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Igreja da Porta Fechada

Igreja da Porta Fechada

系列: Apocalipse
參考: Revelation 1–22

Igreja da Porta Fechada

Uma Encomenda Especial—Parte 10

Apocalipse 3.14–22

Introdução

Se você estivesse vivendo nas cidades ao redor do Mar Mediterrâneo dois mil anos atrás, e um amigo dissesse que ia viajar de férias e passar alguns dias em um resort relaxando em águas quentes de fontes naturais, fazendo compras em lojas de grife, apostando em casinos, assistindo a jogos esportivos profissionais e a peças teatrais que ganharam premiações como as melhores do ano, você saberia imediatamente para qual cidade seu amigo estava indo, na qual se poderia fazer todas essas coisas.

A cidade recebeu seu nome em honra à esposa de seu fundador—Laodic. O nome da cidade: Laodicéia.

Essa cidade era Las Vegas, Hollywood e o Banco Suíço concentrados em um só lugar. E ela não era reservada a gentios. Na verdade, judeus em Jerusalém reclamavam por causa do vasto número de compatriotas que haviam abandonado a Palestina em troca dos luxos e banhos dessa região.

Os judeus nessa cidade até apelaram ao governador romano por independência para seguir seus próprios costumes e leis, e o governado lhes concedeu o pedido.

Laodicéia era a capital das roupas do mundo antigo. As ovelhas criadas na região eram conhecidas por terem uma lã brilhosa preta quase violeta. Isso era algo tão cobiçado que as tecelagens de Laodicéia produziam pelo menos quatro tipos diferentes de mantos exportados para todo o mundo. Essas eram as marcas famosas no século primeiro.

Além de moda, Laodicéia também era um centro médico. Milhares de pessoas iam para os resorts médicos a fim de serem curadas através dos tratamentos mais recentes conhecidos no mundo antigo. Laodicéia era obcecada com condicionamento físico.

Ademais, essa cidade também era um dos centros financeiros da Ásia Menor. Na verdade, os cidadãos de Laodicéia estavam tão bem financeiramente que, quando um terremoto destruiu muitos prédios da cidade, eles recusaram uma oferta de ajuda de Roma para reconstruí-los, dizendo que não precisavam de assistência.

Laodicéia era rica, andava na moda, tinha boa saúde física e era bem estabilizada. Eles não precisavam da ajuda de ninguém. Evidentemente, eles não pensavam que precisavam da ajuda de Deus também.

Pela última vez, vamos mergulhar na caixa de correspondências divinas e pegar mais uma das sete cartas escritas por Jesus Cristo a uma igreja—dessa vez, à igreja em Laodicéia.

Introdução de Cristo à Igreja de Laodicéia

Essa carta se encontra em Apocalipse 3, começando no verso 14:

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:

Mais uma vez, Cristo assina com Sua assinatura singular no começo da carta ao invés de no final. E, mais uma vez, os títulos que Ele emprega na introdução são usados especificamente para combinarem com o conteúdo que Cristo está prestes a revelar na carta.

  • O primeiro título nos fala que Cristo possui a palavra final.

Jesus se chama de o Amém.

Esse termo hebraico significa, “verdade, certeza.”

No Novo Testamento, o Senhor a empregou várias vezes, dizendo, “Em verdade, em verdade vos digo,” ou, “Amém, amém.” Em outras palavras, “O que vou dizer é a palavra final—a palavra de certeza e verdade.”

Quando você diz “Amém” enquanto o pastor prega, você está concordando, “O pastor está dizendo a verdade e estou decidido a segui-la.” Então, cuidado quando você usa essa palavra.

  • Segundo, Jesus Cristo não somente possui a palavra final, mas Ele também é fiel em Seu testemunho coerente.

Jesus Cristo segue o primeiro título com outro semelhante para reforçar a ideia. Veja em Apocalipse 3.14,

...a testemunha fiel e verdadeira...

Ou seja, “O que vou dizer é a verdade porque Eu digo somente a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade.”

  • O terceiro e último título que Cristo usa para Si mesmo é o de que Ele é o primeiro em Sua obra criativa.

Jesus se refere a Si mesmo como o princípio da criação de Deus.

Às vezes, nossa tradução em português não capta bem o sentido do original grego, algo que acaba conduzindo o leitor a conclusões precipitadas quanto ao significado do texto. Se ficarmos apenas com o português, podemos concluir que Cristo é o princípio da criação de Deus no sentido de que foi o primeiro ser criado.

Todavia, a palavra grega para princípio é arche. Ela não significa que Jesus foi o primeiro ser criado, mas que Ele é a fonte da criação; Ele é o princípio da criação no sentido de que foi Ele quem deu início à criação. Jesus Cristo é o princípio porque Ele começou. Nele está o início da criação.

Gênesis 1.1 diz,

No princípio criou Deus os céus e a terra.

Colossenses 1 nos informa que foi o Filho de Deus quem, na verdade, realizou a criação. Paulo escreve em Colossenses 1.15,

Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

Cristo é o primogênito, o protokokos, um termo que se refere “ao que é supremo e primeiro.” Ou seja, Cristo é supremo sobre toda criação.

Muito provavelmente, o gnosticismo havia impactado a igreja de Laodicéia com o falso ensino de que Cristo era um ser criado—uma das muitas emanações de Deus. Os gnósticos também afirmavam que detinham conhecimento secreto e espiritualmente superior acima de todo mundo.

Na semana passada, recebi uma carta com umas doze páginas de uma pessoa perturbada com o fato de eu estar ensinando a divindade absoluta de Jesus Cristo. O remetente listou várias passagens bíblicas como essa que são estudadas e facilmente distorcidas a fim de se comprovar o ponto de vista de que Cristo foi um ser criado, que Ele não é Deus, mas foi criado por Deus. Infelizmente, a pessoa que escreveu a carta não tem conhecimento do grego e sua falsa religião é baseada em interpretações erradas a partir de nossas versões.

Agora, vamos supor que eu esteja errado. Se eu estou errado a respeito de Jesus Cristo e Ele é, portanto, apenas mais uma das diversas emanações de Deus, assim como eu e você, eu ainda estou a caminho do céu para toda eternidade. Entretanto, se eu estou certo, então todos os que negam a divindade soberana e encarnada de Jesus Cristo irão para o inferno eternamente.

Isso é algo significante!

Evidentemente, os crentes colossenses estavam tendo dificuldades com a divindade e eternidade de Cristo, assim como os laodicenses. Os colossenses receberam sua carta de Paulo, e o apóstolo mandou que eles passassem a carta para quem? Para a igreja de Laodicéia. Paulo escreveu em Colossenses 4.16,

E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses...

Os laodicenses também precisavam ouvir que Jesus Cristo era o soberano supremo sobre toda criação, pois, nele, foram criadas todas as coisas (Colossenses 1.16a).

Então, Jesus Cristo está dizendo a essa igreja em Laodicéia, “Eu sou a palavra final da verdade; Eu sou Aquele que diz toda verdade e nada mais que a verdade. Eu sou a fonte da criação e o Soberano supremo sobre toda a criação.

  • Eu possuo a palavra final.
  • Eu sou fiel em Meu testemunho coerente.
  • Eu possuo o primeiro lugar em Minha obra criativa.”

O Diagnóstico de Cristo à Igreja de Laodicéia

Agora, Cristo fornece o diagnóstico da verdadeira condição da igreja de Laodicéia. Veja Apocalipse 3.15:

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!

As palavras que Cristo escolhe são opostos extremos—frio congelante e quente borbulhante.

Segundo esse texto, a analogia de ser congelante ou fervente são coisas boas, ao contrário de ser morno.

Os laodicenses entenderam bem as palavras de Cristo. A única coisa negativa nessa cidade era que sua água precisava ser trazida por meio de um aqueduto da cidade vizinha Hierápolis que ficava a 10 km dali. Quando a água chegava à cidade, ela já estava morna.

Água gelada em um dia quente é refrescante. Água quente em um dia frio é relaxante. Água morna qualquer dia nem é relaxante, nem refrescante.

Como conseguir água morna de nossa torneira? Se você possui duas torneiras em sua pia, então é só abrir a torneira da água quente um pouco, e depois abrir a torneira da água fria e você terá água morna.

“Água morna” é uma expressão que transmite a ideia de comprometimento. Os laodicenses estavam em cima do muro—em seu local de conforto, em cima da cerca, em estado neutro.

Veja Apocalipse 3.16:

Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;

Quem gosta de beber água morna?

Quando visitei uma igreja na Índia vários anos atrás, eu e outros pastores que estavam comigo fomos honrados com as únicas cadeiras que a igreja tinha. Enquanto estávamos ali sentados, um homem trouxe para nós três garrafas pequenas de Coca-Cola. Todos os irmãos da igreja estavam de pé nos vendo tomando aquele tesouro caro que haviam sacrificado para nós. O mais difícil para mim, além de ter que beber esse presente precioso, foi que a Coca-Cola estava morna—na temperatura ambiente. Aquela Coca-Cola foi tudo, menos refrescante ou aprazível. Se eu estivesse sozinho, teria cuspido; estava horrível.

Algumas igrejas fazem o Senhor chorar; outras O deixam irado; algumas O entristecem. A igreja de Laodicéia O deixou doente; sua religiosidade vazia Lhe causou náuseas.

Essa igreja era autossuficiente, enamorada consigo mesma, absorvida com sua própria personalidade, cheia de pessoas anêmicas sem desejo algum de refrescar ou relaxar aqueles ao seu redor.

Perceba a diferença entre aquilo que eles pensavam ser e o que Cristo diz que eles são. Apocalipse 3.17 diz:

pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

Sublinhe as palavras dizes e tu és nesse verso. Jesus diz aos laodicenses, “Vocês acham que não precisam de nada, mas são miseráveis espiritualmente.”

Esses crentes estavam contentes em brincar de religião enquanto o mundo ao seu redor corria atrás da vaidade.

Ainda pior, a igreja em Laodicéia estava correndo atrás dos mesmos sonhos, confortos, objetivos, brinquedos, coisas e estilo de vida que os cidadãos ao seu redor. Os crentes não eram diferentes em seu propósito de vida e fervor por Cristo.

Jesus Cristo diz a essa igreja, e a todas as demais cheias de pessoas que brincam de religião, “Você me deixa doente!”

Sinceramente, fico envergonhado que nossa igreja adiciona mais um culto no domingo de Páscoa. Pode ser que isso revele nosso desejo de acomodar aqueles que brincam de religião. Veja bem—haverá outra celebração da ressurreição de Jesus Cristo no próximo domingo.

Muitos pastores ficam animados com o domingo de Páscoa—é nesse domingo que a frequência nos cultos quebra os recordes. Pergunto-me se é nesse domingo que se quebranta mais o coração de Deus.

Você vai para a igreja porque pensa que Deus não enxerga sua encenação religiosa—um coração morno que pode viver muito bem sem a igreja e sem as coisas de Deus? Ouça esta advertência: pare de brincar com Deus.

Cristianismo morno causa náuseas no Salvador que entregou tudo por mim e por você.

Evidentemente, muito do problema na igreja de Laodicéia, e em nossas igrejas também, era decorrente de seu estilo de vida confortável e de sua prosperidade material.

Laodicéia dizia...

Cristo disse...

“Sou rica...”

“és infeliz...”

“Não preciso de nada...”

“és pobre...”

“Estou abastada...”

“és cega...”

 

A igreja em Laodicéia não tinha visão alguma de seu mundo e fervor algum pelo seu Senhor, e Jesus Cristo lhe disse a verdade e nada mais que a verdade, “Você é cega.”

Esse é o diagnóstico da verdadeira condição dessa igreja em Laodicéia vindo dAquele que tem a palavra final, que diz a verdade e nada mais que a verdade—o Soberano Senhor. Esse é o diagnóstico.

A Receita de Cristo à Igreja de Laodicéia

Agora, Cristo prescreve uma receita para a recuperação total dessa igreja de Laodicéia. Essa receita está diretamente relacionada a três elementos significantes da cultura dessa cidade. Os crentes teriam compreendido o que Cristo quis dizer imediatamente.

  • Em Apocalipse 3.18, Cristo diz: Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres.

Em outras palavras, “Você conhece muita coisa sobre o ouro e tem acumulado muito ouro no Banco de Laodicéia. Você precisa é do Meu ouro.”

A Bíblia se refere frequentemente à fé purificada como ouro refinado.

Talvez você se lembre de Jó dizendo,

Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro (Jó 23.10).

Ao invés de nadar segundo a correnteza de sua cultura, defenda a verdade; encare as tribulações da fé. Pedro escreve em 1 Pedro 1.7:

para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;

Deus diz, “Esteja disposta a pagar o preço pelo ouro que ofereço que vem por meio da provação da sua fé.”

Na semana passada, recebi um e-mail de uma universitária pedindo oração por um rapaz que ela havia conhecido na escola e com o qual se encontrou outro dia na faculdade. Ela escreveu:

Quando ainda estávamos no segundo grau, eu e Brian ficamos amigos. Ele era um dos vários Testemunhas de Jeová na minha escola. Primeiramente, desfrutamos de nosso humor em comum e construímos uma boa amizade. Infelizmente, ele sofreu muita pressão para ou me converter, ou se afastar de mim. Quatro anos atrás, ele me deu o ultimato.

Quatro anos depois, ele entrou em contato comigo dizendo que havia percebido que sua fé não fazia sentido. Ele não aceitava mais que os doze homens que formam a Sociedade Torre de Vigia eram, eles mesmos, o caminho para a salvação. Ele ficou preocupado com o fato de haverem eliminado os estudos de grego e hebraico para constatar que sua Versão Novo Mundo era precisa. Acima de tudo, ele não aceitou mais que a Sociedade Torre de Vigia tinha mais autoridade do que a Bíblia. Agora, ele considera essa sociedade manipuladora e que busca controlar a mente de seus seguidores para que não [pensem por si mesmos].

Sua família o deserdou; seus amigos o abandonaram; ele se encontra mais sozinho do que nunca antes em sua vida, mas está muito contente com sua decisão. Agora ele tem visitado outras igrejas que honram a Bíblia como a única autoridade verdadeira. Seu e-mail que me enviou hoje estava cheio de expectativa para encontrar uma igreja que lhe ofereça bom apoio.

Fico impressionada com sua história. Cinco anos atrás, ele era a mais fiel testemunha de Jeová. Ver essa mudança nele a despeito de ter perdido todas as pessoas em sua vida é algo maravilhoso. Existe alegria e iluminação em sua vida que nunca antes estiveram presente. Sua busca por Cristo e pela verdade da Bíblia se tornou a coisa mais importante em sua vida e ele abriu mão de todas as coisas. É verdade, a Palavra é viva... quão grande é o nosso Deus.

Jesus Cristo diria, “Ele ganhou tudo em meio a tudo isso.”

Assim como esses crentes em Apocalipse que recebem o conselho, “Todo o ouro de Laodicéia um dia perecerá—o Meu ouro dura eternamente.”

  • Cristo continua aconselhando os crentes laodicenses não somente a comprar ouro refinado pelo fogo, mas a vestir os mantos brancos da fidelidade. Veja Apocalipse 3.18: vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez.

Jesus Cristo diz com efeito, “Você pode até estar comprando roupas ao redor do mundo, mas continua nu.”

Esse símbolo de roupas brancas é usado no decorrer de todo o livro de Apocalipse para se referir às obras justas dos santos (Apocalipse 19.8).

Em outras palavras, “A nudez de sua inatividade, sua passividade e a condição morna precisam ser substituídas pelas obras justas daqueles que realmente pertencem a Mim.”

  • No final de Apocalipse 3.18, o Senhor aconselha a igreja de Laodicéia a buscar mais uma coisa: e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.

Eu mencionei antes que Laodicéia era famosa por seus centros médicos. A cidade era conhecida especialmente por um unguento que haviam desenvolvido para problemas de ouvido. Ainda mais famoso, contudo, era o tephra Frígia—um pó para o olho que o mundo antigo considerava ajudar olhos fracos e doentes. Essa substância era exportada para todo mundo em forma de tablete. Os tabletes eram moídos até virarem pó e depois misturados com água a fim de formar um líquido, o qual era colocado sobre as pálpebras para restaurar a visão.

Como Jesus havia dito anteriormente, “Você é conhecida ao redor do mundo por ajudar pessoas a enxergar—mas você mesma é cega.”

“Você precisa comprar colírio de Minhas mãos. Eu posso fazê-la enxergar novamente:

  • Identificando necessidades;
  • Discernido oportunidades;
  • Detectando perigos;
  • Reconhecendo direção piedosa;
  • Tomando decisões puras.”

“Venha para Mim e Eu restaurarei sua visão espiritual, e sua visão pelas coisas de Deus e pelas verdadeiras necessidades de seu mundo.”

Quando os crentes laodicenses leram essa carta, devem ter ficado estonteados.

Imagine receber uma carta do Senhor dizendo, “Vocês me deixam doentes; pensam que têm tudo e que Deus os tem abençoado, mas, na realidade, vocês são pobres, nus e cegos.”

Os laodicenses devem ter ficado arrasados.

O Senhor os lembra em compaixão em Apocalipse 3.19:

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.

Ou seja, “Mudem de direção, voltem, confessem seu orgulho espiritual, seu egoísmo, sua arrogância e prossigam adiante.”

O Senhor escreve para crentes, para pessoas que não são mais distintas do mundo. Elas se encaixaram em sua sociedade e encontraram coisas em comum. Os crentes laodicenses não causavam azia em ninguém por causa do Evangelho, não eram vistos como evangélicos fanáticos, mas também não agiam como ateus. Todo mundo se sentia confortável perto deles—porque eles eram mornos.

C. S. Lewis escreveu certa vez, “O Cristianismo, se falso, não tem importância; se verdadeiro, tem infinita importância. A única coisa que ele não pode ter é importância moderada.”

Convite de Cristo à Igreja de Laodicéia

Finalmente, perceba o convite bondoso do Supremo Pastor em Apocalipse 3.20:

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Esse é um convite primariamente para a igreja. Essa ainda é uma igreja genuína; ainda existe esperança para essa igreja. Apesar de ser frequentemente usado como um verso evangelístico, esse é um convite de Cristo para a igreja deixa-lo entrar na comunhão.

Em nosso encontro anterior, falamos sobre a igreja da porta aberta. Laodicéia era a igreja da porta fechada. Ela tinha deixado Cristo do lado de fora e agora Ele diz, “Deixe-me entrar!”

Perceba que Cristo bate à porta; Ele não arromba a porta, não espanca a porta. Essa é a porta da comunhão, meu amigo crente. Cristo:

  • Nos espera levantar pela manhã e ler Sua Palavra;
  • Nos convida para orar a Ele quando bem quisermos;
  • Nos recebe quando precisamos pedir por sabedoria quando reconhecemos uma necessidade;
  • Está pronto para nos oferecer ajuda e força quando pedirmos;
  • Está preparado para carregar as preocupações de nosso mundo se apenas as lançarmos sobre Ele.

Esse é o mistério da comunhão com Cristo. Ele lembra os laodicenses, e nós, do dia vindouro quando reinaremos com Cristo no trono (Apocalipse 3.21).

Conclusão: Dois Desafios

Meu amigo, permita-me fornecer dois desafios finais que emergem dessa carta.

  • Primeiro, não pare na metade do caminho.

Cristo não parou na metade do caminho por nós, mas foi até a cruz, pelo vale da sombra da morte, até a ressurreição e ascensão. E Ele voltará e nos levará para o céu!

Continue onde você parou e termine o serviço, complete sua tarefa, reconecte-se a um ministério, aliste-se novamente, comece tudo do zero. Não pare na metade do caminho!

  • Segundo, não se acomode em cima do muro.

Na vida cristã, não há espaço para ponto morto.

Daniel Cox, um ex-piloto e agora empresário, conta em seu livro que, quando jatos de caça foram inventados, eles voavam a uma velocidade tão superior aos seus predecessores que a ejeção do piloto passou a ser um processo mais complicado. Teoricamente, é claro, tudo o que o piloto precisaria fazer era apertar um botão, distanciar-se do avião e inclinar-se para frente a fim de sair do assento para que o paraquedas abrisse.

Contudo, havia um problema. Alguns pilotos, ao invés de se soltarem, continuavam agarrados ao assento por tempo demais, arriscando suas vidas com medo da velocidade em que viajavam pelo ar, isso para não mencionar as forças da gravidade no corpo.

Então, os engenheiros criaram uma solução. O novo modelo fez uma adaptação de uma alça de 15 centímetros—uma ponta presa à parte dianteira do assento debaixo do piloto, e a outra ponta a uma roldana eletrônica atrás do encosto para a cabeça. Dois segundos após a ejeção, essa roldana eletrônica puxava toda a alça, forçando o piloto a sair do assento, liberando a abertura do paraquedas.

Daniel Cox escreveu, “Para resumir, os pilotos precisavam de um dispositivo que os lançasse para fora do assento.”

A questão é, o que nos lançará fora de nossos assentos?

Na mente de Jesus Cristo, o dispositivo seria essa carta contendo verdades duras de ouvir—tanto para os laodicenses, como para nós.

Esse é um lembrete para sermos zelosos para Cristo—num dia como domingo quando milhares de pessoas se reúnem em sua religiosidade falsa.

Essa é a palavra de Cristo para todos os que pensam em parar na metade do caminho, a se acomodar em cima do muro; àqueles desencorajados, tentados e desobedientes se arrependerem e convidarem Cristo para a ceia.

Esse Cristo ressurreto e soberano condescendeu para bater à nossa porta. Abra-a! Não O deixe do lado de fora—fale para Ele entrar! E na força de Sua comunhão, siga-O e viva para Ele até o dia em que reinaremos com Ele—para sempre.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 23/03/2008

© Copyright 2008 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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