Abraçando As Trevas

O Banquete das Consequências – Parte 4

Romanos 1.21–23

Revisão

A poesia de Deus é rejeitada!

No livro de Provérbios, capítulo 9, verso 10, o Espírito conduziu Salomão a incluir em seus ditos de sabedoria a seguinte frase:

O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência.

A pessoa sábia é aquela que teme ao Senhor. O insensato, então, é aquele que rejeita o Senhor.

Donald Grey Barnhouse ilustrou bem o que significa temer ao Senhor. Ouça bem esta ilustração que ele utilizou em uma de suas pregações:

Vários anos atrás, fiz o casamento de um jovem casal. Eles haviam se conhecido ainda nos anos de Ensino Médio e, desde então, não tinham olhado para mais ninguém. Após o casamento, eles foram para a lua-de-mel e voltaram depois de algumas semanas. No domingo seguinte os vi na igreja e os cumprimentei com uma pequena piada. Perguntei à noiva se ela já tinha queimado a carne nos primeiros dias de casamento. Eles riram e ela disse: “Ah, estava com medo mesmo que iria fazer isso. Eu tinha lido tanta coisa sobre noivas que não sabiam cozinhar que decidi que meu marido experimentaria a melhor de todas as refeições que uma noiva poderia preparar para seu marido. Então eu comecei às três da tarde; tirei todos os ingredientes e comecei o trabalho. Quando eu finalmente coloquei as coisas para cozinhar, fiquei com medo que não sairiam conforme o planejado. Daí, é claro, meu marido teve que se atrasar no trabalho aquele dia e eu fiquei com mais medo ainda da comida estragar.”

Nesse ponto, eu a interrompi e disse: “Você já disse três vezes que estava com medo... você estava pensando que ele bateria em você?”

Ela disse: “É claro que não,” e olhou dentro dos olhos dele com todo o amor de seu coração.

“Mas,” eu insisti, “você disse que estava com medo.”

Ela me interrompeu e disse: “Você sabe o que estou querendo dizer.”

E é claro que eu sabia. Seu medo não era um terror. Seu medo era apenas um desejo muito forte de agradar a servir aquele a quem ela havia completamente se entregado. Nesse caso, então, [para emprestar as palavras de Salomão] o medo do marido era o princípio de uma boa cozinha. Talvez isso o ajude a entender como o temor do Senhor é o princípio da sabedoria e da prudência.

É verdade que quando você deseja ardentemente viver, servir, amar e agradar o Senhor, então, com base nisso, verdadeira sabedoria e entendimento serão construídos em sua vida.

Contudo, ignorar Deus é o princípio da tolice. Ao invés de se tornar sábio, o descrente perde a habilidade de agir com discernimento e bom julgamento. Ele não sabe discernir o certo do errado; ele pecado sem pensar nas consequências. E ele ainda exige ser considerado como um sábio.

Paulo escreveu em Romanos 1.22: Inculcando-se por sábios.

Ou seja, eles deram diplomas uns aos outros, aprovaram as opiniões dos outros como sofisticadas, refinadas e acadêmicas; eles dão uma tapinha nas costas um do outro e encorajam uns aos outros em sua digressão intelectual e moral.

Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos.

O termo “loucos” significa “sem discernimento.” Como eles ficaram assim?

Eles viram os sinais de Deus, mas rejeitaram esses sinais e se rebelaram contra eles. Como já ilustrei em nossa discussão anterior, eles são como o motorista que desce de carro por uma estrada sinuosa numa montanha e vê uma placa que diz: “Devagar, curva perigosa.” O motorista tem a escolha de obedecer a placa e reduzir a velocidade, ignorar a placa e manter sua atual velocidade, ou se rebelar contra a placa, aumentado sua velocidade e, por fim, sofrendo as consequências.

Lembro-me de estar uma vez em um carro no litoral da França com minha esposa e alguns missionários. Estávamos subindo uma montanha em uma estrada de faixa dupla e bastante sinuosa. A beirada da estrada ficava tão próxima ao precipício que você nem conseguia ver a estrada ao olhar para baixo pela janela lateral do carro. Quando eu olhava pela minha janela, não via mais nada, a não ser um precipício gigante. Eu me debruçava para cima do motorista para que o carro não virasse para o lado do despenhadeiro. Eu estava como minha esposa que pisa no freio imaginário dela quando estou dirigindo, como se ela fosse contribuir com minha direção. O tapete do lado dela está até gasto.

Mas imagine uma estrada na montanha com uma placa dizendo para você reduzir sua velocidade e você escolhe se rebelar contra a placa. Você aumenta sua velocidade, como que dizendo: “Vou mostrar uma coisa para essa placa.” Você seria um tolo. Mas é exatamente nisso que Paulo diz que a humanidade tem se tornado, quando declara: “Professando serem sábios,” em sua rebelião, eles aumentaram a velocidade, “e se tornaram tolos.”

Agora, você ainda se lembra de nosso estudo anterior quando falamos sobre dois sinais de Deus que revelam a verdade sobre o próprio Deus e Sua Lei? Eles são:

• A criação; e
• A consciência.

Note uma palavra em Romanos 1.20 que ainda não destaquei. O verso diz: sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.

A locução verbal “foram criadas” é o termo grego “poiema,” do qual derivamos nossa palavra “poema.”

A criação é uma poesia de Deus; é a Sua obra de arte principal e deveria conduzir todos os seres humanos a desejar conhecer o Pintor. Ao invés disso, o Pintor, Deus, é rejeitado e a obra de arte é atribuída ao acaso da evolução.

A ira de Deus é algo merecido!

Nessa revisão, segundo, não somente a poesia de Deus é rejeitada, mas a ira de Deus é merecida. P verso 20 termina com palavras bastante claras: indesculpáveis.

Ao invés de verem o Pintor divino, a humanidade buscou excluí-lO. Eles ignoraram Suas pinceladas, e suprimiram a verdade de Sua obra de arte, e silenciaram a voz que Ele pintou em nossos corações que fala sobre a verdade moral e nossa responsabilidade final diante de Deus.

Charles Darwin disse certa vez que o homem evoluiu de um óvulo que não difere em nada dos óvulos de outros animais. Quando Darwin disse isso, ele não sabia nada sobre genes; ele não tinha nenhum conhecimento sobre os cromossomos; ele não sabia nada sobre DNA e suas milhões de informações.

Existe uma química em nossa igreja que ensina em uma universidade da região. Ela estava me dizendo que a questão hoje não é tanto a origem da vida; isso passou simplesmente por causa das descobertas relacionadas ao DNA e às informações contidas nele. Agora, ela disse, o problema em questão dentro da comunidade científica é a origem da informação que produz a vida.

De onde toda essa informação veio? João 1.1 diz: “No princípio era o Verbo,” ou “logos,” o motivo, a informação – e a informação veio de Deus.

A humanidade pecadora, todavia, precisa encontrar outra fonte, outra causa, algo mais, algo além de um Deus pessoal, vivo, santo e justo. Deus existe e todos sabem disso; portanto, eles precisam negá-lO.

O missiólogo Leith Samuel escreveu:

Muitos missionários destacam que os pagãos sabem mais do que imaginamos. Eles sabem que existe um Deus. Não existe nenhum ateu dentre os pagãos tribais. Nunca se descobriu um povo tribal, por menor e mais depravada que seja, que não cria em algum tipo de deus ou que não possuía nenhum sistema de adoração... eles até sabem que haviam pecado. Quando um crente vem até eles e fala com eles sobre o pecado, ele geralmente encontra reconhecimento de que isso é verdade. Eles já estão cientes de que fizeram algo errado e que coisas erradas precisam ser punidas. Eles já temem a punição e têm medo da morte. Eles sabem que o pecado precisa ser perdoado e eles buscam maneiras de agradar suas divindades ou divindade.

David Livingstone, o famoso missionário que serviu na África, relatou, cerca de duzentos anos atrás, que ele encontrou tribos primitivas completamente isoladas umas das outras, bem como de outras civilizações, e que não possuíam nenhum conhecimento das Escrituras ou moralidade do mundo externo, mas que, contudo, tinham consciência de que eram pecadores.

Depois que Darwin fez uma de suas famosas viagens, ele retornou à Inglaterra dizendo que havia, de fato, encontrado uma tribo de selvagens na ilha Tierra del Fuego que não possuía nenhuma religião alguma e nenhum conceito de moralidade ou de Deus. Ele usou essa tribo para provar sua tese de que o homem não passa de um animal. Mas os crentes na Inglaterra imediatamente formaram uma sociedade missionaria para ir e alcançar aquela tribo. Eles enviaram missionários que, após terem aprendido a língua e os costumes do povo, descobriram que as pessoas tinham ideias, conceitos e práticas religiosas que haviam, de alguma maneira, passado despercebido aos olhos de Darwin.

A humanidade é desesperadamente religiosa. O homem, no fim, adorará a si mesmo. Contudo, ele também é rebelde.

O Conhecimento da Realidade de Deus

Agora, em Romanos 1.21, Paulo continua para comprovar a culpa da humanidade e a ira e julgamento vindouros de Deus. Ele escreve:

porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças…

Em outras palavras, existe um conhecimento universal da realidade de Deus.

Três tipos de “conhecimento”

Você precisa entender, contudo, que há pelo menos três níveis do conhecimento de Deus.

Consciência Real

• O primeiro nível de conhecimento da realidade de Deus é uma consciência real.

Esse é um conhecimento verdadeiro, mas não é um conhecimento extenso. Ele não nos afeta, nem nos envolve pessoalmente. Por exemplo, você está ciente de que a Terra é redonda ao invés de plana, mas você não está muito preocupado com isso. Você também sabe que E=mc², mas saber esse fato não causa nenhum impacto em seu estilo de vida.

Descrição detalhada

• O segundo nível de conhecimento vai além de uma consciência vaga para uma descrição detalhada.

Esse é o teólogo que estuda e sabe muito sobre Deus, muito sobre história da igreja, muito sobre as línguas bíblicas, mas ainda caminha para uma eternidade no inferno porque todo esse conhecimento não passa de meros fatos para ele, e não uma fé pessoal.

Posse pessoal

• O terceiro e mais alto nível de conhecimento é o da posse pessoal.

Essa é verdade que é de fato verdade. E você crê e vive de acordo com essa verdade.

O Vazio do Raciocínio do Homem

Então, no verso 21, Paulo não está dizendo que todos possuem um conhecimento pessoal de Deus, ou sequer uma descrição detalhada de Deus. Ao invés disso, ele, com efeito, está dizendo: “Apesar de eles saberem “’sobre’ Deus,” ou seja, “apesar de possuírem uma noção vaga da existência de Deus, eles não O honram.”

Como eu disse antes, a humanidade será julgada, não à luz daquilo que não receberam de Deus, mas à luz daquilo que eles receberam a respeito de Deus e ainda assim recusaram a honrar.

A reação do homem diante de Deus

Paulo diz no verso 21: “Apesar de eles terem consciência de Deus, eles se recusaram honra-lO,” ou, “eles recusaram glorifica-lO.”

Recusa de dar glórias a Deus!

• A primeira reação do homem não regenerado para com o seu Criador é a recusa de dar glórias a Deus.

Glória, ou honra, nesse verso, vem do grego “doxa,” da qual derivamos nossa palavra “ortodoxia.” Originalmente, o verbo significava “possuir uma opinião.” Então, “ortodoxo” significava simplesmente “uma opinião correta.” Um “paradoxo” é uma “opinião contrária.”

Quem pode glorificar a Deus? Apenas a pessoa que possui uma opinião certa a respeito de Deus! Esse é aquele que O conhece apropriadamente e aprecia Seus atributos e caráter; aquele que possui a opinião correta de que Deus é santo, e justo, e gracioso, e misericordioso; aquele que adora Deus pelo que Deus é. Essa pessoa está no processo de dar a Deus “doxa,” honra ou glória.

A palavra grega “doxa” também origina nosso termo “doxologia,” ou “louvor a Deus pelo que Ele é.” Colocamos essa palavra em forma de música, através da qual louvamos a Deus pelo que Ele é. Cantamos:

O descrente recusa glorificar a Deus pelo o que ele é; ou seja, o Todo-poderoso, Criador, Deus sustentador. Ele se recusa a cantar a doxologia!

Como glorificar a Deus

A pergunta permanece: “Como damos glórias a Deus? Além de cantar na igreja ou em particular, como adoramos a Deus e damos a Ele a glória devida todos os dias?” Deixe-me sugerir algumas maneiras:

• Reconhecendo Cristo como seu Senhor;

Filipenses 2.11 diz: “e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.”

• Reconhecendo seu pecado;

Josué 7.19-20 diz: Então, disse Josué a Acã: filho meu, dá glória ao SENHOR, Deus de Israel, e a ele rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes. Respondeu Acã a Josué e disse: Verdadeiramente, pequei contra o SENHOR, Deus de Israel, e fiz assim e assim.

• Confiando sua vida a Ele;

Em Romanos 4.20-21, Paulo fala sobre a confiança de Abraão em seguir a vontade de Deus em sua vida, ao escrever: “não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus,estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.”

• Louvando a Deus com sua voz;

Salmo 149.1,5-6 diz: “Aleluia! Cantai ao SENHOR um novo cântico e o seu louvor, na assembléia dos santos… Exultem de glória os santos, no seu leito cantem de júbilo. Nos seus lábios estejam os altos louvores de Deus…”.

• Orando para que a vontade de Deus seja feita;

João 14.13 diz: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.”

• Servindo a família de sua igreja local.

1 Pedro 4.10-11 diz: Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!

Da última vez em que você esteve ajudando no estacionamento da igreja, trocando fraldas, recebendo visitantes, organizando cadeiras ou ajudando nos jogos das crianças, talvez você tenha pensado que estava somente ajudando a suprir alguma necessidade do momento. Na verdade, você estava glorificando e honrando a Deus! Você estava expressando sua opinião correta a respeito do valor de Deus! Para você, Ele é digno!

• Pregando e ensinando a Palavra de Deus.

2 Tessalonicenses 3.1 diz: Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós;

Também penso na igreja primitiva no livro de Atos 2 que viu um avanço rápido da Palavra de Deus sendo pregada e ensinada, de forma que a igreja estava “louvando a Deus.”

• Vivendo uma vida moralmente pura.

1 Coríntios 6.18-20 nos fala: Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.

• Apresentando Cristo a descrentes.

Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus.

• Produzindo fruto espiritual.

Conforme João 15.8: Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.

O fruto se refere a atitudes piedosas.

• Agradecendo a Deus pelo ministério de outros crentes.

Uma coisa é agradecer a Deus pelo que Ele tem feito por você; outra coisa é ficar contente com o que Deus tem realizado através de outra pessoa. Quando você fica contente com isso, você honra e glorifica a Deus. Veja 2 Coríntios 9.13:

…[os santos] glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos,

• Morrendo como um discípulo fiel.

Muitas são as pessoas que querem morrer como crentes ou discípulos fieis, mas não vivem uma vida fiel; elas desejam morrer uma morte piedosa, mas sem viver uma vida piedosa. Em João 21.19, Jesus conversa com Pedro e diz que Pedro morreria como um mártir. No decorrer da conversa, contudo, Cristo diz a todos nós que, mesmo em nossa morte, podemos glorificar a Deus. O texto nos diz: “Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus…”.

A vida fiel de Pedro resultaria em uma morte para a glória de Deus. Não é incrível que até mesmo em nosso último fôlego podemos trazer glórias a Deus?

Estas são coisas que o descrente não pode e jamais poderá realizar.

• Reconhecer Cristo como Senhor;
• Admitir seu pecado;
• Confiar suas vidas a Cristo;
• Louvar a Cristo com sua voz;
• Orar para que a vontade de Cristo seja feita;
• Servir a igreja;
• Obedecer a Palavra de Deus;
• Viver uma vida moralmente pura;
• Apresentar Jesus Cristo a descrentes;
• Produzir fruto espiritual;
• Agradecer a Deus pelo ministério de outros;
• Morrer como um discípulo fiel.

Eles jamais irão glorificar a Deus!

Recusa em dar graças a Deus!

• Segundo, a humanidade recusa não somente a dar glórias a Deus, mas também graças a Deus.

Paulo escreve em Romanos 1.21:

porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.

Alguém escreveu: “Rebelião contra Deus não começa com o punho fechado do ateísmo, mas com um coração autossatisfeito da pessoa [que não consegue dizer] ‘obrigado.’”

Você já parou para pensar que uma das principais características que distingue o crente do descrente é a habilidade que o crente tem de dizer: “Obrigado, Deus!” com sinceridade em seu coração?

Então, sua vida, irmão, é diferente? Você está vivendo uma vida realmente distinta do mundo? Ou você leva suas murmurações a Deus como o hóspede de um hotel que não gosta das toalhas e da comida e do colchão e do serviço e então demanda: “Aonde está o gerente?”?

Essa é a atitude do mundo para com todas as coisas. Somente o crente pode dizer: “obrigado, Senhor!”

A Digressão do Homem para Longe da Verdade de Deus

Paulo continua dizendo na última parte de Romanos 1.21 que, pelo fato de o homem não dar glória e graças a Deus, ele se encontra numa espiral descendente.

Uma invenção sem valor – vazio!

• Primeiro, o homem se envolve em invenções sem valor ou especulações vazias.

Paulo escreve no verso 21:

...antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.

Quer seja queimar um incenso para os entes queridos que já partiram, ou rosários que passam pelos seus dedos enquanto fazem orações incessantes, ou o mito de Osíris do Egito que era o deus do inferno – a humanidade é desesperadamente religiosa.

A humanidade também está constantemente especulando. Leia um jornal recente e veja sobre os alunos que viajam durante as férias para um monastério budista e estudam a roda da vida e da morte. Leia sobre uma conferência enorme para mórmons. Leia sobre como pedir um CD do Hinduísmo compilado por vários homens, inclusive por um sacerdote hinduísta que também é um radiologista. E leia sobre o debate entre metodistas sobre uma música no hinário deles que se refere a Deus como a Mãe divina.

Aqueles que se recusam glorificar a Deus, o Criador, e Seu Filho, o Redentor, são deixados para vaguear pelo labirinto e nutrir a expectativa de que conseguirão encontrar a saída.

Roy Laurin escreveu:

O que o homem perdeu em comunhão com um Deus pessoal e o que ele tem tentado resgatar por séculos com fetichismo, idolatria e politeísmo é encontrado na comunhão com Jesus Cristo. O que o homem perdeu por meio da desobediência à Palavra de Deus é restaurado pela obediência à Palavra escrita de Deus.  Que o homem tem tentado recuperar por meio de conquistas religiosas é recuperado somente pela fé para o justo que viverá pela fé.

]Engano cego – escuridão!

• Segundo, a humanidade descrente fica presa na escuridão por causa de seu engano.

No verso 22, Paulo escreve: Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos.

A digressão deles continua e Paulo escreve no verso 23:

e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.

Se você não dá glórias a Deus, você acaba dando adoração ao homem. Ou você regride e finda dando glórias aos pássaros e então às vacas e, finalmente, aos vermes e às abelhas. O descrente prefere adorar seus deuses fabricados por eles mesmos; eles escolheram abraçar a escuridão! E eles parabenizam uns aos outros pelo seu brilhantismo.

Deus, entretanto, diz a respeito dos descrentes algo diferente daquilo que eles dizem. Deus diz no verso 22:

Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos.

Quando João Batista entrou nas páginas da escuridão da história, ele apresentou o Messias, conforme João 1.9, dizendo: Ele é a verdadeira luz que...ilumina a todo homem.

Pule até o verso 12:

Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus...

Em outras palavras, Deus deu àqueles que O receberam o direito de deixar a companhia dos amaldiçoados e se unir à companhia dos redimidos. Todos os demais um dia enfrentarão a fúria de Deus. Deus distribuirá Sua santa justiça a todos os que O substituíram por vermes, abelhas, incensos, rosários, sol, árvores, pássaros, vacas, fogo, estrelas, demônios e o próprio homem.

Um dia, a nova criação irá cantar, conforme Apocalipse 5.13 nos diz:

Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.

Meu querido amigo crente, sua vida na terra deve ser investida no ensaio para aquele dia. Aquele será o dia quando a adoração ao Cordeiro será feita face a face; quando nos uniremos em um grande coral para cantar a doxologia para a glória e honra de Deus!

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 18/03/2001

© Copyright 2001 Stephen Davey

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