
Evidência Irrefutável
Evidência Irrefutável
O Inferno é Real?—Parte 2
Apocalipse 20.12–13
Introdução
Alguns anos atrás, a Associação Humanista Britânica lançou uma campanha pelo ateísmo. Eles criaram um adesivo de propaganda com o seguinte slogan: “Deus provavelmente não existe.” A campanha contou até com o apoio do famoso cientista ateu Richard Dawkins. O povo de Londres reagiu bem a essa campanha, de maneira que a Associação humanista já recebeu mais de 150 mil libras para fazer mais adesivos de propaganda ateísta. Todos estão animados em promover a ideia de que Deus é tão real quanto papai Noel. De fato, Richard Dawkins afirmou que a existência de Deus é tão provável quanto a realidade da existência do papai Noel.
Além de “Deus provavelmente não existe,” a propaganda também incluiu a seguinte frase: “Pare de se preocupar.” Em uma entrevista, a Associação Humanista Britânica explicou por que incluiu a frase “Pare de se preocupar.” Eles disseram que o motivo foi que a conversa dos crentes sobre “uma eternidade de tormento no lago de fogo é algo que causa preocupação.” Então, eles quiseram transmitir uma mensagem mais positiva.
Em outras palavras: “Não queremos uma mensagem que nos cause preocupação sobre Deus; queremos uma mensagem que nos fará feliz sem Deus.”
A associação ainda disse: “Temos apenas uma vida e devemos aproveitá-la ao máximo... [porque] a morte é o fim de nossa existência.”
Eles também citaram um homem chamado Robert Ingersoll, um humanista do século dezenove que disse: “A hora de ser feliz é agora!”
Essas não somente são mentiras enganosas, mas são mentiras antigas. É a mesma mentira que começou no Jardim do Éden quando o primeiro ser humano foi tentado pela serpente a dissociar seu futuro de qualquer responsabilidade diante de Deus. A serpente disse: “Eva, se você comer desse fruto, não se preocupe, nada de mal acontecerá” (Gênesis 3.4).
Em outras palavras, “Pare desse preocupar e aproveite a vida agora.”
O problema é que não podemos desfrutar desta vida até que tenhamos certeza em relação à morte. Jamais estaremos preparados para viver sem que estejamos preparados para morrer.
Por que as pessoas ao redor do mundo adoram planetas, estrelas, ídolos, plantas, se banham no rio Ganges, realizam rituais, sacrificam animais e entoam canções para espíritos invisíveis?
Porque a humanidade sabe que existe algo além desta vida e intuitivamente tenta se preparar para isso. O ser humano sente a verdade de Deus que está gravada em seu coração de que essa vida curta não é a única coisa que existe.
A propaganda diz ousadamente: “Vamos lá, pare de se preocupar com isso. Nem pense nessas coisas. Deus provavelmente não existe mesmo; então, relaxe!”
Imagine a vigilância sanitária adotando a mesma estratégia em relação aos alimentos. As embalagens diriam: “O nível de agrotóxicos neste produto é provavelmente baixo. Agora, pare de se preocupar e desfrute de sua comida.”
Você compraria uma televisão, um computador ou um carro se o vendedor dissesse: “Olha, ele provavelmente funciona; não se preocupe. É só assinar aqui.”?
Imagine um piloto de avião dizendo no alto-falante: “Atenção senhores passageiros: durante o voo, as turbinas provavelmente funcionarão. Provavelmente temos o combustível suficiente para chegar. Eu provavelmente conseguirei pousar este avião.”
A verdade é que existem milhares de situações na vida nas quais jamais nos satisfaremos com um simples “provavelmente.” É algo irônico que, apesar de querermos a certeza na vida de que o computador funciona, de que o alimento é saudável, de que o avião está funcionando como devido e que o piloto consegue pousar, existem pessoas que ficam satisfeitas com probabilidade em relação à vida após a morte. Por que alguém ficaria satisfeito com probabilidade e arriscaria sua eternidade?
Um dos motivos é que, se existe vida após a morte, conforme a revelação de Jesus Cristo apresentada pelo apóstolo João, então, a prestação de contas que a humanidade tanto teme, odeia e nega acontecerá de fato.
Abra sua Bíblia no último parágrafo de Apocalipse 20.
Um Cenário Inesquecível
Em nosso estudo anterior, destacamos o cenário inesquecível em Apocalipse 20.11:
Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
O verbo fugiram prediz a partida da velha criação. A palavra retrata um término repentino e violento do universo físico.
Isso nos informa que o julgamento dos descrentes no grande trono branco ocorre entre o término do reino milenar e a criação do novo céu e da nova terra. Portanto, lemos a respeito desse evento terrível que consolida a destruição dos não regenerados acontecendo em um tribunal suspenso no espaço.
Se havia alguma dúvida de que os pecadores teriam que prestar contas diante de Deus, a advertência bíblica é agora confirmada. Davi escreveu séculos atrás:
Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão (Salmo 9.7–8).
Paulo advertiu os cidadãos de Atenas, dizendo que Deus estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça (Atos 17.31).
Existem, aproximadamente, cinquenta menções ao trono de Deus em sua majestade, esplendor e glória terrível no decorrer do livro de Apocalipse. Esse é o trono do governo soberano de Deus.
Agora, o momento chegou. As palavras “Deus provavelmente não existe” assombrarão muitos que negaram sua existência.
“Aproveite a vida” tem sido o lema não somente para os ateus, mas para milhões de pessoas ao redor do mundo que vivem suas vidas conforme suas próprias regras e determinações.
Esse grande trono branco será uma vindicação final do caráter de Deus diante dos não salvos—Deus sempre cumpre sua palavra e sua palavra é sempre reta, justa e verdadeira.
Esse é o cenário inesquecível.
Uma Intimação Inevitável
A população dos não redimidos ouviu uma intimação inevitável e seus corpos foram ressuscitados de onde haviam se desintegrado e se transformado em pó. Agora, seus corpos foram imortalizados e estão adequados para suportar o castigo eterno nessa ressurreição para a morte. Apocalipse 20.5–6 nos informa que haverá uma ressurreição física e literal dos não redimidos mortos após o reino milenar.
Conforme vimos em nossa meditação anterior, nenhum descrente consegue escapar dessa intimação. Ninguém conseguirá se cobrir com terra na expectativa de evitar o julgamento.
Assim como os crentes são fisicamente ressuscitados após a morte e suas almas, que antes estiveram com Cristo, são reunidas ao corpo (2 Coríntios 5.8), os corpos dos descrentes serão ressuscitados fisicamente e suas almas, que estiveram encarceradas no Hades, são reunidas ao corpo após a morte (Lucas 16).
Não fará diferença alguma se os corpos e almas dos descrentes estiveram separados pela morte por um dia ou 5 mil anos. Não importa onde tenham morrido ou quão espalhados estejam seus restos mortais, suas almas serão reunidas com seus corpos ressuscitados.
As pessoas da época de João acreditavam que, se alguém morresse no mar—ou se suas cinzas fossem lançadas às ondas do mar—nem mesmo os deuses conseguiriam reuni-las novamente após a morte. Esse é um dos motivos por que os egípcios se especializaram na mumificação de seus líderes, mantendo a integridade do corpo o máximo possível para que não houvesse nenhuma dificuldade no além.
Conforme o Apocalipse de João, O Deus da Criação não é egípcio, babilônio ou indiano. Ele conseguirá convocar as cinzas dos descrentes dos quatro pontos cardeais e recriar seus corpos. Dessa vez, contudo, seus corpos durarão por toda eternidade em tormento quando Deus convocar suas almas do inferno e seus corpos da terra para que sejam reunidos e compareçam diante do trono de Deus para julgamento.
Essa é a intimação inevitável e o cenário inesquecível. Agora, vamos observar outro aspecto desse grande julgamento.
Um Padrão Inegável
Veja Apocalipse 20.12a:
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto...
Não sabemos quantos livros Deus abriu ou o que esses livros são. Entretanto, a primeira observação que desejo fazer é a seguinte: um homem é não somente responsável diante de Deus, mas Deus tem mantido um registro. Para o espanto terrível da humanidade, um Deus onisciente e onipresente tem registrado todas as coisas.
Para que alguém não pense que esse é um julgamento em massa e que Deus não foca nas pessoas individualmente, conforme o verso 12 parece sugerir, a linguagem do verso 13 esclarece que haverá um julgamento individual. Veja o verso 13:
Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
A palavra traduzida como um por um é o termo grego hekastos, e poderia ter sido traduzida como “cada um.” Cada pessoa individualmente é julgada por Deus.
Esse é o clímax da prestação de contas pessoal diante de Deus.
Esse não é o único verso nas escrituras que ensina um julgamento particular. Jesus Cristo fez a seguinte profecia em Mateus 16.27:
Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.
Paulo escreveu em Romanos 2.6 que Deus retribuirá a cada um segundo o seu procedimento.
É nesse momento que tal julgamento acontecerá. Sem mais a restrição e as estruturas normais de tempo e espaço, Deus confrontará individualmente cada descrente com evidência irrefutável que exige o veredito de culpado e uma sentença eterna.
A frase se abriram livros dá início ao momento terrível que a humanidade intuitivamente censura, do qual tem pavor, nega ou pelo menos minimiza.
João nos apresenta a apenas um dos títulos desses livros—um deles se chama “Livro da Vida.” Esse é o livro que inclui os nomes dos redimidos. Esse é o catálogo dos cidadãos dos céus, O passaporte para sairmos deste país e irmos para o país do Rei.
Além deste parágrafo, entretanto, existem pelo menos outros cinco livros mencionados na Bíblia que poderiam ser apresentados como evidência por esse grande Juiz ao convocar cada membro individual da raça humana perdida diante de Seu tribunal.
Você pode perguntar: “Quanto tempo demorará para que Deus julgue cada membro da raça humana perdida?”
Não sei, mas a duração não importará. O tempo será um elemento distinto nesse julgamento suspenso além dos limites do espaço—sem terra embaixo ou céu em cima, nem planetas, constelações e galáxias.
Nesse julgamento, haverá apenas todos os redimidos diante do Redentor que rejeitaram, enquanto os crentes, conforme já aprendemos, estarão sentados ao redor de Deus em Seu trono com miríades de anjos.
Mas quais livros exatamente estão incluídos na frase se abriram livros?
- Primeiro, o livro da Lei de Deus.
Lemos em Romanos 2.15 que o ser humano tem a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência.
Um dos livros pode ser muito bem o Livro da Lei de Deus. Deus abrirá para revelar que cada pessoa presente nesse julgamento violou seu padrão perfeito; cada pessoa é um pecador com o registro de ofensa que amontoa a culpa sobre culpa.
- O livro das Obras.
Além disso, Cristo prometeu retribuir cada um conforme o que fez. Portanto, um desses livros pode ser o Livro das Obras.
Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras... (Eclesiastes 12.14).
Talvez os corpos e mentes imortais dos descrentes conseguirão lembrar de cada detalhe de cada obra que Deus tiver registrado no Livro das Obras e apresentar como evidência contra eles.
Alguém pode dizer: “Mas eu fiz muitas coisas boas! Por que essas coisas não são colocadas na balança também?”
Meu amigo, porque Deus conhece o coração, ele sabe o motivo por trás das coisas boas que foram feitas. Nesse dia de julgamento, ele desmascarará os motivos e revelará que as coisas boas foram realizadas para que as pessoas se sentissem bem a respeito de si mesmas.
Elas não admitem, nem ponderam nas intenções em seus corações, mas Deus as confronta. Quando ajudaram um pobre, os pecadores se deleitaram mais no fato de se sentirem bem por terem feito aquilo. Quando frequentaram uma igreja e deram dinheiro para alguma causa boa, a intenção foi manter uma aparência boa diante das outras pessoas ou se sentir confiante. Ser um bom vizinho foi algo exteriormente bom, mas Deus, que conhece os segredos do coração, sabia que a motivação interna foi o desejo por uma boa aparência ou até mesmo por uma aparência superior as outras pessoas.
Deus arrancará a cortina dos motivos secretos e revelará que os descrentes fizeram coisas boas para:
- Se sentirem bem;
- Se parecerem bem;
- E soarem bem.
É como os fariseus que faziam longas orações, jejuavam e davam o dízimo. Jesus lhes disse:
...vós... sois semelhantes aos sepulcros caiados... (Mateus 23.27).
Em outras palavras, “Vocês têm a aparência de serem bons e puros, mas estão encobrindo corrupção e pecado.”
- Terceiro, o Livro das Palavras.
Jesus disse:
...pelas tuas palavras, serás condenado (Mateus 12.37).
Então, terceiro, existe o Livro das Palavras. No mesmo capítulo, Cristo advertiu os descrentes em relação seguinte:
Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo (Mateus 12.36).
Esse julgamento será tão preciso e tão exato que cada palavra proferida em violação ao santo padrão de Deus será trazida como evidência.
- Quarto, o Livro dos Segredos.
Não somente as obras e as palavras são pesadas contra a lei de Deus, mas ainda existe outro livro e é o Livro dos Segredos. Nós lemos que Deus julgará os segredos dos homens (Romanos 2.16).
Davi reforça essa verdade ao escrever no Salmo 44.21:
porventura, não o teria atinado Deus, ele, que conhece os segredos dos corações?
Você sabe o que isso significa? Significa que essas obras e pecados permaneceram em segredo; foram apenas descobertos nesse dia de julgamento.
Até esse momento, as coisas não haviam sido descobertas. O descrente pensava: “Escapei!”
Não, o vosso pecado vos há de achar (Números 32.23).
Por que o crente não se encontra nesse julgamento, já que ele pecou também? Ele não está aqui porque os seus pecados—suas obras, palavras e segredos—foram perdoados. Não existe mais registro dos pecados dos crentes.
Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi (Isaías 44.22).
Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro (Isaías 43.25).
Pedro pregou:
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (Atos 3.19).
Também lemos em 1 João 2.12:
...eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome.
Como isso é possível? Como Deus poderia lançar fora a culpa do meu pecado e o registro da minha iniquidade? Isaías escreveu como:
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos (Isaías 53.5–6).
O crente não será julgado pelas suas palavras, obras, segredos ou qualquer outro pecado porque não há mais registro de pecados. Esse registro foi apagado; suas obras foram canceladas; as iniquidades foram apagadas. Isaías se regozijou nisso quando escreveu:
…tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados (Isaías 38.17).
Aqueles que serão condenados serão condenados pelo registro de seu pecado; a evidência contra ele é justa e verdadeira. Eles recebem um julgamento justo e toda evidência poderia ter sido eliminada pelo clamor de Cristo: Está consumado! (João 19.30).
Eles não quiseram resolver isso fora do tribunal. Agora, estão nesse julgamento porque rejeitaram o Evangelho.
Você pode dizer: “Espere um pouco! Mais da metade do mundo não possui uma cópia da Bíblia; nunca ouviu o nome de Jesus. Como Deus pode enviá-los para o inferno se eles nunca ouviram o Evangelho?”
Meu amigo, Deus não os condenara ao inferno porque recusaram crer em Jesus Cristo—perceba nesse parágrafo que eles são responsáveis por suas obras, palavras, segredos e pecados. Não há menção alguma ao momento em suas vidas quando ouviram sobre Cristo e disseram: “Não quero recebê-lO como meu Salvador.”
Você já parou para pensar que a maioria do mundo nunca ouviu o Evangelho de Jesus Cristo? Contudo, eles não serão julgados segundo a luz que nunca ouviram ou viram; eles serão julgados segundo a luz que tiveram e rejeitaram.
- O Evangelho da consciência
Conforme Romanos 2, nem todos possuem o evangelho de Cristo, mas todos possuem o Evangelho da consciência. Paulo escreveu no verso 15 que cada pecador possui a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência.
Em outras palavras, o descrente—não importa onde tenha morado ou quanto conhecimento tenha tido sobre a Bíblia—teve um diálogo contínuo com sua consciência, aquela voz interior que o acusava quando fazia coisas pecaminosas.
Deus revelará nesse dia de julgamento que o condenado recusou ouvir sua consciência. Ao invés disso, ele inventou seu próprio padrão para aliviar sua consciência, acalmá-la e silenciá-la.
A humanidade criou seus próprios padrões e achou que eram bons. Como resultado, pensou: “Acho que está tudo bem!”
Isso é muito bem ilustrado pelo caso de um ladrão que foi pego com mão armada. Em sua carteira, os policiais encontraram um pedaço de papel no qual havia escrito seu código de conduta:
- Jamais matarei alguém, ao menos que seja extremamente necessário;
- Roubarei apenas à noite;
- Não usarei uma máscara;
- Se eu for perseguido em veículo, não colocarei a vida de inocentes em perigo;
- Roubarei apenas durante sete meses do ano;
- Meu prazer será roubar do rico para dar para pobre.
Esse bandido tinha um sentimento de moralidade—ele sabia que determinadas coisas estavam além dos limites. Contudo, esse sentimento de moralidade era defeituoso. Quando comparecer diante do tribunal, ele foi julgado não segundo os padrões que havia estabelecido para si mesmo, mas segundo a lei superior de seu estado.
Os que comparecerem diante desse Juiz não serão julgados segundo seu próprio código pessoal de moralidade, mas segundo o padrão da santidade de Deus.
- O Evangelho da criação
Deus também revelará nesse julgamento que os condenados recusaram ouvir o Evangelho da criação. Davi escreveu no Salmo 19.1–3:
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;
Os não redimidos podem não ter crido no Evangelho de Cristo, mas eles também não creram no evangelho da consciência ou no evangelho da criação.
Deixe me adicionar também que o pecador não pode nascer de novo a não ser que aceite o evangelho de Cristo. Já que a maioria da humanidade não aceitou o evangelho de Cristo, o descrente será julgado e condenado porque recusou crer no Evangelho que ouviu e viu—O Evangelho da consciência e o Evangelho da criação.
Paulo escreveu em Romanos 1.20:
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
Indesculpáveis!
A propósito, o motivo por que o criacionismo é negado de forma tão veemente é que a criação exige um Criador, e um Criador demanda responsabilidade e prestação de contas.
Charles Darwin, criado na igreja, buscou outra alternativa além do Cristianismo e do criacionismo simplesmente por causa da responsabilidade diante de Deus e da doutrina do inferno. Ele escreveu em sua autobiografia:
Não entendo como alguém deseja que o cristianismo seja verdadeiro; porque, caso seja, a simples linguagem do texto nos mostra que os homens que não creem, isso incluiria meu pai, meu irmão e a maioria dos meus melhores amigos, serão castigados eternamente.
O motivo interior de Darwin foi alimentado pelo desejo de sair com uma resposta para as origens independente de um Criador. A razão para isso foi sua honestidade para com o registro das escrituras, a saber, que, caso a existência de Deus fosse verdadeira, a Bíblia também estaria dizendo a verdade sobre um lugar chamado Inferno. Para Darwin, isso era algo completamente inaceitável.
Você pode dizer, assim como eu disse até recentemente: “Eu não sabia disso.”
Esse julgamento revelará os segredos emotivos dos corações e mentes. A natureza de todas as coisas será manifestada verdadeiramente e ninguém terá desculpas.
A propósito, só porque alguém crê em um Criador e ouve a consciência acusar seu pecado não significa que ela seja salva. Esse é o caso dos seguidores de muitas religiões do mundo que acreditam em um Criador e no conceito de pecado de consciência—Islamismo, Judaísmo e seitas como o Mormonismo e Testemunhas de Jeová. Apesar de tomarem emprestado esses conceitos da Bíblia, essas religiões negam a divindade singular de Jesus Cristo como Deus encarnado.
Em outras palavras, apesar de crerem no Evangelho da consciência e da criação, eles negam o Evangelho de Jesus Cristo. Sua negação do evangelho de Cristo será revelada nos livros de suas obras, palavras e segredos.
O retrato que nos é fornecido é o seguinte: cada pessoa diante do tribunal de Deus no grande trono branco será condenada porque não satisfez os padrões de Deus com suas obras, palavras e segredos. Ficará manifesto que cada um rejeitou o Evangelho que ouviu, quer tenha sido Evangelho da consciência, o Evangelho da criação ou o Evangelho de Cristo.
- O quinto livro é a Bíblia.
Ainda existe um quinto livro que pode ser aberto nesse tribunal. Trata-se do livro que estamos estudando—a Bíblia.
Deus poderá muito bem pegar textos de sua palavra inspirada, eterna e inerrante e aplicá-los aos condenados que estarão diante dEle.
Entenda bem que esse julgamento não serve para determinar se a pessoa será ou não enviada para o inferno; quem estiver presente nesse julgamento já será enviado para lá. Esse julgamento também não serve para pesar suas boas obras e suas obras más para ver se são bons o suficiente para ir para céu. Eles estão sendo condenados conforme suas obras afim de determinar, provar e sentenciar o grau ou severidade de seu julgamento. Veremos isso mais detalhadamente nosso próximo estudo.
Conclusão
Com bastante frequência, levo o lixo da minha casa para ser reciclado na estação de reciclagem de nosso bairro. Como vou para lá umas duas vezes por semana, acabei conhecendo umas pessoas que trabalham por ali. Dentre elas, existe um crente; geralmente compartilhamos um com o outro palavras de encorajamento. Ele é um grande homem de Deus.
Vários tipos de pessoas aparecem por ali. Na semana passada, enquanto descarregava o lixo, uma equipe de construção chegou para despejar entulhos. Quando saí de meu carro, ouvi um dos homens dizendo para os demais: “Bom, você sabe, o nosso corpo será comido por vermes mesmo e esse é o fim; as coisas acabam aí.”
Percebi que tinha chegado no final de uma discussão teológica. Fiquei decepcionado porque perdi a conversa, então tentei estender um pouco perguntando para os homens: “Como assim?”
Um deles olhou para mim e disse: “quando morremos, nossos corpos, assim como esse lixo, é comido por vermes e esse é o fim.”
Eu repliquei: “Não, esse não é o fim.”
Ele respondeu: “Não?!”
Os demais trabalhadores pararam para ouvir. Esses homens eram muito maiores do que eu, mas, por um motivo, decidi conversar com eles sobre o inferno. Se me jogassem no lixo, eu desapareceria da face da Terra ali mesmo.
Mas essa acabou sendo uma excelente oportunidade e eles ouviram tudo o que eu disse. A conversa foi rápida, em torno de um minuto, já que o motorista subiu no caminhão e ligou para sair.
Meu comentário final foi direcionado a um dos trabalhadores que parecia estar mais interessado. Eu disse: “Leia Apocalipse 20.”
Enquanto subia em seu caminhão, ele ficou repetindo e eu o ouvi dizendo: “Certo, Apocalipse 20. Vou fazer isso.”
Em seguida, eles se foram. Tenho orado para que veja esse rapaz no céu um dia. Apocalipse 20 é suficiente para salvar.
E você? Tenho orado para que você também seja salvo, para que esse estudo já seja suficiente. Não conheço o seu registro de pecado, e não preciso saber, mas sei que você não pode voltar e começar tudo de novo; ninguém pode fazer isso. Entretanto, você pode fazer de Jesus Cristo seu Senhor e Messias vivo e, assim, hoje mesmo, começar tudo de novo.
Ainda melhor do que isso, apesar de você não poder voltar e começar tudo de novo, você pode ir a cruz de Jesus Cristo e ter um novo final. Deixe-me dizer isso novamente:
Você não pode ter um novo começo, mas pode ter um novo final.
Seu começo não pode ser mudado, não importa o que você faça, mas seu final pode ser mudado de uma eternidade no inferno para uma eternidade no céu!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 07/03/2010
© Copyright 2010 Stephen Davey
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