
O Reinado da Mãe Natureza
O Reinado da Mãe Natureza
O Banquete das Consequências – Parte 7
Romanos 1.25
Introdução
Recentemente, eu tive o privilégio de pregar para formandos de uma turma de bacharel. Enquanto eu preparava meu sermão, fiquei novamente admirado com a digressão moral e espiritual do mundo.
Em meus estudos, li o artigo de uma revista intitulado “O Caráter de Nossos Campus Universitários.” A autora do artigo escreveu que os alunos,
...se preparam muito bem intelectualmente, mas que têm pouquíssimo interesse em desenvolver o caráter moral.
Ela fez um contraste entre turmas de formandos de hoje e turmas de formandos do início do século vinte. Ela disse:
Os alunos daquela época estavam relativamente despreocupados com a conquista acadêmica, mas faziam todo o esforço para crescer em caráter. Nós, por outro lado, colocamos enorme ênfase no desenvolvimento acadêmico, mas temos língua presa quando o assunto é uma vida virtuosa.
Essa escritora continuou escrevendo e citou John Hibben, antigo presidente da famosa universidade americana de Princeton. Ao dar um discurso para uma turma de formandos em 1913, John Hibben disse aos alunos:
O mundo manda que você assuma sua posição e lute em nome da honra e do cavalheirismo contra os poderes da organização do mal e da comercialização do vício, contra a pobreza, doenças e morte que assolam rapidamente quando o pecado é despertado... contra todas as inúmeras forças que trabalham para destruir a imagem de Deus no homem e liberar as paixões das bestas-feras.
Abaixo o Homem... Viva a Natureza!
Duas gerações se passaram desde que esse discurso foi feito e elas trouxeram o despertamento e demonstração e aprovação de todos os tipos de paixões das bestas-feras, e a digressão da imagem de Deus no homem.
Ao escrever aos irmãos romanos, Paulo praticamente profetizou no capítulo 1, verso 21, ao dizer que, quando a humanidade recusa a honrar e dar graças ao Deus Criador, os pecadores se auto-condenam a vaguear pelas trevas espirituais, cheios de especulações que não satisfazem o coração humano, nem provêm significado e dignidade à vida humana. Paulo disse em Romanos 1.25: E trocaram a verdade de Deus em mentira.
No estudo anterior, demos uma olhada em várias mentiras que impactam e influenciam nossa geração. Essas são mentiras semelhantes à primeira mentira de Satanás a Eva ao atacar o caráter de Deus, a bondade de Deus e a autoridade da Palavra de Deus.
Satanás disse a Eva: “Deus realmente disse isso? Será que Ele realmente quis dizer isso – que se você comer do fruto, você morre? Eva, com certeza, Deus nunca limitaria seus desejos dessa maneira. Se você comer do fruto, certamente não morrerá.”
Ela foi enganada e comeu, tanto ela como Adão; e ambos começaram a morrer.
Jesus Cristo disse a respeito de Satanás em João 8.44: quando ele fala mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Expondo as Mentiras
Já discutimos várias mentiras que dominam nossa cultura hoje – mentiras que igualmente atacam a verdade da Palavra de Deus e diluem o poder e autoridade de Deus.
A Verdade é...
- Uma das mentiras é que a verdade é uma invenção pessoal; que é relativa; que qualquer que seja a sua crença, pode continuar crendo e ninguém deve dizer que você está errado porque, quando o assunto é o mundo espiritual, você está certo, bem como todas as demais pessoas.
Isso é loucura espiritual. Ou o hinduísta está certo em crer na existência de trezentos milhões de deuses, ou eu estou certo em crer que existe apenas um Deus verdadeiro. Ou a vaca dos indianos é de fato sagrada, ou a vaca não é sagrada. Ambos não podem estar corretos ao mesmo tempo. Um de nós está completamente errado.
Contudo, essa mentira da verdade relativa é a areia sobre a qual nossa cultura caminha.
A salvação é...
- Outro engano popular é o de que a salvação é universal; ou seja, todos irão para o céu.
É interessante que, pelo menos, as pessoas acreditam piamente no céu, apesar de a verdade não poder ser algo absoluto. As pessoas crêem apenas naquilo que querem e se comportam como desejam e, no fim, acabam indo para algum tipo de paraíso celestial. Então, quase todas as pessoas acreditam na imortalidade e que estão no caminho correto para o céu.
O julgamento é...
- Outra mentira que segue de perto a primeira é a de que não haverá julgamento algum no futuro.
Se isso é verdade, então Jesus Cristo estava enganado em Mateus 7.13-14, ao dizer:
Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.
O apóstolo João foi enganado pelo Senhor, uma vez que ele escreveu no livro de Apocalipse, capítulo 20, verso 15, palavras que produzem grande temor:
E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
Como fazer para ter seu nome no livro da vida? É necessário se aproximar, com fé e arrependimento, do Cordeiro de Deus, que é o Senhor Jesus Cristo, conforme o evangelho de João nos informa. Se você não deseja se aproximar dEle em arrependimento e confissão, então é melhor você esperar que Jesus Cristo e o apóstolo João estejam ambos enganados, pois eles pintam um futuro terrível para você.
O homem...
- Outra mentira é a de que o homem evoluiu. Falaremos mais sobre isso hoje em nosso estudo.
Deus é...
- Finalmente, existe a mentira de que Deus não se envolve com a criação.
A Bíblia, contudo, nos diz que Deus está intimamente envolvido, tendo nos criado e até mesmo tomado a forma humana a fim de se relacionar conosco, morrer por nós e pagar a penalidade pelo nosso pecado. É impossível se envolver mais do que um nascimento e crucificação.
Arcando com as consequências
Agora, o que acontece quando o homem crê na mentira? Existe uma série de consequências.
A humanidade rejeita...
- Primeiro, a humanidade rejeita um Deus pessoal, amoroso e perdoador.
A humanidade substitui Deus por...
- Uma segunda consequência é que a humanidade substitui Deus por outros objetos de adoração.
O viciado em droga ou o viciado em sexo anseia pelas suas experiências porque ele não anseia por Deus. O materialista não anseia por Deus, então ele busca ter coisas materiais. A pessoa orgulhosa não anseia por Deus, então seu alvo na vida é poder, prestígio e popularidade.
O coração humano foi criado para o desejo, anseio. Se seu anseio e desejo não são por Deus, então ele correrá atrás de outra pessoa ou coisa.
A humanidade abandona a única base para...
- Terceiro, a humanidade abandona a única base para a moralidade.
Se você é fruto da evolução, então você não passa de mais um animal. E se você é apenas um animal, então você pode fazer o que os animais fazem. Assim como a letra de uma música que ficou na posição dezessete dentre as duzentas músicas mais ouvidas; a letra diz:
Eu e você não somos nada além de mamíferos; então, vamos fazer como eles fazem no Discovery Channel.
Eu li que o canal MTV tocou o clip dessa música. Nesse vídeo, os membros da banda estão todos vestidos de macaco e simulam atos sexuais com seus colegas da banda. E eles disseram: “Foi só uma brincadeira.”
Talvez sim, mas a música se baseia na pressuposição que flui naturalmente da teoria evolucionista de Darwin: que o homem é apenas mais um animal. Portanto, qualquer que seja o comportamento normativo dos animais, esse também pode ser o comportamento do ser humano.
Ninguém mais está rindo. A brutalidade do reino animal se tornou parte da experiência humana. Veja bem. Um livreto para crianças entre nove e doze anos intitulado A Besta-Fera Dentro de Você, foi publicado um tempo atrás em uma tentativa de relacionar características dos humanos aos seus predecessores, os animais. Repleta de desenhos, o livro apresenta a unha como prova de que o homem evoluiu, pois as unhas são uma evolução das garras, e os arrepios na pele como prova de que uma vez os humanos tiveram pelo como de animal.
Até mesmo os próprios evolucionistas reconhecem que a teoria deles rebaixa a moralidade e eles estão preocupados com a perda da moralidade.
Outros, como Robert Wright, pensam que já chegou a hora de nos libertar de quaisquer tendências morais humanas e nos livrar de quaisquer restrições. Ele escreveu o seguinte em seu livro A Moral Animal:
Não existe absolutamente nenhum motivo para se pressupor que códigos morais existentes refletem algum tipo de verdade superior transmitida por meio de inspiração divina.
Ao invés disso, ele escreve:
Moralidade é meramente uma noção que evoluiu na mente humana como uma ferramenta para aumentar o sucesso de reprodução; qualquer coisa que transmita nossos genes para a geração seguinte é moralmente correto.
Ele continua e argumenta:
Ambos homens e mulheres são biologicamente programados para ser infiéis a seus cônjuges; a lascívia descontrolada é uma parte inata de nossas mentes, [então] monogamia por toda a vida não é algo natural.
Imagino que ele seria um marido excelente! Esse é o homem que todo o pai sonha para a sua filha!
O presidente da Universidade de Princeton, em 1913, já estava certo ao dizer que, quando você abandona a revelação do próprio Deus, e a direção moral de Deus dentro dessa revelação chamada Bíblia, você libera todas as paixões de dentro da besta-fera; você perde todas as restrições morais; você vagueia por todo tipo de comportamento perverso e destrutivo.
A humanidade abre mão de...
- A quarta consequência que se segue é que a humanidade abre mão de sua dignidade dada por Deus.
Agora, pense nisto cautelosamente: já que foi Deus quem nos informou a respeito de nosso valor infinito e também foi Ele quem definiu nosso lugar especial dentro da criação, então, quando Deus é rejeitado, a consequência lógica que segue é a perda de tudo o que Deus nos disse a nosso respeito.
Perceba bem a dignidade e autoridade que Deus, o Criador, concedeu aos homens, conforme lemos em Gênesis 1.26-28:
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
Conforme o plano da criação de Deus, Adão e Eva eram o rei e a rainha do planeta e sobre todos os animais. A ordem lhes dada foi a de “dominar a terra.” O termo hebraico “dominar,” ou “kabas,” significa, “marchar sobre e prender; controlar e comandar.”
Além disso, no capítulo 2 de Gênesis, Deus dá ao homem o papel de “cuidar” da criação. O termo “cuidar,” traduzindo o hebraico, “samar,” significa, “guardar e preservar , cultivar.”
Deus delegou o cuidado e o cultivo do planeta à humanidade, bem como o controle sobre todo o reino animal. Todavia, quando a Palavra de Deus é rejeitada a humanidade não somente perde sua dignidade e honra, mas ainda existe uma quinta consequência.
A humanidade perde o...
- A humanidade perde o valor da vida humana em favor da vida animal.
Em outras palavras, ou o homem domina a natureza, ou ele é dominado pela natureza. Ou ele exercita sua soberania sobre o mundo natural, ou ele perde sua perspectiva e, por fim, se torna exatamente como outro membro qualquer na cadeia alimentar. Deus criou o homem para governar; mas, ao contrário disso, ele é governado.
E o que acontece é o seguinte: se o ser humano é apenas outro animal, então os animais são o mesmo que as pessoas.
Alguém pode dizer: “E o que há de errado com isso? Pensar que o ser humano tem mais valor que os animais e que ocupa um lugar mais especial na criação é arrogância e orgulho, não é verdade?”
Meus amigos, à parte da Palavra de Deus e da crença naquilo que ela ensina a respeito da criação, isso poderia, de fato, não passar de mera arrogância.
Na verdade, um homem chamado Peter Singer, um evolucionista da Universidade de Princeton, Estados Unidos, chama essa atitude de “especismo.” Segundo ele, a atitude de não conceder aos animais direitos iguais aos dos seres humanos é outra expressão ou manifestação de “racismo.” Ele disse:
Uma vez que os animais sentem prazer e dor e são capazes de alegria e sofrimento, seus interesses são legítimos e precisam receber tanta atenção como no caso dos seres humanos.
Ele ainda foi audacioso para afirmar:
Um chimpanzé, um cachorro ou um porco possui um nível de consciência e maior capacidade de se envolver em relacionamentos mais significantes com outros do que um bebê ou alguém que é mentalmente incapaz que vive em um estado de caduquice avançada. Portanto, a vida de um bebê com dano cerebral irreversível não possui mais valor que as vidas dos animais.
Essa filosofia, meus amigos, domina nossa cultura hoje. Os animais estão sendo tratados cada vez mais como os seres humanos o tempo inteiro. Uma das áreas que mais cresce no Direito está ligada à lei dos animais. Um artigo de jornal que eu li relatou o seguinte:
Existe um movimento crescente que solicita que os tribunais abandonem séculos de história e que comecem a tratar os animais de estimação não como propriedade, mas como algo semelhante aos seres humanos. Em tribunais ao redor dos Estados Unidos, existem sinais de que a lei do animal está em seu início. Nos últimos quatro anos, jurados em cinco estados americanos votaram a favor dos animais em julgamentos. Doze escolas de Direito... agora oferecem cursos na lei dos animais. Talvez ainda mais significante que isso, os tribunais já estão permitindo que os donos de animais de estimação que foram machucados ou mortos processem não somente por causa do valor do animal em si, mas também pela perda da companhia e pela dor e sofrimento decorrentes, como se o animal morto tivesse sido um filho ou cônjuge.
Um exemplo desses foi de uma mulher que ganhou um caso contra um hospital veterinário por ter trocado sem querer os restos mortais de seu poodle pelos de um gato. O erro foi descoberto durante o velório de seu animal. Ela processou o hospital por danos emocionais e ganhou o caso.
Desde a época medieval, os tribunais consideram animais como propriedade; ou, em termos legais, ele é um “bem.” Donos de animais que foram feridos recebiam apenas um ressarcimento no valor do animal. Hoje não.
Hoje, toda uma organização de advogados dos direitos dos animais insiste para que um dia, conforme uma mulher disse: “tenhamos sucesso em apresentar um caso em que o animal é o querelante.”
Meus amigos, estamos chegando perto disso. No ano passado mesmo um juiz se tornou o primeiro jurista em seu estado a permitir que o dono de um cachorro processasse por danos emocionais ao animal. O dono ficou assistindo enquanto o cachorro do vizinho maltratava seu cachorro.
Um professor de uma universidade disse o seguinte:
Estamos insistindo nesse caso com todas as forças. Neste momento, ainda existe certa dificuldade quando o assunto é o estresse emocional de um animal. Mas, conforme mais e mais caso aparecerem, teremos menos dificuldades e teremos e estaremos pagando mais.
A consequência lógica da filosofia evolucionista que rejeita a criação de Deus é a seguinte: as pessoas podem tratar pessoas como animais, mas elas têm que tratar animais como pessoas.
Em determinados locais, o dono de um animal que sofreu algum dano pode processar e receber até quatro mil em dinheiro. No estado americano da Califórnia, um juiz concedeu o veredito a favor de uma mulher. Ela recebeu vinte e sete mil dólares por causa do sofrimento causado ao seu cachorro como resultado de um conserto de dente que deu errado.
Os americanos gastam mais de onze bilhões de dólares por ano em cuidado com animais de estimação. Adicione-se a isso ainda o fato de que já existem nos Estados Unidos trinta e cinco resorts para animais e seiscentos e cinquenta cemitérios. Uma cidade até mudou o termo legal de um dono de animal: ele não é mais chamado de “dono,” mas de “guardião.”
E por que não? Se os animais são o mesmo que as pessoas, eles também têm o direito a quimioterapia, férias e uma túmulo.
O que a Bíblia diz a esse respeito? Deus disse a Adão e Eva que eles deveriam dominar sobre os animais. O Antigo Testamento está repleto de referências dizendo que não devemos tratar os animais com crueldade. Mas e o que dizer do valor intrínseco do animal? Aquele cachorrinho ou gato tem o mesmo valor que uma pessoa? Será que somos realmente culpados de “especismo” porque pensamos que as pessoas valem mais que os animais?
Jesus Cristo disse à Sua plateia em Mateus 6.26, enquanto ensinava o Sermão do Monte:
Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
Um pouco mais adiante, em Mateus 12.12, os líderes religiosos estavam tentando acusar o Senhor de violar o Sábado ao curar um homem que tinha uma mão ressequida. O Senhor respondeu a eles dizendo: “Ouçam bem, por que eu não posso ajudar um homem no Sábado? Até mesmo vocês resgatariam uma ovelha que caísse em uma valeta.” Daí o Senhor Jesus disse: Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha?
Para aqueles que ignoram as palavras de Cristo, existem consequências. Quando as pessoas vivem como animais e dizem que os animais devem viver como pessoas, existem os valores invertidos, a perda da dignidade humana e a perda da base da moralidade.
Um passo mais abaixo ainda na espiral é o que Paulo diz em Romanos 1.25: o homem rebelde se recusa a adorar e servir o Criador; ao invés disso, ele adora e serve a criatura.
A humanidade se prende a suprir as necessidades...
- A sexta consequência é que a humanidade se prende a suprir as necessidades da natureza ao invés das necessidades da própria humanidade.
Eu penso nisso como uma gangorra. O homem está de um lado e a natureza de outro lado. Se o homem é elevado e recebe do Deus Criador um direito nobre, a natureza desce e fica abaixo do homem. Mas se o homem recusa o Deus Criador, ele mesmo se rebaixa por causa de sua recusa; daí, a natureza começa a crescer em importância.
A gangorra funciona da seguinte maneira:
- A natureza é – desfrutada pelo homem;
- A natureza é – igual ao homem;
- A natureza é – soberana sobre o homem.
Enquanto o homem dominar a natureza e crer na ordem criativa de Deus, o homem irá desfrutar da natureza, se maravilhar com ela, cultivar e cuidar dela. Mas quando o homem rejeita o projeto de Deus, a gangorra começa a pender para o outro lado até que a natureza começa a dominar o homem. E o que estamos vendo hoje, meus amigos, é o aparecimento do reino da “mãe” natureza.
Um artigo chamado “Boas-Novas” disse que, nos últimos quinze anos, formandos do ensino médio que foram entrevistados deram sempre a mesma resposta. A pergunta feita a eles foi a seguinte:
Se você se encontrasse em uma situação de emergência, você salvaria seu cachorro primeiro ou um estranho?
A resposta comum era:
Gosto demais de meu cachorro, mas não gosto do estranho. Então, salvaria primeiro meu cachorro.
Para os jovens, esse sentimento de amor suplantou o guia moral dado por Deus. O correto agora foi redefinido para aquilo que o indivíduo sente. Assim, a vida de um cachorro se torna mais valiosa que a de um ser humano. Então, o homem se tornou o melhor amigo do cachorro.
A inversão de valores foi ilustrada de forma trágica e dolorosa recentemente em uma igreja do estado da Califórnia. O problema envolveu o projeto de construção de uma igreja. Depois de o pastor ter lutado com os oficiais da cidade, eventualmente ele saiu da igreja e outro pastor veio para dar continuidade ao projeto. Um jornal local relatou o acontecido, mas a notícia nunca saiu em rede nacional.
A história começou em 1981 quando o pastor anunciou a necessidade de um novo templo e uma nova estrutura física para a igreja. Após uma longa pesquisa, a igreja comprou uma área de 52 hectares que ficava, na verdade, em um morro. As complicações custosas apareceram imediatamente.
A igreja não recebeu o aval da prefeitura para construir sobre o morro, pois iria bloquear a visão os residentes ao lado. Então, a estrutura da igreja foi completamente redefinida e colocada para o lado do morro.
Daí, um pássaro em risco de extinção foi o obstáculo seguinte. Pelo fato de um casal desse passarinho ter sido descoberto naquele morro, a igreja recebeu autorização para construir em apenas 10 dos 52 hectares que havia comprado. Os outros 42 hectares pertenciam aos dois passarinhos. Além disso, a igreja foi informada que a construção não poderia ser feita durante o período de procriação dos passarinhos, que começava à meia-noite do dia 15 de fevereiro e durava até à meia-noite de 15 de agosto.
Daí, enquanto a igreja esperava o término do período de acasalamento do casal de passarinhos, uma moita foi encontrada no morro. Os construtores, agora, estavam proibidos de construir qualquer coisa onde a moita crescia, ou poderia no futuro crescer.
Em seguida, a igreja foi multada em cento e vinte mil dólares porque, no processo de escavar o morro para a construção, foram descobertos um fragmento de um objeto de barro e uma pedra, a qual acreditava-se ter sido escurecida por um fogueira que índios haviam feito para assar sua comida. A igreja ainda teve que pagar dez mil dólares para cobrir novamente a área com materiais especiais.
Daí, oficiais do governo alegaram “poluição de luz” produzida pelos postes do estacionamento da igreja. Os postes tiveram então que ser baixados da altura normal de 6 metros para apenas 90 centímetros. O pastor replicou dizendo que isso, “não tinha problemas, desde que os carros tivessem apenas 15 centímetros de altura.” Eventualmente, os oficiais se abrandaram, mas limitaram os horários dos cultos da igreja: a igreja não poderia realizar cultos entre as cinco da tarde e as sete da noite durante a semana.
Esse noticiário ainda continua. A construção do templo da igreja retardou cerca de dez anos por causa dessas questões e o projeto custou 18 milhões de dólares a mais do que o planejado.
Anteriormente, eu mencionei as vacas que andam livremente pela Índia. Dois milhões de cabeças de gado às quais as pessoas atribuíram valor espiritual. Portanto, eles não matam, nem comem vaca – apesar de o país passar por fomes severas.
Você pode dizer: “Aquelas pessoas na Índia com as vacas delas... aquilo é ridículo!”
Mas, nós, no mundo ocidental, não estamos muito longe disso. O fato de uma congregação de milhares de pessoas ceder a maior parte de sua propriedade a um casal de passarinhos, e poder construir apenas durante metade do ano para não atrapalhar dois passarinhos – digo a você que não estamos muito longe.
Este Realmente É o Mundo de Meu Pai!
Deixe-me resumir com algumas verdades.
Deus criou...
- Deus criou tudo o que existe.
Conforme João 1.3 diz:
Tudo foi feito por ele e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
Deus sustenta...
- Segundo, Deus sustenta tudo o que existe.
Leia o Salmo 104 alguma hora e revisite o assunto de que Deus criou as estacoes e os sistemas no planeta Terra a fim de sustentar a vida. Deixe-me ler apenas alguns versos.
O verso 10 diz:
Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas águas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede.
Veja o verso 13:
Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras.
O verso 14:
Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão,
Em outras palavras, não é você que faz com que o planeta Terra funcione, amigo – Deus é quem o faz funcionar.
Contudo, a teoria popular é a de que a humanidade está em uma corrida desesperada para preservar o planeta. Você pode dizer: “Mas como você sabe que a Terra irá sobreviver?”
Apenas leia a Bíblia – ela nos diz o que irá acontecer bem no final dos tempos. Apocalipse 20 e 21 nos contam que a terra continuará existindo e haverá recursos para bilhões de pessoas até àquele dia, no futuro, quando Deus queimar a terra e criar uma nova terra, bem como um novo céu para o crente desfrutar para todo o sempre.
Um programa bastante popular sobre ecologia para crianças de quarta série chamado “Guardiões da Terra,” ensina esta filosofia típica da Nova Era: “A única maneira de salvar o meio-ambiente é ter um relacionamento profundo e duradouro com a terra.”
Não consigo não pensar em Romanos 1.25. Os homens recusaram um relacionamento com o Criador e escolheram se relacionar com a criação: a terra.
Deus concede...
- A terceira verdade é que Deus concede dignidade especial à humanidade.
- A criação mostra a envolvimento singular de Deus com o homem; e
- A criação revela a imagem de Deus impressa no homem.
Sim, o homem pode ser classificado como um mamífero. Ou seja, carregamos em nosso corpo os processos comuns dos mamíferos, tais como: ingestão, digestão, absorção, assimilação, respiração, excreção, secreção, movimento e reprodução. Nós fazemos essas coisas também, mas o que torna a humanidade singular é o fato de que Deus nos criou em Sua imagem, conforme Gênesis 1 nos fala.
O que isso significa? Ser criado à imagem de Deus significa que:
- O homem é um ser espiritual; e
- O homem possui moralidade.
Pelo fato de você ser uma alma imortal, você viverá eternamente. A Bíblia apresenta dois futuros lares eternos: céu e inferno. Nenhum peixe, pássaro, cachorro ou gato recebeu a promessa de um lugar na casa do Pai no céu; ao mesmo tempo, nenhum deles foi advertido a respeito de um futuro julgamento no inferno. Nenhum cavalo, vaca ou golfinho se tornou co-herdeiro de Jesus Cristo for toda a eternidade. Apenas os seres humanos.
- Por causa disso, o homem é não somente um ser espiritual com imortalidade, mas ele desfruta de comunhão espiritual;
- E, novamente, o homem recebeu o direito de exercer soberania sobre a criação.
Poderíamos dizer isso da seguinte forma: “Este mundo é de Deus, mas o serviço é do homem.”
Deus é o dono...
- A quarta e última verdade é a de que Deus não somente criou todas as coisas, mas Ele é o dono de tudo o que existe.
No Salmo 50.1012, Deus, o Criador, diz:
Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém.
Deus criou tudo o que existe. Deus sustenta tudo o que existe. Deus é o dono de tudo o que existe.
E, apesar de o mundo recusar reconhecer e adorar esse Deus Criador maravilhoso, o crente faz o que Paulo faz no final de Romanos 1.25 – ele simplesmente declara em pura adoração: Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
O mundo O nega, mas: [Ele] é bendito eternamente.
O mundo O desonra, O ignora, O marginaliza e O odeia, mas: [Ele] é bendito eternamente. Amém!
O mundo não O adorará, mas nós iremos – nosso Criador e Redentor maravilhoso, porque: [Ele] é bendito eternamente. Amém!
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 27/05/2001
© Copyright 2001 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
添加評論