
Pagando O Que Você Deve
Pagando O Que Você Deve
Jurando Lealdade—Parte 3
Romanos 13.6–7
Introdução
Leia o jornal e você se deparará com uma história após outra que ilustra a decadência moral de nossa sociedade em mais e mais pecados que desafiam o padrão de Deus. Sem dúvida alguma, o crente pode se frustrar, se preocupar ou até mesmo se enfurecer!
Temos testemunhado:
- Tribunais sancionado estilos de vida alternativos, ou, como conhecemos, o comportamento homossexual—e igreja liberais e seminários ainda carregam essa bandeira.
- Liberdade de reprodução, que significa que a mulher possui o direito de abortar—garantindo sua liberdade e a morte de seu bebê—passou a ser aceita como a perspectiva não somente na sociedade em geral, mas até entre milhares de pessoas que se dizem crentes.
- As escolas e o governo promovem o sexo seguro como se atividade sexual fora do casamento pudesse ser algo seguro, enquanto a promiscuidade sexual resulta em doenças em níveis epidêmicos.
- A “liberdade de expressão” tem sido usada para se defender literatura pornográfica, filme e arte que retratam Jesus Cristo de forma blasfema conforme o artista bem deseja, enquanto qualquer demonstração do verdadeiro Cristo se torna inaceitável.
Certamente, podemos entender por que o crente fica perturbado com essas coisas. Temos visto Romanos 1 na prática em nossa sociedade, de forma bem parecida com o que o crente do século primeiro viu as fases finais dessa depravação se desenvolvendo em Roma.
Nossa sociedade está numa trajetória em direção à destruição, e a única esperança é a única esperança para qualquer sociedade: o Evangelho. Acontece que estamos vivendo na geração que tem testemunhado a transição de uma sociedade que defendia certos valores e princípios morais judeu-cristãos para uma sociedade pluralista que crê que a verdade não é absoluta, nem está presa a perspectiva de uma pessoa apenas.
Nos últimos vinte ou trinta anos, a igreja tem reagido a essa transição de diversas formas. Uma das maneiras mais populares, que passou por uma variedade de mudanças e nas mãos de vários líderes, é o ativismo cristão.
Nos últimos vinte e cinco anos, crentes bem-intencionados organizaram coalizões poderosas, organizações ativistas e máquinas políticas para combater a digressão moral na sociedade. Alguns indivíduos envolvidos nisso admitiram a falta de sucesso. Agora, anos depois, ouça esses homens que investiram suas vidas em ativismo político cristão:
- Gary Bauer concorreu à presidência dos Estados Unidos em um partido cristão e disse: “Após dezoito anos de compromisso, não temos resultados concretos a mostrar.”
- Cal Thomas foi um homem que atuou como peça fundamental em um movimento a favor da moralidade na sociedade americana nos anos de 1980. Esse movimento fracassou. Cal Thomas abandonou esse ideal e se tornou um jornalista, escrevendo até livros que retratam o raciocínio falho dos movimentos cristãos de ativismo político. Em um artigo que publicou alguns anos atrás, ele escreveu, “Para os crentes, a visão do poder mundano [e influência] não é um chamado, mas uma distração. Foi essa a tentação que Jesus Cristo rejeitou, não por ser perigosa, mas por ser trivial quando comparada à Sua missão.”
Parecia que estava havendo progresso. Batalhas na arena política estavam sendo vencidas; candidatos contra o aborto estavam sendo eleitos; com certeza a digressão moral pararia ou, pelo menos, diminuiria.
Contudo, nada disso aconteceu. Agora, no século vinte e um, outros crentes bem-intencionados tentam de novo a mesma tática, com o mesmo fervor e estratégia.
Isso me lembra de Robert Perry que, em uma de suas muitas expedições ao círculo polar, estava viajando em direção ao norte com seus cachorros puxando-o em um trenó. Ao final do dia, quando parou para medir sua latitude, ele ficou espantado ao descobrir que estava, na realidade, ao sul de sua posição inicial e não ao norte, apesar de haver passado o dia todo indo para o norte com seu trenó e cachorros. O mistério foi resolvido quando ele percebeu que estava viajando em um bloco de gelo gigantesco que flutuava sobre o oceano. As correntes marítimas o haviam conduzido para o sul mais rápido do que seus cachorros podiam conduzi-lo para o norte.
Você se sente assim também? Quanto mais rápido você vai, mas para trás fica.
Que imagem perfeita de nossa cultura—um bloco de gelo. Não é surpresa alguma, então, que esses dois homens, agora, vinte e cinco anos depois, afirmam que estamos mais para o sul do que quando começamos. E nós pensávamos que estávamos indo para o norte.
Todavia, após anos de investimento financeiro e muitas horas de trabalho, o pecado está mais predominante do que antes. O homossexualismo não é reprovado--agora temos líderes que são abertamente homossexuais. O pecado é aprovado e a igreja, enquanto isso, ganhou a reputação de ser apenas mais um partido político a ser derrotado no dia das eleições. Aos olhos do mundo, lutamos pelo mesmo poder, a mesma plataforma e a mesma posição no mundo.
Deixe-me lembrar a igreja de que Deus está no controle do bloco de gelo! Ele o conduz. Todo país e sociedade neste mundo existe debaixo do prazer, propósito e poder de Deus.
Já aprendemos em Romanos 13 que Deus institui os líderes políticos—piedosos e perversos—para cumprir, no fim, com Seus propósitos.
Jeremias escreveu em Jeremias 27.4–6a:
…Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eu fiz a terra, os seres humanos e os animais que nela estão, com o meu grande poder e com meu braço estendido, e eu a dou a quem eu quiser.
“E a quem tu darás, Senhor?”
…eu mesmo que entrego todas essas nações nas mãos do meu servo Nabucodonosor…
“Espere aí! Você está dizendo que o pagão, idólatra, perverso e cruel Nabucodonosor é o nosso candidato? Será que eu ouvi direito? Você o chamou de ‘Meu servo’?”
“Sim, meu servo, o qual fará a minha vontade.”
Deus não entrega os tempos e limites de nossa nação em nossas mãos. Ele determinou os limites e épocas antes do universo ser criado! E Ele nos colocou aqui, neste exato momento, neste ponto na trajetória de nossa sociedade sem Seu propósito para proclamarmos o Evangelho e fazermos discípulos.
Lembre-se que o propósito de Jesus Cristo nunca foi edificar um país ou uma nação. Ele disse em Mateus 16.18: edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Apesar de nós não reagirmos corretamente à nossa cultura, Deus jamais irá.
Será que isso significa que não condenamos a perversidade de nossa sociedade e governo? Certamente não.
Fazemos como João Batista que apontou seu dedo para Herodes e o chamou de adúltero por se casar com sua cunhada. Herodes protegeu João por um tempo porque, conforme lemos em Marcos 6.20: Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo.
Esse homem foi como John Knox que chamou a rainha Maria Sangrenta de pecadora, desafiando-a por causa de sua conduta pecaminosa. Essa mesma rainha Maria disse que não temia exército de império algum, mas temias asa orações de John Knox.
Meu amigo, creio pessoalmente que os líderes políticos de nossos dias temem pastores e ministros evangélicos, não porque são justos ou estão dispostos a dizer a verdade sem se preocupar em ser politicamente corretos na sociedade e na congregação. Líderes evangélicos são temidos não por causa de suas orações, mas porque eles representam votos.
Poder de voto substitui o poder de pregação e poder de oração. Se esse é o caso, a mensagem que a igreja envia ao mundo e o que o mundo ouve é a mensagem de que oração não é suficiente e discipulado é um processo muito longo—ele pode ter sido a ideia de Deus para o século primeiro, mas estamos no século vinte e um agora.
Você não se importa que o mundo está em um bloco de gelo flutuando para a destruição?
Portanto, a questão mais importante no fim não é se você:
- apoia ou condena o aborto;
- apoia ou condena o homossexualismo;
- apoia ou condena o porte de armas;
- apoia ou condena os militares;
- é do partido de esquerda ou de direita;
- se recicla ou se coloca tudo numa lata de lixo apenas.
A questão mais importante é se o pecador ouve, entende e aceita a mensagem principal que apenas os crentes podem proclamar: o Evangelho de Jesus Cristo.
Então como nós, os crentes, vivemos? Como reagimos ao governo?
Como Os Crentes Reagem ao Governo?
Vamos voltar a Romanos 13 e terminar o primeiro parágrafo, versos 1 a 7, encontrando algumas respostas.
Podemos esboçar esse parágrafo com duas palavras:
- sujeição, vv. 1–5;
- apoio, vv. 6–7.
Sujeição
Já aprendemos que os crentes devem ser exemplos de bons cidadãos. Devemos nos submeter às autoridades. Em Romanos 13.1–5, Paulo fornece o motivo para isso.
Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.
O papel do governo
A partir desses versos, podemos concluir que o papel do governo é triplo.
- Primeiro, o governo deve desencorajar o mal.
Romanos 13.3a diz:
Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal.
O termo grego temor nos origina o termo phobia. Em outras palavras, o governo gera no cidadão toda espécie de medo nas vidas daqueles que cometem práticas malignas.
Isso é mais uma prova de que até mesmo governantes mundanos e ímpios possuem uma consciência do bem e do mal. Então, a fim de impedir que a digressão em uma sociedade não vire anarquia, Deus estabeleceu o governo.
- Segundo, o governo deve não somente desencorajar o mal, mas encorajar o bem.
Paulo escreve em Romanos 13.3b:
Faze o bem e terás louvor dela.
Em outras palavras, obedeça às leis da terra e, em geral, você será louvado por ser um bom cidadão.
- Terceiro, o governo, saiba ele disso ou não, é um ministro de Deus para exercer punição.
Paulo escreve em Romanos 13.4:
porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.
A espada é uma referência à arma usada para mutilar e matar. Paulo afirma que ela é símbolo do direito que o governo tem de punir o crime, até mesmo à pena de morte.
Deus instituiu a pena de morte no princípio da história humana. Ele disse em Gênesis 9.6:
Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.
O apóstolo Paulo mais adiante legitimou a pena capital em Atos 25.11 quando, ao apelar para falar diante de César, disse:
Caso, pois, tenha eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morrer…
Em outras palavras, se sou culpado de crimes passíveis de morte, é nada mais do que justo tirar minha vida.
Talvez você pensa que a humanidade não é tão má assim e que o governo não deveria ter essa função, a qual ele tem utilizado inapropriadamente e a continuará usando de forma errada no decurso da história humana. Mas ela continua sendo o instrumento de Deus e a regra é que o governo da humanidade retarda o mal, encoraja o bem e deve punir o mal.
Robert Haldane escreveu cerca de um século atrás:
O mundo, desde a queda… se encontra em um estado tão profundo de corrupção e depravação que, se não fosse o obstáculo poderoso do governo civil às paixões egoístas e malignas do homem, seria melhor viver com as bestas-feras da floresta do que na sociedade humana. Logo que seus limites são removidos, o homem revela seu verdadeiro caráter.
É verdade.
Basta apenas lermos os noticiários de terrorismos, assassinatos, estupros e roubos em nossas cidades. Apague as luzes por apenas uma hora em uma grande cidade—e observe uma humanidade que não precisa prestar contas de seus atos e nem teme a justiça revelar sua profunda depravação e viver como animais.
Quando é correto desobedecer ao governo?
Talvez você esteja se perguntando se existe alguma situação na qual é certo desobedecer ao governo. Sim! Quando o governo exige que façamos algo que Deus proíbe, ou quando o governo nos proíbe de fazer algo que Deus nos manda fazer.
Existem três exemplos nas Escrituras que você se beneficiaria de estudar.
- O primeiro se encontra em Êxodo 1 em relação à proteção da vida humana. As parteiras hebreias receberam a ordem de matar os bebês meninos hebreus e elas se recusaram.
- O segundo está em Daniel 3 na questão da adoração.
- O terceiro caso está em Atos 5 sobre a proclamação do Evangelho.
Além dessas situações, o crente deve se submeter às autoridades do governo.
Apoio
Se você pensava que a submissão era difícil de engolir, tente a segunda palavra: apoio.
Veja Romanos 13.6:
Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.
E eu digo que o governo é fervoroso, sim, extremamente, em busca do meu apoio!
Talvez você esteja dizendo, “É, esse imposto de renda dos infernos está atrás de mim de novo!”
Talvez um de seus esportes favoritos seja reter aquilo devido ao governo. Você pensa, “Ah, eles nunca vão notar isso aqui. Não há registro algum de entrada. Eles não poderão me cobrar por isso! Esses fiscais bandidos!”
Não é irônico o fato de Mateus ser um dos doze discípulos de Jesus Cristo—um coletor de impostos convertido? Talvez o Senhor o incluiu para mostrar que o poder do Evangelho era, realmente, milagroso!
A despeito disso, o sistema fiscal da sociedade democrática de Paulo era bastante frustrante para o crente do século primeiro.
Em seus anos finais, o Império Romano havia se deteriorado em um enorme estado de bem-estar no qual a classe trabalhadora apoiava mais e mais as pessoas que não trabalhavam. Era comum ver os oficiais romanos usando dinheiro dos impostos para apoiar atividades religiosas pagãs ao redor do império.
Sem dúvida alguma, os crentes vivendo em Roma queriam saber a resposta à pergunta, “Já que somos agora cidadãos de outro país, e nossa cidadania é no céu, e nossa lealdade é a Deus, temos que pagar impostos ainda?”
Paulo escreveu em Romanos 13.7a: Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo.
A palavra que Paulo usa nesse verso traduzida como tributo resolvia a questão. Esse é o termo grego phoros que se referia a impostos em casas, terras, propriedades e até imposto de renda. A palavra, de fato, cobre uma gama de impostos. Na verdade, o contexto indica que Paulo se refere a qualquer tipo de imposto cobrado pelo governo.
No nosso caso, hoje, isso inclui impostos de vendas, propriedade, lucros, herança, comida, carros, roupas, etc., etc., etc.
Como você já deve ter ouvido antes o provérbio, “Existem duas coisas garantidas na vida—morte e imposto.”
Alguém disse, “Queria que viessem nessa ordem!”
Dentro de parâmetros legais, você pode organizar suas finanças de maneira a limitar a quantidade de impostos que paga. Em alguns casos, podemos reduzir de nosso imposto doações de caridade. Paulo, contudo, não tinha essa regalia!
Mesmo assim, todas as pessoas querem escapar de ter que pagar impostos, não é verdade? Uma estatística nos Estados Unidos aponta que 19% da população mente em sua declaração de imposto de renda.
O problema, entretanto, não é que uma de cada cinco pessoas sonega impostos, mas que uma a cada cinco chegou ao ponto de pensar que isso, na verdade, é a coisa certa a se fazer. Elas pensam que violar a lei nesse aspecto é não somente aceitável, mas aconselhável.
Jim George é um escritor crente. Sua esposa, Elizabeth George, também é uma escritora e palestrante bastante conhecida. Ela veio recentemente à nossa igreja para realizar uma conferência para mulheres. Jim escreveu um artigo para uma revista recentemente no qual contou a história de uma vez em que tentou vender um barco usado em pleno inverno.
A temperatura lá fora estava abaixo de zero e ninguém estava interessado em comprar um barco. Daí, um possível comprador entrou em contato com ele e disse que estava disposto a pagar o preço total pelo barco! Mas havia um problema. O comprador queria que Jim colocasse apenas metade do preço no documento de venda para que o comprador tivesse que pagar imposto apenas sobre metade do valor, economizando algumas centenas de dólares. O comprador disse, “Você sabe, é assim que fazemos as coisas aqui.”
Jim escreveu, “Eu realmente queria vender o barco e, caso dissesse não, ele possivelmente deixaria de comprá-lo. Se eu concordasse, estaria mentindo e violando a lei, mas quem iria saber? Eu sabia o que deveria fazer, mas estava com uma luta no meu interior. Finalmente, eu disse a ele que era crente e que não poderia fazer algo ilegal. O homem comprou o barco mesmo assim e eu declarei o preço total da venda.”
Contudo, Paulo não para com impostos. Ele diz ainda no verso 7 de Romanos 13:
Pagai a todos o que lhes é devido… a quem imposto, imposto…
A palavra imposto é o termo telos, que se refere a “pedágio, taxa,” o que podemos entender como a taxa paga sobre bens transportados, ou taxa de importação.
Daí, Paulo diz no verso 7: a quem respeito, respeito. O termo respeito se refere a “cortesia.”
Finalmente, Paulo diz: a quem honra, honra.
Essa é a palavra timen, que significa “estima devida a uma autoridade ou líder.”
Um autor escreveu:
- Primeiro e acima de tudo, devemos honrar a Deus, A ele honra e poder eterno (1 Timóteo 6.16).
- A palavra “honra” também é usada em um dos mandamentos, Honra a teu pai e a tua mãe (Êxodo 20.12).
- Ela também aparece em honra devida aos idosos. Moisés escreveu em Levítico 19.32, Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião.
- Também devemos honrar os líderes da igreja, conforme Paulo escreveu a Timóteo em 1 Timóteo 5.17, Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.
- Em 1 Pedro 2, a palavra aparece em referência a honrar nossos líderes políticos.
Nosso dever é nos submeter e apoiar o nosso governo.
Alguém disse que a lista de responsabilidades representa não somente nossos atos, mas também a nossa atitude.
Conclusão
Permita-me terminar esta série de estudos com duas conclusões.
- Primeiro, pagar impostos ao governo é algo digno!
Uma vez que pagar impostos é uma ordem de Deus e, portanto, um privilégio do crente, você pode ter prazer nisso!
Quando nos aproximamos do término de mais um ano fiscal, apenas se lembre—essa é a vontade de Deus. E obediência à vontade de Deus é um ato que um dia Cristo recompensará.
Imagine—você um dia será recompensado por haver pago seus impostos.
Contudo, enquanto isso, pense nos impostos da próxima vez que você desfrutar de algo do governo, quer seja um parque ou museu, uma biblioteca pública, uma universidade federal ou estadual, a polícia, corpo de bombeiros, militares e as sinalizações no trânsito. Você contribuiu para os benefícios do país porque contribuiu com seus impostos.
- Segundo, pagar impostos ao governo é não somente algo digno, mas agir em graça para com os oficiais do governo é um testemunho fiel!
Ouça o que Justino Mártir, que viveu em meio a perseguição intensa no século segundo, escreveu aos seus líderes políticos:
Em todo lugar, nós, mais prontamente do que todos os demais homens, nos esforçamos para pagar os impostos a quem devido, sejam ordinários ou extraordinários, conforme fomos ensinados por Jesus Cristo. Adoramos apenas um Deus, mas em todas as outras coisas vos servimos, reconhecendo-vos como reis e governantes dos homens, e orando para que, com vosso poder real, [tenhais] julgamento são.
Que testemunho fiel a favor de Cristo—com simples dignidade e profunda teologia--que Deus somente é soberano.
Como vivemos com o espírito e atitude de Justino Mártir? Ao alegarmos lealdade ao Imperador celestial e ao governo que está sobre Seus ombros, cujo reino é inigualável e eterno.
É para esse reino que caminhamos e, conforme o pregador Spurgeon pregou em Londres, Inglaterra, no ano de 1862, “Vamos nos lembrar de que estamos simplesmente passando por esta terra, e devemos abençoá-la em nossa passagem, mas nunca nos sobrecarregar com seus negócios. [Ela está passando] Nós, como súditos britânicos, estamos vivendo temporariamente na Espanha… sabendo que em breve viajaremos para o nosso lar.”
E como é esse lar?
…o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos. Eis que venho sem demora… (Apocalipse 22.1–5, 7).
A definição que Deus tem de "sem demora" é diferente da minha! Passaram-se 2 mil anos, mas Ele está vindo!
Nós, que ansiamos pelo país eterno, por aquele reino de justiça, alegria, bondade e graça, dizemos, “Vem, Senhor Jesus!”
Venha agora! Mas enquanto isso, abençoaremos a terra com vidas santas ao passarmos por ela como cidadãos dignos e como testemunhas fiéis para a glória e honra do Teu nome—
Rei dos reis,
Imperador dos imperadores,
Presidente dos presidentes,
César dos césares,
Senhor dos senhores!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 04/12/2005
© Copyright 2005 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
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