
Não É Mais Segredo
Não É Mais Segredo
As Trombetas de Sete Arcanjos—Parte 6
Apocalipse 11.15–19
Introdução
Recentemente, uma revista publicou um artigo sobre as medidas de segurança usadas pouco tempo atrás em uma transferência de informação de um local a outro. Após ter passado décadas guardado dentro de um armário secreto com vários trincos dentro de um cofre fechado com três fechaduras, os funcionários da empresa removeram um pedaço de papel amarelo e o transferiram a um local não divulgado. Todo o processo foi protegido com segurança máxima. Esse pedaço de papel amarelo data dos anos de 1940 e possui a escrita do fundador de uma rede de restaurantes conhecida ao redor do mundo por seu delicioso frango frito.
É verdade! Esse pedaço de papel amarelo, contendo sua assinatura, é, escrita com a mão do próprio fundador, a única cópia de uma receita secreta de temperos que supostamente guarda o segredo desse restaurante e de seu sucesso mundial. Os executivos da empresa precisaram consultar a receita original mais uma vez porque estão se preparando para lançar um novo prato. A consulta exigiu segurança máxima. Então, após a reunião secreta, o pedaço de papel foi colocado dentro de um cofre, algemado a um guarda que entrou em um carro blindado e foi conduzido junto com a receita a um local secreto onde a receita, mais uma vez, permanece escondida e guardada em segurança.
Essa é uma prova de que roubo em empresas é um problema sério. A empresa pode justificar essa segurança, já que seu lucro gira em torno de 840 milhões de dólares por ano. Vale a pena manter essa receita em segredo.
É assim que as coisas funcionam, não é verdade? Guardamos em secreto coisas que expandem nossa riqueza e valor; guardamos objetos de valor em cofres; trancamos nossos carros; segredos comerciais são protegidos por câmeras e filtros.
Não sou contra essas coisas; eu mesmo tranco as portas da minha casa e tenho um sistema eletrônico de segurança cujo código poucas pessoas sabem. Meu carro tem um alarme.
Agora, você consegue imaginar uma empresa multimilionária—a Apple, General Motors, McDonald’s—dizendo: “Iremos divulgar nossa receita e distribuir cópias para todo mundo. Vamos contar em qual projeto temos trabalhado para o futuro. Iremos revelar os nossos segredos comerciais”?
De jeito nenhum!
Bom, para aqueles que se preocupam em olhar, Deus está prestes a fazer algo maravilhoso e de tirar o fôlego. Ele irá abrir o cofre do céu e nos mostrar o futuro de uma maneira singular.
Para os que se sentem já um tanto angustiados com as coisas estranhas no livro de Apocalipse—os animais esquisitos e criaturas voando; as trombetas, selos, cavaleiros, sangue e pestilência; números e marcas misteriosos—o nosso Senhor pausa por um rápido momento exatamente na metade dessa revelação para nos proporcionar uma visão clara do futuro do mundo. Executivos de empresas podem até trancar a sete chaves a receita de seu sanduíche ou esconder outros segredos comerciais, mas Deus irá, agora, abrir o cofre celestial e revelar os segredos futuros para que o mundo todo veja.
Abra sua Bíblia em Apocalipse 11. Com bastante frequência, João nos fornece uma visão panorâmica em poucos versos, seguindo-os com descrições mais detalhadas de determinados eventos.
A Sétima Trombeta: Segredos Futuros São Revelados por Deus
Em Apocalipse 11.15, Deus nos fornece uma imagem completa de alguns segredos concernentes aos dias futuros. Tudo começa com o ressoar da sétima trombeta no verso 15:
O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
Deixe-me destacar mais uma vez que, apesar de a sétima trombeta ser a última na sequência dos julgamentos das trombetas, ela não é a mesma que a “última trombeta” que Paulo menciona em 1 Coríntios 15.52, onde ele escreve:
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
A sétima trombeta em Apocalipse 11.15 cobre um período mais extenso; ela não corresponde ao evento instantâneo de um “abrir e fechar de olhos” da última trombeta em 1 Coríntios. Na verdade, essa última trombeta de Apocalipse proclama ondas prolongadas de julgamento sobre os ímpios.
O verso 15 no informa que houve no céu grandes vozes, dizendo.
Ao que parece, essas vozes estão louvando a Deus e o verbo dizendo nos informa o conteúdo desse louvor.
Ao som da sétima trombeta, vemos um hino glorioso e majestoso de louvor e adoração quando primeiramente os anjos cantam.
Nós já sabemos também que miríades de miríades de anjos estão de pé prontos para entoar grandes louvores—talvez nesse verso também. “Miríade” significa 10 mil e era a maior unidade de medida usada no mundo grego antigo. Se fizermos os cálculos e multiplicarmos uma miríade por outra miríade, o resultado é de 100 mil de anjos—cantando com toda a força de seus pulmões enquanto João escreve o verso 15.
Veja o verso 15 novamente:
...O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
Essa foi uma profecia feita por Daniel:
…eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem… Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino… O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno… (Daniel 7.13, 14, 27).
Elementos revelados
Perceba alguns elementos revelados por meio dessas grandes vozes.
- Primeiro, veja a singularidade do reino vindouro.
Os anjos dizem:
...O reino do mundo se tornou de nosso Senhor...
Não se trata de “reinos,” mas “reino.”
Apesar de o nosso mundo estar separado em milhares de reinos com seus governantes e líderes, uma verdade incrível é revelada nisso. Toda diversidade nacional, política, social, cultural, linguística e religiosa do mundo forma, na realidade, apenas um reino e todos eles estão debaixo do domínio de um rei.
Três vezes no Evangelho de João, o Senhor Jesus chamou Satanás de “o príncipe deste mundo” (João 12.31; 14.30; 16.11).
Na verdade, em certa ocasião, Jesus foi acusado de ser capacitado por Satanás quando expulsava demônios. Ele respondeu a isso expondo a lógica ridícula desse argumento, quando disse:
Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino? (Mateus 12.26).
Quando Cristo foi tentado por Satanás no deserto, o diabo lhe mostrou todos os reinos em um momento e disse ao Senhor:
...Dar-te-ei toda esta autoridade… se prostrado me adorares…(Lucas 4.6–7).
Aqui está um segredo revelado: o mundo é governado por Satanás. Os sistemas mundiais estão nas suas mãos; eles podem até pensar que possuem poder e que sabem para onde estão indo, mas, na realidade, estão todos debaixo do poder e do domínio desse enganador anjo de luz.
Não é coincidência que as nações seguem outros deuses, desprezam os crentes e os perseguem com frequência. As nações são, na verdade, fantoches—influenciadas e manipuladas. Paulo escreveu:
nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus (2 Coríntios 4.4).
Apesar de Satanás não ser o rei por direito, mas um usurpador, ele é o atual governante do reino da Terra. Ele governa através daqueles que rejeitam o Evangelho e que odeiam o nome e a autoridade de Jesus Cristo.
Que algo terrível é este de se revelar ao descrente: seu sistema mundial está nas mãos do inimigo do Deus vivo e verdadeiro; e ele não abrirá mão de seu domínio sem lutar. Contudo, ele já perdeu o seu reino, conforme a revelação dos segredos de Deus.
Isso me conduz ao segundo ponto. Primeiro, notamos a singularidade do reino.
- Segundo, notamos a certeza do reino.
Os anjos dizem:
...O reino do mundo se tornou de nosso Senhor...
O tempo do verbo se tornou é algo muito interessante, pois ele retrata um evento futuro como já ocorrido.
Em outras palavras, os anjos cantam que o reino será no futuro de nosso Senhor como uma realidade histórica já realizada. Essa é a certeza.
Nesse momento em nosso planeta, na metade da Tribulação, Satanás consolidou sua influência global posando como Deus por meio de seu fantoche, o Anticristo. As pessoas poderão ser levadas a crer que Deus perdeu o controle.
Contudo, veja bem—você consegue ouvir essa música no céu? Cem mil de anjos cantam: “O reino pertence a Deus.”
- Deus conhece o futuro e, antes que ele aconteça, os anjos cantam sobre ele;
- Deus conhece o futuro e revela seus segredos a hostes celestiais e, por meio de João, à toda a raça humana;
- Deus conhece o futuro e Deus vence.
Isso já está escrito.
- Terceiro, note o Soberano nesse reino.
Veja o verso 15 novamente:
...O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo...
O que isso significa?
O título Senhor, ou kyrios, é usado frequentemente no Novo Testamento em referência a Jesus Cristo. Contudo, no livro de Apocalipse, ele é empregado para falar do Deus Pai.
A frase pode ser, então entendida: “O reino de Deus o Pai.”
Todavia, o que a última parte significa, e do seu Cristo?
Christos ou “Cristo” significa “Messias” ou “Ungido.”
A música dos anjos revela o cumprimento das profecias de séculos passados: o Messias reinará.
Como Davi teria conhecimento disso se o Espírito Santo não tivesse soprado através dele verdades que ele ainda não entendia? Davi cantou usando esses mesmos títulos no Salmo 2 falando sobre a futilidade das nações que fazem guerra:
...os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido... (Salmo 2.2b).
A tradução grega do Antigo Testamento usa as mesmas palavras. E Davi continua dizendo no Salmo:
Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor. Beijai o Filho… (Salmo 2.11–12a).
Nos dias de Davi, ele já cantava sobre Deus o Pai e Deus o Filho—o Messias, o Ungido.
João escreveu sobre a união do Pai e do Filho:
Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai (1 João 2.22–23).
A revelação que João fornece do governo soberano do Messias sobre a terra um dia foi um encorajamento incrível aos crentes vivendo em sua época.
Quando o apóstolo escreveu Apocalipse, o imperador romano Domiciano tinha se tornado o primeiro a atribuir a si mesmo o título em Roma de “Deus, o Senhor” e de o “Senhor da Terra.” Ele perseguiu os cristãos, matando muitos e exilando líderes famosos, tais como João, porque tinham a audácia de chamar outro de “Senhor.”
Somente Domiciano poderia ser o soberano. Ele não sabia, até que já era tarde demais, que ele estava, na verdade, fazendo a vontade do grande enganador, usurpador, daquele que odeia a adoração de Deus o Pai, Filho e Espírito.
Então, em Apocalipse 11, os anjos cantam. Entenda que nós, a igreja, estaremos no céu para ouvir essa trombeta soando e os milhares de anjos cantando.
No verso 16, lemos o que eu e você faremos como resultado da canção dos anjos:
E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,
Os vinte e quatro anciãos ou presbíteros representam a igreja—a noiva de Cristo—já arrebatada e segura no céu, longe e distante desse dia de ira sobre a Terra.
Em um momento, os anciãos estão sentados em seus tronos; logo em seguida, eles estão prostrados adorando o Deus da glória. Sua reação é um êxtase e é espontânea; é pura adoração.
Isso que é verdadeira adoração, quer estejamos cantando, orando, estudando, testemunhando ou servindo. Adoração ocorre quando reconhecemos a grandeza de Deus e fazemos o papel de servos dispostos a fazer a vontade da sua Majestade em suas vidas.
George Handel transmitiu bem essa mensagem com sua grande obra chamada Messias.
Pouco tempo antes, ele havia sofrido um derrame que tinha paralisado o lado esquerdo do seu rosto, causando dor intensa. Na maioria das vezes, Handel não conseguia pagar seu aluguel e comprar comida.
Numa noite, deprimido e derrotado, Handel vagueou pelas ruas solitárias até o amanhecer quando finalmente voltou para seu quarto velho e acabado. Sobre a mesa estava um envelope grosso—era de Charles Jennens, um amigo que o encorajou a pegar o texto e a compor uma nova obra. Eles eram simplesmente versos da Bíblia sobre profecias e seus cumprimentos na pessoa de Jesus Cristo, o Messias.
Ele se levantou e foi para o seu piano; e começou a escrever.
Ele era canhoto e, por causa de seu derrame, teve dificuldades em escrever. As anotações e palavras em seu manuscrito original foram escritas de forma esquisita e com formato estranho. Mas isso não o impediu de continuar. Por três semanas seguidas ele compôs, parando somente às vezes para comer e dormir. Ele recusou ver outras pessoas.
Finalmente, após vinte e um dias, um amigo conseguiu entrar em seu apartamento e encontrou Handel em seu piano. Com papéis de música jogados para todos os lados e lágrimas descendo em seu rosto, Handel disse a seu amigo, “Eu creio que vi o Céu diante de mim e a grandeza do próprio Deus.”
Quando foi tocado pela primeira vez em Londres no ano de 1741, o rei George se colocou de pé na hora do coro do “Aleluia!” e retirou sua coroa, pois naquela cultura você não ficava sentado diante da presença de um superior.
No texto que Handel escolheu, existem anjos cantando sobre a grandeza do Soberano, a singularidade de Seu reino e a certeza de Seu reino. E a igreja, representada pelos anciãos, não pode permanecer sentada; na verdade, todos se prostram diante do trono de Deus e O adoram.
Ação de graças pelos elementos revelados
Agora, essas vozes começam a cantar louvores a Deus com um hino incrível de ação de graças. Todos agradecem a Deus pelos segredos revelados.
- Primeiro, eles louvam a Deus pelos Seus atributos.
Eles cantam em Apocalipse 11.17:
...Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras...
Isso volta a Apocalipse 1.4, que diz:
...da parte daquele que é, que era e que há de vir...
E também em 4.8:
...Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir...
Esse tema é repetido em Apocalipse 11.17—quase que por completo. Veja que a última parte é deixada de fora, pois o texto diz:
...que és e que era...
Não há referência ao que há de vir. Por que não? Porque Ele veio. Ele não irá reinar—Ele reina. Então, eles louvam a Deus pelos Seus atributos.
- Segundo, eles louvam a Deus pelos Seus triunfos.
Veja mais adiante no verso 17:
...porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.
Passaste a reinar está no tempo perfeito, retratando a permanência de Seu controle soberano. Um autor coloca isso da seguinte forma: “Até este momento, o Todo-Poderoso permite que poderes anti-cristãos controlem o mundo, mas após esse clímax futuro, Seu controle direto governará [e permanecerá para sempre].”
Isso é muito mais do que uma simples cerimônia de coração, um manto caro, uma coroa e um trono de ouro. Trata-se de uma soberania permanente e ativa.
Ouça o que o comentarista britânico John Phillips escreveu a esse respeito:
Em 2 de junho de 1952, Elizabeth II foi corada Rainha da Inglaterra na Abadia de Westminster. Num dado momento durante a coroação, o arcebispo de Canterbury perguntou ao povo: “Vocês aceitam receber Elizabeth como sua verdadeira e legítima soberana?” Da multidão saiu em uníssimo: “Sim.” Em seguida, ela fez o juramento de coroação, recebeu uma Bíblia, participou da ceia, sentou-se no trono de cooração, foi ungida, vestida com um manto feito de ouro, recebeu um anel, um cetro e foi coroada com a gloriosa coroa de St. Eduardo. As armas inglesas soaram uma saudação e a nova monarca deixou a Abadia numa grande procissão para um banquete político. Mas, daquele dia até hoje, a Rainha Elizabeth II jamais tomou uma decisão sequer que afetasse o governo de seu reino. O Primeiro Ministro da Inglaterra e os membros do Parlamento Inglês fazem isso. A única coisa que ela faz é assinar suas decisões para transformá-las em lei. Por que? Porque essa é uma monarquia constitucional—uma monarquia na qual o rei ou a rainha é soberano apenas em nome; todo o poder está nas mãos de seu povo.
Quando li isso, foi impossível não pensar que a maioria dos crentes hoje que diz crer em Deus crê, na verdade, numa monarquia constitucional. Ele é o soberano apenas no nome; nós O vestiremos com catedrais e pináculos; nós Lhe daremos dinheiro e ofertas para coisas realizadas em Seu nome; até pagaremos para Seus representantes irem a terras distantes representar Seu reino; contudo, em nossa vida pessoal, fora da igreja e da cerimônia da religião, Ele é rei apenas no nome.
O poder, de fato, está nas mãos do povo; e a maioria das pessoas prefere que Deus continue lá em cima sentado em Seu trono. Deixe que o povo Lhe informe de sua vontade e espere que Ele transforme essa vontade em lei.
Veja o verso 17 novamente:
...porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.
O poder não está nas mãos do povo—o poder pertence a Deus somente. Então, os crentes louvam a Cristo não somente por Seus atributos, mas por causa de Seu triunfo.
- Terceiro, eles louvam a Deus por causa de Seus julgamentos.
O verso 18 revela a reação do povo na Terra:
Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
A última frase no verso, a propósito—os que destroem a terra—não é uma referência a pessoas que poluem o meio-ambiente. É inacreditável o número de pastores que estão usando esse verso para pregar mensagens sobre o meio-ambiente. Essa é uma referência a pessoas que poluem o planeta com pecado impenitente, algo que causa a destruição da Terra pela ira de Deus.
Deus não julga as pessoas porque elas não reciclam; Deus as julga porque elas não se arrependem.
Lembre-se, essa visão de João não nos fornece os detalhes. Existem vários julgamentos—os julgamentos das nações quando entram no Reino; o julgamento de todos os descrentes diante do Grande Trono Branco antes de os condenados serem lançados no Lago de Fogo.
Da mesma forma, nenhuma distinção aqui é feita quanto às recompensas do crente do Novo Testamento no Bema de Cristo e as recompensas dos servos fieis no Reino.
Esse verso condensa tudo em um pequeno resumo. Na verdade, o verso resume as atividades do período completo da Tribulação, do Reino Milenar e até inclui um pouco do estado eterno.
Você percebeu a atitude dos descrentes para com o reino de Cristo? Eles se enfurecem com esse reino.
O ódio dos descrentes atinge o ponto de ebulição.
Existe uma coroação no céu, mas maldição na Terra; existe alegria no céu, mas fúria na Terra.
Lembre-se: a igreja canta o louvor a Deus, o qual distribui tanto recompensas como ira. Se o mundo tem um problema com a ideia de que Deus determina o que é bom e o que é mau e recompensa conforme Seus padrões, imagine a fúria do descrente diante da ideia de que Cristo reinará sobre a Terra?
Mais adiante, veremos que o mundo montará um exército para atacar o próprio Deus.
Entretanto, nesse parágrafo das Escrituras, o segredo é revelado. Cristo reinará literalmente sobre a Terra; o mundo descrente se enfurecerá contra Ele; Ele recompensará os Seus e estabelecerá Seu reino.
Mais segredos revelados
Agora, mais segredos são revelados no verso 19:
Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.
Para o judeu que crê que a arca da aliança foi perdida para sempre, o original celestial—a que serviu de modelo para a cópia colocada no templo dos judeus—não se perdeu.
Essa imagem da arca no templo de Deus é dedicada especificamente à nação de Israel e é uma afirmação de que Deus guardará Sua aliança da promessa com os israelitas.
Não somente o Messias reinará, mas o Israel crente será reunido.
Da mesma maneira que as promessas da primeira vinda de Cristo se cumpriram, as promessas de Sua segunda vinda também se cumprirão.
Veja, por exemplo, uma promessa mencionada na primeira vinda de Cristo em Lucas 1.31–33:
Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.
Nessa passagem, temos a promessa de Sua primeira vinda—como um bebê que cresceu e se tornou o Salvador crucificado, ressurreto e Senhor assunto aos céus—e a promessa de Sua segunda vinda—para fazer o que? Ele se sentará no trono de Davi e reinará sobre Israel e toda Terra.
Acho incrível quantas pessoas crêem na primeira parte, mas espiritualizam a segunda. Ambas as partes são literais. Na Sua segunda vinda, Ele virá para reinar como o Senhor soberano e Seu reino não terá fim.
Conclusão
Deus nos revelou como será o resto da história—isso não é mais segredo. Essa é uma visão panorâmica após o cofre do plano celestial ter sido aberto.
- Pecadores ficam enfurecidos e são julgados—algo trágico;
- A nação é reunida—uma surpresa;
- Santos são recompensados—uma graça;
- O reino chegou—uma grande glória.
O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 16/11/2008
© Copyright 2008 Stephen Davey
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