
Apetite
Apetite
Mirando Mais Alto—Parte 3
Filipenses 3.10–11
Introdução
Dwight Pentecost, um teólogo e professor de seminário por muitos anos, fez a seguinte pergunta: “O que faz com que alguns crentes se transformem em gigantes espirituais e outros permaneçam os mesmos?” Ele mesmo responde:
Muitos pensam que isso é resultado de alguma herança ou personalidade espirituais—eles simplesmente nasceram mais voltados para as coisas espirituais do que outras pessoas. Entretanto, as Escrituras nos dizem claramente que não há nada em nossa natureza ou personalidade que faz de alguém uma pessoa mais tendenciosa às coisas espirituais do que outras. Alguns sugerem que isso está ligado às circunstâncias da salvação do pecador—certas pessoas têm experiências de conversão excepcionais que parecem lhes arrancar da podridão e elevá-las às alturas mais rapidamente. Contudo, mais uma vez, a Bíblia nos diz que todos são igualmente pecadores e cada crente foi milagrosamente e igualmente trazido do pecado à vida. Ainda outros afirmam que o ministério ou serviço a Cristo é o bilhete da salvação, mas inúmeras ilustrações nas Escrituras e na igreja revelam que servir a Deus pode, com bastante frequência, substituir crescimento espiritual ao invés de promove-lo.
Pentecost continua dizendo:
O princípio fundamental para o crescimento pode ser resumido a uma palavra: apetite. O apetite é a diferença entre um crente maduro e um crente imaturo, um crente bebê e um crente adulto.
O apóstolo Pedro escreveu isso da seguinte forma em 1 Pedro 2.2:
desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação,
Apetite. Fome.
Quando eu e minha esposa tiramos alguns minutos pela manhã e ficamos sentados na varanda de nossa casa tomando um café—o que é a nossa ideia de férias—geralmente ouvimos passarinhos em um ninho ali próximo numa casa de passarinho que temos no quintal de casa. Tudo está quieto, até que um dos passarinhos adultos aparece com uma entrega—a confusão começa. Os filhotes abrem o bico, se esticam e gritam clamando por um pouco de comida, sabendo, por instinto projetado por Deus, que, se não abrirem o bico, não comerão; e eles estão com fome.
Semelhantemente, Deus não arromba bocas fechadas e enfia comida goela abaixo. Ele nos alimenta conforme o nosso apetite.
Em seu testemunho pessoal, o apóstolo Paulo conta que tem enchido sua vida e coração com honras, realizações, zelo e devoção religiosos. Mas ao se encontrar com o Senhor vivo, tudo mudou, inclusive seu apetite.
Em Filipenses 3, Paulo chega ao final de sua lista de coisas que antes o satisfaziam e conclui, com uma transparência que nos causa admiração: tudo isso é lixo; tudo isso é comida estragada e pertence ao esgoto.
Agora, Paulo chega à declaração climática de seu testemunho pessoal. Ele escreve nos versos 10–11:
para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
Se formos dividir essa parte do testemunho de Paulo em 4 pensamentos diferentes, creio que Paulo nos diz que seu apetite é o seguinte:
- Conhecer a Cristo mais profundamente;
- O que significa viver para Cristo de forma mais dinâmica;
- Sofrer com Cristo de forma mais dependente; e
- Ansiar por Cristo com um desejo mais intenso.
O Apetite de Paulo
- Primeiro, Paulo deseja conhecer a Cristo mais profundamente.
Para o conhecer...
Veja que isso é um apetite pessoal. Ele não diz: “Quero que a igreja de Filipos conheça mais a Cristo; quero que meus amigos O conheçam melhor.” O que vemos aqui não é aquela pessoa que diz: “Quero que meu marido, esposa ou filhos conheçam a Cristo.” Ou, “Ah, se o meu patrão conhecesse o Senhor... isso seria algo maravilhoso!”
Paulo diz: “Eu quero conhecer a Cristo!”
Mas Paulo, espere aí, você já conhece a Cristo. Todos que vêm à fé em Cristo também vêm a um conhecimento pessoal de Cristo como Senhor e Salvador.
Paulo, porém, não fala aqui de salvação, mas de uma transformação contínua. Veja bem: converter-se a Cristo não é o fim de sua experiência cristã, mas apenas o começo. Isso tem a ver com fome, apetite. E, para Paulo, o que ele já provou até agora de Cristo apenas estimulou ainda mais seu apetite.
Veja que ele escreve: para o conhecer. O verbo que Paulo emprega aqui é bastante esclarecedor. O novo dicionário teológico editado por Moisés Silva explica detalhadamente o uso do verbo grego ginosko. Nos dias de Paulo, o objetivo do conhecer era ver; e não somente ver aquilo que vem e vai, mas ver aquilo que dura e é real. Esse entendimento era uma percepção da realidade do objeto em consideração.
No decorrer da Bíblia, essa ideia pode ser identificada. A ideia de conhecer está ligada a se preocupar, considerar, ter um contato pessoal com aquilo que é real.
Isso é ilustrado bem por um comentarista. Ele conta sobre uma mãe que correu para o quarto depois de ouvir seu filho gritando de dor—sua irmãzinha menor de 2 anos de idade havia agarrado seu cabelo e não estava soltando. A mãe pegou os dedinhos da filha e explicou ao seu filho que sua irmã não estava sendo propositadamente malvada, pois ela não tinha consciência de que puxar o cabelo dói. A mãe mal tinha saído do quarto quando ouviu a filha, dessa vez, gritando de dor. A mãe correu de volta para o quarto e perguntou: “O que aconteceu?” O filho respondeu: “Agora ela sabe que puxar cabelo dói.”
Bom, isso é conhecimento—não adquirido à distância, mas bem de perto.
A propósito, a ideia de um Deus impessoal, despreocupado e insensível é completamente estranha às Escrituras.
- Deus é retratado, na verdade, como aquele que conhece os que nele se refugiam (Naum 1.7);
- Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos (Salmo 1.6);
- Deus disse a Jeremias: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci (Jeremias 1.5);
- Davi descreve até o período de formação de um embrião como algo pessoal: Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste… no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra… Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! (Salmo 139).
- Semelhante, lemos no Salmo 46.10: Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.
Um dia, no julgamento final, muitos operadores de milagres, pregadores e profetas comparecerão diante de Cristo impedidos de entrar no céu, apesar de pensarem ter realizado muitas coisas no nome de Deus. Jesus, então, lhes dirá: Nunca vos conheci (Mateus 7.23).
Obviamente, Jesus sabia sobre eles; na verdade, Jesus conhecia todas as coisas a respeito deles e eles também sabiam algumas coisas sobre Jesus. Contudo, eles nunca se relacionaram com Cristo pessoalmente por meio do novo nascimento de fé em Jesus somente. Em outras palavras, Jesus está dizendo: “Vocês não pertencem a Mim.” Eu não os conheço.
No decorrer do Antigo Testamento, esse verbo traduz a referência à intimidade sexual, como ele a conheceu. Isso é muito mais do que um conhecimento intelectual; esse é um conhecimento de contato íntimo.
Isso, a propósito, esclarece ainda mais a referência no Novo Testamento de que Cristo jamais conheceu pecado (2 Coríntios 5.21). Ele é claro conhecia sobre o pecado e sabia tudo sobre os pecadores, mas Jesus não se relacionou intimamente a algum pecado pessoal Seu—Ele nunca conheceu pecado. Jesus nunca se envolveu pessoalmente com o pecado.
Portanto, quando Paulo escreve aqui que ele deseja conhecer a Cristo, ele quer dizer que deseja conhecer Cristo mais intimamente, mais pessoalmente, e não apenas fatos sobre Cristo para tirar nota 10 num teste. Paulo deseja se preocupar, considerar, ter comunhão, andar, ser conduzido pelo seu Pastor e Salvador.
Paulo deseja conhecer a Cristo mais intimamente.
- Segundo, Paulo deseja viver para Cristo de forma mais dinâmica.
Ele ainda escreve no verso 10: para o conhecer, e o poder da sua ressurreição.
A palavra poder é o grego dynamis, da qual derivamos o termo “dinâmica.”
Podemos dizer: “Mas espere aí, Paulo; você já experimentou o poder de Deus que transforma a vida do pecador.”
Nós também já experimentamos esse poder. Em nossa conversão a Cristo pela fé somente, nosso espírito foi arrancado poderosamente das garras das trevas e transportado para o reino da vida. Antes da salvação, estávamos mortos em nossos delitos e Deus nos deu vida (Efésios 2.5); Deus nos deu vida para vivermos no Cristo ressurreto (Gálatas 2.20). E isso é apenas o começo. Paulo tem fome por essa ressurreição dinâmica no decorrer de toda sua vida.
Isso é o que um autor chamou de “viver conectado.” Jamais teremos o poder da ressurreição fluindo de dentro de nós mesmos; não podemos gera-lo, manipulá-lo ou liga-lo. Esse poder não surge dentro de nós; ele pertence a Deus, revelado a nós e manifestado através de nós; e Paulo tem fome de viver uma vida conforme esse poder.
Deixe-me ilustrar isso da seguinte forma. Algumas semanas atrás, compramos um portão novo para a nossa garagem, e recebemos um controle novo. Esse portão é tão silencioso.
Já fazia anos que eu vinha protelando essa compra. O motivo por que precisávamos de um portão novo encontra-se num acontecimento de 15 anos atrás quando nos mudamos para essa casa. Tínhamos uma garagem na casa antiga, mas nunca guardávamos o carro dentro dela. Ela era usada para coisas mais importantes, como uma mesa de pingue-pongue.
Então, pouco tempo depois de mudarmos para a casa nova, enquanto estava dando ré para sair, bati no portão—antes de levantá-lo; foi um pequeno lapso. A batida foi de leve, mas forte o suficiente para amassar um pouco o portão e entortar o trilho. Então, por 15 anos, esse portão tem sido um problema sério. Por fim, começou a emperrar na parte de cima e tivemos que comprar um novo.
O portão novo funcionou por um dia, mas depois parou. Liguei para a empresa que o havia instalado e o pessoal mandou um funcionário para fazer o reparo. O rapaz descobriu que o fio estava quebrado; então, nenhuma eletricidade estava fluindo. Ele consertou o fio; o portão funcionou mais um dia, e depois parou novamente.
Mais uma vez, liguei para a empresa e o mesmo funcionário veio. Ele me disse: “Que estranho, os sensores que enviam sinal de um lado a outro na parte de baixo do portão não têm eletricidade constante. Então, o portão pensa que algo está bloqueando o caminho; é como se ele nem estivesse ligado.” Então, findamos refazendo toda a fiação; agora, o portão funciona que é uma beleza; o funcionário não precisa mais voltar.
Foi impossível não pensar na analogia. Frequentemente, pensamos:
- Algo está bloqueado o meu caminho;
- Tem alguma coisa na direção do meu progresso; tem algo atrapalhando o jeito como minha vida deve ser.
Contudo, o problema real, na verdade, tem a ver com a energia que não flui constantemente; não estamos conectados. O problema não está no fabricante, nem no sistema; o problema é uma obstrução que impede o poder de Deus de fluir livremente dentro e através da minha vida como deveria. O fio está quebrado; a quebra pode ser preguiça, desobediência, insensibilidade ou egoísmo.
Jerry Bridges coloca isso muito bem quando escreve:
Chegou a hora de nós, crentes, assumirmos a nossa responsabilidade pela vida santa. Geralmente, dizemos que somos derrotados por este ou aquele pecado. Não, não somos derrotados, somos desobedientes. Seria melhor se parássemos de usar termos como “vitória” e “derrota” para descrever o nosso progresso espiritual. Ao invés disso, deveríamos usar palavras como “desobediência” e “obediência.”
O poder da ressurreição significa que vivemos à luz do fato de Deus haver nos concedido o poder para vivermos Seus mandamentos na prática.
Com bastante frequência, Paulo se refere ao poder Deus, esse poder dentro de nós. Ele o chama de:
- O poder de Deus através do Evangelho (Romanos 1.16);
- O eterno poder de Deus visto por meio da criação (Romanos 1.20);
- A mensagem da cruz que é o poder de Deus (1 Coríntios 1.18);
- O poder do Espírito Santo que nos capacita ao nos habitar (1 Coríntios 2.4–5);
- O poder da ressurreição que nos capacita a viver em novidade de vida (Romanos 6.4).
Paulo tinha um enorme apetite, uma fome por mais desse poder, o que significa que ele ansiava demonstrar obedientemente o poder de Cristo dentro dele, encarar a vida consciente de que a pedra foi movida e Jesus Cristo vive em nós e através de nós. Paulo pode até estar preso a um soldado romano e aprisionado aguardando sua sentença, mas o poder da ressurreição muda tudo, de forma que ele deseja pensar, crer, orar, obedecer e viver no poder de sua cidadania, não romana, mas celestial.
O pregador britânico Sam Gordon escreveu em seu comentário sobre um sonho que se realizou para um francês que se tornou britânico. Após um tempo admirando o Império Britânico e o estilo de vida britânico, o francês finalmente se naturalizou. Quando um amigo lhe perguntou que diferença significante sua cidadania britânica fizera em sua vida, ele pensou por um momento e depois disse: “Bom, dentre outras coisas, descobri que agora, ao invés de perder a Batalha de Waterloo, eu a venci.”
Viver no poder da ressurreição significa que vivemos à luz do fato de que, como cidadãos celestiais, não importa o que mostram as evidências, estamos do lado vencedor—para sempre.
Contudo, antes de esticarmos o braço para agarrar aquela coroa, prepare-se para carregar uma cruz.
Mas Paulo não somente tem fome de conhecer a Cristo mais profundamente e de viver para Cristo de maneira mais dinâmica.
- Em terceiro lugar, Paulo tem fome de sofrer com Cristo de forma mais dependente.
Ele continua dizendo no verso 10:
para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte
A semelhança a Cristo conduz e passa pelo Calvário.
Não sabemos exatamente ao que Paulo se refere aqui, já que ele não especifica. Mas ele pode estar falando:
- de seu martírio praticamente garantido;
- de uma vida de morte para o pecado e união com Cristo (Romanos 6.6);
- do sofrimento por causa do Evangelho, o qual cada crente experimenta de alguma maneira (Filipenses 1.29).
Ou ele ainda pode também estar se referindo a todas essas coisas. Mas perceba que, apesar de Paulo já haver falado de sofrimento em sua carta (1.29), ele adiciona a informação de que isso é comunhão com Cristo—a comunhão dos seus sofrimentos.
Mais uma vez, nos deparamos com a palavra koinonia—comunhão. Mas não se trata aqui daqueles minutos que passamos batendo papo com irmãos na igreja após um culto, nem de um “junta de panelas.”
Paulo fala aqui de uma comunhão diferente, uma comunhão de sofrimento—e quem gostaria de participar dessa comunhão? “Ei, ouvi dizer que aquela igreja lá tem bom sofrimento. Vamos nos tornar membros ali. O que acha?”
Paulo não está falando aqui de ter comunhão ao redor de uma bandeja de coxinhas ou lasanha. A comunhão aqui é ao redor da cruz.
A obra clássica de Tolkien, O Senhor dos Anéis, retrata vários homens trabalhando juntos para destruir o poder do Senhor das Trevas. Para isso, eles formam a Comunhão ou Sociedade do Anel. Essa comunhão ou sociedade não significa que tomarão chá com bolachas ao cair da tarde, mas que dependerão uns dos outros, lutarão juntos ao batalharem e sofrerem juntos.
Paulo tem fome por essa comunhão do Redentor e de outros que O conhecem e sofrem.
A boa notícia é que sofrer por Cristo é sofrer com Cristo. Ou seja, você jamais estará sozinho; ainda existem outros que não dobraram os joelhos a Baal. Você não está sozinho e, acima de tudo, você não precisa depender de si mesmo.
Perceba a ordem das coisas aqui também: o poder da sua ressurreição precede a comunhão dos seus sofrimentos. Essa ordem é crucial; você jamais conseguirá suportar a comunhão dos sofrimentos sem estar caminhando no poder da ressurreição.
O sofrimento nunca é o alvo final do crente, mas depender do poder da ressurreição de Cristo e sofrer como Cristo, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz (Hebreus 12.2).
Estar conectado e depender de Cristo nos ajuda a perseverar.
Paulo tinha fome de:
- conhecer a Cristo mais profundamente;
- viver para Cristo de forma mais dinâmica;
- e sofrer com Cristo de forma mais dependente.
- Por fim, Paulo ansiava por Cristo com desejo mais intenso.
Veja o verso 11: para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
E o que isso significa? Simplesmente estar com Cristo para sempre.
Paulo não expressa incerteza quanto ao futuro no céu, mas apenas reconhece que não conhece a rota pela qual Deus o conduzirá até a linha de chegada.
De algum modo—ou seja, “Não sei como, não sei os detalhes e a hora, mas, em algum momento, meu sofrimento me levará à ressurreição dos mortos; e eu anseio intensamente alcançar essa linha de chegada.”
Isso significa estar na presença imediata e face-a-face com Cristo Jesus, Aquele a quem tenho desejado todos esses anos amar, servir e obedecer.
Esse é o forte apetite de Paulo; ele havia provado de Cristo e agora ele quer mais. Paulo nunca esqueceu esse sabor e, assim como o salmista, ele deseja provar e ver que o SENHOR é bom (Salmo 34.8).
Conclusão
Qual é o seu apetite? De que você tem fome? E qual é o nível de sua fome? Você já descobriu o que em sua vida reprime sua fome de Cristo? Você levou um tempo nesses últimos dias para pensar naquelas coisas que o atacam constantemente e acabam retardando seu apetite pelas coisas de Deus?
Em outras palavras, o que rouba sua afeição de Cristo? O que o desconecta de um desejo e de uma vida piedosos? O que estimula sua afeição por Jesus, o Evangelho e a Palavra de Deus?
E o que você tem feito em relação a isso? Ou seja, você se cercará de coisas que estimulam sua fome de Deus e se distanciará daquelas que o afastam do banquete da presença e do poder de Deus?
Meu amado, seu relacionamento com Deus jamais será dinâmico se:
- Seu relacionamento com Sua palavra for esporádico;
- Sua obediência a Ele for parcial;
- E sua comunicação com Ele ocasional.
Paulo nos informa, fervorosamente, que aquilo de que ele tem grande fome é um relacionamento com Cristo que é marcado não pelo esporádico, parcial e ocasional, mas pelo perpétuo, habitual e contínuo.
Jonathan Edwards, o grande pregador americano do século 18, escreveu:
Essa é a única felicidade com a qual nossas almas se saciam. Pais e mães, maridos e esposas, filhos e amigos são apenas sombras terrenas, mas o deleite de Deus é a substância real. Família e amigos são apenas raios espalhados, mas Deus é o sol; eles são apenas correntes, mas Deus é a fonte; eles não passam de gotas, mas Deus é o oceano.
Ah, como temos a tendência de focar, viver e buscar gotas e raios espalhados! Vamos nos lembrar, ansiar, ter fome e sede da fonte, do oceano, do sol.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 14/06/2015
© Copyright 2015 Stephen Davey
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