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A Fonte da Juventude

A Fonte da Juventude

系列: Apocalipse
參考: Revelation 1–22

A Fonte da Juventude

Céu na Terra—Parte 3

Apocalipse 21.5–8

Introdução

Se viajássemos para diferentes países do mundo, quer na modernidade ou na antiguidade, descobriríamos várias lendas sobre a fonte da juventude. Poderíamos voltar até o tempo de Heródoto que viveu 500 anos antes do nascimento de Cristo e ouvi-lo falar sobre uma água especial na África, a qual fazia com que um povo tribal vivesse vida longa.

Uma lenda em particular se tornou comum no mundo ocidental por meio das expedições do primeiro governador de Porto Rico—um homem chamado Juan Ponce de Leon. Em 1513, ele saiu em busca da fonte da juventude que cria estar localizada na região que hoje é o estado da Flórida, Estados Unidos. Ele acreditou nos relatórios de nativos que afirmavam que as águas da fonte poderiam transformar um homem idoso fraco, renovando sua juventude e força de tal maneira que poderia se casar de novo em criar uma nova família.

Um historiador, escrevendo em 1864, disse que Ponce de Leon e seus homens saíram em busca dessa fonte em todos os rios, riachos, lagoas e lagos, mas nunca a encontraram.

Por vários séculos, esse assunto tem permanecido uma fascinação para a humanidade. Como ficar em jovem, viver uma vida longa, vencer a morte—qual é o segredo? Essa é uma fascinação. Talvez exista uma saída na vida para que as pessoas enganem a morte.

Pessoas que vivem mais do que 100 anos são entrevistadas a respeito de suas dietas, hábitos e perspectiva na vida. Sua rotina é depois estudada com a esperança de que ela revelará dicas e segredos de longevidade.

Em minha pesquisa, me deparei com um artigo após outro e uma entrevista após outra. Um repórter viajou para uma vila na Ásia onde moravam várias pessoas que haviam passado dos 100 anos. Ele não conseguiu encontrar nenhuma dica, nenhum segredo, nenhum hábito descomunal ou dieta especial. Nada de incomum chamou sua atenção, nenhum segredo.

Jamais esquecerei da ocasião quando estava com meus dois filhos gêmeos no carro levando-os para a escola. Eles estavam conversando no banco de trás e um deles me perguntou: “Ei, pai, você foi obediente aos seus pais?”

Eu respondi: “Por que?”

Eles então disseram: “Porque aprendemos um verso da Bíblia hoje; ele diz: ‘Honra a teu pai e a tua mãe para que te vá bem e sejas de longa vida sobre a Terra.’”

Em outras palavras, eles queriam saber se eu viveria por muitos anos. Mas filhos obedientes também morrem, não é? Esse versículo não é uma fórmula mágica, mas um princípio. Filhos obedientes aos seus pais se livram de problemas, perigos, maus hábitos e, em geral, vivem mais tempo.

A verdade é que o segredo para a juventude eterna não se encontra em alguma comida exótica, alguma disciplina ou exercício espiritual, algum clima agradável ou região pacífica, e também não é algo garantido àqueles que obedecem a seus pais. Certamente, o segredo da juventude não se encontra em alguma água na Flórida. A fonte da juventude nunca foi encontrada.

Todavia, conforme a revelação do apóstolo João, a fonte da juventude acontece de ser real e uma herança de cada crente.

A água da vida é o Evangelho de Cristo. Na verdade, o nosso futuro no céu revelará esse lugar maravilhoso quando Deus personificar, de forma física, a fonte da juventude fluindo como um rio do trono de Deus e por toda a nova terra.

Abra sua Bíblia em Apocalipse 21, onde João descreve para nós o céu na terra.

Já vimos algumas das glórias do céu quando a capital de Deus desce com todos os redimidos de todas as épocas. Aprendemos no verso 4 que Deus enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá.

Em outras palavras, nós, crentes em corpos glorificados e espíritos aperfeiçoados—assim como o perfeito e imaculado Jesus Cristo—viveremos para sempre. João escreve no verso 4 que já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Ou seja, a primeira forma de vida no planeta antigo com seu sofrimento, tristeza, dor e morte passará, e, desse ponto em diante, haverá uma nova vida na nova Terra onde viveremos para sempre.

Isso parece ser bom demais para ser verdade, e você sabe porque as pessoas dizem sobre as coisas que parecem ser “boas demais para ser verdade”—elas não são verdade. Esse ditado, contudo, não é verdade. Tudo depende de quem está falando!

O Espírito Santo prevê essa atitude e João escreve no verso 5:

E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas...

O Grande Encerramento

Podemos chamar isso de “O Grande Encerramento.” O próprio Deus fala essas palavras em Apocalipse 21.5. João continua nesse verso e escreve:

...E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

Em outras palavras, Deus diz: “Eu não minto; proclamo a verdade da vida eterna e de uma nova ordem de vida eterna. Assim como Eu, o soberano Senhor, criei todas as coisas no princípio, agora faço nova todas as coisas. Pode contar com isso! Minhas promessas são fiéis e todas se cumprem.”

Lemos no verso 6:

Disse-me ainda: Tudo está feito…

Isso pode ser entendido da seguinte forma: “As coisas estão finalizadas.”

Assim como a obra da criação foi finalizada em Gênesis 2 e a obra de redenção em João 19, a obra da nova criação para os redimidos é finalizada em Apocalipse 21.

O verbo feito está no perfeito do indicativo ativo, significando que essas coisas foram feitas e seus resultados continuam no futuro.

No caso de nos perguntar se Deus é capaz de realizar isso, Ele lembra o leitor não somente de Suas promessas, mas também de Seu soberano poder.

O Soberano Glorioso

João sai do grande encerramento para nos raepresentar a esse Soberano glorioso. Veja o verso 6:

...Eu sou o Alfa e o Ômega...

“Alfa” é a primeira letra do alfabeto grego e “ômega” a última. Isso é o mesmo que dizer: “De A a Z.”

Em outras palavras, se a existência, conhecimento e história humanos formassem um alfabeto, Deus seria a primeira e a última letra. Deus está dizendo, com efeito: “Não existe nada antes de mim e nada depois de mim.”

Essa mesma expressão será usada por Jesus Cristo em Apocalipse 22.13 e ela já apareceu em Apocalipse 1.8. Agora, a vemos novamente em Apocalipse 21.6.

Essa expressão é usada para descrever tanto Deus o Pai como o Filho. Ambos afirmam não ter origem e fim. Ambos são chamados de Alfa e Ômega.

Esses são textos poderosos que afirmam a divindade de Jesus Cristo em igualdade com Deus o Pai.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… E o Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1.1, 14).

Veja o que João adiciona no verso 6:

...Eu sou... o Princípio e o Fim.

A palavra Princípio não significa que Ele foi o primeiro a ser criado. O termo grego arche não sugere primazia em tempo, mas primazia no sentido de fonte. Ele é a fonte original de todas as coisas. O início de todos as coisas está nEle.

Ele é o principio e o Fim. A palavra fim (telos) significa que Ele completa todas as coisas.

Se Deus controla o passado e controla o futuro, temos todo motivo para crer que Ele controla também todas as coisas no presente.

Parte da solução para a nossa ansiedade é refletir em como Deus é grandioso e nós pequenos. Deus somente é supremo; quando lembramos que o encerramento de todas as coisas está completamente baseado no poder desse grande Soberano, nossa confiança nEle apenas aumenta. Às vezes, precisamos ser humilhados um pouco para termos uma perspectiva melhor.

Muhammad Ali foi um famoso lutador de boxe peso pesado conhecido ao redor do mundo inteiro. Em certa ocasião, Ali estava viajando de avião. Na verdade, o avião estava se preparando para decolar e a comissária de bordo veio e pediu que ele colocasse seu cinto de segurança. Ele disse para a aeromoça: “Super-homem não precisa de cinto de segurança.” Ao que a aeromoça respondeu: “Super-homem também não precisa de avião.”

Deus nunca precisa de cinto de segurança; não existe acidente em Seu vocabulário; Ele nunca se encontra em risco. Lembre-se disto: Deus nunca está em perigo; nunca faz algo perigoso e nem arrisca alguma coisa.

Muito pelo contrário, Ele conhece todas as coisas, do início ao fim. Ele sabe todas as opções e alternativas; Ele sabe o que poderia acontecer e o que acontecerá, e aquilo que acontece cumpre, no fim, aquilo que Ele projetou.

A. W. Tozer colocou isso da seguinte forma:

Deus não aprende [coisa alguma]; Ele, em momento algum ou de maneira alguma, recebeu em Sua mente conhecimento que antes já não possuía desde a eternidade. Pelo fato de Deus conhecer todas as coisas perfeitamente, Ele conhece tudo igualmente bem. Ele nunca descobre algo novo, nunca é surpreendido e nem fica maravilhado.

Muito bem colocado. Esse é o nosso Soberano glorioso. Ele esteve antes do início da história humana e já viu o término da história humana, além de todos os atos, pensamentos e motivos de cada ser humano no decorrer de toda a história.

A propósito, esse é o motivo por que Deus pode prometer ao Seu povo:

Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal... (Jeremias 29.11).

Essas não são palavras vazias porque Deus já conhece o futuro, o planejou e, acima de tudo, garante que ele acontecerá!

Deus diz no verso 6:

...Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim...

Esse é o grande encerramento garantido por nosso Soberano glorioso.

A Grande Herança

Veja, agora, que João revela uma grande herança em Apocalipse 21.6b:

...Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.

Aqui está—a fonte da juventude.

Quem pode beber dessa água?

Veja o verso 7a:

O vencedor herdará estas coisas...

A referência ao vencedor não serve para distinguir entre crentes vitoriosos e crentes não vitoriosos. A definição bíblica de um vencedor é, na verdade, um crente que exerceu fé salvífica em Jesus Cristo.

O apóstolo João esclarece isso em sua primeira carta:

porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus? (1 João 5.4–5).

Warren Wiersbe comentou nessa passagem de Apocalipse 21.7: “Essa herança não é para alguma espécie de elite espiritual. Todo filho de Deus herdará essas coisas.”

Anteriormente em seu Evangelho, João se referiu aos que vão a Cristo em fé como pessoas sedentas; quando elas vão a Cristo, Ele lhes dá a água da vida.

A propósito, esse livro de Apocalipse, apesar de descrever os eventos do estado eterno, ainda continua apresentando o convite do Evangelho. Talvez você ouvirá hoje! Se você está sedento, venha e beba. João repete esse convite em Apocalipse 22.17:

O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.

A fonte da vida é livre; a fonte da perpétua juventude e vida eterna foi comprada por completo.

João adiciona a expressão de graça ou “livre de custo” no final desse convite por uma questão de ênfase. A palavra grega dorean significa algo “grátis.”

Qualquer pessoa pode ter acesso à verdadeira fonte da juventude de graça e ter acesso à eternidade com Deus. O convite é aberto ao público.

Não sabemos ao certo o que essa herança maravilhosa envolve. Estou convencido de que ficaremos admirados em descrença ao vermos a glória de Deus, a cidade de Deus e o novo céu e a nova terra com esse rio da água da vida descendo do trono de Deus. Tudo isso é nossa herança!

Eu li um artigo intitulado “Da Caverna ao Castelo.” Esse artigo conta a história dos irmãos Peladi—pobres e mendigos—que moraram em uma caverna próxima a Budapeste. Eles saíram de sua casa velha para conseguir ganhar algum dinheiro vendendo ferro velho e doces. A situação desses dois irmãos era desesperadora. Entretanto, tudo mudou em dezembro de 2009. Num belo dia, de repente, funcionários do Serviço Social os procuraram e lhes informaram a respeito da propriedade de sua avó materna já falecida—uma propriedade avaliada em 6,6 bilhões de dólares. E assim, esses irmãos desamparados passaram a viver em um castelo depois de terem vivido por muito tempo numa caverna.

Que direito eles tinham? Eles eram parentes do beneficiário.

Você pode perguntar: “Por que temos o direito a essa herança eterna?”

Uma União Graciosa

Agora, João se refere à nossa união graciosa.

A metáfora da noiva e do noivo que já estudamos é deixada de lado por um momento e é substituída pela metáfora da adoção legal. João escreve no final do verso 7 que Deus diz:

...e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.

João usa a terminologia de um contrato de adoção.

Os gregos geralmente dividiam sua herança entre todos os filhos homens vivos. Os romanos adotaram uma prática de que o pai poderia mudar de ideia quantas vezes quisesse e decidir quando bem desejasse qual filho receberia herança, isso se escolhesse dar herança a um de seus filhos.

As pessoas ricas dos dias de João usavam essa estratégia para manter seus filhos na linha por grande parte de suas vidas—os filhos já adultos temiam que seriam deserdados.

Na época de João, havia a prática da adoção, a qual, conforme a lei, concedia ao herdeiro direito legal de herdar a propriedade de seu pai.

No século primeiro, um homem podia adotar qualquer cidadão homem fora de sua própria família e conceder direito de herança igual ao de seus filhos biológicos. Na maioria das vezes, isso acontecia quando um homem não tinha um herdeiro e desejava presentear alguém que amava com sua riqueza.

Havia leis bem específicas que legislavam o processo de adoção. De fato, após o contrato de adoção ter sido assinado, o pai adotivo estava proibido de deserdar seu filho adotado. A adoção durava a vida inteira e jamais podia ser anulada.

Essa é a ideia desse verso quando Deus fala de uma herança e filhos. A Bíblia emprega aspectos tanto dos costumes de adoção gregos como dos romanos para descrever a herança do crente. Paulo escreveu aos Efésios:

nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós... (Efésios 1.5–8).

O apóstolo Pedro escreveu:

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros (1 Pedro 1.3–4).

Todos os filhos de Deus receberam uma herança igual da propriedade do Pai, e o contrato entre Deus e Seus filhos adotados jamais será quebrado.

Temos um grande encerramento, garantido pelo nosso Soberano glorioso, O qual nos promete uma grande herança por virtude de nossa união graciosa com Deus por meio de Cristo.

Seria já excelente colocar um ponto final neste momento, mas, diante de toda essa glória e alegria, João continua revelando aquilo que podemos chamar de uma “distinção grave.”

A Distinção Grave

Veja Apocalipse 21.8:

Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

O crente herda tudo o que existe de bom e glorioso, e o descrente herda tudo aquilo que existe de doloroso e horrível. Enquanto o crente recebe a promessa de uma herança que jamais incluirá tristeza, pranto, choro e dor, o descrente irá para um lugar onde choro, dor, tristeza, culpa e pecado jamais cessarão. A diferença entre as alegrias do céu e os tormentos do inferno é capturada por uma pequena conjunção—porém.

  • Os covardes.

Isso se refere àqueles que podem ter dito conhecer Cristo, mas que se envergonharam de aceitar as alegações de Cristo e viver para Ele publicamente.

Pessoalmente, ainda me lembro de lutar com isso quando era adolescente antes de entregar minha vida a Cristo. Perguntas e mais perguntas inundavam a minha mente: “Se eu aceitar a Cristo, o que acontecerá com todos os meus amigos? E o que acontecerá com a minha vida?” Como se essas coisas fossem mais dignas do que Cristo.

Essa é a atitude de um covarde que recusa aceitar Cristo por medo da rejeição do mundo.

  • Os incrédulos.

João menciona os incrédulos, que é simplesmente outro termo para os que rejeitam a Cristo abertamente, aqueles que jamais demonstraram sequer interesse nEle.

  • Os abomináveis.

Esses são os impuros. A palavra se refere a pessoas que se tornam saturadas com abominações que praticam no decorrer de suas vidas.

  • Os assassinos.

A palavra se refere a alguém que tira a vida de outro de forma premeditada. Isso inclui a pessoa que pratica o aborto.

  • Os impuros.

A palavra grega é pornos, a qual origina o nosso termo “pornografia.”

O Novo Testamento emprega essa palavra para se referir àqueles que não somente praticam, mas promovem e encorajam qualquer tipo de atividade sexual fora do casamento.

Isso inclui não somente o adúltero, o homossexual, o estuprador e o pedófilo, mas também o produtor de filme que ilustra adultério e fornicação, bem como políticos que defendem o homossexualismo.

  • Os feiticeiros.

João continua e lista os que praticam a feitiçaria. Essa palavra grega, pharmakeys, se refere a drogas que incluem fantasias pseudo-religiosas e experiências ocultas.

A palavra incluía não somente o uso ilícito de drogas, mas também drogas usadas na adoração de falsos deuses e no pronunciamento de pragas e maldições em nome do deus favorito da pessoa.

A cidade de Éfeso estava repleta com essa prática. Após o apóstolo Paulo ter pregado o Evangelho aos efésios, aqueles que se arrependeram trouxeram seus livros de mágica, suas feitiçarias e todos os seus encantamentos e queimaram tudo nas ruas (Atos 19.19).

  • Os idólatras.

Essa é aquela pessoa que coloca uma coisa ou pessoa acima do Deus vivo e verdadeiro.

  • Os mentirosos.

Finalmente, João conclui a lista com os mentirosos, uma palavra que não precisamos definir.

Talvez você esteja pensando: “Essa passagem acabou de condenar muitas pessoas ao inferno.”

Entenda bem, contudo, que essa lista inclui todos—todos; eu e você estamos nesse meio.

A lista inclui todos nós que colocamos alguém ou alguma coisa acima de Deus em nossas afeições, que nos entregamos à lascívia secreta do adultério, que assassinamos pelo ódio em nossos corações, e que praticamos a covardia, a descrença e a mentira.

O ensino dessa passagem não é que todas as pessoas boas irão para o céu e as perversas para o inferno. O ensino é que todos são culpados e estão a caminho do inferno.

...Não há um justo, nem um sequer (Romanos 3.10).

porque todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3.23).

Note que a lista não diz que aqueles que cometem esses pecados serão excluídos do céu. Se esse fosse o caso, todos nós estaríamos excluídos do céu.

A lista fala daqueles que escolheram seu pecado ao invés do Salvador e disseram: “Não quero o reino do céu se tiver que abrir mão de meu pecado. Prefiro o meu reino de pecado!”

É como o famoso escritor Mark Twain que afirmou em sua descrença: “Prefiro o céu pelo clima, mas o inferno pela companhia.”

Infelizmente, ele não desfrutará de nenhum dos dois. Ele caminha para uma decepção eterna e uma sede eterna por satisfação.

Entretanto, no caso dos que foram adotados e disseram “sim” para a água da vida através de Cristo—que deixaram para trás a família da morte e o pai das mentiras em troca da família da vida e o Pai da verdade—esses herdarão o reino do céu.

Paulo escreveu aos Coríntios as seguintes palavras maravilhosas:

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Coríntios 6.9–11).

Um autor contou o incidente envolvendo uma amiga sua que ensinava a Bíblia para algumas meninas em uma vizinhança barra pesada. Em sua turma, havia uma garota chamada Bárbara que era um tanto amedrontada. A vida em seu lar a deixava apavorada—ela não sabia o que teria que suportar toda vez que chegasse em casa. Bárbara nunca havia falado—nem sequer uma vez. Enquanto as outras garotas conversavam, ela ficava sentada; enquanto as outras cantavam, ela olhava para baixo em silêncio; enquanto as outras riam, ela permanecia inerte. Ela sempre vinha para a aula e sempre ouvia atentamente. Isso foi verdade, até o dia em que a professora deu uma aula sobre o céu e falou sobre a beleza do céu, a glória de Deus e vidas sem lágrimas, tristeza ou dor de qualquer tipo. Bárbara ficou fascinada com aquilo. Ela permaneceu a aula inteira olhando fixamente para a professora. Ela ouviu a verdade com fome e sede. Em seguida, ela ergueu sua mão e disse: “Professora?”

A professora ficou admirada—Bárbara nunca tinha feito uma pergunta antes. “Sim, Bárbara.”

“O céu é para meninas como eu?”

“Ah! Sim, o céu foi feito para meninas exatamente como você.”

O céu foi feito para pecadores salvos. Ele foi criado para pessoas que estragam suas vidas ao beber das águas lamacentas do mundo que são tão atraentes. O céu foi feito para pecadores que vêm e bebem da fonte que flui de Cristo—a água viva que satisfaz.

O céu foi feito para pecadores que, pela fé em Cristo, são filhos e filhas adotados, que herdaram o novo céu e a nova cidade na nova terra de Deus. Nós, que antes morávamos em uma caverna, herdamos um castelo.

Esse é o grande encerramento garantido pelo nosso Senhor soberano glorioso, que nos entregará uma grande herança por causa de nossa união graciosa que nos inseriu na família de Deus eternamente!

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 02/05/2010

© Copyright 2010 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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