar da agonia de Cristo no Jardim do Gestêmani (Lucas 22.44). Cristo experimentou a mesma agonia e sofrimento que você experimenta; portanto, Ele é capaz de entender sua situação.

O termo combate se referia na época à arena na qual havia competições atléticas ou lutas de gladiadores. Na época de Paulo, a palavra já havia adquirido a definição de luta ou conflito.

Paulo diz, com efeito: “Vocês viram a agonia em minha vida e agora veja a agonia na vida de vocês.” Essa é outra maneira de lembra-los do seguinte: “Vocês não são os únicos a sofrer; provações são sempre corrente; elas são a marca do discípulo genuíno; elas são o presente gracioso de Deus para amadurecer Seus filhos.”

Meu querido, você não é o único sofrendo. Mas isso também significa que você nunca está sozinho em seu sofrimento. Você não está só, mas está cercado de pessoas que receberam o presente gracioso do sofrimento. Cada situação é diferente, mas sofrimento é a língua nativa do verdadeiro crente.

Todo crente está na mesma corrida; todo crente foi marcado; todo crente está na arena. O que devemos fazer? Permanecer na arena, enfrentar a agonia do conflito, continuar em nosso bote no meio das correntezas e confiar na graça de Deus, de forma a nos conduzir por modo digno do Evangelho de Cristo. Isso, segundo o Espírito de Deus através de Paulo, significa:

  • Comprometer-se a retificar o espírito de desunião.
  • Comprometer-se a rejeitar a atitude de alienação.
  • Comprometer-se a rejeitar a perspectiva de desanimação.

…em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus. Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele.

Conclusão

O Cristianismo é uma experiência que envolve fortes correntezas; ele é tudo, menos previsível. Além disso, o Cristianismo exige constante confiança e compromisso em meio a qualquer coisa que a mão graciosa de Deus escolher derramar sobre você pela causa do Evangelho e para a glória de Cristo.

Vou concluir com uma história de abandono e confiança em Cristo por um jovem discípulo de Jesus.

Quando ainda universitário, o pastor Jim Denison serviu como missionário na Malásia. Enquanto esteve ali, ele frequentou uma igreja pequena, mas sólida, e trabalhou como estagiário. Em um dos cultos nessa igreja, a programação envolvia o batismo de uma adolescente que havia publicamente declarado sua fé em Cristo e desejava professar sua fé como seguidora de Cristo por meio do batismo. Durante o culto, Jim viu uma mala velha encostada na parede daquela pequena igreja; ele perguntou ao pastor de quem era aquela mala. O pastor, então, apontou para a menina e disse: “O pai dela disse que, se fosse batizada como crente, ela não deveria voltar para casa. Então, ela já trouxe consigo suas coisas.”

Essa é uma crente genuína, pronta para subir em seu bote e descer as correntezas, marcada, direcionada e fortalecida pela graça de Deus.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 18/01/2015

© Copyright 2015 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

添加評論

<李 id="name-container" class="text 必需的 ">