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Proibido!

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系列: Apocalipse
參考: Revelation 1–22

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Os Primeiros Hinos Celestiais—Parte 4

Apocalipse 5.8–10

Introdução

Através do Apocalipse de João, nós sentamos nas primeiras cadeiras de um salão para assistir a uma sinfonia na qual hinos são entoados no céu. Para a igreja, arrebatada e na presença de Deus, esses são os primeiros hinos. O que mais ela faria além de cantar sobre a glória de Deus quando confrontada com a beleza física e o terror de Seu trono—rodeado por um arco-íris, emitindo brilhos de raios com sons estridentes de trovões enquanto criaturas cantam, “Santo, santo, santo.”

Os primeiros cinco hinos celestiais em Apocalipse 4 e 5 são expressões poderosas, descritivas, comoventes e emocionantes de louvor a Deus por Sua santidade, glória, soberania e obra redentora a favor da humanidade. É assim que as coisas são do outro lado.

Em cada um de nossos estudos anteriores, mencionamos o sentimento intuitivo que o coração humano tem da eternidade e de Deus. Existe um sentimento em cada um de nós de que a vida continua após a terra.

Especialmente em nossa geração, existe uma crescente aceitação do sincretismo religioso. Ou seja, algo é tomado do livro Bhagavad Gita—os escritos sagrados do Hinduísmo—algo é retirado do Livro dos Mórmons, mais alguma coisa vem da Ciência Cristã de Mary Baker Eddy e outra coisa do Alcorão—o livro sagrado do Islamismo. Ensinos desses livros variados são juntados conforme a confiança pessoal de que o que parece ser certo para você é certo—você chegará do outro lado, o que quer que o outro lado seja. E a propósito, jogue no meio de tudo isso algo que vem da Bíblia também.

Um homem chamado Eckhart Tolle, que foi entrevistado em programas de televisão várias vezes e é um escritor famoso, citou a Bíblia vinte e duas vezes em seu livro Uma Nova Terra. [Essas pessoas falam sem problema algum sobre Deus, Jesus, céu, salvação, espírito e eternidade, mas definem essas coisas de forma diferente da Bíblia]. Ele diz, “É claro que cremos na Bíblia; ela faz parte da sabedoria da antiguidade. Nós respeitamos a Bíblia.”

Não sei exatamente o que ele está respeitando, mas sei muito bem o que ele está invertendo. Veja o que Eckhart escreveu em seu livro:

A verdade é inseparável de você. O seu próprio ser é a verdade. Jesus tentou transmitir isso quando disse, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” Se entendidas corretamente, essas palavras proferidas por Jesus são um dos sinais mais profundos e diretos à verdade; caso interpretadas de forma errada, elas se tornam um enorme obstáculo.

O que ele quer dizer com isso é que Jesus, o homem iluminado que descobriu como se conectar com o divino interior, destacou que todos são o caminho, a verdade e a vida. O grande obstáculo surge quando não cremos nisso, mas afirmamos que Jesus somente é o caminho, a verdade e a vida. Para o crente, essa verdade é a grande ponte ao céu; para Eckhart, ela é um grande obstáculo à realização pessoal.

A propósito, Eckhart não cita o restante de João 14.6, que diz, Ninguém vem ao Pai a não ser por mim.

Se perguntado se ele crê em Jesus, Eckhart dirá, “É claro que sim.” Contudo, ele, e outros como ele, redefiniram Jesus.

Cave mais a fundo para descobrir que o nome “Jesus” não passa de um símbolo que pode se referir a qualquer deus ou deusa que você decidir, algo que fica evidente nos ensinos de uma mulher chamada Marianne Williamson que usa o livro Um Curso em Milagres. Esse é um Jesus radicalmente diferente.

Em seu sermão mais recente, Erwin Lutzer destaca que o livro Curso em Milagres, que está sendo ensinado em igrejas liberais pela Europa e Estados Unidos, não foi escrito totalmente por sua autora, Helen Shookman. Ela afirma que o trabalho foi resultado de algo chamado “escrita automática,” isto é, o livro foi escrito por um espírito guia que assume o serviço quando alguém deixa de pensar e escreve tudo o que esse espírito dita. Helen Shookman disse abertamente que ela não é a autora, mas somente uma escriba.

Neal Walsch, outro escritor famoso que dissemina seus ensinos em programas de televisão, escreveu o livro Conversas com Deus também com esse método de escrita automática. Em outras palavras, informação foi depositada em seu subconsciente por espíritos guias, pelo espírito deste mundo.

Isso me conduz imediatamente ao alerta de Paulo aos crentes da Galácia:

Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema (Gálatas 1.6–9).

Tudo isso é determinado pelo que cremos a respeito de Jesus Cristo. Esse é o motivo por que o Evangelho pode ser resumido na crença de que Jesus Cristo é o Kyrios—o Senhor Deus. Isso é bem diferente de crer que Jesus Cristo é um princípio de divindade conforme ensina a Ciência Cristã, mas uma pessoa—o Deus Filho. O problema com a Ciência Cristã é que ela nem é ciência e nem é cristã. Seus proponentes ensinam que Deus é apenas um princípio de cura, alguma força a se evocar.

A salvação vem por meio da fé que Jesus Cristo é o Deus pessoal e literal e, como Paulo adiciona, que Deus o Pai ressuscitou Deus o Filho dos mortos—pessoal e fisicamente, não mística ou espiritualmente. Paulo diz em Romanos 10.9 que essas duas coisas são partes essenciais da salvação.

Ou seja, não podemos ser salvos sem o Evangelho, e não podemos ser salvos sem o Evangelho de Cristo.

Nessa semana, recebi uma carta longa de alguém dizendo que eu estava errado em destacar demais a divindade de Cristo. Pelo que li em Gálatas e Romanos, é impossível destacar demais a divindade de Cristo. Se estamos errando, é em não destacar o suficiente.

Cristo é o sujeito e o tema dos grandes hinos do céu. Em Apocalipse 4, Deus o Pai é adorado como o Criador soberano e preexistente; no capítulo 5, o Deus Filho é adorado como o Redentor. E o hino, a propósito, exalta os mesmos atributos no Deus Filho já exaltados no Deus Pai.

Um autor escreveu, “Somente na terra existe questionamento quanto à identidade e dignidade de Jesus Cristo. No céu, todos sabem quem Ele é e a Sua dignidade... somente na terra há confusão, perplexidade e erro.”

No céu, entretanto, existe clareza e adoração e cântico majestosos.

Jesus é Digno

Agora, se você acompanhou nossos estudos em Apocalipse 4 e 5, depois dos dois hinos celestiais no capítulo 4 chegamos ao capítulo 5 para descobrir que João chora (Apocalipse 5.4). Ele cai em prantos porque ninguém é digno de abrir o livro selado com sete selos.

Os leitores de Apocalipse entenderiam que um rolo selado com sete selos era ou uma escritura, ou um testamento. Ninguém foi achado digno de reivindicar a escritura de posse da terra e do universo; ninguém foi capaz ou poderoso o suficiente para executar o conteúdo do testamento de Deus o Pai.

Contudo, existe Um—Um que, séculos antes, viera à terra para realizar a vontade do Pai. Em Apocalipse 5.5, João recebe a ordem para parar de chorar porque Jesus Cristo, onisciente, onipresente e onipotente—Aquele descrito no capítulo 1 como preexistente e soberano—é capaz de cumprir a vontade do Pai e poderoso o suficiente para realizar todas as coisas.

A propósito, Deus evidentemente conhece Sua vontade quanto ao futuro simbolizado nesse livro e Jesus Cristo está lá para recebe-lo. Isso contraria o ensino do teísmo aberto, a crença de que Deus está no processo de aprendizado, que Ele descobre as coisas quando a humanidade reage a Ele. Mas lá, João, em 95 AD, enxerga a vontade de Deus escrita num livro—eventos que acontecerão mais de dois mil anos depois já foram confirmados. Para Deus, o futuro é tão claro quanto o passado.

João vê o Filho de Deus—o Leão que descende da tribo real de Judá; que é tanto o descendente de Davi quanto a preexistente raiz de Davi; que conquistou a morte e o túmulo (Apocalipse 5.5), apresentando-se para receber o testemunho decretado e confirmado do Deus Triúno.

Tentar encontrar a vontade de Deus por meio de médiuns, espíritos e ocultismo é uma busca perigosa. Ouvir os ensinos de escritores como Rhonda Byrne, Marianne Williamson, Helen Shookman e Eckhart Tolle é brincar com o fogo.

Já que o coração de cada ser humano sabe que existe vida após a morte, que existe algo mais, que existe um mundo espiritual tão real quanto o mundo físico, todos querem pistas, sinais e uma chave secreta para desvendar esses mistérios.

Se todas as formas de espiritismo fossem farsas e truques, Deus não teria proibido Seu povo de se envolver com essas coisas.

Um senhor da minha igreja me deu outro dia um artigo de jornal que relatou a confusão envolvendo um juiz das Filipinas que foi exonerado do cargo após admitir que recebeu conselho de três duendes invisíveis para solucionar um caso no tribunal.

Isso parece estranho para nós, mas não nessa cultura na qual duendes são parte do mundo espiritual e a crença em seus poderes volta até o século dezesseis. As pessoas fazem peregrinações para locais onde ocorreram supostas visões.

Esse juiz afirma ter tido a visão dos duendes em 1986. Antes de sua exoneração—algo recente—ele entrava em transe em sua sala e escrevia seu veredito. Os três duendes são conhecidos como Anjo—que é uma força neutra—Armando—que é uma influência benigna—e Luís—quem o juiz descreve como o rei dos reis.

Meu amigo, Satanás, o anjo de luz, está vivo e muito bem. Ele e seu reino das trevas possuem a habilidade de implantar em mentes e corações abertos informação sobre o passado e sobre eventos do presente, bem como oferecer pistas para coisas que estão prestes a acontecer no futuro. Isso engana muitas pessoas e as faz pensar que entraram em contato com algo positivo.

É assim que o vidente fala o apelido de seu tio morto. Por meio de sua própria rede de comunicações, o mundo demoníaco se comunica entre si informando o que acabou de acontecer em Nova Iorque e na Austrália. Eles enxergam os painéis de visões de mulheres que seguem Rhonda Byrne e O Segredo, manipulando muitos para que algumas coisas se tornem realidade.

Existe um motivo por que endemoninhados no Novo Testamento imediatamente reconheceram quem Cristo era e, posteriormente, o apóstolo Paulo sem jamais o terem conhecido. Eles sabiam.

Eles conhecem o futuro tanto quanto eu e você, já que Satanás e seus demônios não são oniscientes. Contudo, eles observam bem os tempos e a humanidade trabalhando e agem com habilidade incrível.

Vários anos atrás, eu me preparava para ir ao Japão visitar alguns missionários de nossa igreja. Antes de partir, fui a uma loja comprar alguns jogos de tabuleiro para dar de presente. Fiquei surpreso ao ver na loja o tabuleiro Ouija para ser vendido como um jogo. Você deveria saber que os criadores do Ouija foram levados ao tribunal em 1922 exigindo isenção de imposto porque o tabuleiro tinha conexões religiosas. Eu consegui encontrar o artigo do jornal datado de 6 de junho de 1922, no qual os criadores do tabuleiro argumentam diante do Supremo Tribunal que o tabuleiro Ouija não era um jogo, mas uma atividade médium amadora que envolvia o subconsciente; portanto, um exercício espiritual isento de tributos. Eles perderam o caso e os tabuleiros passaram a ser vendidos desde então como um jogo.

Meu amigo, se você possui um tabuleiro Ouija, jogue fora; se lê cartas de tarô por diversão, jogue-as fora; se acompanha o horóscopo nos jornais e revistas, como fazem milhões de pessoas, só para ver se alguma coisa vai dar certo, pare; se você liga para médiuns, como milhões de pessoas fazem caminhando em direção ao julgamento eterno, pare. Pare de paquerar com um reino que é real e perigoso.

Deus não nos adverte contra essas coisas porque elas são inocentes. Apenas leia novamente 2 Reis 1. Deus não proíbe atividades de médiuns, necromantes, espíritas e astrólogos porque são tolas, são apenas para diversão, uma farsa ou porque não funcionam. Deus nos adverte porque elas são a porta de entrada que abre o coração e a mente para o enganador—o anjo de luz, o falso mestre, o médium, o vidente, a pessoa erudita e culta na televisão que nos diz que podemos criar nosso próprio destino, que somos divinos e que nossa vontade move o universo.

Para o crente:

  • Há somente Um cuja vontade buscaremos;
  • Há somente Um a quem oraremos;
  • Há somente Um no qual meditaremos;
  • Há somente Um que controla o universo;
  • Há somente Um que revelou o futuro na verdade das Escrituras que buscamos;
  • Há somente Um cuja vontade desejamos seguir.

Ouça o alerta do profeta Isaías ao tratar das divagações espirituais de seu próprio povo:

Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva… e serão lançados para densas trevas (Isaías 8.19–22).

Esse é o futuro desenrolado em um rolo nas mãos não de um princípio de divindade, não de um símbolo de algum deus ou deusa, mas do Cordeiro de Deus—o Filho de Deus ressurreto, majestoso e poderoso.

Nesse passeio inspirado pelo céu, Cristo somente é digno de executar a vontade de Seu Pai, despejando a ira de Deus sobre a terra e cavalgando em direção à vitória com os redimidos, estabelecendo o trono de Davi em Jerusalém e inaugurando o Reino.

Então, João para de chorar ao ver Jesus Cristo tomando o livro.

Uma Ode a Jesus

Veja Apocalipse 5.8a:

e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos [que representam a igreja] prostraram-se diante do Cordeiro…

João vê o seu futuro e o meu. Nós estamos aqui nessa cena representados pelos anciãos—coroados, vestindo mantos brancos e, como veremos, chamados para governar e reinar como sacerdotes diante de Deus.

As pessoas geralmente perguntam o que faremos quando virmos Cristo pela primeira vez. Não precisamos conjecturar—esse texto nos informa. Nós nos prostraremos aos Seus pés.

John MacArthur contou sobre uma conversa que teve um tempo atrás com um pastor de uma igreja na região onde mora. Esse pastor disse a MacArthur que Jesus apareceu a ele um dia enquanto se barbeava. Daí ele perguntou a MacArthur, “Você acredita em mim—que Jesus Cristo apareceu para mim?”

MacArthur respondeu, “Você continuou se barbeando?”

“Continuei,” disse o pastor.

MacArthur replicou, “Então não foi Jesus... se tivesse sido, você teria caído com o rosto em terra diante dEle [com creme de barbear no rosto e tudo].”

Desculpe-me se isso estraga sua música favorita—a Bíblia geralmente faz isso quando é estudada—mas você não precisa ficar imaginando. Quando você entrar na presença de Cristo pela primeira vez, você não dançará diante de Jesus e nem conseguirá falar coisa alguma; além disso, você não O abraçará, apertará Sua mão ou baterá palmas para Deus. E você não ficará em silêncio também—porque um grande hino está prestes a explodir em grande sinfonia como você jamais ouviu antes.

Antes de observarmos a letra desse hino, veja o que os anciãos representantes da igreja seguram. Veja Apocalipse 5.8b:

...tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso...

A construção gramatical nesse verso sugere que não são os quatro seres viventes que seguram harpas e taças com incenso; na verdade, tudo indica que eles cantam apenas a última estrofe que estamos prestes a ouvir.

Você diz, “Eu sabia! Vamos todos tocar harpa no céu!”

Esse é o verso que dá origem à ideia de que ficaremos sentados em uma nuvem tocando harpa para sempre.

Apesar de essas serem harpas e taças literais, elas têm um valor simbólico. Recebemos certa ajuda no final do verso 8, o qual nos informa a natureza simbólica das taças de ouro cheias de incenso. Veja que elas são as orações dos santos.

Teólogos católicos romanos usam esse verso para provar que os santos no céu servem hoje de mediadores para orações feitas na terra, de forma que oramos aos santos.

O escritor evangélico Randy Alcorn, em seu livro Céu, defende que os santos no céu oram pelas pessoas na terra.

Ambas as interpretações ignoram, acima de tudo, o ensino claro de que existe somente um mediador no céu, conforme Paulo disse a Timóteo, e que esse mediador é Cristo Jesus, homem (1 Timóteo 2.5).

Além disso, esse não é um retrato de santos no céu intercedendo por santos na terra. Essa é uma imagem do futuro quando a igreja estará no céu com Cristo imediatamente antes do início da tribulação.

João não ensina nessa passagem que santos no céu transmitem a Deus as orações de crentes na terra, como ensina o Catolicismo Romano, ou que santos no céu se envolvem com as orações de santos aqui embaixo, conforme sugerem alguns evangélicos. Essa não é uma realidade da vida aqui e agora, mas uma imagem do futuro.

As orações dos santos nesse período da história devem ser entendidas como súplicas a Deus pela vinda do reino do Messias—a culminação literal da forma como Cristo nos ensinou a orar na terra, “Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.”

Imagine a perspectiva que teremos e a capacidade para fazermos essa oração em particular nessa ocasião.

E o que dizer das harpas? Bom, não somos informados a respeito do que elas simbolizam, como no caso das taças de incenso. Todavia, no Antigo Testamento, as harpas estavam frequentemente associadas com profecia. O profeta Samuel profetizou ao som das harpas (1 Samuel 10.5); Eliseu convocou um harpista antes de profetizar (2 Reis 3.15).

Concordo com um intérprete que disse que, quando observadas juntas, harpas e taças indicam que tudo o que os profetas profetizaram e todas as orações que os filhos de Deus fizeram serão, por fim, cumpridas em sua totalidade.

Donald Grey Barnhouse, antigo pastor e escritor, fez uma observação interessante:

Existem quatro coisas que estão fora de lugar no universo; quatro coisas ainda fora de lugar. Cristo, que pertence ao trono de Davi reinando; Israel, que pertence à terra prometida a ele; Satanás e seus demônios, que pertencem ao inferno; e a igreja, que pertence ao céu.

É de se esperar que existe adoração maravilhosa—eventos estão acontecendo que colocarão todas as coisas em seu devido lugar.

Veja Apocalipse 5.9a:

E entoavam novo cântico...

Pare por um instante. Por que entoar um novo cântico? Porque nenhum outro é capaz de expressar o que esse cântico expressa.

A palavra grega para novo, kainos, se refere a algo melhor do que o antigo, algo superior em valor.

Apocalipse é um livro de coisas novas. Recebemos um novo nome (2.17; 3.12); ocuparemos a Nova Jerusalém (3.12; 21.2); existem novos céus e nova terra (21.1); e para resumir tudo, Deus diz que faço novas todas as coisas (21.5).

  • Você é maltratado? Deus fará justiça.
  • Você sofre e é afligido? Deus acertará todas as coisas.
  • Você está cansado da tentação e do pecado? Deus purificará e aperfeiçoará tudo.
  • Você está cansado da labuta da vida? Deus fará tudo novo.

Os anciãos entoam um novo cântico, hode, do qual derivamos o nosso termo “ode,” que é um poema ou poesia composto para ser cantado. Reconhecemos esse termo por causa da música clássica.

Na 9ª Sinfonia de Beethoven, ele inclui um poema intitulado “Ode à Alegria.” Na verdade, a 9ª Sinfonia é chamada de a “Sinfonia da Alegria” por causa de sua letra alegre. Quando Beethoven terminou essa sinfonia, ele estava surdo—ele nunca ouviu sequer uma nota quando a obra foi estreada sob sua maestria. Depois do segundo movimento, na noite em que foi tocado, as pessoas ficaram de pé e começaram a aplaudir. Beethoven ficou incomodado porque a orquestra não estava se preparando para tocar o terceiro movimento e continuou gesticulando para todos se prepararem. Finalmente, um dos membros apontou e ele se virou para ver o auditório aplaudindo enquanto membros da orquestra choravam. O Ode à Alegria foi e ainda é uma peça de música espetacular.

Esse hino de Apocalipse 5 é os redimidos cantando uma ode a Jesus—e é algo esplendoroso. Ele começa no verso 9 com as palavras Digno és.

Os leitores de Apocalipse se arrepiaram com essa frase.

Domiciano, o cruel imperador romano, estava começando a perseguir a igreja. Foi Domiciano quem exilou João na ilha de Patmos. Quando havia um banquete político pomposo ou um festival, o povo se levantava, Domiciano entrava e todos entoavam as palavras, “Digno és... digno és.”

Que momento alegre quando essa orquestra toca, o coral canta e João ouve as primeiras palavras ao Imperador do Céu—o Rei dos reis vivo e verdadeiro.

Nos dias de João, a igreja era pequena, isolada, estava sofrendo e até nutria pecado. Qual seria o seu futuro? Será que haveria triunfo? Será que ela cresceria? Será que a perseguição e o pecado extinguiriam a flama do Cristianismo que se espalhava?

Essa é a prova final—a igreja permaneceu viva e saudável.

A promessa de Jesus Cristo de que as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja se tornaram realidade de fato (Mateus 16.18).

Veja a letra do hino em Apocalipse 5.9b:

...porque foste morto...

O verbo morto se refere a uma morte violenta e sem piedade. Não foi um acidente—a morte de Cristo foi intencional. Sem Sua morte não haveria Evangelho (1 Coríntios 15).

A morte de Cristo também é redentora. Veja as próximas palavras no verso 9:

...e com o teu sangue compraste para Deus...

O verbo compraste era usado nos dias de João para se referir ao ato de comprar escravos e coloca-los em liberdade. A morte de Cristo nos livra da escravidão ao pecado e ao inferno eterno.

Sua morte é não somente intencional e redentora, mas universal. Veja que eu não disse universalismo, o ensino que afirma que todas as pessoas acabarão indo para o céu independente do que elas crêem. Eu disse universal, ou seja, os efeitos da expiação de Cristo alcançam todas as partes do planeta. Veja o verso 9:

  • Os redimidos vêm de toda tribo—uma referência à família ou clã;
  • Os redimidos vêm de toda língua—a palavra glossa, que se refere a grupos distintos por seu idioma;
  • Os redimidos vêm de todo povo—todas as raças;
  • Os redimidos vêm de toda nação—a palavra ethnos, que se refere a um grupo étnico de pessoas unidas por cultura e tradição em comum.

Você imagina o coração de João pulando de entusiasmo e alegria ao contemplar a obra expiatória de Cristo que alcançou pessoas ao redor de todo o mundo?

Três benefícios da obra de Cristo na cruz são entoados em seguida:

  • Primeiro, a igreja recebe uma posição real—fomos feitos reino, conforme João escreve em Apocalipse 5.10a.
  • Segundo, recebemos um sacerdócio eterno—como sacerdotes, teremos acesso imediato ao nosso Senhor.
  • Terceiro, recebemos uma promessa futura—ainda futura a esse coral de redimidos. Veja Apocalipse 5.10b:

...e reinarão sobre a terra.

Essa é, sem dúvida alguma, uma referência ao reino vindouro sobre a terra. Estudaremos sobre ele mais adiante.

Meu amigo, a versão inspirada da Ode à Alegria—que podemos chamar de Ode a Jesus Cristo—é uma canção a respeito do poder da obra de Cristo na cruz que foi morto e resgatou pessoas para Deus.

Conclusão

Marianne Williamson, a mulher que ensina o material Um Curso em Milagres na televisão, afirmou o seguinte sobre o Senhor crucificado: “Um Cristo morto não tem significado algum. A única mensagem da crucificação é que você pode vencer a cruz. Não cometa o erro patético de se agarrar à rude cruz.”

“Um Cristo morto não tem significado algum”? Meu amigo, um Cristo morto possui significado eterno. Segundo essa passagem, ainda cantaremos sobre isso no céu.

“Não cometa o erro patético de se agarrar à rude cruz”? Não cometa o erro patético de ignorar essa rude cruz! O apóstolo Paulo disse:

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo… (Gálatas 6.14).

Se você ignorar o Salvador crucificado e rejeitar a cruz de Jesus Cristo, você morrerá em seus pecados sem esperança eternamente.

Se aceitar o Salvador crucificado e crer na morte de Jesus Cristo por seus pecados e em Seu sepultamento e ressurreição, você viverá no novo céu e na nova terra eternamente.

Ignore-a e você morrerá em seus pecados e sofrerá as consequências para sempre.

Creia nela e você viverá para Cristo no reino vindouro para todo o sempre.

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 04/05/2008

© Copyright 2008 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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