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Nenhuma Continuação à Vista

Nenhuma Continuação à Vista

系列: Apocalipse
參考: Revelation 1–22

Nenhuma Continuação à Vista

As Últimas Palavras—Parte 3

Apocalipse 22.18–19

Introdução

Será que a Bíblia que você possui em suas mãos está incompleta? Será que está faltando um livro? Será que ainda existe uma continuação? Podemos perguntar isso de outra forma: será que a Bíblia é um livro completo?

Ao escrever aos crentes de Éfeso, Paulo comparou a igreja a um edifício, dizendo:

...sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor (Efésios 2.19–21).

Em outras palavras, os apóstolos e profetas lançaram o alicerce da casa dos redimidos, e o fundamento foi completado com Jesus Cristo como a pedra angular.

O escritor aos Hebreus também preparou a igreja para entender que a Bíblia seria completada com as últimas palavras dos apóstolos quando escreveu em Hebreus 1.2:

nestes últimos dias [na era da igreja], [Deus] nos falou pelo Filho...

Por meio de revelação, Deus falou aos profetas e apóstolos, e através da inspiração Ele se comunicou por meio deles.

No capítulo 2 de Hebreus, somos informados de que a comunidade apostólica seria o porta-voz de Cristo, proclamando à igreja a Palavra de Deus nos últimos dias.

No decorrer dos últimos dezenove séculos, Jesus Cristo tem edificado a mega-estrutura de Sua igreja que é retratada como uma noiva e como um edifício. Em outras palavras, nos últimos 1900 anos, não temos esperado mais uma palavra de Deus para adicionar ao fundamento da igreja. Deus nos diz claramente que a comunicação da Escritura inspirada que forma o alicerce da igreja seria por meio dos apóstolos.

A curta epístola de Judas destaca que os apóstolos de Jesus Cristo anunciaram de uma vez por todas o conteúdo de nossa fé e do Evangelho. É por isso que Paulo defendeu tanto seu apostolado. Apenas os apóstolos tinham o direito às palavras finais do Novo Testamento de Deus à igreja.

João foi o último apóstolo a morrer e seu Apocalipse se tornou a última Escritura inspirada, soprada por Deus. Isso significa que João está prestes a adicionar o último tijolo ao alicerce da igreja do qual Jesus Cristo é a pedra angular.

Já que Apocalipse descreve toda a história humana desde o término da era apostólica até o estado eterno no céu e no inferno, qualquer alteração ou adição seria equivalente a alterar as próprias Escrituras.

Um estudioso do grego do Novo Testamento afirmou o seguinte:

[Esse livro de Apocalipse] se projeta da época da vida de João até o estado eterno. Portanto, qualquer tipo de declaração profética se intrometeria no domínio de seu alcance e constituiria uma adição ou subtração do conteúdo de Apocalipse. O último livro da Bíblia também é o produto final da profecia Neotestamentária. Ele marca o término do Novo Testamento, já que o dom de profecia foi o meio divinamente escolhido para comunicar os livros inspirados do cânon das Escrituras.

João está prestes a anunciar um alerta, não somente a falsos profetas, mas à igreja para que fique atenta a qualquer coisa que contrarie a autoridade, precisão e término desse livro.

Qual a importância desse assunto? Será que essa questão de Deus haver concluído Sua Palavra é algo tão sério assim?

Veja o que diz Apocalipse 22.18–19:

Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.

Parece que se trata de algo bem sério!

O último apóstolo ainda vivo escrevendo o último livro das Escrituras inspiradas diz que este livro, bem como a Bíblia inteira, está concluído. Não há mais nada a ser adicionado ao seu conteúdo.

A revelação de Deus claramente termina com uma etiqueta de aviso: “Não mexa com este texto.”

Esse alerta, a propósito, não é contra alguma interpretação equivocada das Escrituras, especialmente do livro de Apocalipse. E isso serve de grande alívio para nós, não é verdade? João não está falando de pessoas regeneradas que amam o Evangelho de Cristo e estudam a Palavra de Deus, mas não compreendem perfeitamente os eventos proféticos ou determinados versos das Escrituras. Ele, bem como os demais apóstolos, alertam contra os que distorcem propositadamente o Evangelho, afirmando possuírem uma “nova revelação de Deus,” a qual altera o Evangelho e redefine as palavras das Escrituras.

Esse é alguém como Joseph Smith que alegou ser um profeta com um outro testamento de Cristo, o qual nega que a divindade assumiu forma corpórea em Cristo. Joseph Smith também ensinou que Deus fora antes um homem e que todos os homens podem se tornar deuses. Esses falsos ensinos modificam totalmente o Evangelho e redefinem a terminologia bíblica.

Adicione a isso ainda o Alcorão de Maomé, o qual ensina que Jesus não morreu na cruz, mas Judas morreu enquanto Jesus foi levado ao céu. O Alcorão ainda ensina que Jesus foi simplesmente mais um profeta de Deus, mas não Deus em carne e igual ao Pai em essência e, portanto, digno de nossa adoração.

O Islã e o Mormonismo são apenas dois de dezenas de exemplos que buscam se enquadrar em alguns conceitos das Escrituras, mas que são forçados a redefinir e reorientar seu claro ensino, a ponto de se transformar num outro evangelho. Quanto a isso, Paulo alertou os Gálatas:

Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema (Gálatas 1.9).

Em outras palavras, na época em que Paulo pregava o Evangelho do Deus que se tornou carne, morreu na cruz para salvar pecadores e que, ao ressuscitar, autenticou Sua reivindicação exclusiva de ser o Deus Filho e semente de Davi, já havia outros evangelhos sendo pregados.

Portanto, não é surpresa alguma que, quando chegamos ao final da revelação de Deus, descobrimos que o livro de Apocalipse começa com uma bênção para os que o leem, ouvem e guardam, e termina com um alerta e maldição para os que alteram seu conteúdo.

João escreve dois alertas bem claros nos versos 18 e 19. Vamos observá-los com mais calma.

Alerta contra Acréscimo

O primeiro alerta é contra acréscimo. Veja o verso 18 novamente:

Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro

Ou seja, se achamos que as coisas já foram ruins demais para os descrentes na terra durante a Tribulação, veremos que essas pragas não foram nada comparadas aos horrores do inferno e do sofrimento eterno.

Obviamente, então, essa é uma questão de céu e inferno.

João escreve que, se adicionarmos ao texto da palavra revelada de Deus algo que pensamos ser de igual importância de forma a alterarmos significativamente a Palavra de Deus, sofreremos os tormentos do inferno.

O que João quer dizer com isso?

Se imaginamos a revelação de Deus como uma linha reta, vemos o início com Moisés em Gênesis, que conduz aos profetas e poetas do Antigo Testamento, e depois a Cristo e aos apóstolos, os quais proclamam a verdade que nos conduz ao final do mundo. Podemos imaginar uma linha reta do começo da criação em Gênesis até a criação do novo céu e nova terra em Apocalipse.

Isso significa que a Palavra de Deus, do primeiro ao último livro, inclui todo o tempo do início ao fim. Então, na Bíblia que temos em nossas mãos, temos a revelação completa de Deus do princípio dos tempos ao final dos tempos.

Como resultado, qualquer um que tentar inserir a si mesmo na linhagem de profetas e poetas bíblicos, ou tentar se colocar na sequência após os apóstolos, dizendo: “Tenho algo novo,” precisa ser calado e alertado pela igreja; não há nada faltando na Bíblia e não há continuação alguma a seguir.

Talvez você tenha percebido que estamos cercados por uma proliferação de toda espécie de seitas e ventos de doutrina que varrem o mundo. A maioria deles baseiam-se na declaração de alguém haver falado da parte de Deus e ter recebido iluminação e autoridade divinas.

Nenhum desses falsos mestres cujos ensinos li e estudei nega por completo a Bíblia ou a existência de Jesus Cristo. Ao invés disso, eles redefinem a Bíblia e a pessoa de Cristo, e depois reestruturam o significado claro do texto bíblico. Com isso, eles fazem uma de duas coisas: ou acrescentam ou removem algo da Bíblia.

O acréscimo e a remoção de algo da Palavra revelada de Deus resultou na queda da humanidade no passado e ainda destrói vidas hoje. Esse é o engano original. A queda do homem no Jardim do Éden inclui Eva adicionando às palavras de Deus—“Não podemos nem tocar no fruto”—e Satanás subtraindo das palavras de Deus—“Deus não disse isso!”

Este é, portanto, o alerta: Não mexa com as palavras de Deus! Não mexa com o texto! Não tente reescrever a Palavra! Não há continuação alguma à vista!

Agora, em nossa geração, tem havido uma explosão de interesse em outros relatos do Evangelho, os quais são conhecidos como Evangelhos Gnósticos. As pessoas querem saber por que esses livros foram deixados de fora do cânon da Bíblia.

Essa é uma ótima pergunta. Por que os Evangelhos de Judas, Maria, Tomé, Filipe, o da Verdade e outros quarenta e cinco foram excluídos do cânon?

Os Evangelhos Gnósticos foram escritos após os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João terem sido recebidos pela comunidade de crentes como tendo sido escritos genuinamente por apóstolos sob a direção do Santo Espírito de Deus. Muitos desses evangelhos foram escritos nos séculos terceiro e quarto, e até mesmo no século oitavo como ataques ao Evangelho de Jesus Cristo.

A palavra “gnóstico” vem do termo grego gnosis, que significa “conhecimento.” Os escritores usavam esse termo para se referir a um conhecimento escondido que se tornava disponível apenas aos iluminados. Os gnósticos acreditavam estar em conexão por meio de experiências místicas espirituais especiais com o Espírito de Deus, o qual lhes fornecia revelação adicional.

Os Evangelhos Gnósticos claramente ensinam outro evangelho. Para começar, Jesus não foi o Deus encarnado, nem nasceu de uma virgem; Ele foi simplesmente um homem interessante que juntou um grupo de seguidores.

Um pai da igreja chamado Irineu escreveu no ano 180 A.D. que o Evangelho Gnóstico de Judas era bastante conhecido a ele e que não passava de uma ficção. Até mesmo os leitores leigos levantariam perguntas ao Evangelho de Judas porque o herói no relato deixa de ser Jesus e passa a ser... Judas.

Os gnósticos criam que, já que a carne era má, Deus não poderia ter se tornado carne sem que se tornasse mau. Então, Cristo não poderia ter sido Deus em carne. Além disso, praticamente todos os escritos gnósticos ou evangelhos negavam a ressurreição física de Jesus Cristo.

Semelhante ao Islamismo de nossos dias, os gnósticos não criam que Jesus tinha morrido na cruz; quem morreu foi um substituto. Na verdade, esses evangelhos secretos rejeitados pela igreja ensinavam que Jesus se casou com uma de Suas seguidoras—Maria Madalena.

É interessante ler citações gnósticas sobre o suposto casamento de Jesus. Nem sequer um dos Evangelhos Gnósticos diz que Jesus de casou com Maria Madalena. O Evangelho de Filipe, que é o que chega mais perto de afirmar isso, diz que Jesus a beijou e a ensinou com mais carinho, e até a amou mais do que a todos os outros discípulos.

Obviamente, isso é tudo que os céticos precisam para dar asas à sua imaginação e chegar a todo tipo de conclusão que nem mesmo os mais espúrios dos evangelhos ensinam claramente.

Gosto do que um erudito evangélico escreveu quanto aos céticos e às conclusões que chegam sem qualquer tipo de evidência. Ele afirmou:

Se algo se parece com um pato, anda como pato e grasna como pato, deve ser um camelo disfarçado de pato. Então, já que não existe evidência bíblica de que Jesus tenha se casado e dezenas de indicações bíblicas de que Ele não foi casado, além de nenhum texto estra-bíblico ou histórico confirmando que tenha se casado, Ele deve ter se casado em secreto.

Meu querido, deixe-me encorajá-lo com o seguinte: você não precisa ser um especialista em escritos gnósticos. Simplesmente pegue os ensinos do History Channel—que apoia grandemente o Gnosticismo—do Animal Planet—que propõe o evolucionismo—e de livros populares como O Código da Vinci de Dan Brown e os compare aos ensinos dos evangelhos respeitados e reverenciados pela igreja primitiva e você verá que esses são evangelhos diferentes, contrários ao que foi recebido e pregado pelos apóstolos.

Por que os escritos gnósticos são tão populares em nossos dias? Uma revista secular afirmou que os escritos gnósticos saciam a fome que o povo tem de espiritualidade mística. Ou seja, as pessoas querem ter algum tipo de experiência religiosa independente das restrições bíblicas.

Outro autor afirmou que existe interesse nesses evangelhos perdidos—nesses livros secretos—porque muitas pessoas simplesmente buscam outro jeito de ser um cristão.

Existem pessoas que querem ser cristãs sem Cristo. Esses Evangelhos Gnósticos se encaixam bem com o espírito de nossos dias.

O pregador Erwin Lutzer contou sobre um pastor que disse à sua congregação no domingo de Natal: “O que nós temos a ver com o relato de pastores, estrelas e magos? Por acaso temos que acreditar que esses eventos aconteceram? Não, não temos. O que importa é o espírito natalino.” Lutzer adicionou: “Os gnósticos teriam adorado isso.”

O que vamos fazer com escritores como Dan Brown e outros semelhantes a ele que escrevem sobre os “segredos do Cristianismo”?

Eu não sabia que o Cristianismo tinha segredos. Você pode pensar: “Espere aí, crente não consegue guardar segredo!”

Bom, aparentemente nós conseguimos sim. Na verdade, existem coisas seríssimas que precisamos de ajuda para manter em segredo.

Um dos supostos segredos mais devastadores para o Cristianismo que ganhou popularidade nos últimos anos diz que os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João foram selecionados no século quarto no Concílio de Niceia pelos líderes da igreja porque queriam abafar a verdade de que Jesus foi somente um homem e que, depois de Sua morte, Seu grupo de discípulos foi liderado pela Sua seguidora mais próxima e viúva—Maria Madalena.

Nossa! Como seria um desastre se isso fosse divulgado por aí!

Então, o livro O Código da Vinci afirma como fato que o imperador Constantino comissionou e financiou pessoalmente uma nova Bíblia no século quarto que omitia os Evangelhos Gnósticos, os quais revelavam que Cristo era um homem mortal com uma esposa chamada Maria Madalena. Dan Brown, autor do livro, ainda escreve que Constantino convocou os bispos para o concílio onde votaram manter apenas os quatro Evangelhos—Mateus, Marcos, Lucas e João—que caracterizavam Jesus como Deus, e que a votação foi apertada.

Agora, o que esse segredo significa, é claro, é que a doutrina da divindade de Cristo foi definida pela igreja e que, mesmo assim, ela quase não foi aprovada pela votação no Concílio de Niceia.

Isso também significa que o Cristianismo conforme conhecemos pelas Escrituras é uma invenção do século quarto. Ele foi fabricado por homens machistas que votaram a favor da existência de uma religião que inventaram porque não queriam uma mulher liderando a igreja. E quando eles votaram, a votação foi muito equilibrada.

Existem vestígios de verdade nesse suposto segredo, mas estão cercados de mentiras.

Infelizmente, Dan Brown começa o livro O Código da Vinci com a afirmação de que o que escreveu era a verdade. Ele, de fato, escreveu uma ficção bastante interessante, mas ele é um terrível historiador eclesiástico.

Primeiro, o Concílio de Niceia jamais tratou do assunto de escritos gnósticos, nem jamais votou em quais Evangelhos incluir no cânon das Escrituras. Na verdade, em todos os relatos históricos desse concílio, os quais foram guardados rigorosamente, não existe sequer uma palavra sobre quais livros eram inspirados e quais não eram. Os participantes do concílio não discutiram a questão do cânon das Escrituras.

O Concílio de Niceia reuniu 318 bispos para resolver a questão da divindade de Cristo no ano 325 A.D. Isso é parte da verdade. Entretanto, eles se reuniram, não porque estavam confusos quanto à divindade de Cristo, mas por causa da popularidade crescente de um homem chamado Ário.

Ário estava ensinando que Cristo não era totalmente Deus, mas que havia sido criado no princípio. Ele pregava que Cristo era como Deus o Pai, mas não igual ao Pai em essência divina. Percebemos imediatamente que Ário seria o precursor de muitas seitas que persistem até os dias de hoje.

O Concílio de Niceia condenou Ário como herege e teceu o Credo Niceno para defender a verdade bíblica. Parte do Credo diz: “Cristo... é... Deus, o mesmo Deus... possuindo uma essência com o Pai, por meio do qual todas as coisas foram criadas.”

Em outras palavras, Cristo é divino, igual ao Deus Pai e o Criador de todas as coisas.

Agora, será que essa doutrina foi algo que aqueles 318 bispos inventaram 250 anos após os apóstolos terem escrito seus textos inspirados, ou será que o Credo Niceno soa familiar a Filipenses 2? Paulo escreveu em Filipenses 2.6–7:

pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,

Será que a ideia de Cristo ser o criador por meio do qual tudo foi criado foi algo inventado pelo Concílio de Niceia, ou será que foi baseado em Colossenses 1.15?

Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

Mas, espere um pouco! A palavra criação indica que Cristo teve um começo. A palavra grega para primogênito é protokokos, que significa, “anterior, superior” e se refere à preexistência de Cristo.

Paulo diz que Cristo é superior e existiu eternamente antes da criação. Isso tinha que ser verdade a fim de que a próxima frase de Paulo fizesse sentido; e foi algo que o Concílio de Niceia adicionou ao Credo:

pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Colossenses 1.16–17).

Mais uma verdade que devemos notar quanto a esse concílio é que a votação dos bispos não foi apertada, conforme Dan Brown afirma no livro O Código da Vinci. O que aconteceu, na verdade, foi que, dos 318 bispos, apenas dois votaram contra.

A votação não foi equilibrada. Numa igreja batista isso seria considerado unanimidade; ou melhor, um milagre!

Meu amigo, o Concílio de Niceia não decidiu se Cristo era Deus em carne e depois escondeu todos os demais evangelhos que provavam o contrário e promoveu os que apoiavam a decisão dos bispos. Os participantes apenas colocaram uma doutrina bíblica em forma de credo, defendendo o que os apóstolos já tinham ensinado e algo que a igreja já vinha crendo nos 250 anos anteriores.

O que esse concílio estava encarando? Problemas semelhantes que a igreja de hoje encara—tentativas persistentes pelas forças do inferno e humanidade caída de adicionar preceitos à verdade das Escrituras.

Então, João chega ao final de sua revelação com um alerta sério contra qualquer acréscimo. Ele diz: “Não adicione nada ao Evangelho. Não há mais profeta algum a falar e nenhuma sequência adiante.”

Meu querido, seja cauteloso com aquilo que você lê, especialmente se é contrário ou é um acréscimo à verdade que de uma vez por todas recebemos (Judas 3). Não seja ingênuo, mas pense criticamente. Fique alerta contra qualquer pessoa que afirma crer que a Bíblia é a Palavra de Deus, mas que Apocalipse não é a última palavra vinda de Deus. Em cada geração, houve novas versões da heresia de Ário, afirmando que:

  • Jesus Cristo não é Deus em carne;
  • Jesus Cristo não é a palavra final;
  • Jesus Cristo é um mermo mortal, mas recebeu título de divino como honra por uma vida fiel;
  • Outros profetas possuem posição igual a Jesus Cristo;
  • Os apóstolos precisam ser substituídos por pessoas de nossos dias;
  • Apocalipse não conclui a revelação bíblica;
  • A igreja precisa que novos tijolos de verdade sejam adicionados ao alicerce dos profetas e apóstolos;
  • Jesus Cristo não é a única pedra angular do edifício de nossa fé, mas que existem outros após Ele ou alguém que ainda está por vir.

Então, João faz um alerta contra adição que inclui a pessoa que diz ser de Deus ou ser Deus—assim como o Anticristo no período da Tribulação. João ainda faz mais um alerta.

Alerta contra Subtração

Em segundo lugar, somos alertados contra subtração. Veja o verso 19:

e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.

João não sugere aqui que podemos perder nossa salvação, mas descreve alguém que perderá a oportunidade da vida eterna por causa de sua descrença.

Vemos um jogo de palavras nos versos 18 e 19: aquele que acrescenta verá seus flagelos acrescentados; aquele que tira será tirado da oportunidade de vida eterna.

A tragédia da incredulidade no decorrer da história pode ser resumida por esses dois alertas.

As seitas e “ismos” de nosso mundo acrescentam às Escrituras e o mundo liberal dos descrentes subtrai das Escrituras.

Conforme esse texto, ambas as atitudes determinam o destino longe da glória de Deus e da beleza do céu.

Ouça esses alertas—não assumimos a posição de editores ou redatores que presumem ter autoridade para modificar, reorganizar ou editar palavras das Escrituras.

Não julgamos as Escrituras; as Escrituras é que nos julgam.

Os profetas e apóstolos proclamaram a Palavra de Deus e João, o último deles, registra a última revelação e encerra o livro ao adicionar o último tijolo do alicerce de nossa fé. Nada mais precisa ser adicionado e nada pode ser retirado. Remover parte do alicerce levará ao colapso da estrutura inteira.

A integridade das Escrituras é destruída em ambas as direções: ou Deus deixou de fora algo que o homem precisa adicionar, ou o homem remove algo que Deus decidiu incluir. De qualquer maneira, a integridade do caráter de Deus e a suficiência das Escrituras são destruídas.

É por isso que o alerta de julgamento futuro é dado tanto para quem adiciona como para quem subtrai das palavras sagradas de Deus. Ambos os julgamentos são a mesma condenação descrita com dois efeitos distintos. Os que não obedecem ao alerta sofrem os tomentos e pragas do inferno e são barrados da cidade de Deus—a cidade de ouro da glória eterna de Deus com árvores que dão o fruto da vida eterna—e tudo isso escapa de seu alcance eternamente.

Esse é um mandamento ainda maior do que aquele dado a Adão e Eva que foram exilados do Jardim do Éden e barrados do acesso à árvore da vida. Em sua desobediência, eles adicionaram às palavras de Deus e também negaram as palavras de Deus; contudo, Adão e Eva foram redimidos. Os sacrifícios de animais foram realizados pelas mãos do próprio Deus e o Criador os revestiu com um ato de expiação.

Todavia, conforme o relato de Apocalipse, vemos aqui um fim diferente. No final da história humana, nenhum que morre em descrença terá seu destino eterno revertido de alguma maneira. No capítulo 20, João nos diz que eles serão julgados e condenados.

A questão agora é simples: você deseja perder o céu e ir para o inferno? Se sim, então vá para a última palavra do último verso da Bíblia e mude o ponto final para uma vírgula: “Tenho uma nova revelação que você precisa saber,” ou, “Seguirei um novo evangelho que acabou de surgir.”

Ou, pegue um par de tesouras e corte parte das Escrituras, conforme os teólogos do “Simpósio de Jesus” fazem com o objetivo de “mudar a forma como as pessoas pensam sobre Jesus.” Eles desejam “um Jesus trata de coisas da sociedade moderna como feminismo, multiculturalismo e política.”

Após estudar os Evangelhos, os integrantes desse Simpósio concluíram que apenas 18% das palavras atribuídas a Cristo foram, de fato, pronunciadas por Ele. Isso significa que Jesus nunca disse 82% delas; então, eles as excluem da Bíblia.

João alerta contra a atitude de fazer ginástica gramatical para que a Bíblia ensine algo que claramente não ensina. Não mexa com a verdade da Palavra de Deus. Não seja culpado de acrescentar ou subtrair das Escrituras. Um autor coloca isso com bastante clareza quando escreve:

É tudo ou nada. Não devemos acrescentar à Palavra de Deus como se ela fosse insuficiente, e não podemos subtrair uma palavra sequer dela como se fosse irrelevante, indigna de confiança ou sem importância. Não há nada novo! Não há nada menos do que a Bíblia! Não há nada além da Palavra de Deus como nos foi transmitida! A última palavra foi escrita. O ponto final foi colocado. Deus fez uma linha horizontal no final da página e pronto. Não haverá mais revelação do céu; não existe nenhum apêndice a ser inserido.

Não há sequência alguma à vista!

Muitos liberais de nossos dias e descrentes céticos dizem que a Bíblia é uma coletânea de livros que líderes da igreja decidiram unir numa só obra centenas de anos depois de os apóstolos terem escrito suas cartas. Essa é outra mentira. Mesmo que seja popular, é mentira.

A verdade é que, na época em que Atanásio, um líder da igreja piedoso, listou os 27 livros numa carta de Páscoa datada do século quarto, a igreja já havia afirmado os mesmos 27 livros e já os vinha chamando de o Novo Testamento por mais de um século.

Duzentos anos antes, somente oitenta anos depois da morte do apóstolo João, um pai da igreja chamado Irineu escreveu sobre as cartas apostólicas que haviam circulado e afirmadas pelas igrejas locais. Irineu escreveu:

A igreja, tendo recebido essa pregação e essa fé, apesar de espalhada pelo mundo, as preserva cuidadosamente. Porque as igrejas plantadas na Alemanha não creem, nem transmitiram algo diferente, nem aquelas da Espanha, nem as da Gália [França], nem as do Egito, nem as da Líbia, nem as que foram estabelecidas nas regiões centrais do mundo... nem um dos líderes da igreja, independente do quão eloquente seja, ensinará doutrinas diferentes destas.

A igreja não criou a Bíblia; ela apenas reconheceu a Bíblia. É como o joalheiro que descobre um diamante: ele não criou o diamante; ele apenas afirma aquilo que o diamante já é.

Para nós que, por causa de Cristo que abriu nossos olhos para reconhecer esse Livro e crer em suas doutrinas e em seu Autor divino, ficamos lado a lado com crentes de séculos distantes que não temeram esse último alerta de João: não acrescentaremos, nem subtrairemos coisa alguma. Que nossa atitude neste momento seja:

  • Nos deleitar nesse Livro;
  • Nos submeter à sua autoridade divina sobre nossas vidas;
  • Defender seu Autor;
  • Descobrir suas verdades e promessas;
  • Pregar seu Evangelho a outros; e
  • Depender dele para força e direção.

Que vivamos de maneira que esse Livro seja, de fato, lâmpada para os meus pés, e luz para os meus caminhos (Salmo 119.105).

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado dia 20/06/2010

© Copyright 2010 Stephen Davey

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