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Valerá a Pena!

Valerá a Pena!

系列: Apocalipse
參考: Revelation 1–22

Valerá a Pena!

Quatro Cavaleiros e o Furor Mundial Vindouro—Parte 8

Apocalipse 7.9–17

Introdução

Você alguma vez já teve a sensação de que o mundo ao seu redor está envelhecendo mais rápido do que você?

Uma senhora idosa estava sentada na recepção de um consultório para a primeira consulta com seu novo dentista. Ela viu seu diploma pendurado na parede e achou que reconhecia seu nome. Ela lembrou que um menino alto de cabelo escuro havia sido seu aluno numa turma de ensino médio anos antes. Será que esse rapazinho, quem ela achava lindo, acabara se tornando seu dentista?

Logo esse pensamento foi deixado de lado quando conheceu um senhor careca de cabelos grisalhos. Após examinar seus dentes, ela lhe perguntou: “Você foi para a escola tal?”

Ele respondeu: “Fui sim!”

Ela continuou: “Quando você se formou?”

Ele disse: “Em 1957.”

Ela não pôde acreditar naquilo; e disse: “Você foi meu aluno!”

“Sério?!” exclamou o dentista surpreso. Daí, olhando para ela com mais calma, adicionou: “Que matéria você ensinava?”

Van Morris escreve a respeito de três irmãs que viviam juntas há vários anos; elas tinham 92, 94 e 97 anos de idade. Numa noite, a de 97 anos decidiu tomar banho; entrou no boxe do chuveiro, mas esqueceu a toalha. Daí, ficou na dúvidas: “Espere aí... eu estava entrando ou saindo do banho?”

A irmã de 94 anos gritou de lá de baixo: Espere aí, vou subir para ajudá-la.” Então, saiu da cozinha e começou a subir as escadas e, quando já estava no meio das escadas, parou, pensou e se perguntou: “Calma aí... eu estava subindo ou descendo?”

A irmã mais nova, a de 92 anos, estava sentada na cozinha tomando uma xícara de chá e ouvindo as outras duas irmãs – uma presa no chuveiro e a outra presa nas escadas. Com um sorriso satisfeito no rosto ela balançou a cabeça e disse: “Essas minhas irmãs... tomara que minha memória nunca fique ruim como a delas.”

Daí, gritou alto: “Vocês duas, esperem um pouco; vou subir para ajudá-las assim que descobrir quem está batendo na porta da frente.”

A prova de que você está ficando velho é que não achou isso engraçado.

Recentemente, li sobre uma mulher que viveu 120 anos—Jeanne Calment da cidade de Arles, França. Eu também assisti a uma de suas entrevistas.

Essa mulher notável foi até uma celebridade. O ministro da saúde da França até participou de sua festa de aniversário de 120 anos. Médicos cientistas pesquisaram sua vida a fim de descobrir os segredos de sua longevidade. Isso não serviu de ajuda alguma, já que ela fumou moderadamente até o dia em que decidiu deixar o vício aos 117 anos. Ela adorava chocolate e comia cerca de meio quilo de chocolate por semana. Por outro lado, ela vigorosamente caminhou e andou se bicicleta até os 100 anos. Em sua festa de aniversário, um repórter lhe perguntou qual era sua perspectiva quanto ao futuro, e ela respondeu: “Um futuro curto.” Ela viveu até os 122 anos.

A sociedade moderna busca, de todas as formas, retardar o processo de envelhecimento. A Academia Americana de Remédios Rejuvenescedores relata que a indústria de suplementos, remédios caseiros, vitaminas e outras drogas criadas para prevenir o declínio dos órgãos do corpo, vitalidade, força, etc. gera grandes lucros. Só no anos de 2009, as pessoas, apenas nos Estados Unidos, gastaram 79 bilhões de dólares com produtos rejuvenescedores.

Em meio a isso tudo, acho interessante descobrir que as pessoas que chegaram a uma idade avançada não desfrutam de mais segurança em seu futuro do que outras mais novas.

Poucos anos atrás, um japonês, que era o homem mais velho vivendo na época com 112 anos, disse: “Eu simplesmente não quero morrer.”

Até Jeanne Calment da França disse a repórteres pouco tempo antes de morrer que ela sentia que havia sido abandonada por um bom Deus.

No centro de tudo o que a humanidade faz para viver mais existe não o desejo de permanecer o mais saudável possível a fim de contribuir à vida, ministério, à glória de Deus ou ao avanço da igreja e do Evangelho—mas um senso de terror e medo da vida após a morte.

Outro dia, li os resultados de uma pesquisa realizada com pessoas de cinquenta anos para cima. A pesquisa revelou que 94% dos entrevistados “crêem em Deus” e 82% eram “religiosos.” Achei incrível descobrir que menos da metade dessas pessoas acreditava que o céu era um lugar real e que não passava de um estado de existência.

Talvez a conexão entre essa crença e os 79 bilhões de dólares gastos na tentativa de se permanecer jovem é ou uma descrença consciente ou ignorância quanto ao registro das Escrituras.

A vida na terra é um prelúdio para uma vida que jamais acabará. Esse não é nem sequer o primeiro capítulo, pois não se compara à duração da eternidade. Essa vida não passa da primeira linha.

Para o crente, a única parte da biografia de nossa vida eterna que possui alguma tristeza, dor, dificuldade, desafio ou decepção é uma ou duas palavras no começo. Todo o restante será de glória incrível, inimaginável e inexprimível.

O apóstolo Pedro escreveu:

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;

O escritor de um hino colocou esse pensamento da seguinte forma:

Tudo valerá a pena quando virmos Cristo;

As provações da vida serão pequenas quando virmos Cristo;

Um vislumbre de Seu olhar e todas as tristezas se apagarão;

Então corra até vermos Cristo!

Pedro escreveu que a nossa provação será transformada em glória e louvor na revelação de Jesus Cristo. Então, vamos continuar nosso estudo no Apocalipse, a revelação de Jesus Cristo, e ver isso se tornando realidade nas vidas de milhões de pessoas que morreram e foram para o céu, o qual acontece de ser um lugar real.

Uma Grande Multidão no Céu Durante a Grande Tribulação

Lemos em Apocalipse 7.9:

Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro...

Perguntas sobre a grande multidão

Agora, logo após lermos essa passagem, várias perguntas surgem em nossa mente. Vamos responder pelo menos três delas.

  • De onde veio esse grande número de pessoas?

Veja que João nos fornece a resposta a essa pergunta no meio do verso 14:

...São estes os que vêm da grande tribulação...

A expressão grande tribulação foi empregada primeiro por Jesus Cristo quando Ele descreveu o período escatológico de ira divina em Mateus 24. Ele usou a expressão “grande tribulação” em Mateus 24.21 para falar da segunda metade da septuagésima semana de Daniel.

Esses são os últimos três anos e meio do período da Tribulação—a segunda metade—quando desastres e perseguições sobem a níveis de horror e devastação sem igual.

Identificar essas pessoas como redimidos de todas as eras, ou crentes da era da igreja, seria ignorar o vocabulário inconfundível das palavras de João, o qual diz: São estes os que vêm da grande tribulação, e chamo atenção especial para o artigo definido a antes de tribulação.

Essa não é uma grande tribulação qualquer que a igreja tem sofrido no decorrer de séculos, mas “a Grande Tribulação”—um termo escatológico para a última semana da visão profética de Daniel.

Esses são os que vêm da Grande Tribulação.

No idioma grego, o particípio presente os que vêm indica que essas pessoas estão vindo da Grande Tribulação. Ou seja, a visão anterior dos 144 mil evangelistas judeus que estão pregando na Terra ocorre ao mesmo tempo em que essa visão desses crentes que estão entrando no céu e que acabaram de morrer na Terra.

Imagine essa cena. João observa e o número de pessoas entrando no céu apenas aumenta. Assim como rios de pessoas que entram num estádio de futebol, essas pessoas continuam entrando. Conforme Paulo disse em 2 Coríntios 5.8, deixar o corpo é estar com o Senhor.

Não existe um purgatório intermediário no qual nossos pecados são julgados e expiados na chama antes de entrarmos no céu. Não existe sono da alma quando aguardamos em estado de limbo até uma convocação futura. Não há espera alguma no túmulo até o dia da ressurreição. O corpo aguarda como se estivesse dormindo, mas o espírito imediatamente vai para a presença do Senhor.

Essas pessoas vieram da Terra e de uma época chamada de a Grande Tribulação.

  • Segundo, quem são essas pessoas?

Veja que João identifica esses santos no verso 9. Eles vêm de todas as:

  • nações—é o termo ethnos, que se refere a um grupo étnico de pessoas unidas por uma cultura e tradições comuns;
  • tribos—uma referência à mesma família ou clã;
  • povo—raça;
  • língua—é o termo glossa, que denota um grupo de pessoa distinto por seu idioma.

Não ignore o fato de essa ser uma tremenda revelação da graça de Deus. Enquanto terríveis coisas acontecem na terra com a abertura dos selos e do livro e o derramamento da ira de Deus; enquanto milhões de pessoas clamam para serem escondidas pelas rochas, escondidas da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro (Apocalipse 6.16); ao mesmo tempo, vemos aqui em Apocalipse 7 milhões de pessoas orando em fé para receber o Cordeiro de Deus como seu Salvador.

Deus poderia muito bem ter dito: “Agora é tarde! Vocês já ultrapassaram os limites! Acabou! Ninguém mais receberá a Minha misericórdia e a minha graça. Daqui por diante, é só ira e julgamento.”

Todavia, esse não é o caso, pois João enxerga milhões entrando no palácio celestial do Deus Todo-Poderoso.

  • Terceiro, por que tantas pessoas são salvas durante a Tribulação?

É incrível ver muitas pessoas vindo a Cristo em nossa geração, mas nada se compara a isso.

As pregações oferecidas pelo nosso ministério Sabedoria para o Coração são acessadas entre 8 e 10 mil vezes por semana a partir de mais de trinta países, dentre eles Vietnã, Japão, países árabes, Cazaquistão, Filipinas e muitos outros. Não sabemos quem são essas pessoas. A única coisa que temos é o sentimento de que o Evangelho está sendo pregado em lugares que jamais imaginamos antes. Talvez algumas dessas pessoas que agora estão ouvindo o Evangelho receberão a Cristo após o arrebatamento.

Você consegue imaginar 144 mil evangelistas e missionários capacitados pelo Espírito Santo, usando todos os meios tecnológicos possíveis para proclamar o Evangelho ao redor do mundo, e a enorme colheita que resultará disso? Essa é apenas uma porção da colheita visível a João diante do trono de Deus, vestindo mantos brancos e cantando louvores!

Contudo, por que existem tantas pessoas?

Um escritor disse que Deus cativou a atenção dessas pessoas assim como um comissário de bordo em um avião.

Antes da decolagem, comissários de bordo explicam o uso de cintos de segurança, máscaras de oxigênio, assento flutuante, etc. Se você olhar para as pessoas ao redor, muitos estão lendo jornais, conversando, mexendo no celular, etc.—ninguém pega o cartão para ver os detalhes em caso de emergência. Por que? Porque a maioria das pessoas não acha que o avião cairá e nem quer pensar nisso. Então, talvez a melhor forma de não pensar sobre o assunto é ignorando o comissário de bordo.

“Não existe um Criador pessoal com controle soberano sobre o planeta; não existe um Deus de ira que julgará o mundo; então, por que me preocupar com o cartão de instruções chamado Apocalipse que me diz que tudo isso acontecerá? Quem se importa?!”

De repente, asteroides em chama começam a atingir o planeta como tochas de fogo; o sol escurece e a lua fica avermelhada como sangue; terremotos balançam o planeta; doenças já se tornaram epidêmicas matando milhões de pessoas; a fome varre o mundo e quase todos parecem estar morrendo. “Onde está mesmo aquele cartão de instruções?”

As pessoas não terão mais uma atitude despreocupada em relação a Deus—ou em relação ao Apocalipse de Jesus Cristo. Deus não será mais ignorado como o Soberano.

As pessoas irão clamar para se esconder dEle, ou clamar para se esconder nEle.

Daí, Deus, em Sua incrível graça, permitirá que milhões de pessoas voltem-se à Sua Palavra, leiam as instruções e, em meio à morte, quer pelas catástrofes assolando o planeta ou como mártires após terem crido no Evangelho, entrem pelos portões celestiais.

Você pode dizer: “Mas isso não parece justo. Nós cremos agora e recebemos a vida eterna; essas pessoas entram na última hora e recebem o mesmo presente da vida eterna que nós recebemos.”

Você lembra da parábola do dono da vinha que o Senhor mencionou em Mateus 20? O dono contratou trabalhadores nas primeiras horas do dia, depois contratou mais alguns ao meio-dia, e por fim contratou outros ao final do dia—e pagou todos igualmente.

Além de outras coisas, essa foi uma ilustração da graça e da generosidade de Deus concedidas àqueles que entram no reino: os que chegam cedo e os que chegam tarde recebem o mesmo benefício da vida eterna.

Todas essas pessoas foram perdoadas completamente; todas elas são recebidas na alegria do céu sem restrições, observações ou penalidades.

Observações sobre a grande multidão

Vamos, agora, fazer algumas observações sobre esses crentes nesse cenário de grande alegria.

  • Primeiro, veja o que essas pessoas vestem.

Em Apocalipse 7.9, João nos diz que esses crentes estão vestidos de vestiduras brancas.

Essas vestes brancas representam pureza; elas foram perdoadas; suas vidas, antes vermelhas como o carmesim, foram purificadas e ficaram brancas como a lã.

Vestes brancas também representam vitória. Os generais romanos vestiam roupas brancas ao desfilarem pela capital após a vitória em uma batalha. Essa era a cor dos conquistadores, não de soldados sujos de lama caídos no chão derrotados. Essa era a cor dos vitoriosos.

Perceba ainda, meu amigo, que essas pessoas não chegam à presença de Deus cansadas, abatidas, exaustas e desencorajadas. Não! Elas são vitoriosas.

Esses crentes podem ter sido decapitados por um carrasco, mas eles são, na verdade, vitoriosos. Por meio de Cristo, eles conquistaram a morte e agora aguardam a ressurreição final cantando louvores a Deus.

No verso 14, João fornece o detalhe que eles lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro.

A ideia de branquear algo com sangue parece ser contraditória ou até chocante. Não, contudo, para aqueles com um entendimento do Antigo Testamento, quando esse lavar denotava pureza espiritual por meio do sacrifício de um Cordeiro.

Lembre-se também de que, quando pensamos em derramamento de sangue, imediatamente pensamos em morte; os judeus, por outro lado, pensavam em vida, uma vez que a vida estava no sangue (Gênesis 9.4).

Quando o Novo Testamento fala sobre o sangue de Jesus Cristo, a referência é não somente à Sua morte, mas à Sua vida e morte. O sangue de Cristo simboliza tudo o que Cristo fez por nós e o valor de tudo isso em Sua vida e morte.

Esse texto poderia ser expandido de forma a dizer: “Esses santos lavaram suas vestiduras brancas e se tornaram puros e vitoriosos porque as lavaram na totalidade de Jesus Cristo—tanto no derramamento de Seu sangue como o Cordeiro perfeito de Deus, como na perfeição de Sua divindade e vida como o Deus Filho que viveu, morreu e tornou a viver para todo sempre.”

Então, essas pessoas estão ali vestidas em mantos de pureza, vitoriosas sobre a morte, o pecado e Satanás.

  • Segundo, veja o que esses santos seguram nas mãos.

No final do verso 9, lemos que essas pessoas estão com palmas nas mãos.

Esses santos seguram folhas de palmeiras diante do trono de Deus.

Talvez você se lembre que isso também aconteceu quando Jesus Cristo entrou em Jerusalém montando um jumentinho. As pessoas pegaram ramos de palmeiras, saíram pelas ruas e as balançaram diante de Cristo enquanto Ele entrava na cidade (João 12).

Esse ato gerou certa confusão. Mas por que? Porque balançar ramos de palmeiras diante de alguém era uma atitude reservada à realeza; era algo feito apenas para os reis.

Nesse dia, o povo de Jerusalém estava reconhecendo Aquele quem acreditavam que iria estabelecer Seu reino messiânico e governar sobre eles. Em outras palavras, eles estavam declarando que seu Rei havia chegado. É por esse motivo que eles diziam:

...Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor e que é Rei de Israel! (João 12.13).

Ou seja, “Aí vem o Rei!”

Todavia, as mesmas pessoas posteriormente O rejeitariam e Ele, segundo o plano divino, sofreria a morte como o Cordeiro Pascal.

Em Apocalipse 7, vemos o Cordeiro mais uma vez. Dessa vez, incontáveis milhões de pessoas balançam ramos de palmeiras diante do trono de Deus o Pai e de Seu Filho, o Cordeiro.

  • Terceiro, veja o que essa multidão diz.

Veja o verso 10:

e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.

Tudo gira em torno dEle.

  • Esses santos O louvam, primeiramente, pela Sua grande salvação.

Lemos em Efésios 2.8–9:

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.

A salvação pertence ao nosso Deus.

Você vê alguém se gloriando por suas obras nessa cena? Você vê alguém diante do trono admirando seus próprios esforços para conseguir seu bilhete de ingresso no céu?

Não! Esses crentes louvam a Deus por Seu grande plano de Salvação. O autor de Hebreus escreveu um alerta urgente:

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?... (Hebreus 2.3).

Essa é a única forma de entrar no céu!

Essa é a única forma de escapar da Terra!

Essa é a única forma de subir ao lar celestial!

Deus somente criou o plano de salvação; Deus somente oferece o presente da salvação; Deus somente concede fé para a salvação; Deus somente recebe o louvor pela Sua grande salvação.

  • Esses crentes O louvam, em segundo lugar, pela Sua soberania universal.

O cântico dessa multidão continua no verso 10:

...Ao nosso Deus, que se assenta no trono...

Não há dúvidas; ninguém discute a esse respeito—Deus somente assenta no trono dos céus e Ele somente governa o Seu universo como soberano.

Esses crentes O louvam pela Sua grande salvação e por Sua soberania universal.

  • Em terceiro lugar, esses crentes O louvam por Seu sacrifício gracioso.

O cântico continua no verso 10:

...Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.

Ali se encontra Ele de pé, o Cordeiro, conforme retratado em Apocalipse 5—carregando em Seu corpo as marcas da crucificação. A apresentação do Senhor a Tomé no cenáculo foi um retrato desse dia (João 20). Ele lhe mostrou as marcas dos pregos conservadas em Suas mãos e pés, talvez até alguns cortes em Sua testa causados pela coroa de espinhos usada pela raça humana para zombar de Sua declaração de ser uma realeza divina.

Ali está Ele, e milhões de redimidos não podem fazer outra coisa além de dizer repetidamente:

...Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.

...Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.

A doxologia sétupla dos anjos

Essa é uma cena comovente e repleta de grandes maravilhas que os anjos são tomados por ela e caem prostrados diante do trono. Veja os versos 11–12a:

Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém!...

Esses anjos são comovidos e não conseguem evitar uma exclamação de “Amém!”

Essa é a única doxologia na Bíblia que começa e termina com “amém,” um termo que significa, “É verdade!”

Os anjos adicionam seu próprio testemunho ao de seu Criador nessa doxologia que contém sete partes. Nessa doxologia, os anjos reforçam a adoração dos santos ao citar o currículo de Deus. Eles cantam, “É verdade...”

  • Ele é digno de eylogia—louvor, um termo que origina nossa palavra “elogio,” que significa “falar bem sobre alguém.”
  • Ele é digno de doxa—a glória derivada de uma boa reputação.
  • Ele é digno de toda sophia—sabedoria inerente ao nosso Deus.
  • Ele é digno de eycharistia—gratidão e ação de graças.
  • Ele é digno de time—honra ou grande estima.
  • Ele é digno de dynamis—poder para agir independente de todos, menos de Seu conselho triúno.
  • Ele é digno de ischys—força no decorrer da história humana; Sua vontade é cumprida pela Sua força divina.

Por quanto tempo o nosso Deus é digno dessas coisas—um mês, um ano ou mesmo um século? Não. João escreve:

...pelos séculos dos séculos...

Ou seja, Deus é digno disso sem fim.

...Amém!

É verdade!

Uma conversa com um ancião

Nesse ponto, uma conversa interessante é iniciada entre João e um crente. Esse crente é um ancião, um presbyteros ou “presbítero,” o qual, como já explicado antes, representa a igreja arrebatada para o céu antes da Tribulação. Esse presbítero enfatiza a João a importância de reconhecer quem são esses santos em vestes brancas. Ele pergunta a João em Apocalipse 7.13b:

...Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?

Lemos a resposta de João no verso 14:

Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes…

Ou seja, “Eu não sei quem eles são. Meu senhor, tu sabes!”

A propósito, João não atribui divindade a esse homem. Essa é uma simples forma educada de se dirigir a um homem, assim como usamos “senhor” e “senhora” em nossos dias. Foi dessa forma, por exemplo, que Maria se referiu a Cristo após a Sua ressurreição—“senhor” (João 20).

João responde: “Senhor, tu sabes a resposta.” O ancião sabia a resposta, mas essa foi a forma de iniciar um diálogo para esclarecer a João, e a nós, que esses não são membros da igreja já arrebatada. Esses eram crentes salvos durante a Tribulação e martirizados algum tempo depois.

As alegrias do céu

Agora, esses crentes desfrutam de alegria no céu e essa é uma alegria dupla.

  • Primeiro, esses crentes recebem proteção do Soberano.

Veja Apocalipse 7.15b:

…e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo.

Eles estão seguros por toda eternidade no Seu lugar de habitação.

  • Segundo, eles recebem satisfação do seu Pastor.

Continue no verso 16:

Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,

Alguns crêem que esse verso é uma referência à quarta taça que será derramada, causando intenso calor do sol. Outros dizem que talvez seja uma referência ao martírio desses crentes, os quais foram expostos ao calor do sol escaldante sob o qual morreram de sede e fome.

Esses crentes não precisarão mais passar por esses sofrimentos e privações.

Continue no verso 17:

pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

Essa é a oração de Davi no Salmo 23 que recitamos com frequência:

O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes.

Ou seja, Ele possibilita que eu me deite e descanse, livre do medo e da fome.

Bondade e misericórdia certamente me seguirão... e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre.

Meu amigo, se você deseja que Ele seja o seu Pastor lá, você precisa que Ele seja seu Pastor aqui. Os que seguem esse Pastor na Terra serão um dia guiados por esse Pastor no céu.

A visão de João termina com uma promessa no verso 17:

...E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

Muitos interpretam esse verso como se dissesse que jamais choraremos no céu. Creio que isso é retirar o texto de seu contexto. Essa é uma referência a chorar por causa de sofrimento e adversidades, lágrimas derramadas por seres humanos que suportam a dor da condição humana.

Creio que não haverá, de fato, lágrimas por causa de provações, sofrimento, perda e dor.

Mas você já derramou lágrimas de alegria? Você alguma vez já cantou um hino e chorou? Você alguma vez já agradeceu ao Senhor por Sua bondade e ficou com os olhos cheio de lágrimas?

Lágrimas são criadas por Deus e não necessariamente como resultado da queda ou diretamente relacionadas à natureza pecaminosa. Lágrimas são um canal criado por Deus para uma reação emocional.

Creio que o céu será um lugar de lágrimas de alegria derramadas por crentes comovidos diante da vista do Cordeiro. Eles ficarão maravilhados por causa de seu lugar diante do Seu trono, derramando lágrimas de gratidão com emoções purificadas, aperfeiçoadas, glorificadas, alegres e que agradam a Deus.

Conclusão

Concluo com as palavras de um pregador do século dezenove:

Estou de pé à beira do mar. Um barco ao meu lado abre suas velas brancas à brisa da manhã e parte para o oceano azul. Ele é um objeto de beleza e força, e fico observando-o até que, à distância, parece apenas um ponto de nuvem branca onde o mar e o céu se encontram. Daí, ouço alguém dizendo: “Pronto, lá se foi ele.”

Se foi?! Para onde? Foi-se para longe da minha vista, nada mais. Ele ainda está lá à solta com seu mastro e casco, da mesma forma que o vi quando partiu do meu lado; e ainda igualmente capaz de transportar seu carregamento vivo ao seu destino. Seu tamanho diminuído está em mim, não em si mesmo.

E exatamente naquele momento quando alguém diz, “Pronto, lá se foi ele,” existem outros olhos observando-o, e outras vozes prontas para continuar o grito de alegria, “Pronto, aqui vem ele.”

Lágrimas de tristeza aqui, lágrimas de alegria lá.

Como diz o hino:

Tudo valerá a pena quando virmos Cristo;

As provações da vida serão pequenas quando virmos Cristo;

Um vislumbre de Seu olhar e todas as tristezas se apagarão;

Então corra até vermos Cristo!

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/092008

© Copyright 2008 Stephen Davey

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