
Arrumem Espaço para A Minha Irmã!
Arrumem Espaço para A Minha Irmã!
Quando Se Fizer Chamada—Parte 1
Romanos 16.1–2
Introdução
Outro dia, um ouvinte de nosso programa de rádio me enviou a seguinte história.
Nos arredores de uma pequena cidade, havia um cemitério em um morro. Uma cerca de ferro bem trabalhada fechava o cemitério e plantas densas ficavam à base da cerca ao redor de todo o cemitério. O terreno ia subindo da cerca até a parte de cima do morro e, no meio do cemitério, havia uma castanheira grande e antiga.
Um dia, dois jovens encheram um balde de castanhas, sentaram-se no chão e começaram a dividi-las entre si. “Uma para você, uma para mim; uma para você, uma para mim,” dizia um dos rapazes. Enquanto contavam, duas castanhas caíram do balde e rolaram até o pé da cerca.
Um menino estava andando de bicicleta na rua e, quando passou próximo ao cemitério, pensou ter ouvido vozes vind de lá. Ele diminuiu a velocidade e desceu da bicicleta para investigar aquele mistério. E logo constatou ao ouvir claramente, “Uma para você, uma para mim; uma para você, uma para mim.”
Ele sabia exatamente o que estava acontecendo. O menino, aterrorizado, pulou em sua bicicleta e pedalou de volta para a cidade. Logo na esquina, ele quase atropelou um senhor de idade que caminhava lentamente com sua bengala. O menino gritou, “Vem rápido, você não vai acreditar no que acabei de ouvir! O diabo e o Senhor estão dividindo entre si as almas no cemitério.”
O idoso disse, “Pare com isso, menino, você está ouvindo coisas.” Mas o garoto insistiu, até que o velho concordou em ir com ele para que parasse de importuná-lo com aquela história.
Quando se aproximaram da cerca, ambos ouviram, “Uma para você, uma para mim; uma para você, uma para mim.”
O velho cochichou, “Moleque, não é que você estava dizendo a verdade mesmo?! Vamos ver se conseguimos enxerga-los daqui.”
Tremendo de medo, ambos começaram a espiar por entre os arbustos, mas não conseguiam ver claramente a fim de darem uma olhada no diabo ou no Senhor.
Mas, daí eles ouviram, “Uma para você e uma para mim. Pronto. Acabou. Vamos, agora, pegar aquelas outras duas que estão lá perto da cerca.”
Dizem que o velho ainda chegou na cidade cinco minutos mais rápido do que o menino na bicicleta.
Felizmente, o Senhor não negocia com o diabo. E Ele também não divide alma alguma no cemitério.
Contudo, existe algo perturbador com a ideia de o diabo tentar negociar com o Senhor. Na verdade, o pensamento de que o diabo sabe nosso nome nos causa desconforto, não é verdade? Preferimos ficar em anonimato.
Por outro lado, é algo encorajador saber que o Senhor conhece o nosso nome. Segundo Apocalipse 20.15, todos os que foram redimidos pela fé em Cristo somente tiveram seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro.
Algo ainda intrigante, é claro, é que não somente nossos nomes serão revelados, mas cada serviço realizado para Cristo. Cada obra feita em Sua honra será recompensada por Deus, o qual conhece cada mínimo detalhe.
O autor de Hebreus encorajou os crentes ao escrever em Hebreus 6.10:
Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos.
Deus sabe quem você é; Ele sabe seu nome e Ele se lembrará de cada boa obra feita em Seu nome. Nada, não importa quão pequeno ou aparentemente insignificante, escapará do olhar de Deus. Nada se perde.
Algumas dessas verdades ficam evidentes no último capítulo de Romanos. Quando o grande líder do Evangelho da graça começa a conclusão daquilo que é, sem dúvida alguma, o principal documento de nossa fé, ele passa a derramar seu coração em gratidão e amor para com os santos.
Ao todo, Paulo menciona os nomes de umas trinta e cinco pessoas! É como se ele abrisse seu livro de contatos e nos mostrasse os nomes das pessoas que ele conhece, ama e pelas quais ora em Roma; e isso se torna algo ainda mais notável à luz do fato de ele jamais ter ido a Roma.
Essas são pessoas que Paulo conheceu em suas viagens, pessoas que ele conduziu à fé em outras regiões e que agora moram na capital do império. Evidentemente, ele estava ciente de onde estavam e do serviço que realizavam. E isso é bem antes da era de telefones e internet!
Um autor disse que Paulo investia bastante energia para obter o que pudesse sobre essas pessoas... ele tinha profundo amor e preocupação com os santos de Deus.
Podemos imaginá-lo no porto em algum navio conversando com viajantes, “Então, quer dizer que você acabou de chegar em Éfeso? Está vindo de Trôade, é? Você ouviu falar sobre os cristãos de Jerusalém? Você é um marinheiro... me diga aí, você conhece um homem que faz velas para navios chamado Áquila?”
Paulo conhecia tantas pessoas pelo nome; talvez elas estivessem em sua lista de oração que ele guardava com seus pergaminhos e livros; talvez ele pegou essa lista e olhou os nomes de algumas pessoas que decidiu incluir no final de sua carta.
Paulo irá saudar dezessete homens por nome e nove mulheres. Ele saúda dois casais e cinco escravos convertidos. Ele saúda cinco grupos como um todo, além de dois lares em específico.
Se fizermos um panorama do grupo inteiro dessas pessoas, logo descobriremos que Paulo não tinha favoritos. Ele saúda homens, mulheres, escravos, judeus, os bem de vida e com boa reputação, bem gentios.
Paulo faz comentários pessoais que incluem louvor e gratidão. Ele fala de quatro mulheres e recomenda todas elas especificamente pelo seu trabalho duro na causa de Cristo.
Ele recomenda um casal por arriscar suas vidas em seu favor, e aplaude várias igrejas em lares. Paulo se lembra especificamente e saúda pelo nome a primeira pessoa que conduziu a Cristo.
Ele se refere a essas pessoas como irmãos e irmãs, amados, cooperadores e crentes exemplares. Daí, Paulo os encoraja a se abraçarem e a se beijaram em seu favor.
Esse não é um teólogo tedioso que fica mais feliz sozinho. Paulo não é nenhum nerd que se preocupa mais com suas teorias do que com pessoas.
Romanos 16 é a forma de Deus dizer, “Pessoas importam—incluindo você! Sei o seu nome. Vejo o que você faz pela minha causa. Você é meu cooperador e meu amado. Escrevi seu nome em meu livro divino. Não importa a frequência com a qual você se muda de um lugar para outro, Eu sei muito bem onde você está.”
Ninguém se perde do olhar de Deus.
James Black fazia a chamada dos membros na sua turma de Escola Dominical em 1880, e cada aluno respondia à chamada citando o verso do dia.
Uma aluna de catorze anos de idade não respondeu quando seu nome foi chamado. Ela estava doente e, como as coisas pioraram, ela acabou morrendo de pneumonia dez dias depois.
Em sua sala, James fez o comentário de que era uma coisa perder a chamada em uma aula de Escola Dominical, mas esperava e orava para que todos os seus alunos respondessem à chamada vinda do céu.
Naquela mesma tarde, com esse pensamento em mente, ele sentou-se e escreveu a letra de um hino que conhecemos muito bem em português:
Nesse tão glorioso dia quando o crente ressurgir
E da gloria de Jesus participar;
Quando os crentes ressurgidos o saudarem no porvir
E fizer-se então chamada lá estarei.
Quando se fizer chamada,
Quando se fizer chamada,
Quando se fizer chamada,
Quando se fizer chamada lá estarei.
Romanos 16 é um microcosmo dessa chamada, um sermão em si mesmo, ensinando que os nomes de irmãos e irmãs amados em Cristo não serão esquecidos. Deus sabe... Deus vê... Deus se importa.
Febe—Uma Recomendação Especial
Chega de introdução! Em Romanos 16.1–2, Paulo começa com uma recomendação especial:
Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive.
O nome “Febe” já nos diz várias coisas sobre essa irmã.
Seu nome é a forma feminina de “Febus,” um dos nomes do deus Apolo. Dar à sua filha o nome de um dos principais deuses do panteão grego era uma marca de honra para seus pais pagãos.
Apolo, supostamente, era um dos irmãos gêmeos de Zeus, e era honrado como o deus da música e da poesia. Ele também era o deus da luz, conhecido como, “Febus,” que significa, “radiante.” “Febe” era a forma feminina desse nome.
Os pais de Febe obviamente ficaram muito felizes com o nascimento de sua filha e consideraram seu nascimento como o motivo de música, mirra e luz. Como resultado, deram a ela o nome em honra ao deus pagão.
Uma vez que judeus fiéis evitavam nomes de divindades pagãs, podemos inferir que os pais de Febe eram gentios.
Não temos registro algum da conversão de Febe, mas supomos que aconteceu, já que ela estava ligada à igreja de Cencréia no lado oriental do porto de Corinto. A igreja em Cencréia foi uma igreja filha da assembleia em Corinto. É possível que ela ouviu o Evangelho da boca do próprio Paulo enquanto ele servia em Corinto durante um ano e meio de seu ministério.
Certamente, Paulo sabe muito a respeito dela, então tudo indica que eles se conheciam e tinham até trabalhado juntos. Ele menciona em Romanos 16.2 que ela havia pessoalmente o ajudado de alguma maneira.
É interessante que Paulo a apresenta com uma recomendação especial em Romanos 16.1a, Recomendo-vos a nossa irmã Febe.
Pela forma como os versos 1 e 2 se destacam, separando Febe das demais pessoas que Paulo saúda e daqueles de Corinto que saúdam os crentes romanos, é quase certeza, apesar de não haver referência clara a isso, que foi Febe que levou a carta das mãos de Paulo e a entregou aos crentes romanos.
Febe está viajando a Roma e deve ser bem recebida pelos irmãos de lá. Ela teria que ser uma mulher rica para poder viajar de um lugar a outro, já que apenas os ricos tinham condições para isso. É bastante provável que ela tivesse assistentes viajando com ela, uma vez que era algo totalmente incomum para uma mulher viajar sozinha naquele mundo do século primeiro. Tudo indica que Febe era viúva ou solteira.
Se juntarmos as peças, Paulo terminou sua carta e Febe faz negócios em Roma, então ele envia a carta com ela. Embutida na carta, está a recomendação especial para a igreja ajuda-la, mostrar hospitalidade e recebe-la calorosamente.
Essa convertida gentia, criada no luxo de uma cultura grega pagã por idólatras devotos, se torna, agora, uma emissária de Paulo a Roma.
Como um autor escreveu, “Ela [carregou] a futura teologia cristã.”
Donald Grey Barnhouse adiciona o seguinte a esse pensamento, “Nunca houve um peso tão grande carregado por mãos tão delicadas. A história teológica da igreja através dos séculos estava no manuscrito que ela trouxe consigo. A Reforma estava em sua bagagem.”
Três palavras que descrevem Febe
Talvez você tenha percebido que Paulo se refere a Febe com três palavras descritivas.
- A primeira palavra é “irmã.”
Paulo lembra a igreja de Roma de que, apesar de procedermos de diferentes pais na carne, nós temos apenas um Pai na fé. Não deve haver estranhos na família de Cristo. Já que somos filhos e filhas de Deus o Pai, somos irmãos e irmãs uns dos outros.
Paulo disse a Timóteo em 1 Timóteo 5.1–2:
Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.
Você já parou para pensar que sua família biológica é temporária, mas sua família espiritual é eterna? Isso deve impactar a maneira como tratamos o outro.
O problema é que a igreja pode acabar se tornando uma sociedade fechada na qual pessoas que vêm de fora e entram ficam com a pressão clara de que elas não são bem-vindas.
Não se atreva a pegar meu lugar no estacionamento ou pegar meu lugar no banco!
Algumas semanas atrás, um pastor me ligou dizendo que sua igreja estava, finalmente, começando a crescer. Já havia alguns anos que ele estava lá ensinando a Bíblia e fazendo planos para acomodar todas as pessoas. O povo começou a vir—estranhos se sentando com membros antigos, bebês no berçário e crianças correndo pelos corredores. O pastor se ausentou por pouco tempo para sair de férias com sua família e, quando voltou, soube que os diáconos o tinham mandado embora porque ele estava gerando muita confusão na igreja com tantas pessoas novas.
O que esses diáconos irão fazer no céu? Fico imaginando se haverá algum curso para remediar esses crentes que não entenderam bem na terra como as coisas funcionam.
Paulo diz, “Arrumem espaço na sua assembleia e em seus corações para mais uma!”
Outro dia, recebi um e-mail de um funcionário de nossa igreja. O conteúdo desse e-mail revelava o espírito incrível que uma mãe tem de receber e aceitar outras pessoas, apesar de essas pessoas gerarem mais aglomeração.
Ela escreveu, “Sou um dos pais que chega cada vez mais cedo a cada domingo para ficar na fila da sala de meu filho. Quero apenas agradecê-los por fazer minha espera valer a pena.”
Eu imaginava que ela escreveria, “Não acredito que vocês estão nos fazendo esperar!” Ao invés disso, “...obrigado por fazerem minha espera valer a pena.”
Ela continuou escrevendo, “Duas semanas atrás, não conseguimos colocar nosso filho na sala e percebi o quanto ele gostava de ficar na sala dele. Quando lhe disse que sua sala já estava lotada, ele começou a chorar; e eu estava me culpando por não ter chegado mais cedo. Meu filho tem pouco mais de dois anos de idade e, nesta semana, quando saíamos de casa, ele me disse, “Vai rápido mamãe, rápido. Não quero que minha sala esteja cheia!”
Ela escreveu, “Quero apenas encorajar todos vocês, agradecer e louvar o nosso Senhor por todas as coisas maravilhosas que vocês realizam nesses pequenos corações.”
Que coisa maravilhosa de se ouvir, não é verdade? Ela tem a perspectiva de que sua igreja é uma família.
Eu pessoalmente imagino que Paulo está preocupado que Febe não receberá a hospitalidade que precisa. Paulo não conhece por experiência própria a personalidade e calor humano da igreja de Roma. O que ele sabe, todavia, é que eles estão passando por certas dificuldades no convívio entre judeus e gentios.
Agora, essa mulher irá aparecer na igreja portando uma carta de Paulo, vestindo roupas de gente rica e com o nome de um deus pagão. Todo mundo irá virar a cabeça e olhá-la de cima a baixo. Línguas soltarão comentários perniciosos e cabeças acenarão de forma negativa para essa mulher.
Então, Paulo diz, “Deixe-me apresentar a vocês a minha e a sua irmã! Ela faz parte da nossa família!”
Perceba as palavras fortes em Romanos 16.2 novamente:
...que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar...
Palavras como essas seriam escritas devido à incerteza de que elas aconteceriam sem dificuldades.
Paulo diz, com efeito, “Quero que vocês arrumem espaço para a minha irmã Febe. Ela é sua irmã na fé também!”
- A segunda palavra que Paulo usa para descrever Febe é “serva.”
Veja Romanos 16.1: Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencreia.
A expressão traduzida no português como que está servindo está no original grego da seguinte forma: que está sendo uma serva.
O substantivo serva é o termo grego diákonos. Uma vez que se encontra no gênero neutro, ou seja, nem masculino nem feminino, o substantivo se refere ao termo geral para servo. Ele é usado:
- Para falar dos servos que pegaram a água que Jesus transformou em vinho (João 2.5–9);
- Antes em Romanos 13 para se referir aos oficiais do governo secular que servem como ministros de Deus para o vosso bem. Esses oficiais não são diáconos no sentido eclesiástico; eles nem sequer são pessoas salvas em Romanos 13;
- Sobre Jesus Cristo, o qual veio como um diákonos, ou servo para os judeus (Romanos 15.8).
Durante os primeiros séculos da igreja, o papel que veio a ser conhecido como diaconisa surgiu mais por causa de uma necessidade do que de uma ordem bíblica. Mulheres foram instituídas como diaconisas para cuidarem especificamente dos doentes e pobres, para providenciar hospitalidade a estranhos e até cuidar de encarcerados. Elas também eram responsáveis por auxiliarem em batismos de outras mulheres e pelo discipulado de mulheres convertidas ao Cristianismo.
A questão de um ofício formal de diaconisas eleitas para essa posição é algo difícil de se definir, uma vez que o termo grego diákonos carece de uma forma feminina e o termo é usado de diversas maneiras. Contudo, uma igreja segundo o padrão bíblico que tem homens servindo como presbíteros—pastores e bispos—e homens servindo como diáconos com a função de servir o corpo pode adicionar o papel de diaconisa para servir junto com os diáconos, e aplicar o termo a mulheres que servem o corpo de diversas maneiras e não violam as Escrituras, as quais investem autoridade no papel de presbítero e serviço no papel de diácono.
Conheço muitas igrejas boas que escolheram estabelecer o ofício de diaconisa, apesar de as Escrituras não ordenarem ou sequer definirem o ofício. Porém, quer uma igreja boa estabeleça ou não esse ofício, toda igreja eficaz que busca progredir e avançar entende que, sem as mulheres servindo a Cristo na igreja, a igreja não sobreviveria nem sequer um final de semana, como bem sabemos.
O apóstolo Pedro mandou a congregação inteira composta de homens e mulheres a servirem, ou diakonountes, que é a forma verbal do substantivo diákonos. Ele escreveu em 1 Pedro 4.10: Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu.
A igreja trabalha, avança e progride quando cada um é um servo, não importa qual seja seu título. A igreja não avança com os empurrões de algumas pessoas poderosas, mas com muitos empurrões pequenos de servos comuns de Deus.
Febe foi uma serva notável em sua igreja. Nem mesmo sabemos o que ela fazia, mas sabemos que ela servia a igreja de Cencreia, humildemente suprindo as necessidades de sua família espiritual.
Em certa ocasião, Hudson Taylor, o missionário mundialmente conhecido que serviu na China, estava sendo apresentado a uma igreja grande na Austrália, e a pessoa que o apresentou usou termos eloquentes e ilustres, contando à toda congregação tudo o que Hudson Taylor havia realizado na China e o chamou de “convidado ilustre.” Hudson Taylor ficou calado por um instante e depois disse, “Meus amigos, eu sou o servo de um Mestre ilustre.”
Existe mais uma palavra que Paulo usa para descrever sua irmã na fé.
- A terceira palavra que Paulo usa para descrever Febe é “protetora.” Febe é uma irmã, uma serva e uma protetora.
Veja Romanos 16.2b novamente: porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive.
A palavra grega traduzida como protetora é “prostatis,” a qual corresponde ao latim “patronus,” ou “patrono.” Essa palavra, tanto no grego como no latim, se refere a um benfeitor, alguém que apoiava outro financeiramente.
Paulo diz, portanto, que Febe havia apoiado financeiramente muitas pessoas, inclusive ele mesmo.
Febe usava sua riqueza para ajudar a igreja e apoiar esse viajante missionário chamado Paulo. Disfarçadamente, ela dava a Paulo um envelope depois do culto ou talvez enviava um cartão pelo correio, o que incluía um cheque para ajuda-lo com suas despesas.
Sem fanfarra, nem esperar algo em retorno, Febe servia e apoiava a causa de Jesus Cristo. E, para sua surpresa, tenho certeza, Paulo a mencionou pelo nome!
Conclusão
Essa recomendação serve como ilustração, abrindo as cortinas para que tenhamos um vislumbre do dia em que cada irmã, cada servo e cada um que apoia Cristo e Sua causa será chamado pelo nome e reconhecido pelo próprio Jesus Cristo. Às vezes, nosso maior encorajamento será lembrar de que Deus jamais se esquecerá.
O poeta perguntou:
Pai, onde trabalharei hoje?
E meu amor fluiu livre e caloroso.
Então Ele apontou para um lugar pequeno
E disse, “Cuide daquilo para mim.”
Logo respondi, “Ah, não, ali não!
Por que, já que ninguém verá,
Não importa quão bem faça meu serviço;
Não aquele lugar insignificante.”
Ele me respondeu com amor:
“Ah, pequeno, sonda o meu coração.
Você trabalha para eles ou para mim?
Nazaré era um lugar insignificante,
Bem como a Galileia.”
Meu amigo, Romanos 16 revela a verdade de que o seu apoio, obras, patrocínio jamais serão apagados ou sumirão no horizonte do reconhecimento divino, quer sejam feitos em um lugar grandioso ou insignificante—como a Galileia ou Cencreia. Um dia, quando se fizer chamada, o Salvador dirá, “Muito bem, servo bom e fiel.”
James Black escreveu a última estrofe do hino cantado hoje por milhões de pessoas. Foi impossível não pensar em Febe e no desafio de Paulo para nós hoje:
Lidarei então pra Cristo até o dia terminar,
Falarei do seu amor por nós aqui.
Quando, pois, findar a vida e o labor aqui cessar,
E fizer-se então chamada lá estarei.
Quando se fizer chamada,
Quando se fizer chamada
Quando se fizer chamada,
Quando se fizer chamada lá estarei.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 17/09/2006
© Copyright 2006 Stephen Davey
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