
Aquecimento Global
Aquecimento Global
O Armagedom e a Queda da Babilônia—Parte 2
Apocalipse 16.8–21
Introdução
Uma conferência sobre mudanças climáticas foi realizada nos Estados Unidos em 1965. Cientistas famosos apresentaram evidência para a crença de que pequenas variações na luz do sol iriam desencadear eventos cataclísmicos relacionados a mudanças no clima.
Em 1966, o interesse aumentou e um dos principais cientistas predisse que, “um novo período glaciário começaria dentro de alguns milhares de anos.” Em outras palavras, a Terra passará por outra era do gelo. Em um livro publicado em 1968, um cientista escreveu que o aumento do nível de dióxido de carbono estava tornando impossível prever mudanças climáticas... mas o consenso era um esfriamento global.
Em 1974, um artigo de jornal trouxe a seguinte notícia: “Mais Uma Era do Gelo.” Em 1975, uma revista publicou um artigo apoiado por especialistas discutindo o congelamento futuro e dizendo que, dentro de uns dez anos, não seria mais possível manter a produção de comida.
Hoje, tudo isso foi esquecido, não é verdade? Agora, a moda é o futuro aquecimento global.
Graças aos políticos e ambientalistas que parecem evitar propositadamente o crescimento e desenvolvimento humano, o aquecimento global se transformou em dogma. Os cientistas que o negam, os quais crescem em número mais e mais e têm expressado sua opinião com mais frequência, são considerados como hereges.
Existe um hotel que decidiu fazer tudo ambientalmente correto. Para isso, substituiu as cópias de Bíblias dos quartos por um documentário que basicamente afirma que a humanidade é responsável por ter estragado o planeta e que o aquecimento global é inevitável.
Se você tem acompanhado os nossos estudos em Apocalipse, então provavelmente já entendeu o fato de que, no decorrer do período da Tribulação—uma época que marcará o fim da humanidade como conhecemos—haverá oceanos, rios, lagos, árvores, vento, chuva, luz do sol, vegetação, animais, etc. Tudo isso significa, obviamente, que os ciclos normais, o clima e as estações continuarão ativos até a época antes do retorno de Cristo ao planeta.
É algo muito interessante que registros globais por instrumentos mostram que a temperatura do planeta Terra aumentou apenas um grau desde 1880. Na verdade, entre 1940 e 1960, o aumento na temperatura cessou e a temperatura até caiu, o que conduziu ao alarme na década de 1970 sobre uma era do gelo.
Achei incrível que, poucos anos atrás, numa época em que o aquecimento global passou a ser a ideia politicamente correta, todos os principais dispositivos que medem a temperatura no planeta mostraram que a temperatura, na verdade, caiu. E essa queda de temperatura em apenas um ano já é o suficiente para descreditar os supostos registros do aquecimento global nos últimos cem anos!
Essa é uma verdade inconveniente, não é? Essa foi a mudança mais rápida na temperatura já registrada na história. O motivo para essa mudança? Atividade solar, e não emissão de CO2. Atividade solar que, conforme os cientistas dizem, é um fator maior na mudança climática do que qualquer estufa de gases que o ser humano é capaz de criar.
Tudo isso aponta para o fato de que a temperatura do planeta Terra parece ser imprevisível—ela pode subir ou descer.
Se você viveu nos anos de 1970, ficou com medo da era do gelo; agora, em nossos dias, você é saturado com a ideia de uma fome e seca vindouras.
Sinceramente, isso amedronta os que não creem que Deus controla providencialmente Seu planeta para cumprir os Seus propósitos.
Este planeta é governado por Deus e Ele determinou, conforme as Escrituras, que os recursos da Terra continuarão a sustentar bilhões de vidas até que Ele venha para julgar. Não importa qual seja a medida do carbono 14, a humanidade não impedirá, roubará, arruinará, destruirá nem alterará os recursos naturais da Terra dados para a sustentação da vida.
O inimigo de Cristo tem um plano: seu desejo é subjugar a humanidade ao meio-ambiente. Vemos cada vez mais a ideia de que a humanidade é uma intrusa no planeta. Conforme essa perspectiva, a melhor coisa que podemos fazer à Terra é deixar de existir—estamos atrapalhando tudo. Assim, a natureza não é vista como um presente dado por Deus para sustentar a vida e fornecer benefício e prazer para o homem, mas fica cada vez mais importante do que o ser humano.
Essa é a descrição clássica de uma sociedade indo em direção à destruição, conforme vemos em Romanos 1. A humanidade nega o Deus Criador e exalta a criação a ponto de o homem se tornar inferior à criação.
Dessa forma, a humanidade se torna incapaz de colocar o valor da vida humana acima da vida animal, fica aterrorizada com a possibilidade de os recursos naturais acabarem e se convence de que, como uma espécie intrusa, ela estragou a Terra. Ao invés de desfrutar e subjugar a criação sob a direção de um Deus Criador benevolente, conforme descrito em Gênesis 2, o homem se torna vítima da natureza.
Eu tenho novidade para a humanidade: conforme a revelação de Deus em Apocalipse, enquanto o tempo caminha em direção ao reino glorioso de Cristo sobre o planeta, existe uma era vindoura na qual os rumores de um esfriamento global e as especulações de um aquecimento global estarão ambas corretas. O mundo caminha em direção tanto a um aquecimento global como a um esfriamento ao mesmo tempo.
Essa mudança não estará relacionada à emissão de CO2 ou impacto de meteoro. Será a mão de Deus controlando o meio-ambiente de forma que envia um julgamento após outro sobre a raça humana.
Como isso será irônico para a humanidade depois de haver idolatrado a criação mais do que o Criador. Querendo proteger o planeta ao invés de agradar o Deus vivo e verdadeiro, o homem é dizimado e a natureza se transforma num monstro.
Vamos descobrir os detalhes em Apocalipse 16.
A Quarta Taça da Ira de Deus
Veja Apocalipse 16.8–9a:
O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor...
O que temos nesses versos é um aquecimento global—de verdade. O anjo de Deus faz algo com o sol que acaba intensificando o seu calor.
Sinceramente, geralmente não pensamos no equilíbrio sensível entre a Terra e o sol. Vênus, o planeta próximo à Terra mais perto do sol, tem uma temperatura média de 460º C. O próximo planeta mais afastado do sol do que a Terra tem uma temperatura média de -30º C. A verdade é que até mesmo um pequeno crescimento de radiação solar aumentaria a temperatura na Terra em mais 100 graus.
Segundo o profeta Malaquias, o dia do julgamento de Deus virá e a Terra queimará como uma fornalha (Malaquias 4.1).
E o que queremos fazer quanto o calor aumenta de forma insuportável? Tomar um banho, mergulhar no rio. Mas, lembre-se, todas as águas foram transformadas em sangue.
O Anticristo e seus seguidores fomentaram o derramamento de sangue dos cristãos martirizados porque não quiseram receber a marca da besta. Como retribuição, eles experimentam a ira de Deus ao terem que tomar banho em sangue, ou não tomar banho.
Adicione a essa taça de ira os resultados de incêndios florestais por todo planeta. Ao menos que Cristo retorne para a Terra em breve, o planeta queimará antes da hora.
Essas taças são os cálices da cólera de Deus. Essa é a última série de eventos catastróficos antes do retorno de Cristo para o Reino Milenar sobre a Terra.
Até agora, vimos os oceanos, rios e lagos se transformando em sangue. Vimos os seguidores do Anticristo empesteados de úlceras em seus corpos. Agora, Deus mexe com o sol e intensifica seu calor, esturricando o planeta Terra. A humanidade reage a isso como o Faraó do Êxodo. Ao invés de se arrependerem, o verso 9 nos diz que blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória.
A Quinta Taça da Ira de Deus
Outro anjo é convocado e a quinta taça é derramada. Veja o verso 10:
Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam
No capítulo 13, lemos que Satanás deu seu trono ao Anticristo como um presente. João escreveu no verso 2b:
...E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.
Agora, contudo, em Apocalipse 16.10, a força desprezível do trono de Satanás não se compara ao trono de Deus. É Deus que está no controle do universo e, quando Ele dá uma ordem, de repente, as luzes se apagam.
Se isso acontecesse, o que você faria? No caso de você pensar que utilizaria fontes artificiais de luz, a expressão grega tornou em trevas sugere que todas as fontes de luz cessarão.
Essa é apenas uma prévia da escuridão futura, total e eterna para os que se recusam adorar o Deus vivo e verdadeiro.
Que grande ironia—os descrentes amam as trevas porque suas obras são más, então Deus lhes dá trevas.
É possível que os crentes não são afetados com isso, assim como os israelitas não foram afetados quando a escuridão invadiu o Egito—os filhos de Israel tinham claridade (Êxodo 10.23).
Êxodo e Apocalipse ilustram o fato de que os que seguem Satanás pertencem ao reino das trevas, e os que seguem Deus pertencem ao reino da luz (1 Pedro 2.9).
O que a humanidade faz diante dessa demonstração poderosa? Veja o verso 11:
e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras.
Você vê algo familiar nisso? Nos versos 9, 11 e 21, a reação é a mesma.
A essa altura, pensamos que as pessoas começariam a associar essas terríveis pragas ao Deus do céu, abandonariam o Anticristo e clamariam a Deus por misericórdia. Ao invés disso, elas fazem exatamente o contrário: elas se agarram ao seu pecado e ao seu falso salvador.
A propósito, isso deve servir para nós de lembrete de que sinais maravilhosos não abrem os olhos do pecador para a verdade do Evangelho. Se alguém recusa o Evangelho, fazer um milagre diante de seus olhos não amolecerá seu coração; nem mesmo um túmulo vazio chamará sua atenção.
Ao invés de cair com o rosto em terra em arrependimento, a humanidade descrente ergue sua voz e, em uníssono, amaldiçoa o nome de Deus. Todos querem ficar com seu pecado e seu falso messias.
A Sexta Taça da Ira de Deus
Agora, enquanto as taças continuam sendo derramadas, existe uma mudança de foco.
As primeiras cinco taças da ira foram o último chamado de Deus ao arrependimento. Os pecadores ignoram e são confirmados em sua condição de incrédulos. As duas últimas taças contêm os julgamentos finais de Deus sobre um mundo de descrentes não arrependidos.
Veja o verso 12:
Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol.
A nascente do rio Eufrates se encontra nas áreas congeladas no topo do Monte Ararate. O calor intenso da quarta taça da ira derreteu a neve e o topo de gelo.
Fiquei pensando: se a Arca de Noé se encontra, de fato, congelada sobre o Monte Ararate, será que ao vê-la o mundo pensará nesse símbolo da destruição da Terra por água e no convite da salvação que a humanidade recusou?
O rio Eufrates tem um papel importante tanto no começo, como no final da história humana. Ele fluía próximo ao Jardim do Éden (Gênesis 2.10–14).
O Eufrates é o rio mais longo da região, estendendo-se mais de 2,700 km desde a Síria à Babilônia antes de desembocar no Golfo Pérsico.
O derretimento da neve e do gelo por causa do aquecimento global causado pelo julgamento da quarta taça fará com que o nível de água do Eufrates suba. Ele terá se transformado numa corredeira forte, transbordando sobre suas margens. A propósito, perceba que, como a neve derreteu, o rio de sangue voltou a ser um rio de água. O verso 12 diz: sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram.
A pergunta é: “Por que? Por que Deus fez secar o rio Eufrates?” João nos informa o motivo na última frase desse verso: para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol.
Não há dúvidas de que a corrente forte do rio arrancou as muitas pontes que se estendiam sobre ele; e os exércitos marcham em direção à planície do Armagedom ao norte de Jerusalém. Como resposta, Deus milagrosamente faz secar as águas do Eufrates para que os reis e suas forças armadas consigam marchar para Sua armadilha mortal.
Mas por que os exércitos deste mundo pensariam ter uma chance contra o Deus Criador? Vemos nos versos 13 e 14:
Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso.
Há muito tempo, a rã tem sido associada ao mundo oculto. Os egípcios adoravam Heka, uma deusa com cabeça de rã. Ela era, de fato, uma das deusas mais antigas que o povo dizia possuir poder demoníaco.
Essa é uma demonstração incrível com operação de sinais realizada pela trindade de Satanás, o Anticristo e o falso profeta. Com grandes sinais e maravilhas, seus representantes demoníacos convencem o mundo de que o “Deus” que assola a terra com terríveis pragas pode ser derrotado.
Essa passagem aponta para a última guerra futura mundial quando os impérios do mundo se unirem contra Deus e contra o Seu povo messiânico.
Embutido nessa cena, está um encorajamento para que os que seguem Cristo permaneçam alertas. Veja o verso 15:
(Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.)
Em outras palavras, o crente não deve viver sua vida de maneira que a volta de Cristo se torna para ele uma vergonha por causa de comprometimentos ou de uma vida incoerente à sua posição de filho de Deus.
Deus diz: “Venho como um ladrão.”
Jesus Cristo disse a mesma coisa em Mateus 24 ao se referir à Sua segunda vinda, a qual ocorre após essas taças da ira de Deus. O apóstolo Paulo falou do dia do Senhor—esse dia de julgamento—como a vinda de um ladrão à noite (1 Tessalonicenses 5.2).
Infelizmente, quando o assunto é escatologia, a maioria das pessoas associa as palavras “um ladrão na noite” ao arrebatamento da igreja. Isso se deve a um filme cristão que foi lançado na década de 1970 que retratava a vida de uma moça que foi deixada para trás após o arrebatamento da igreja. O nome do filme era Um Ladrão na Noite.
A frase bíblica “ladrão na noite,” todavia, não se refere ao arrebatamento da igreja, mas à segunda vinda de Cristo com a Sua igreja no final da Tribulação para estabelecer o reino sobre a Terra.
A expressão ocorre aqui nesse verso numa época em que crentes vivendo na Tribulação, sem saber o momento exato do retorno de Cristo, são desafiados a continuar fiéis e em alerta, como se fosse vestidos, preparados para entrar no reino do Senhor.
Antes da volta de Cristo, os exércitos do mundo se ajuntarão para destruir Seu povo e Seu trono.
Lemos no verso 16 que os reis e seus exércitos se ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.
A palavra hebraica é Har-Magedom. Har significa “monte,” e Magedom se refere a um local ao norte de Israel.
O Monte Megido é uma montanha pequena que fica próxima do Mar Mediterrâneo, diante de um vale que tem 30 km de comprimento e 21 de largura. Esse é o local perfeito para servir de quartel general para os exércitos dessa última guerra mundial.
Alguns estudiosos bíblicos acreditam que esses exércitos desejam lutar contra o Anticristo e se rebelar contra ele por causa de seu governo fracassado.
Quanto mais estudo esse texto, mais convencido fico de que, apesar de esse poder ter sido o plano inicial, os demônios enviados para enganar as nações com atos de poder são tão convincentes que os exércitos, no fim, acabam indo guerrear contra o Rei dos reis.
A Sétima Taça da Ira de Deus
Enquanto esses exércitos se ajuntam, um último anjo se apresenta no verso 17 e despeja sua taça do julgamento de Deus. Veja os versos 17–19a:
Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está!
Ou seja, “Meu julgamento sobre a Terra está terminando.”
E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações...
Deixe-me fazer uma pausa aqui para dizer que esse terremoto é tão poderoso que até muda a topografia da região.
O profeta Ageu escreveu sobre um terremoto no final do mundo (Ageu 2.6, 7, 21). Esse, portanto, é último terremoto global que causa danos severos ao planeta Terra.
João escreve que a cidade de Jerusalém é dividida geograficamente em três partes. A grande cidade não é Babilônia; Apocalipse 11 identifica claramente Jerusalém como a grande cidade. E isso se encaixa perfeitamente com as profecias do Antigo Testamento.
O profeta Zacarias descreve essas mudanças em detalhe. O Monte das Oliveiras é dividido em dois, um novo vale é criado e uma fonte de água fluirá o ano inteiro de Jerusalém para o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto, fazendo com que o deserto floresça como uma rosa (Zacarias 14.8; Isaías 35.1).
Essas comoções elevarão Jerusalém e farão com que as regiões vizinhas se transformem em uma grande planície.
Assim como o julgamento de Deus no dilúvio mudou a topografia do planeta, esse ato final de julgamento também mudará a topografia da Terra. Na verdade, alguns até acreditam que ela voltará às suas condições antes da queda.
Veja as mudanças mencionadas no verso 20:
Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados;
O que está acontecendo? Um autor escreveu:
Esse terremoto global, descrito na língua original como o balançar da Terra, mexerá com todos os riftes continentais mapeados pelos geólogos. Esses riftes são globais. A costa oeste inteira dos Estados Unidos se romperá; desde o Alasca ao ponto mais sul da Argentina; as falhas geológicas que incluem o sul da Europa e todo o litoral do Mar Mediterrâneo, expandindo-se para o oriente em muitas outras falhas na Ásia Central—tudo isso se abrirá quando esse terremoto final acontecer.
Contudo, existe um propósito com esse caos.
A profecia de Isaías de que todo vale será aterrado e todo monte nivelado, o tortuoso retificado e o escabroso aplanado, será cumprida (Isaías 40.4).
Um cientista cristão escreveu em seu comentário sobre essa comoção global, conectada à profecia de Isaías, que o plano de Deus com esse julgamento é não somente punir a humanidade, mas também preparar a Terra para Sua vinda.
Os efeitos desse terremoto mundial farão com que a Terra volte à topografia criada originalmente. Não haverá mais montanhas, desertos ou topos de neve inacessíveis. O ambiente físico do milênio será uma restauração do ambiente e das condições no planeta presentes antes do julgamento do dilúvio de Noé.
Isso é algo incrível de se pensar, não é?
Erupções enormes e convulsões terrestres; a redistribuição das massas de terra, montanhas e ilhas, e o redirecionamento dos corpos de água—imagine. A superfície do planeta será modificada e preparada para o reino vindouro.
Um autor disse que essas mudanças poderão muito bem colocar Jerusalém na posição mais elevada no planeta, tornando-a apropriada ao trono do Grande Rei que reinará por mil anos.
Todavia, essa não é a única coisa usada para modificar a Terra. Veja o verso 21:
também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento...
Veja o resultado disso:
...e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande.
Você já passou por uma chuva de granizo? Pedrinhas do tamanho de uma bolinha de gude já chamam nossa atenção, não é?
As pedras de granizo mais pesadas registradas na história caíram em Bangladesh em 14 de abril de 1986: elas pesavam em torno de um quilo. Noventa e duas pessoas morreram.
Imagine pedras de granizo do tamanho de um fogão pesando 30 quilos caindo sobre a Terra. A propósito, o que vemos aqui é um esfriamento global repentino. Sinceramente, talvez será assim que Deus apagará os incêndios florestais!
Entretanto, pode ser que exista um simbolismo nesse ato final de julgamento. Por que Deus enviaria pedras de granizo como último julgamento sobre essas pessoas que blasfemaram Seu nome?
Talvez essa seja uma simples demonstração de Levítico 14, quando os que blasfemavam contra Deus eram apedrejados à morte.
Isso se torna um precursor do fato de que todos serão julgados conforme a plenitude da Lei de Deus, e todos os que não se encontram na obra expiatória de Cristo terão que encarar a plenitude da ira de Deus. E tudo termina com um terremoto de proporções jamais vistas antes.
É interessante observar que houve um terremoto quando Deus entregou a Lei a Moisés. Talvez ele tenha servido para advertir os israelitas de que a ira de Deus está sempre pronta para julgar aqueles que violam a Lei.
Quando Deus o Filho estava pendurado na cruz para pagar o preço pelo nosso pecado, houve um terremoto. Deus o Pai balançou a Terra, talvez para dizer ao mundo que Ele julgou Seu Filho em nosso favor porque tínhamos todos violado a Lei.
Dessa vez, Deus envia um último terremoto, sacudindo a Terra talvez para informar o mundo de que o julgamento de Deus está chegando e nada o impedirá.
Isso serve para ilustrar que a Lei de Deus entregue no Monte Sinai tem sido constantemente violada; no Calvário, Cristo pagou a penalidade por havermos violado a Lei, mas os que O rejeitam marcharão contra Ele no Monte Megido e acabarão pagando para sempre em um lugar de sofrimento eterno, sede eterna, fogo eterno e escuridão eterna.
A escuridão foi a escolha do homem o tempo inteiro:
- A humanidade recusa a luz do Evangelho de Cristo.
- A humanidade escolhe crer na Mãe Natureza e no meio-ambiente, e recusa o registro de um Agente Criador do Deus Triúno. Conforme Colossenses 1, esse Agente é o Senhor Jesus Cristo, o qual falou e tudo começou a existir no início da criação. As primeiras palavras de Jesus foram: “Haja luz.”
- A humanidade recusa se render a Cristo, que é a luz do mundo.
- A humanidade recusa o Evangelho de Cristo, o qual é chamado de “o Evangelho da luz.”
- Assim, Deus concede o desejo dos homens, banindo todos a uma escuridão eterna.
Outra observação que gostaria de fazer é a constante repetição da palavra grega mega em Apocalipse 16. Existe:
- O som de uma grande voz, v. 1;
- Um intenso calor , v. 9;
- Um grande rio, v. 12;
- O grande dia de Deus e a Batalha do Armagedom, v. 14;
- Um grande terremoto, v. 19;
- Saraivada com grandes pedras de granizo, v. 21.
Essa é a grande ira de Deus, salientada pelo uso da palavra mega, mega, mega. Grande catástrofe e grande angústia—esses são os atos no clímax do grande julgamento de Deus durante a Tribulação.
E as palavras que vêm à minha mente no final deste estudo são: “Grande é a Tua fidelidade” (Lamentações 3.23).
Para os que creem e estão protegidos em Cristo:
- Grande é a Sua misericórdia, Salmo 86;
- Grande é a Sua graça, Atos 4;
- Grande é o Seu amor, Efésios 2;
- Grande é a salvação que temos, Hebreus 2.
O anjo Gabriel anunciou o seguinte à Maria a respeito de seu Filho, o Salvador:
Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai (Lucas 1.32).
Agora, estamos já perto do momento em que essa profecia se cumprirá, juntamente com muitas outras. Cristo descerá em grande esplendor e assumirá Seu trono da grande cidade de Seu reino, e a grandeza de Sua glória será manifestada ao redor da Terra.
No caso dos que O rejeitam, grandes coisas acontecerão—e serão coisas terríveis em grandeza. Para os que creem, grandes coisas estão reservadas—e eles experimentarão a manifestação da bela e maravilhosa glória grandiosa de Deus.
Assim, podemos dizer com grande alegria, grande certeza e grande expectativa: Grande é o nosso Deus!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 07/06/2009
© Copyright 2009 Stephen Davey
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