
Músculo e Boca
Músculo e Boca
O Criador Divino: Encontrando Seu Lugar no Corpo de Cristo—Parte 5
Romanos 12.7
Introdução
Ontem minha família fez uma festa de aniversário para mim. Eles me deram alguns presentes e, naturalmente, quiseram ver minha reação. Eles ficaram me observando para ver se eu queria os presentes e se iria usá-los.
Presentes foram feitos para serem usados e você já descobriu essa verdade.
No dia após o Natal, seus filhos vêm até você e perguntam: “E aí, papai, não vai usar o perfume novo que demos para você ontem não? E a camisa nova?”
Você sabe que a única ocasião em que usaria uma camisa como aquelas seria em uma festa à fantasia. A boa notícia é que os filhos vão crescendo, e começam a nos dar presentes que podemos, de fato, usar em público!
Ser desleixado com o presente de alguém causa tristeza na pessoa que presenteou. Quando compro flores para minha esposa, minha expectativa é que ela as coloque em um jarro e que o jarro fique à mostra na sala. Jamais esperaria que ela colocasse o jarro em uma prateleira dentro do guarda-roupas ou na garagem—a não ser que eu esteja em mais apuros do que tinha imaginado!
A verdade é que presentes foram feitos para ficarem à mostra ou serem usados. A pessoa que deu o presente se enche de alegria ao ver o recipiente usando seu presente.
Foi impossível não pensar na alegria de Deus ao ver Seus filhos usando os presentes que Ele lhes deu, quando os vê fazendo com uso dos dons que receberam dEle! Contudo, pense na tristeza quando Ele vê Seus filhos deixando de lado os presentes, colocando-os em uma prateleira no guarda-roupas, negligenciando seu uso como Ele desejou.
Alguns meses atrás, uma revista que assino trouxe um artigo intitulado, A Igreja, Por Que Se Preocupar? O artigo catalogou dados recentes de um grupo que revelou por meio de uma pesquisa nacional que dez milhões de cristãos professos não frequentaram a igreja nos últimos seis meses, sem contar Natal e Páscoa. Veja bem—existem muitas pessoas que dizem ter um compromisso pessoal com Jesus Cristo que é importante e acreditam que “irão para o céu porque confessaram seus pecados e receberam a Jesus Cristo como seu Salvador.”
Agora, não irei parar neste momento e fazer uma pregação sobre teologia furada, apesar de isso ser tentador. Fazer um compromisso com Jesus Cristo sem um compromisso com a igreja e a causa de Jesus Cristo não existe.
É a mesma coisa que dizer, “Tenho um compromisso de casamento; tenho um compromisso com minha esposa, mas nunca passo tempo com ela. Bom, para dizer que não passo nenhum tempo com ela, uma ou duas vezes por ano dou uma passada na casa dela e fico lá uma horinha… isso se o sofá for confortável, não estiver muito calor lá dentro e se ela tiver uma vaga para o meu carro. Mas a verdade é que nunca converso com ela em particular; não conto a ninguém sobre ela; na verdade, eu nem a sustento porque não me importo muito com suas necessidades. Ela me escreve cartas, mas nunca as leio; ou melhor, nem abro os envelopes. Eu sei que ela quer conversar comigo, mas não ligo muito e não quero gastar meu tempo. Mas, veja bem, não se engane, eu tenho, sim, um compromisso com ela.”
Isso é loucura, não é?
O escritor de Hebreus disse que nascemos de novo e que nossos pecados foram perdoados; o sangue de Cristo purificou nossa consciência de maneira que, agora, podemos servir o Deus vivo e verdadeiro! (Hebreus 9)
Eu disse que não iria pregar sobre isso, mas aqui já estou eu pregando! O que desejo destacar com o resultado dessa pesquisa é o seguinte: ou dez milhões de pessoas estão enganadas e não são realmente regeneradas, ou são regeneradas, mas entristecem a Deus profundamente, o qual as chamou à fé em Cristo, lhes concede Seu Espírito, lhes fornece dons especiais para servir o corpo de Cristo, e propagar Sua glória e avançar a causa de Sua igreja.
Pense em mais milhões de pessoas que frequentam igrejas domingo após domingo, mas que entristecem seu Senhor, uma vez que jamais usam Seu presente, mas o colocam em uma prateleira ainda embrulhados.
Contudo, segundo o apóstolo Paulo, o crente que…
- renova radicalmente sua mente conforme as Escrituras;
- busca a pureza com fervor;
- busca agradar a Deus acima de todas as coisas; e
- congrega na assembleia com humildade…
…esse crente pergunta ao Criador como deve servi-lO ao servir os irmãos.
Aprendemos isso em Romanos 12, onde também descobrimos direcionamento para o processo de abrir os nossos presentes e encontrar nosso lugar no corpo de Cristo.
Dons Espirituais de Serviço e Ensino
No verso 7 de Romanos 12, Paulo nos apresenta mais dois dons. Eles são os dons de serviço e ensino.
Sinceramente, esses dois são bastante diferentes:
Serviço é… |
Ensino é… |
uma demonstração particular do Cristianismo; |
uma declaração pública do Cristianismo; |
uma ilustração da verdade; |
uma explicação da verdade; |
um retrato de Cristo; |
uma proclamação de Cristo; |
um ato nos bastidores; |
uma apresentação no centro do palco; |
um ato que geralmente passa despercebido; |
objeto de todo o aplauso; |
músculo. |
boca. |
A verdade é que, já que um corpo possui mais músculos do que boca, o dom predominante de Cristo à igreja é o dom de serviço.
Observe o que Paulo diz em Romanos 12. Vamos começar lendo os versos 6 e 7:
tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
O dom de serviço
Não ignore a ordem das palavras: o dom de serviço vem antes do dom de ensino.
A palavra grega traduzida como ministério é “diakonia,” que seria melhor traduzida como “serviço.” Ela e suas formas derivadas ocorrem no Novo Testamento mais de cem vezes.
Nos dias de Paulo, esse termo denotava imediatamente “falta de posição, falta de status” na sociedade. Contudo, essa seria a palavra escolhida pelo Senhor para definir Seu próprio ministério ao dizer em Mateus 20.28:
tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir [diakonein] e dar a sua vida em resgate por muitos.
Ser identificado com o fervor do estilo de vida de Cristo passou a ser grande honra, de maneira que essa palavra veio a definir o nosso trabalho. Nós nos referimos a isso como o serviço cristão.
Essa se tornou a palavra especial que identificava um dos dois ofícios na igreja do Novo Testamento. O ofício ocupado por homens de sabedoria e fé que ficou conhecido pela palavra “diakonate” é o ofício dos diáconos.
Aquilo que o mundo relega como falta de status e prestígio, Jesus Cristo eleva como sendo um estilo de vida e posição honrosos.
Eu pesquisei o termo “serviço” ou “diakonia” no decorrer do Novo Testamento. Eles ocorrem mais de cem vezes e descobri cenários variados. Eles incluem:
- suprir as necessidades da igreja (1 Pedro 4.10);
- ajudar crentes em seus deveres pessoais (Hebreus 6.10);
- enviar recursos para aliviar as necessidades de igrejas (Atos 11.29);
- realizar tarefas físicas triviais (Filemom 13);
- suprir as necessidades físicas de viúvas (Atos 6.2);
- compartilhar o Evangelho (2 Coríntios 8.19);
- esperar às mesas; literalmente, supervisionar refeições (Lucas 10.40).
A maioria desses atos acontece nos bastidores. Eles sãos os músculos escondidos que empurram a igreja adiante.
Um dos problemas que temos na igreja é a prioridade de certos dons. Entendemos tudo errado. Achamos que os dons que enxergamos sã os mais significantes!
As pessoas podem não falar isso diretamente, mas suas palavras sugerem a concepção errada, conforme um autor disse, de que “apenas os dons visíveis são vitais à igreja.”
Você pode ouvir essa noção errada pela forma como as pessoas conversam nos corredores. Por exemplo:
- “Sou apenas um recepcionista; você é o pastor.”
- “Você é o solista no domingo à noite; eu apenas distribuo materiais nas salas das crianças.”
- “Você o líder dessa sala; eu apenas arrumo as cadeiras.”
- “Você é o líder desse grupo de estudo bíblico; eu apenas faço o café.”
Todas essas afirmações, quer verbalizadas ou não, revelam a noção precipitada de que o dom de serviço ocupa uma posição inferior na “cadeia alimentar” ao dom de ensino ou liderança.
Temos a perspectiva não oficial de que os dons estão em uma escada vertical e que você é promovido um degrau de cada vez. Então, você começa ajudando no estacionamento, durante o verão, e pensa, “Certo, se eu não causar nenhum acidente aqui, talvez eles me promovam para a posição de recepcionista.”
Daí, já como recepcionista, você pensa, “Se eu não der um murro em ninguém, nem derrubar as cestas de ofertas; na verdade, se as ofertas aumentarem em 2%, serei promovido para a Escola Dominical.”
Daí pensamos que continuaremos sendo promovidos para líder, depois professor, diácono, presbítero e, por fim, “Pastor, cai fora! Vou ficar com seu serviço!”
Eu respondo, “De jeito nenhum! Passei dois anos no estacionamento para poder chegar aqui!”
No corpo de Cristo, ninguém é promovido; o Criador divino nos coloca onde Ele bem deseja.
Dons não precisam ser vistos para que sejam significantes. Eles não precisam ser visíveis a fim de que tenham importância vital para o corpo de Cristo.
Sabe o que eu recomendo fazer que ajudaria a apagar essa concepção errada no corpo de Cristo? Comece um ministério de ação de graças pela miríade de servos na igreja.
Quando você pegar seu filho no berçário ou na sala da Escola Dominical, fique lá tempo suficiente para conhecer os professores e os voluntários e dizer, em voz alta, “Muito obrigado por servir!”
Veja como eles olharão para você em espanto.
Agradeça a pessoa que você reconhece que toca no louvor ou canta no coral, investindo várias horas em ensaios e conduzindo as músicas.
Agradeça os recepcionistas por distribuírem os boletins. Diga em seu ouvido, “Obrigado por fazer isso.”
Próxima semana, quando chegar no estacionamento, agradeça ao rapaz que está de colete laranja direcionando o trânsito. Baixe o vidro da sua janela e diga, “Apesar de eu ignorar sua instrução de onde devo estacionar, obrigado por tentar!”
Um ministério de serviço é o serviço da oração. Esse é o trabalho invisível que não é somente pedir a Deus para abençoar os ministérios, ele em si é um ministério.
Alguém estava aludindo ao fato de que o mundo das missões olha para William Carey como o pai das missões modernas. De fato, William Carey mudou em muito a história da Índia. E essa pessoa lamentou o fato de que não existem muitos Carey hoje mudando o rumo de nações para Deus.
Ele continuou e mostrou que William Carey tinha uma irmã que ficou paralisada em uma cama por cinquenta anos, incapaz de sequer articular suas palavras. Escorada em sua cama, ela escreveu longas cartas de encorajamento para William e orou por todos os dias pelo trabalho de seu irmão.
Talvez não temos mais William Carey que sevem como ele serviu porque não temos mais irmãos que oram como sua irmã orou.
Precisamos repelir a ideia de que o dom de serviço é aquele dom que você tem porque não encontrou nenhum outro. Não devemos pensar, “É, acho vou só servir. Não tenho capacidade especial alguma, então devo ter o dom de serviço.”
Sem o dom de serviço e os voluntários que o usam, todas as mínimas coisas que ocorrem como devido durante um culto e no decorrer da semana ficariam severamente limitadas ou mesmo seriam impossíveis. Até mesmo o fato de você poder ouvir a voz de seu pastor pregando é devido ao serviço de um voluntário no sistema de som.
No caso da nossa igreja, outros voluntários gravam as mensagens que eu prego. Depois essas mensagens são editadas por outros voluntários, de maneira que elas serão ouvidas pela rádio em vários continentes. Imagine isso!
Como resultado, recebemos testemunhos de pessoas como uma senhora que nos escreveu recentemente dizendo, “Cubro-me com meu cobertor à noite e ouço o programa. O Espírito de Deus me concede alegria.” Ou como o o policial que escreveu, “Tenho crescido em Cristo por causa desses programas;” ou como o pastor na África que disse, “Suas pregações me ajudam grandemente. Eu as ensino em minha congregação;” ou ainda como um presidiário que escreveu alguns dias atrás, “o programa está sendo repassado por toda a prisão como uma tocha.”
Tudo isso seria impossível sem o trabalho de voluntários.
Os servos são os músculos do ministério. O dom de serviço avança o Evangelho de Jesus Cristo de maneiras que nem sequer podemos calcular. Jamais fique ressentido com o dom de serviço.
O dom de ensino
Paulo ainda adiciona mais um dom. No corpo de Cristo existe não somente músculos, mas também boca. Veja Romanos 12.7: se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo.
John Phillips é um erudito inglês e professor de Bíblia já idoso. Alguns domingos atrás, ele apareceu em um de nossos cultos—sem ninguém perceber. Sinceramente, fiquei feliz em saber disso apenas depois. Quando ele veio para a sala de recepção para visitantes depois do culto, pedi que ele pregasse em nossa igreja algum dia, e ele concordou.
Em seu comentário em Romanos, ele escreveu o seguinte sobre os três primeiros dons:
- profecia era a inspiração da verdade;
- serviço era a encarnação da verdade;
- ensino era a interpretação da verdade.
Ele está certo.
Outro autor define o dom de ensino ou “didaskalos, didaskalia,” como a arte de pegar uma mensagem inalterada e torná-la inteligível aos leigos.
Isso significa que o mestre deve primeiro entender ele mesmo a verdade para depois torná-la inteligível a outros.
É por isso que um dos meus professores, Howard Hendricks, advertia seus alunos dizendo que, no minuto em que você para de aprender, você para de ensinar.
Se você é um professor, então você é, primeiramente e acima de tudo, um estudante. Esse é um dom que, apesar de ser exercido em público, demanda tempo na vida particular.
Entenda que a palavra ensino pode indicar mais do que ensinar muitas pessoas, incluindo também o ensino um-a-um.
Pode ser uma referência ao ensino da verdade bíblica a um vizinho que faz uma pergunta sobre Deus ou a Bíblia. Pode indicar o professor de uma criança ou de um pequeno grupo de crianças da vizinhança.
Pode incluir ensinar fora de seu local de trabalho, ou na loja com seus companheiros que perguntam sua opinião sobre algum evento atual. Quando você interpreta algo à luz das Escrituras, você passa a ensinar!
Pode se referir a ensinar um grupo de adolescente ou uma sala de mulheres ou homens; ensinar uma turma de Escola Dominical de uma faixa etária, ou um auditório cheio de pessoas de várias idades.
O dom de ensino é tomar a verdade bíblica e descobrir seu significado para os ouvintes originais, e ver o que significa para hoje.
Essa é a ordem de Cristo à igreja, “Ide… fazei discípulos…batizando-os… e ensinando-os” (Mateus 28.19–20).
Essa não é uma opção, e nem deve ser uma exceção!
Lembro-me de passar uma semana com missionário de nossa igreja que servem em Kagoshima, Japão. Eu fiquei de pregar num domingo para uma congregação composta basicamente por homens e mulheres japoneses surdos. Minha mensagem seria interpretada em japonês para os que podiam ouvir, e em língua de sinais japoneses para os surdos. Esse seria um processo lento e cuidadoso.
Trabalhei várias horas em minha mensagem e entreguei meu esboço para o missionário fazer uma revisão. Ele modificou várias frases que seriam confusas e me pediu para esclarecer alguns pontos.
O domingo de manhã chegou. Precisei de quase uma hora para comunicar a mensagem.
Após o culto, vários homens e mulheres vieram até mim me cumprimentar, baixando a cabeça como é de costume dos japoneses. Daí, falaram alguma coisa ou fizeram os sinais que eu, obviamente, não consegui entender.
Depois, o missionário me chamou de lado e disse, “Pastor, eles estão dando a você o cumprimento mais honroso que alguém nesta cultura pode receber.”
O que eles estavam me dizendo? Duas palavras: “Eu entendi.”
Para qualquer professor da Palavra de Deus, isso é suficiente.
Para vocês que ensinam, ouvir sua sala ou aluno dizer, “Eu entendi o que Deus disse. Sei o que Ele quis dizer com isso e o que isso significa para minha vida.” Esse é o seu objetivo. Ensine de forma que os que o ouvem conseguem entender e obedecer a Palavra de Deus.
Conclusão
Nenhum desses dons é fácil; ambos exigem muito, quer seja o músculo para o serviço ou a boca para o ensino. Eles não são algo que você realiza, mas alguém que você é. Você está disposto?
Recentemente, soube que soldados, por vinte e cinco anos, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, têm guardado o Túmulo do Soldado Desconhecido no cemitério militar de Washington, Estados Unidos. Esse monumento é especialmente dedicado a soldados que morreram na guerra, mas cujos restos mortais não foram identificados.
O soldado encarregado do serviço de patrulhar o túmulo recebe instruções detalhadas sobre como andar e até quantos passos dar. Ele dá vinte e um passos ao caminhar ao lado do Túmulo do Soldado Desconhecido. Por que vinte e um passos?
Essa é uma alusão à saudação de vinte e um tiros, que é a maior honra concedida a um militar ou dignitário estrangeiro.
Quando termina de caminhar para um lado, ele para por vinte e um segundos antes de voltar. Esse também é um símbolo da saudação de vinte e um disparos.
Suas luvas são umedecidas para que o rifle não escorregue de suas mãos. Em seu uniforme, não existem rugas, amassados, nem mesmo aquelas bolinhas de tecido que se formam na roupa. Ele passa cinco horas por dia arrumando seu uniforme para o serviço.
Para que alguém se inscreva para o serviço junto a esse túmulo, ele precisa ter pelo menos um metro e setenta e oito centímetros de altura, e menos de um metro e oitenta e sete. Sua cintura não pode ultrapassar os setenta e seis centímetros. Bom, isso já me elimina!
Ele precisa comprometer dois anos e sua vida para patrulhar o túmulo e morar em um alojamento localizado debaixo do túmulo. Nos primeiros seis meses de serviço, o soldado não pode conversar com ninguém, nem mesmo assistir a televisão. Ele passa todo o tempo fora de serviço estudando os registros do cemitério—os cento e setenta e cinco militares notáveis enterrados ali. O guarda precisa decorar quem eles são e onde estão sepultados.
Isso ainda não é tudo o que aprendi. O soldado não pode desonrar seu uniforme ou o túmulo de maneira alguma.
Após dois anos de serviço fiel, esses guardas recebem um broche de grinalda para ser usado na lapela de seu uniforme, indicando que serviram como guardas no túmulo. Contudo, os guardas precisam seguir as ordens pelo resto de sua vida, ou abrir mão daquele broche. Existem apenas quatrocentos guardas vivos hoje.
Que interessante! Quanta dignidade, disciplina e honra!
É incrível pensar que existem pessoas tão dedicadas em suas posições que passam horas em obscuridade e vivem vidas em regime severo de disciplina e estudo, tão comprometidas a jamais desonrarem o túmulo de maneira que, pelo resto de suas vidas, limitam sua liberdade. Eles querem ficar com aquele broche e não desonrar o túmulo.
Que princípio honroso e admirável!
Foi impossível não pensar como isso expõe nossa culpa!
Somos soldados da cruz? Por acaso não servimos o Criador, Comandante e Chefe do universo?
Será que somos disciplinados? Será que nos comprometemos a viver uma vida de pureza e devoção à nossa causa?
Deus nos ajude para que honremos a causa de Cristo com esse tipo de fervor, pureza e devoção por Seu nome; que consideremos como nossa maior honra servi-lO, representá-lO e falar por Ele pelo resto de nossas vidas, jamais nos esquecendo de que o túmulo que nós representamos… está vazio!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/05/2005
© Copyright 2005 Stephen Davey
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