
Mais do Que Desejo Ilusório
Mais do Que Desejo Ilusório
Mirando Mais Alto—Parte 7
Filipenses 3.20–4.1
Introdução
Cinco bilionários estão atualmente investindo em maneiras de não somente estender a vida humana, mas de erradicar a morte também. Um deles tem investido muito em organizações devotadas a desenvolver—como dizem—“biotecnologias para rejuvenescimento.” Um artigo que eu li admitiu que nada ainda funcionou.
Outro bilionário fundou uma empresa de nanotecnologia prometendo aos investidores que ele mesmo planejava viver por “milhões de anos.” Sua empresa faliu há pouco mais de um ano.
Também existe um multimilionário do Leste Europeu que lançou o que ele chamou de “A Iniciativa para 2045.” Essa iniciativa promete que humanos passarão a ser imortais até o ano de 2045 assim que “conseguirmos nos transferir para corpos mecânicos artificiais.” Esses homens, obviamente, assistiram demais a filmes como “O Exterminador do Futuro.”
Mas o bilionário que parece estar mais determinado é o fundador e presidente de uma empresa de processamento de dados. Ele mesmo investiu mais de 40 milhões de dólares em sua própria fundação médica dedicada a entender “os processos de desenvolvimento do tempo de vida.” Isso é um código para vencer a morte e nunca morrer. Conforme reajustes recentes, seu patrimônio chega aos 48 bilhões de dólares—ele está dentre os homens mais ricos do mundo. Ele disse numa entrevista recentemente: “A morte me deixa irado; ela não faz sentido!”
Então, aqui estão 40 milhões de dólares para acabar com a morte. Sinceramente, todos esses homens um dia desejarão ter investido mais nesse negócio; na verdade, todo seu dinheiro a fim de ganharem mais um momento de vida.
Esse homem me lembrou da rainha Elizabete I que morreu em 1603. Nos seus 45 anos de reinado, ela nunca tirou seu anel real—sua posse mais valiosa. Uma semana antes de morrer, ela deixou seus médicos removerem o anel porque ele tinha entrado em sua pele. Ela possuía 2 mil vestidos pendurados em seu guarda-roupas que haviam revolucionado o mundo da moda; ela também tinha muitos servos em seu reino grandioso disponíveis para realizar cada um de seus desejos.
Enquanto lutava com infecções terminais e se aproximando da morte, uma pessoa registrou que a rainha disse: “Trocaria todas as minhas posses por mais um momento de vida.”
A raça humana tenta escapar daquilo que Deus ordenou:
E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo (Hebreus 9.27).
A morte não é o fim—ela é apenas uma porta de entrada. E essa porta conduz a um destino determinado pelo tipo de relacionamento que temos com o Deus vivo—e existem apenas duas opções eternas.
Quando o Titanic afundou, mais de mil pessoas morreram nas águas geladas do Atlântico. As causas imediatas foram erro humano, um iceberg, falta de botes salva-vidas, águas congelantes... mas a causa final foi Deus, o qual determinou que seus dias na terra haviam se cumprido.
Após a notícia da tragédia do Titanic ter se espalhado pelo mundo, o desafio passou a ser como informar os parentes se os entes queridos estavam entre os mortos ou vivos. No escritório da empresa de viagem White Star Line em Liverpool, Inglaterra, foi colocado um mural grande. De um lado estava uma placa de papelão com a palavra “Resgatados,” e do outro lado estava a placa: “Perdidos.” Centenas de pessoas se aglomeravam para acompanhar as constantes atualizações dos nomes. Quando um mensageiro trazia novas informações, os que aguardavam seguravam o fôlego atônitos para descobrir em qual lado o nome de seu familiar ou amigo seria escrito.
Apesar de os viajantes do Titanic terem sido divididos em primeira, segunda e terceira classe, depois que o navio afundou havia apenas duas categorias: os resgatados e os perdidos.
Meu amigo, esse navio antigo da Terra navega pelo espaço a uma velocidade de 107 mil km/h e ele viaja em direção ao seu destino final. Todos os passageiros estarão em uma de duas categorias. A beleza e requinte de sua cabine não importarão; não importará quantas malas tenha trazido, se viajou de primeira ou de terceira classe, se esfregou o chão da cozinha com suas mãos ajoelhado ou se comeu no salão VIP. O que importará será apenas isto: em qual coluna seu nome foi escrito—“Perdidos” ou “Resgatados.”
Quando se aproxima do final de Filipenses 3, o apóstolo Paulo se refere a essas duas categorias e nos leva ao rol da imortalidade.
Se você esteve conosco em nosso estudo anterior, então se lembra que Paulo descreveu os habitantes da terra em Filipenses 3. Ele descreveu os que rejeitam a obra de Cristo na cruz de quatro maneiras:
- Sua condenação é certa—Paulo disse nos versos 18 e 19: vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição;
- Seus desejos são sensuais;
- Suas aprovações são vergonhosas—ou seja, eles se gloriam em suas vergonhas;
- Finalmente, suas fascinações são míopes—Paulo diz isso no final do verso 19: visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
De forma simples, eles ficam fascinados com qualquer coisa que o mundo oferece, diz, faz, ama, endossa e considera importante. Essas pessoas se concentram na Terra:
- O materialismo é a sua maior religião.
- A moda é a sua liturgia sagrada.
- As celebridades são seus sacerdotes.
- As posses são suas maiores recompensas.
- E a Terra é o mais perto que chegarão do céu.
Perguntaram ao famoso cantor B. B. King que morreu poucos anos atrás o que ele achava da vida após a morte; ele respondeu: “Não sei o que acontece após a morte... mas acho que inferno é inferno na terra, e céu é desfrutar de uma mulher bonita.”
Em outras palavras, inferno é sofrer dores na terra e céu é prazer na terra. Muitas pessoas concordariam com isso; um inferno literal não irá acontecer e um céu literal com o Rei Jesus entronizado para sempre não passa de um desejo ilusório dos crentes.
Na passagem anterior, Paulo não respondeu a objeções dessa natureza, mas, com lágrimas em seu rosto, descreveu de quatro maneiras os que se encontrarão na lista dos “Perdidos.” Na passagem de hoje, Paulo chama nossa atenção para os que pertencem ao céu e, semelhantemente, os descreve de quatro maneiras.
Quatro Descrições dos Salvos
- Primeiro, Paulo fala do local ao qual pertencem.
Veja o verso 20: Pois a nossa pátria está nos céus.
Em outras palavras, aqui está o elemento contrastante que nos separa: os perdidos se agarram à Terra; os salvos pertencem ao céu. As pessoas são ou sujeitas à Terra e focam na Terra, ou estão sujeitas ao céu e focam no céu.
A palavra traduzida como pátria é o grego politeyma, do qual derivamos palavras como “política, metrópole.” A palavra grega para cidade é polis. O imperador César Augusto havia conferido à cidade de Filipos o título prestigioso de colônia de Roma. Os filipenses eram cidadãos romanos orgulhosos, apesar de estarem vivendo a milhares de quilômetros da capital.
Quando um bebê nascia em Filipos, era importante que seu nome fosse incluído nos registros legais de cidadãos. Se olharmos o final do capítulo 3 e o início do capítulo 4, veremos que Paulo se refere a esse costume ao falar que os nomes dos crentes estão escritos no livro da vida—o registro do céu.
Paulo toma aspectos da cultura filipense e os aplica ao crente com algumas semelhanças interessantes:
- Os filipenses eram súditos leais ao imperador;
- Os filipenses eram cidadãos registrados no rol de Roma;
- A cidade de Filipos era uma extensão de Roma.
Semelhantemente:
- O crente é um súdito leal ao seu Imperador—Jesus Cristo;
- Somos cidadãos registrados no rol celestial, tendo nascido de novo pela fé em Cristo;
- A igreja é uma extensão e uma representação do céu.
Ou, colocando de outra maneira: o crente foi instituído por Deus como um embaixador em uma embaixada—a igreja local—a qual fica localizada num país estrangeiro e representa os interesses de seu país de origem. A nossa pátria está nos céus.
Sam Gordon escreveu:
Vivemos no planeta Terra, mas pertencemos a outro mundo. Armamos nossa tenda aqui, mas não fixamos residência permanente aqui. Os crentes não são vagabundos sem um lar; também não somos fugitivos que fugiram de seu lar. Somos peregrinos viajando em direção ao nosso lar.
Então, veja bem, quando você viajar pela vida, não se esqueça de levar consigo seu passaporte mental. Você representa outro país enquanto viaja por este. Você é um cidadão do céu.
- Segundo, Paulo continua e descreve a Pessoa que aguardamos.
Veja o verso 20 novamente:
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo
Para o crente, o céu não é simplesmente um lugar, mas uma Pessoa; e o crente aguarda ansiosamente ver essa Pessoa.
E quem nós aguardamos? Paulo descreve essa Pessoa que aguardamos com vários títulos.
Ele é o Cristo—Christos—que significa “Messias,” “ungido.” Ele é também o Salvador, que é um termo usado com menos frequência por Paulo—apenas 12 vezes em suas cartas. Muitos eruditos acreditam que isso pode ser devido ao fato de esse ser um dos títulos prediletos de César, pois Roma havia concedido ao César o título de salvador do mundo.
Nos dias de Paulo, moedas romanas tinham a imagem do imperador atual e todas as moedas que circulavam em regiões de fala grega carregavam o título salvador.
Adicione a esse mais um título—título—kyrios ou Senhor. Em épocas de desastres como terremotos, fomes e guerras, o império buscava resgate e salvação em seu senhor e salvador.
Portanto, o que Paulo faz aqui é contrastar o fato de que as pessoas sujeitas à Terra possuem um senhor e salvador e o crente possui seu Senhor e Salvador. É como se Paulo perguntasse como resultado: “Qual senhor e salvador você prefere?”
Mas veja bem, Paulo era um conhecedor do Antigo Testamento; ele sabia exatamente o que estava fazendo ao conferir esses títulos a Jesus. Isso foi algo surpreendente especialmente para os judeus.
Veja o que o profeta respeitado dos judeus, Isaías, escreveu. Você reconhecerá as declarações e os títulos que Paulo usa em sua carta aos Filipenses:
…Só contigo está Deus, e não há outro que seja Deus. Verdadeiramente, tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador… Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro… Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua. De mim se dirá: Tão-somente no SENHOR há justiça e força… (Isaías 45.14–15; 22–24).
Veja os paralelos:
-
Deus é o nosso Salvador, Isaías 45.14;
- Jesus Cristo é o nosso Salvador, Filipenses 3.20.
-
Deus é o Senhor/YAHWEH, Isaías 45.24;
- Jesus Cristo é Senhor/YAHWEH, Filipenses 2.12; 3.20.
-
Todo joelho se dobrará e toda língua jurará diante de Deus a verdade de Sua glória, Isaías 45.23.
- Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, Filipenses 2.11.
É como se Paulo dissesse aos filipenses e a todos nós: “Temos um Senhor e Salvador infinitamente melhor do que César. Ele nos concede algo que Roma não pode nos dar; caminhamos para o local ao qual de fato pertencemos; seremos unidos eternamente com essa Pessoa a quem aguardamos ansiosamente.”
E agora, pelo fato de Jesus ser mais do que um profeta, sacerdote, bom homem e bom mestre—pelo fato de Ele ser YAHWEH em carne e o Senhor soberano sobre tudo—Ele é capaz de realizar algo incrivelmente milagroso que afetará cada um de nós cujos nomes estão arrolados no registro celestial.
- Terceiro, Paulo descreve a promessa à qual nos agarramos.
Veja os versos 20 e 21:
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.
Que grande promessa! Fico imaginando a reação dos filipenses diante disso, já que não haviam ainda aprendido sobre a ressurreição futura de seus corpos:
- Nem sobre a transformação imediata de seus corpos se estiverem ainda vivos na ocasião do arrebatamento da igreja;
- Nem sobre a transformação de mortalidade para imortalidade, de fraqueza para poder, de pó para glória resplandecente.
- Os filipenses ainda não tinham lido as cartas aos Coríntios, nem as cartas aos Tessalonicenses que descrevem em detalhe essa transformação.
- Se essas cartas não tivessem circulado por Filipos ainda, os filipenses teriam pedido para o leitor da carta na assembleia parar neste ponto e repetir o que tinha acabado de ler—e repetir devagar.
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, (como? Será que isso não é apenas um desejo ilusório? Não, isso acontecerá!) segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.
Quem foi que experimentou poder sobre a morte e sobre o túmulo? Quem manifestou um corpo ressuscitado? Que revelou o brilho de um corpo transfigurado? Quem melhor para realizar o milagre da transformação de todos os crentes? Jesus Cristo—o nosso Senhor e Salvador.
O verbo transformará retrata um evento dramático e sobrenatural quando Cristo mudará a forma de nosso corpo de humilhação para um corpo de glória.
Mas como Ele fará essa proeza? Segundo a eficácia do poder que ele tem. Veja bem, essa transformação seria um desejo ilusório se Cristo não fosse onipotente, onisciente e onipresente, possuindo todos os atributos do próprio Deus Criador.
E veja que Paulo anseia pela transformação de seu corpo; ou seja, Deus não descartará o corpo de Paulo, nem o seu e nem o meu, mas transformará o nosso corpo. Não sabemos como Deus fará isso—como as cinzas e fragmentos de ossos de milhões de crentes espalhados por todo o mundo e oceanos serão reunidos. Mas apesar de não sabermos como, sabemos QUEM fará isso.
E porque é onisciente, Deus sabe onde se encontra cada filamento de nosso DNA, cada átomo e cada célula. E Paulo diz aqui que nossos corpos imortais serão conformados à semelhança do corpo glorificado de nosso Senhor. Essa é uma grande pista. Os Evangelhos registram que, quando Jesus ressuscitou, houve continuação de Seu corpo físico, ou seja, de Sua aparência física. Na verdade, Ele até escolheu permanecer com as cicatrizes em Suas mãos e Seu lado. Obviamente, Jesus ainda se recordava de acontecimentos e de nomes de Sua vida antes da glorificação.
Portanto, quando recebermos nossos corpos glorificados, haverá continuidade de DNA—continuidade de forma física, memória e personalidade. Tudo isso será aperfeiçoado em glória, mas seremos nós mesmos de forma singular.
Se você morreu como José, não acordará como Pedro; se morreu como Maria, não acordará como Joana. Se você é alto, forte de pele escura, seu corpo será o mesmo—você será você, apenas glorificado, imortalizado e aperfeiçoado sem a natureza pecaminosa.
Será que isso não passa de desejo ilusório? O apóstolo João escreve: seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 João 3.2).
Os anjos disseram aos discípulos enquanto eles observavam Jesus subindo aos céus em Atos 1.11: Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir. Ou seja, o corpo que os discípulos virama após a ressurreição de Jesus é o mesmo corpo que será visto quando Cristo retornar.
Dentre outras coisas, isso significa que o corpo de Jesus que voltou para o céu 2 mil anos atrás voltará para nos buscar e não terá envelhecido.
O que mais sabemos sobre o nosso corpo imortal? Jesus disse que os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai (Mateus 13.43). Você pode perguntar: mas será que isso é literal? Sem dúvidas! Temos um vislumbre na biografia de Moisés do que acontece quando entramos na presença da glória de Deus. Êxodo 34 revela o encontro de Moisés com a glória de Deus e, como resultado, seu corpo físico experimentou uma transformação temporária. O rosto de Moisés brilhou tão intensamente que ele precisou usar um véu para não cegar os olhos dos israelitas.
Quando o Senhor foi transfigurado, algo que durou apenas alguns minutos, Mateus nos conta que o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz (Mateus 17.2).
Você, meu amado, um dia brilhará como um ser imortal no reino de Deus; seu rosto brilhará como o sol e sua roupa com o fulgor de luz brilhante.
Essa promessa é muito mais do que não sentir mais dores, ter joanete ou artrite. Seu corpo que agora é temporário, fraco e pecaminoso será transformado no poder da presença de Cristo e você ficará brilhante, sem pecado, glorioso e eterno.
Agora, pense num instante no fato de que Jesus Cristo pegará o pó de corpos que morreram milhares de anos atrás, reconstituirá e transformará quem você era naquilo que você será. Deus não descartará seu corpo, mas o transformará. Então, nessa transformação, Jesus Cristo criará e formará novamente, conforme Paulo escreve, por meio do poder que Ele possui. A única diferença é que, dessa vez, Ele trabalhará a partir de matéria pré-existente, como na criação de Eva, a qual Ele criou a partir da costela de Adão. Deus tomou uma costela:
- Não parte da cabeça de Adão, como se Eva fosse governar sobre ele;
- Não de seu pé, como se Adão fosse pisar sobre ela;
- Mas da costela de Adão, como que dizendo: “Ela pertence ao seu lado.”
Antes de deixarmos para trás os atributos divinos de Cristo nessa recriação milagrosa, deixe-me mencionar algo que um médico escreveu que chamou minha atenção:
O corpo tem cerca de 100 trilhões de células; cada uma delas carrega milhares de reações químicas diferentes. Então, uma ressurreição exigiria um poder fenomenal para inserir vida em todas essas células individuais, mas isso teria que ser feito de tal maneira que células nervosas especializadas pudessem retornar à sua função singular, células do coração realizando o seu papel, bem como as células dos ossos, do sangue, etc.
Na morte, essas células não somente param de funcionar, mas elas se desintegram à forma de poeira microscópica. Então, uma ressurreição corpórea exigiria que milhares de processos em trilhões de células que terão sido juntadas e reiniciadas de uma só vez recomecem. Isso exigiria não somente um poder incrível, mas conhecimento inimaginável também. Ainda é um mistério como as células do corpo interagem. Jesus Cristo terá que conhecer todas as informações em trilhões de células em cada um de nossos corpos e, depois, possuir poder para recriá-lo; em seguida, reiniciar vida em todos nós, tudo isso num milésimo de segundo.
Paulo escreve o seguinte aos coríntios:
…num abrir e fechar de olhos… nós seremos transformados… E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade… (1 Coríntios 15.52–54).
Creio que é isso que Paulo tem em mente quando diz no verso 21 que Cristo tem poder para subjugar todas as coisas—cada molécula, cada célula, cada átomo, cada filamento de DNA, cada elemento, desde os microscópicos aos gigantes, tudo será transformado por Jesus Cristo.
- Esse é o local ao qual pertencemos.
- Essa é a Pessoa que aguardamos.
- Essa é a promessa à qual nos agarramos.
- Em quarto lugar, Paulo descreve a prioridade na qual permanecemos firmes.
O verso 1 do capítulo 4 pertence a esse parágrafo. Aqui, Paulo resume seu ensino com uma aplicação:
Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor.
Não desistam:
- Não importa o que o César fizer contra vocês;
- Não importa ao que forem submetidos em Roma;
- Não importa o que seu corpo não possa mais fazer;
- Não importa as lutas que encararem e a oposição que enfrentarem;
- Não importa o pecado com o qual lutam e a batalha que parece nunca ficar mais fácil;
- Não importam os desafios e corrupções ao seu redor:
Permanecei firmes!
Vocês caminham para um lugar, uma Pessoa que pode vir busca-los a qualquer momento; existe uma promessa que nem sequer conseguimos imaginar. Vocês pertencem ao céu, estão indo para o céu, receberão um corpo celestial e esperam o momento quando o Senhor os levará para o céu.
Conclusão
Meu querido, você está dentre os Perdidos ou os Resgatados? No fim de sua vida, essas serão as únicas categorias que importarão:
- Sua cabine no navio não importará;
- A comida que comeu não importará;
- O dinheiro que tinha em seu bolso não importará;
- Sua importância aos olhos de outras pessoas não importará;
- Quantos amigos teve não importará;
- Onde sua família ficou não importará;
- Nem mesmo sua saúde importará.
A única coisa que importará quando o navio da história humana aportar é se seu nome foi escrito no registro da Terra—e, portanto, está entre os perdidos; ou se seu nome foi escrito pela fé em Cristo no registro do céu—e, portanto, você estará para sempre entre os resgatados e, um dia, glorificados, aperfeiçoados, sem pecado, imortais, brilhando como a luz forte do sol, adorando para sempre a majestade gloriosa do Filho de Deus.
Meu querido, pense bem porque o céu não é um desejo ilusório.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 28/02/2016
© Copyright 2016 Stephen Davey
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