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Apresentando O Evangelho

Apresentando O Evangelho

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

Apresentando O Evangelho

A Verdade do Evangelho – Parte 3

Romanos 1.2–3

Introdução

Imagine que você está acampando à beira de um riacho em um belo vale cheio de árvores. Pela manhã, você lava seu rosto naquela água límpida e transparente e bebe um pouco também. Pouco depois, você fica muito doente. Por que? Porque no alto daquele rio, um homem lançou lixo toxico na água. Agora, toda a água que flui montanha a baixo pelo vale está poluída. Apesar de ter uma aparência de limpa e boa, existem ali muitas toxinas invisíveis.

Adão é a fonte da humanidade e ele poluiu toda a corrente da raça humana. Você pode dizer: “Ei, mas isso não é justo. Eu não comi do fruto.”

Bom, você pode não ter comido do fruto proibido, mas tem experimentado o pecado proibido. Talvez você não tenha comido aquela fruta, mas talvez já roubou uma. Em outras palavras, você cometeu seus próprios pecados, o que prova que você de fato foi infectado com a água poluída da natureza adâmica. Todos nós nascemos na família de Adão e nosso caso é terminal.

 

A Necessidade do Evangelho: Por que o Evangelho é Necessário?

O motivo por que o evangelho foi prometido logo no início em Gênesis 3.15 foi porque a humanidade foi amaldiçoada e o pecado traria a consequência chamada morte. O motivo por que você precisa nascer de novo, meu amigo, é porque cada um de nós nasceu, da primeira vez, numa família doente, poluída com pecado e condenada à morte.

João 8.44 registra o Senhor Jesus dizendo que o pai da humanidade é o diabo e que a humanidade é carente porque parece com seu pai, o qual não passa de um mentiroso. Acontece que temos problemas familiares maiores do que imaginamos. Você tem problemas com alguns de seus familiares que você jamais pensou serem problemas possíveis.

Como humanidade, fomos infectados, bebemos de uma água poluída; e nossa infecção é terminal. Precisamos ser retirados dessa família doente e adotados na família de Deus.

As diversas religiões do mundo buscam apenas construir filtros para essa água poluída. As religiões se tornaram especialistas em mascarar o real efeito de nossa doença. As religiões buscam produzir remédios para minimizarem a dor da culpa e da vergonha. Elas produziram cosméticos que fazem a alma parecer menos doente e mais espiritual. Elas até inventaram maneiras para negar nossa condição e criaram planos para um auto-melhoramento que nos faz sentir melhores a respeito de nosso pecado.

As religiões deste mundo não oferecem perdão duradouro, mas apenas um sistema de rituais e obras que, caso você os cumpra como devido, talvez você entre no céu. E “talvez” não é nenhuma notícia boa.

Vários anos atrás, eu estava em um templo Hinduísta na Índia. Vi uma placa na parede com uma mensagem que declarava como alguém poderia encontrar a vida eterna. Essa placa dizia:

Aquele que deseja atravessar o oceano doloroso da vida terrena, o qual está repleto de crocodilos da ira, ganância e paixões passageiras, agarre-se no Baghavad Gita, o qual possui as disciplinas de ação, devoção e sabedoria como seus remos. Esses facilmente o conduzirão à terra da libertação.

Esse era o caminho deles ao céu, o Nirvana. Esse era o evangelho deles – se você se agarrar nos remos da ação e devoção, daí talvez você consiga atravessar as águas da vida infestadas de crocodilos para uma vida melhor.

Após estudar mais a fundo, você então descobre que cada pessoa precisa passar um tempo em um dos cinte e um infernos que queimam com carma negativo. Uma vez purificada, a alma é reciclada a um estado superior na vida vindoura e o ciclo recomeça. Se a pessoa foi particularmente perversa na vida anterior, ela pode ser condenada a um dos infernos mais inferiores onde ela é cozida em caldeirões ou comida por corvos.

O Budismo também possui os seus sete infernos quentes, cheios de câmaras de tortura e charcos, mas também possui oito infernos frios para aqueles culpados de pecados menos severos.

Sinceramente, todas as religiões humanas deste mundo são basicamente a mesma coisa: má notícia.

O mundo ocidental também concatenou seu próprio sistema de religiões. Talvez essas religiões não traga a ameaça de sermos cozidos em caldeirões ou congelados em um inferno gelado, mas são igualmente sem esperança e vazias em seus sistemas particulares de melhoramento e redenção pessoais.

Todas essas religiões são como o imperador que estava desfilando pela cidade completamente nu depois de ter sido enganado a crer, por causa de seu orgulho, que ele estava vestindo roupas tão finas e caras que apenas os mais sofisticados conseguiriam enxergar o tecido primoroso. E quando o imperador saiu de seu palácio desfilando em sua roupa, a qual não passava de sua “roupa de nascimento,” todos os seus súditos o assistiram em silêncio, não desejando dizer nada para não serem acusados de serem indoutos. Mas, finalmente, um garotinho disse em voz alta: “Mamãe, o imperador está pelado.”

Os filhos de Deus possuem uma mensagem para todas as religiões ao redor do mundo. Religiões humanas não trazem esperança alguma; elas não oferecem resposta alguma! Mesmo com toda sua pompa, rituais e cerimônias, elas ainda deixam as pessoas expostas e nuas diante do único Deus verdadeiro, diante do qual serão condenadas por seus pecados.

Alguns anos atrás, também na Índia, eu gravei um vídeo de um sacerdote se lavando nas águas poluídas do rio Ganges. Ele cria que esse ritual o purificaria de seus pecados.

O motivo por que existem tantas religiões no mundo é porque existe algo dentro do coração do homem que sabe que ele precisa de alguma coisa externa para o purificar. Mais tarde falaremos sobre isso em nosso estudo de Romanos 1.

Existe algo em nós que nos condena com um senso de vazio e culpa. Tem que haver algum ritual, alguma purificação ou outra forma qualquer de silenciar nossa culpa. Tem que haver algo ou alguém capaz de nos ajudar!

Sócrates uma vez lamentou: “Ah, que alguém se levante para nos revelar Deus.”

A humanidade reconhece que deve haver uma maneira de se encontrar perdão; deve haver um caminho para a eternidade; tem que existir uma fonte de esperança; tem que haver alguém que pode diagnosticar nossa condição terminal e providenciar a cura.

Paulo seria aquele que se levantaria para nos mostrar Deus – e ele nos mostrará o caminho a Deus, que é a essência e substância do evangelho. Então, é alguma surpresa que a palavra “evangelho” no grego significa literalmente “boas-novas”?

Sim, o pecado existe; sim, a culpa também existe; sim, o mal existe; sim, a morte existe; mas também existe as boas-novas. Paulo resume as boas-novas em Romanos 5, versos 17 e 18:

Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.

 

Pule para o verso 21:

a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

Isso sim é boa-nova! De fato, todos nós temos bebido da corrente poluída da raça de Adão, mas existe Outro que deu início a uma nova raça de homens e mulheres, meninos e meninas justificados. Existe uma maneira de termos e sabermos que temos vida eterna. É através dele – Jesus Cristo, nosso Senhor.

Paulo escreveu aos Efésios, no capítulo 1, verso 13, parafraseado: “Vocês ouviram a mensagem da verdade, o evangelho da sua salvação...”.

E existe algo hoje chamado de o evangelho da verdade. Numa era de engano, mentira, falta de confiança, confusão religiosa e manipulação piedosa, aqui, por fim, está a verdade do evangelho. Paulo esboça para nós uma descrição das boas-novas.

A Fonte do Evangelho: De Onde Ele Veio?

A segunda pergunta importante é: “De onde veio o evangelho?”

Na última parte de Romanos 1.1, Paulo declara que o evangelho é:

...de Deus.

Poderíamos traduzir esse genitivo como: “Este é o evangelho cuja fonte é Deus.”

Paulo tinham que estabelecer que o evangelho possui uma fonte divina; caso contrário, ele não teria credibilidade para um mundo já repleto de misticismo religioso. Na verdade, nos dias de Paulo, havia outras formas de evangelho.

Em 2 Coríntios 11.4, Paulo adverte a respeito de homens que pregariam um Jesus diferente, um espírito diferente, um evangelho diferente. Em outras palavras, eles falariam sobre o evangelho, falariam sobre o espírito, até falariam sobre Jesus, mas seria um Jesus diferente.

Em Gálatas 1, verso 7, Paulo chama a atenção dos crentes sobre algo semelhante ao escrever: há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.

E ele continua nos versos 8 e 9 dizendo palavras que todos precisam ouvir hoje mais do que nunca:

Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

Essas é uma das poucas vezes em que Paulo repetiu algo no mesmo parágrafo.

O termo “que vá além” em “...ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que temos pregado...”, provavelmente se refere ao Judaísmo em sua busca não necessariamente para negar Jesus, mas para adicionar as obras da lei a Cristo. Os judaizantes estavam adicionando ao evangelho. Era Jesus mais alguma coisa para se alcançar a salvação.

Quando eu vejo uma cópia do livro de Mary Eddy Baker sobre a chave para se entender as Escrituras, ou mesmo o Livro dos Mórmons, o qual reivindica ser outro testamento adicionado ao Novo Testamento, eu penso logo nesse verso de Gálatas 1. A ironia é que Joseph Smith, o fundador do Mormonismo, dizia que um anjo o havia guiado até às placas, as quais, traduzidas, forneceram nova revelação sobre o evangelho.

Mas o que Paulo disse mesmo? Note o verso 8 novamente:

Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.

Ou seja, “Mesmo que um anjo do céu pregue um evangelho em adição ao evangelho que eu já preguei no passado a vocês, que ele seja amaldiçoado!”

É por isso que a apresentação inicial que Paulo faz do evangelho é tão importante. Esse não é o evangelho de Paulo; essa não é uma revelação de um anjo; esse evangelho tem como fonte o próprio Deus.

Esse é o evangelho de Deus. E ele não é chamado de um “bom conselho,” mas de “boas-novas.”

Os Mensageiros do Evangelho: Quem Nos Contou o Evangelho?

Agora, se ele realmente veio de Deus, então esse evangelho não é algo novo, uma ficção ou algo inconsistente com o que Deus já havia anteriormente revelado, correto? Então, Paulo progride logicamente em seu discurso e apresente os mensageiros do evangelho.

Quem nos contou a respeito do evangelho? A resposta de Paulo é: “Os profetas.”

Note Romanos 1.1 e o verso 2:

…o evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras

Em outras palavras, esse evangelho é antigo. Ele não é algo recente. Não foi algo que Deus elaborou de última hora depois de Adão e Eva terem pecado. Deus não estava no céu pensando: “Não acredito que eles comeram do fruto. O que vou fazer agora?”

Jamais houve uma reunião de emergência entre os membros da Triunidade. 1 Pedro 1.19-20 nos contam que o plano de redenção precedeu a formação do mundo.

Desde os tempos de Moisés, os profetas vieram profetizando sobre a vinda do Salvador. Na realidade, a primeira vinda de Cristo foi profetizada em pelo menos trezentas e trinta passagens do Antigo Testamento.

Ao ditar o livro de Romanos, Paulo citará passagens de:

  • Gênesis, cinco vezes;
  • Êxodo, quatro vezes;
  • Levítico, duas vezes;
  • Deuteronômio, cinco vezes;
  • 1 Reis, duas vezes;
  • Salmos, quinze vezes;
  • Provérbios, duas vezes;
  • Isaías, dezenove vezes;
  • Ezequiel, uma vez;
  • Oséias, duas vezes;
  • Joel, uma vez;
  • Naum, uma vez;
  • Habacuque, uma vez; e
  • Malaquias, uma vez.

Em Lucas 24.27, nós lemos:

E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.

Em João 5.18, os líderes religiosos estavam discutindo com Jesus porque Ele havia realizado um milagre no sábado. Quando Jesus se comparou a Deus Pai, eles quiseram matá-lo. E Jesus disse a eles no verso 39:

Examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas mesmas que testificam de mim.

Jesus está dizendo que o Antigo Testamento mostrava o caminho para a vida eterna e que ele apontava para o Messias, Jesus Cristo. Ele continua dizendo nos versos 45 e 46 de João 5:

Não penseis que eu vos acusarei perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança. Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porquanto ele escreveu a meu respeito.

Será que o Senhor consegue deixar isso ainda mais claro? Ele ainda diz no verso 47:

Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?

O que eram os escritos de Moisés? Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Ou seja, “Se você não consegue captar a mensagem do evangelho em Gênesis, então você também não conseguirá entender o evangelho em Mateus.”

Você não pode escolher quais livros da Bíblia você aceita como verdadeiros e quais você rejeita como fábulas. Se você acredita no primeiro livro da Bíblia que diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra,” então você pode crer em qualquer outro verso das Escrituras.

Não é surpresa nenhuma então que grande parte dos ataques de Satanás no decorrer dos séculos tem sido contra o primeiro livro de Moisés, o livro de Gênesis. Por que? Porque, de acordo com Jesus, se você não crê em Gênesis, você não crerá em Apocalipse. Do primeiro ao último verso, o evangelho de Deus é revelado. A Bíblia é tudo o que precisamos para entender a verdade do evangelho.

John Wesley escreveu as seguintes palavras profundas em torne de 1870:

Sou uma criatura de um dia, passando pela vida como uma flecha no ar. Daqui a poucos momentos, não serei mais visto; uma gota em uma eternidade imutável. Quero saber uma coisa – o caminho para o céu, como chegar seguro naquela praia feliz. O próprio Deus condescendeu comigo para me ensinar o caminho. Para esse exato fim ele desceu do céu. Ele escreveu isso em um livro. Ah, dá-me esse livro! Qualquer que seja o preço, dá-me o livro de Deus! Eu o tenho. Aqui está o conhecimento suficiente para mim. que eu seja um homem de apenas um livro. Aqui então estou eu, distante dos caminhos tumultuados dos homens. Sento-me sozinho. Apenas Deus está aqui. Em sua presença, eu abro, eu leio o seu livro – para este fim, para encontrar o caminho para o céu.

Paulo declara em sua primeira sentença: “Essa é a verdade do evangelho e as boas-novas; vocês já ouviram sobre ele por meio dos profetas.”

Após estabelecer a necessidade do evangelho, a fonte do evangelho e os primeiros mensageiros do evangelho, Paulo agora parte para o conteúdo da verdade do evangelho.

O Conteúdo do Evangelho: O Que é o Evangelho?

Agora Paulo avança para revelar a resposta para a próxima pergunta: “Qual é o conteúdo do evangelho?”

E Paulo nos conta nos versos 1 a 3:

…o evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi

A humanidade de Jesus

Agora, por que mencionar que Jesus, o Filho de Deus que nasceu, está relacionado a Davi? Já não é o suficiente dizer que Ele é o eterno Filho de Deus? Não, ao menos que você entenda, como Paulo compreendia perfeitamente, a importância desse parentesco real como qualificação para se sentar no trono de Davi como Messias.

As profecias haviam dito que o Messias seria um descendente de Davi, da tribo de Judá. O verdadeiro Messias tem que ser um descendente da linhagem real de Davi e, portanto, herdeiro legal ao trono de Davi. É por isso que o evangelho de Mateus começa com a genealogia de Cristo, traçando a família terrena de Jesus até a linhagem do rei Davi.

Todavia, ainda existe algo mais fascinante a respeito da linhagem humana de Cristo. O diagrama abaixo, das duas genealogias encontradas nos evangelhos, nos ajudará a entender melhor essa questão. Uma genealogia é de Mateus 1, e a outra é de Lucas 3. Note a proeminência da descendência real de Jesus.

Mateus 1

Lucas 3

Abraão

Abraão

Davi

Davi

Salomão

Natã

José (direito real)

Maria (direito legal)

Jesus

Jesus

Enteado de José, por adoção, possui o direito histórico a ser o Rei de Israel

O filho de Maria, por nascimento, possui o direito legal a ser Rei de Israel

 

Em Mateus 1, a genealogia é de José. Ela traça a linhagem de Abraão por Davi e até Salomão. Deus havia prometido a Davi em 1 Crônicas 22.9-10 que o trono de Salomão seria estabelecido em Israel. Então, os futuros reis seriam descendentes de Davi por meio de Salomão.

Essa foi a promessa, apesar de Salomão não ter sido o primogênito de Davi. Na verdade, o irmão mais velho de Salomão era Natã que, de acordo com 2 Samuel 5.14 nasceu em Jerusalém. E é a linhagem de Davi por meio de Natã que um diz produz uma menina chamada Maria. Esse é um exemplo da beleza da soberania de Deus!

Natã, o filho de Davi, possuía uma linhagem que correu até que culminou no nascimento dessa garota chamada Maria. Maria era, então, uma mulher que poderia passar ao seu filho o direito de se sentar no trono de Israel.

Salomão, o outro filho de Davi, teve uma linhagem que finalmente produziu um filho chamado José. José era, então, um homem que possuía o direito real e histórico de se sentar no trono.

Daí, adivinha o que aconteceu? Esses dois primos distantes chamados José e Maria noivaram. O noivado deles significava que, caso houvesse um trono em Jerusalém, o primogênito deles teria o direito legal de se sentar no trono de Davi.

De fato, lembre-se da história do Natal, que nos conta que José e Maria viajaram à terra de seus antepassados, bem como todos os judeus, para o censo. Eles foram para Belém porque José, o cabeça da casa, era descendente direto de Davi. Portanto, aquele menino bebê, que nasceu naquela noite e foi envolvido em panos e colocado numa manjedoura, era nada mais que o próprio Rei de Israel.

Ainda tem mais. Segure o fôlego. Existe um pequeno problema. Séculos antes do nascimento de José, Deus colocara uma maldição sobre uma linhagem em particular. Então, vamos dar uma olhada rápida na maldição de Deus colocada em uma das genealogias de Jesus.

Na genealogia de Mateus, no capítulo 1, versos 11 e 12, descobrimos um ancestral chamado Jeconias. Jeconias havia sido amaldiçoado por Deus a ponto de Deus retirar o trono de seus descendentes. Em Jeremias 22, verso 30, nós lemos:

Assim diz o SENHOR: Registrai este como se não tivera filhos; homem que não prosperará nos seus dias, e nenhum dos seus filhos prosperará, para se assentar no trono de Davi e ainda reinar em Judá.

E de fato, nenhum dos sete filhos de Jeconias, nem seus descendentes, receberam o direito ao trono de Davi. Mas José é descendente de Jeconias. Portanto, nenhum filho biológico de José pode se sentar no torno de Davi por causa desse julgamento de Deus.

Como resolver esse problema?

A divindade de Jesus

O plano soberano de Deus foi tão repleto de maestria que, apesar de José e Maria serem casados, Maria engravidou milagrosamente por uma ação do Espírito Santo em seu ventre. Então, José se tornaria não o pai biológico, mas o pai adotivo de Jesus. Isso permitiu desviar Jesus da maldição e, ao mesmo tempo, conservar os direitos históricos e legais de se sentar no trono.

O nascimento virginal de Cristo é de suma importância. Séculos antes, o profeta Isaías declarou no capítulo 7, verso 14:

Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.

Tanto Mateus como Lucas claramente revelam Maria como essa virgem. Na verdade, José iria se livrar dela secretamente ao descobrir que ela estava grávida. Ele sabia que o pai tinha que ser outro; obviamente, ela havia sido infiel aos votos do noivado. Seria necessária uma visão durante a noite para mostrar a José o que Deus tinha em mente para aquele bebê. Aquele menino era nada menos que o Messias milagrosamente concebido.

O teólogo Barnhouse esclareceu muito bem essa questão ao dizer:

Portanto, Jesus era o Messias sem maldição, o Messias legal, o verdadeiro Messias – de fato, Jesus era o único Messias possível. A linhagem de Davi terminou com Ele.

Portanto, o apóstolo Paulo, em sua apresentação do evangelho aos seus leitores, sabia muito bem que o Messias tinha que ser ninguém mais que o descendente de Davi. Então, você lê em Romanos 1.3 que o evangelho é:

com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi

Esse filho de Davi foi o Messias prometido, o herdeiro legal do trono de Davi. O Messias tinha chegado. Essa era, de fato, a boa-nova!

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 08/10/2000

© Copyright 2000 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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