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O Veneno dentro de Todos Nós

O Veneno dentro de Todos Nós

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

O Veneno dentro de Todos Nós

A Depravação do Homem e A Libertação de Deus–Parte 5

Romanos 3.13

 

Introdução

Em uma noite de sábado no ano de 1899, quatro repórteres se encontraram acidentalmente em uma estação de trem. Os quatro trabalhavam para quatro dos maiores jornais da grande cidade de Denver, no estado do Colorado, nos Estados Unidos. Os quatro tinham a difícil tarefa de encontrar uma grande notícia para a edição do domingo. Eles tinham esperança de encontrar alguma celebridade chegando de trem à noite. Todavia, nenhuma pessoa famosa chegou e, na verdade, não ocorreu nenhum evento digno de se tornar noticiário.

Finalmente, os quatro homens foram para um bar próximo. Um deles sugeriu que eles deveriam inventar uma notícia. De início, eles riram daquilo. Mas depois, eles começaram a pensar na proposta seriamente e decidiram juntos elaborar uma história tão inacreditável a ponto de terem a certeza de que ninguém duvidaria e que seus chefes os parabenizariam por tê-la descoberto. Já que uma história local seria facilmente desmentida, eles decidiram escrever sobre algum lugar distante. E eles concordaram de escrever sobre a China. Em torno das onze da noite, eles já tinham inventado a mentira. A notícia seria a de que o governo chinês estava planejando derrubar a Muralha da China como um sinal de boa vontade para com a comunidade internacional, abrindo as portas para o comércio exterior.

No dia seguinte, os quatro principais jornais da cidade de Denver traziam essa notícia na capa. Um deles dizia:

A Grande Muralha da China está condenada! Pequim busca o comércio internacional!

Para a surpresa, e pesar, deles, essa notícia inventada foi também reproduzida por outros jornais ao redor do país. O problema é que os jornais que reproduziram essa história adicionavam ainda mais detalhes inventados. No fim, a história era a de que um grupo de americanos estava sendo enviado para a China com a missão de derrubar a Muralha da China.

Quando essa notícia finalmente chegou à China, muitos tinham certeza de que era falsa. Outros ficaram enfurecidos diante da audácia do mundo ocidental. Em particular, os membros de uma sociedade chamada Boxers ficaram indignados. Eles eram um grupo de chineses patriotas que odiavam qualquer presença de estrangeiros. Levados a agir baseados nessa história, eles atacaram embaixadas estrangeiras em Pequim e, então, assassinaram seus alvos principais: missionários ingleses e americanos.

As Forças Armadas chegaram de oito nações diferentes a fim de proteger seus cidadãos que se encontravam dentro do território chinês durante aquele tempo de morticínio. Essa rebelião finalmente terminou, mas não somente até que, conforme uma enciclopédia registra, casas, igrejas e escolas fossem queimadas e missionários americanos e ingleses, juntamente com muitos crentes chineses, fossem brutalmente assassinados.

Essa crise internacional, causada por uma mentira originada em um bar em Denver, ficou conhecida como, “O Levante” ou “Rebelião dos Boxers.” O que esses quatro jornalistas começaram com suas línguas e canetas, culminou em morte e destruição.

Não deveríamos ficar surpresos ao descobrir que, no meio da descrição que o apóstolo Paulo faz da depravação humana, vemos uma referência à língua e o poder destrutivo das palavras.

Paulo escreve em Romanos 3.13-14:

A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;

Até este momento, nessa descrição inspirada da pecaminosidade humana, o Espírito Santo revelou por meio de Paulo nos versos 10 a 12 o que realmente somos:

Não há um justo… não há quem entenda [as coisas espirituais], não há quem busque a Deus; todos se extraviaram e à uma se fizeram inúteis [como leite azedo]…

Essa é a a revelação do que realmente somos à parte da obra retentiva de Deus por meio de Cristo!

Mas, nesta segunda seção que estudaremos hoje, veremos aquilo que proferimos. Nós temos em Romanos 3:

  • versos 10 a 12, a revelação da condição maligna da humanidade; e
  • nos versos 13a 14, a revelação da comunicação maligna da humanidade.

Acusações Contra o Coração Humano

Agora, Paulo faz quatro acusações contra o coração humano. Esse é o diagnóstico da depravação; e a coisa não é muito boa.

No decorrer de toda a minha vida, todos os médicos que me examinaram fizeram a mesma coisa. Acho que eles aprendem na faculdade de medicina que a primeira coisa que devem fazer é pegar aquele palito de picolé e enfiar na boca do paciente até que ele começa a se engasgar. Daí, o médico fala: “Diz ahhhhhhh” — o  que piora ainda mais as coisas para o paciente.

A verdade é que um bom médico sabe que a boca é a principal janela que fornece uma visão da condição física do corpo.

E o Médico Divino analisa da mesma maneira: Ele começa abrindo a boca da humanidade e olhando a garganta e a língua dos pecadores.

Nesses versos, o Médico Divino, usando o apóstolo Paulo, fará quatro declarações que revelam o diagnóstico da corrupção dentro do coração humano, mostrando a boca, a garganta, os lábios e a língua.

A garganta revela corrupção oculta

  • A primeira declaração diagnóstica é a seguinte: a garganta revela corrupção oculta.

Note, novamente, Romanos 3.13: A garganta deles é sepulcro aberto.

Mas qual o significado disso? Paulo está se referindo aqui ao abrir de um sepulcro, de uma cova, e consequentemente ao odor de morte e ao horror de um cadáver decomposto que se tornam evidentes a todos.

Sabemos bem por meio de ilustrações bíblicas, bem como pela história romana, que caixões não eram utilizados naquela época. Na verdade, covas de pessoas comuns eram geralmente feitas ao lado da estrada e marcadas, talvez, com uma árvore. A maioria das pessoas não tinha condições financeiras sequer para comprar uma marcação para a cova. Para esses, o enterro envolvia simplesmente colocar o cadáver em um buraco raso, cobrir o corpo com terra e empilhar pedras sobre a cova para proteger o corpo do morto dos animais.

Para os ricos, terras estavam à venda para serem compradas onde um túmulo poderia ser construído ou até mesmo escavado no morro. Nos túmulos escavados, o comum era esculpir várias prateleiras dentro para acomodar os corpos de todos os familiares. Foi nesse tipo de túmulo de família que Jesus Cristo foi colocado temporariamente.

A maioria das pessoas, todavia, eram enterradas em buracos rasos. E eventos como enchente, tempestade, uma árvore que caía ou inúmeras outras coisas poderiam abrir a cova, revelando o corpo em decomposição. E o túmulo que havia acabado de ser aberto, fosse uma cova à beira da estrada ou túmulo escavado, levaria as pessoas a virar para o outro lado diante daquela vista horrível.

Esse é o ensino de Paulo—assim como o simples abrir de uma cova revela a morte dentro dela, também o abrir da garganta do pecador revela a morte, a corrupção e a decomposição dentro do coração humano.

A palavra grega que Paulo usa para “garganta” é “larynx,” da qual derivamos nossa palavra “laringe.” A laringe, ou garganta, é a porta de saída para a corrupção interna—e as palavras que passam por essa porta revelam corrupção, perversidade e depravação dentro do coração humano.

Jesus Cristo disse a mesma coisa de forma diferente, conforme registrado em Mateus 12.34: Porque a boca fala do que está cheio o coração.  Salomão escreveu em Provérbios 15.28: a boca dos perversos transborda maldades.

Em outras palavras, a boca, inevitavelmente, transborda os segredos do coração pecaminoso.

Um pastor escreveu a história de um homem que ele conheceu. Um dia, um homem foi fazer compras em um shopping da cidade. Quando ele havia já terminado e retornado para o seu carro, percebeu um cheiro esquisito vindo de debaixo do capô de seu carro. Ele levantou o capô e viu um gato morto que havia sido mutilado por ter ficado preso na correia da ventoinha. Esse pobre gato, por causa do frio, buscou se esquentar próximo ao motor do carro desse homem. Daí, quando ele ligou o carro… bom, você entendeu!

Então, esse homem lá ficou de pé naquela tarde no estacionamento do shopping, olhando para o capo despedaçado. Ele decidiu retirar as mercadorias de uma das sacolas de compra e começou a retirar os restos mortais do gato e a colocá-los na sacola vazia. Finalmente, ele conseguiu retirar todos os terríveis restos do gato, fechou o capô do carro e andou de volta para o shopping a fim de lavar suas mãos. Assim que chegou à porta, ele olhou para trás e, ao olhar, percebeu algo estranho. Ele havia amarrado um nó na boca da sacola e deixado essa sacola sobre o capô do seu carro. Ele viu uma senhora de meia-idade em pé ao lado do seu carro, olhando de forma suspeita de um lado para outro. Daí, ela pegou o saco de cima do capô do carro, andou vagarosamente em direção ao shopping, passou por ele e entrou na loja. O homem pensou: “Isso é bom demais para ser verdade!” E ele decidiu ir atrás dela para ver o que iria acontecer. Daí, o pastor escreveu:

Ela entrou em um restaurante dentro do shopping e se sentou à uma mesa no canto. Depois que se sentou, começou a desamarrar o nó e analisar seu prêmio roubado. Assim que abriu a sacola e viu o gato morto dentro, ela gritou e daí desmaiou. É claro, a gerência do restaurante ficou alarmada com o fato de um de seus clientes ter desmaiado dentro do estabelecimento. Daí, o pessoal do restaurante chamou uma ambulância. Logo depois, aquela senhora estava amarrada a uma maca e sendo levada para uma ambulância. O homem simplesmente não conseguiu resistir. Ele pegou a sacola da mesma aonde a mulher havia se sentado e, quando estavam colocando a senhora dentro da ambulância, ele correu para ela com a sacola na mão e disse: “Ei, senhora! Não esqueça a sua sacola!” e colocou a sacola sobre ela.

Essa senhora pensou que havia escapado com um prêmio nas mãos, mas, ao contrário, roubou um saco nojento cheio de ossos.

Se você pegar um homem ou mulher, vestindo as melhores roupas, com o melhor sorriso, pessoas com os melhores contatos e histórico—esse homem ou essa mulher que pensam que eles estão bem demais na vida—se você abrir a boca deles, levantar o capô e der uma olhada dentro da sacola, você verá a corrupção, a decomposição, o pecado e a morte do coração humano. Um escritor colocou isso da seguinte maneira:

Um coração espiritualmente morto produz apenas obras espiritualmente mortas. [Mas] o homem natural ou descrente deixa sua garganta totalmente aberta e, ao fazer isso, testifica continuamente a respeito de sua morte espiritual por meio de suas palavras impuras.

A língua produz grande engano

  • Paulo continua e nos fornece a segunda declaração diagnóstica a respeito da comunicação maligna da humanidade. Ele escreve em Romanos 3.13: com a língua, urdem engano. Então, a garganta não somente revela depravação oculta, mas, segundo, a língua produz grande engano.

A construção urdem engano significa “atrair para uma armadilha.” O verbo era usado pelos gregos para se referir a um pescador colocando a isca no anzol com um pedaço pequeno de comida para disfarçar o perigo. Quando o peixe morde aquela comida, ele pensa que está fazendo um bom negócio em uma refeição, mas, ao contrário, ele se torna a refeição.

Uma das características da raça humana é a habilidade de enganar—enganar a si mesma e aos demais membros da raça.

O apóstolo Paulo está citando o Salmo 5, verso 9, onde Davi escreveu o seguinte sobre a raça humana: pois não têm eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes.

O profeta Jeremias escreveu em Jeremias 9.3-5, dizendo que os homens perversos:

curvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira; fortalecem-se na terra, mas não para a verdade, porque avançam de malícia em malícia e não me conhecem, diz o SENHOR. Guardai-vos cada um do seu amigo e de irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que enganar, e todo amigo anda caluniando. Cada um zomba do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a proferir mentiras; cansam-se de praticar a iniqüidade.

O apóstolo Paulo usa o tempo imperfeito na construção urdem engano. Poderíamos dizer que eles continuamente urdem engano. Ou seja, a humanidade é, por natureza, enganosa. Agora, isso não significa que o homem é incapaz de dizer a verdade de vez em quando ou que é incapaz de ser honesto. Paulo não está falando de atos independentes, mas de a mentira e outras formas de engano fazerem parte do caráter e constituição do homem como hábito contínuo. É por isso que você não precisa ensinar uma criança a mentir, enganar ou ser desonesta. A natureza pecaminosa domina a criança e ela, em torno dos cinco anos, desfila naturalmente no palco da experiência humana. Os trajes do engano apenas serão adaptados de acordo com os diferentes cenários da vida.

Minha esposa e eu estávamos outro dia assistindo a um programa de televisão que faz pegadinhas com as pessoas enquanto as filma com uma câmera escondida. Você sabe do que estou falando. Uma das pegadinhas foi dentro de uma loja de presentes. O vendedor, que também fazia parte da pegadinha, dizia aos clientes que, se eles quisessem, por cinquenta centavos ele poderia fazer etiquetas com um preço mais alto e colocá-las junto com os presentes. Daí, o recipiente do presente pensaria que o presenteador havia pago mais caro do que realmente havia pago pelo presente. Fiquei admirado com as pessoas, de todas as idades, num piscar de olhos, pagavam os cinquenta centavos e diziam: “Ótima ideia!” Só um homem que disse: “Não, não vou fazer isso. Este presente é para um parente meu que está no seminário.”

Outro dia eu estava em uma loja comprando fertilizantes para plantas. Eu comprei dez sacos e pedi ajuda de para carregá-los em minha caminhonete. Um rapaz de uns vinte e poucos anos veio e começou a me ajudar. Daí, ele me perguntou:

“Você já passou esses sacos no caixa?”

Eu respondi: “Não.”

Então, ele disse: “Olha só, diga a eles que você comprou só cinco; assim, você irá economizar sessenta reais. E se você me der trinta, ainda assim economizará trinta.”

Acredite você ou não, esse rapaz estava vestindo a camisa de uma igreja batista da cidade e, na parte de trás da camisa, havia um verso da Bíblia. Eu respondi: “Você vai mentir e quer que eu roube?”

Ele ficou meio nervoso e deu um sorriso amarelo. Ele não estava esperando aquela resposta.  Daí ele disse: “Mas é o seguinte, esses produtos estão caros demais mesmo…”.

Eu perguntei: “Você se esqueceu qual camisa vestiu hoje de manhã?”

Ele olhou para baixo e disse: “Eita, cara.”

E eu disse: “Vou ligar para o seu pastor. Eu também sou pastor aqui na cidade e eu sei quem é o seu pastor.”

Ele disse: “Deus está atrás de mim.”

Eu respondi: “Evidentemente, Ele está.”

Daí, fizemos um pequeno culto de reavivamento no estacionamento da loja. Ele admitiu estar andando longe de Deus e prometeu que jamais faria aquilo novamente. Só espero que, se ele fez de novo, tenha mudado de camisa.

A natureza humana mente e engana—enganar com a malícia; enganar por medo; enganar para ter lucro financeiro; enganar por virtude do silêncio; enganar ao se orgulhar; enganar ao exagerar; enganar por meio de promessas falsas; enganar com uma linguagem piedosa; enganar ao não falar toda a verdade; enganar para conseguir progresso pessoal; enganar com insinuações; enganar por meio da bajulação. Essas são apenas algumas das formas como a língua engana a si mesma e engana o mundo.

Paulo escreve: “…com a língua eles continuamente enganam…”.

Os lábios injetam dano incalculável

  • A terceira declaração diagnóstica é: os lábios injetam dano incalculável.

Paulo escreve de forma bastante descritiva na última parte do verso 13: veneno de víbora está nos seus lábios.

William Newell destaca o seguinte:

… as presas de uma serpente mortal ficam, em geral, escondidas por detrás de seu maxilar superior; mas quando ela arremessa sua cabeça para atacar, aquelas presas côncavas aparecem e, quando a serpente morde, as presas pressionam uma glândula  escondida com veneno mortal [que fica na parte de baixo da boca], injetando, assim, veneno dentro da ferida.

O apóstolo Paulo está basicamente dizendo que na boca do ser humano existe uma glândula de veneno e a língua o injeta com suas palavras, da mesma forma que a serpente injeta veneno com suas presas.

É como se tivéssemos nascido com uma glândula de veneno mortal de baixo do céu de nossa boca e naturalmente atacamos uns aos outros com palavras venenosas.

O apóstolo Tiago escreveu em sua epístola, no capítulo 3, versos 7 e 8:

Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.

Alguns anos atrás, eu fui para a África. Acho que foi quando eu estava em Nairóbi, Quênia, que visitamos um abrigo de répteis. Era a versão deles de zoológico, só que bem menor. Era um prédio quadrado com um pátio no meio. O pátio era cercado com salas de vidro, ou jaulas, onde eles mantinham as cobras. No centro desse pátio havia uma parede redonda de um pouco mais de um metro de altura que cercava uma piscina onde estava um crocodilo tomando banho de sol. Imediatamente, notamos ao chegar que o nosso guia tinha apenas um braço. Ele nos disse que havia perdido o outro braço exatamente para aquele crocodilo que estava ali naquela piscina.

Agora, quando você visita um zoológico no Brasil, as cobras raramente se mexem, não é verdade? Você pode bater no vidro, balançar a cabeça, fazer careta e o que quiser, mas as serpentes nunca se interessam. Isso acontece porque elas já estão acostumadas com seres humanos. Bom, nesse abrigo de répteis na África, as serpentes eram tão selvagens e novas naquele habitat que elas se encolhiam quando nos aproximávamos do vidro. Quando esticávamos a mão para tocar o vidro, as cobras davam botes. Felizmente, um vidro grosso nos separava daquelas cobras.

Eventualmente, fomos ver o principal personagem daquele abrigo. O nosso guia nos apresentou a uma cobra preta de dois metros de comprimento chamada, “Mamba Preta.” O guia nos disse: “Não existe nenhum antídoto para essa cobra na África. Não há necessidade de antídoto porque, se você for picado por ela, você consegue dar apenas sete passos antes de morrer.”

Daí, ele nos disse que havia chegado a hora de alimentar os bichos. Ele deu uma saída, pegou um rato vivo e o jogou dentro da jaula. Imediatamente, ele sentiu a presença do perigo e se escondeu detrás de um tronco. Mas a cobra foi atrás do rato e o mordeu. O rato, literalmente, se remexeu por menos de um segundo e caiu morto. A essa altura, eu estava mais do que pronto para sair dali!

O próprio apóstolo Paulo foi picado por uma cobra venenosa quando atracou na ilha de Malta após o naufrágio. A história está registrada em Atos 28. Evidentemente, ela era extremamente venenosa, uma vez que o texto nos informa que os moradores da ilha ficaram olhando para Paulo, esperando que ele fosse, conforme o verso 6 diz, cair morto de repente. Mas ele não morreu por uma intervenção milagrosa de Deus.

É interessante o fato de Paulo descrever o poder da língua usando essa analogia. Sob a influência diagnóstica do Grande Médico, Paulo diz: “Existe um veneno em nossa boca. Nossas línguas são como presas que inoculam veneno e ela pode e irá destruir tudo ao nosso redor.” Isso significa que um de nossos inimigos mais perigosos está alojado dentro de nossa boca.

Um dicionário definiu língua como, “aquela estrutura muscular móvel presa à parte inferior da boca.”

Você sabia que, de acordo com a Bíblia, um dos grandes distintivos do crente é a forma como ele flexiona esse músculo? Irei elaborar um pouco mais esse assunto em nosso próximo estudo quando continuarmos no texto, vendo o verso 14 de Romanos 3. Daremos uma olhada a fim de entender sinceramente de que maneira a Bíblia diz que devemos utilizar nossa língua, como ela deve operar e agir.

Mas deixe-me apenas fornecer a você algo para colocar em prática imediatamente. Vários anos atrás, preguei para a minha igreja e compartilhei um acróstico a respeito do uso da língua. Alguns meses atrás, uma pessoa veio até mim e me disse que ainda se lembra e que o utiliza como diretriz para a sua vida. O acróstico é P.E.N.S.E.:

  • P - é positivo?
  • E - é espiritual?
  • N - é necessário?
  • S - serve para alguma coisa?
  • E - é estimável, bondoso de se dizer?

Se o que você está pensando em dizer não passa no teste do P.E.N.S.E., então não deveria ser dito para ninguém. Esse acróstico dá um novo significado ao velho ditado: “P.E.N.S.E. antes de dizer.”

A propósito, esse é um bom conselho para a igreja e um bom conselho para a vida em geral. Na verdade, você pode revolucionar seu ambiente de trabalho, seu lar, seus relacionamentos e a unidade e comunhão na igreja.

Portanto, não é surpresa alguma que o apóstolo Paulo, ao escrever à igreja de Colossos no capítulo 4, verso 6, instou os crentes com as seguintes palavras:

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.

Em nosso próximo estudo, daremos uma olhada mais de perto na frase temperada com sal.

Em Romanos 3.13, Paulo fala que a marca distintiva que revela descrença é a boca do descrente. Da mesma forma, a marca distintiva de um crente maduro é vista nas palavras temperadas que saem dessa “estrutura muscular móvel presa à parte inferior da boca.”

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 21/02/2002

© Copyright 2002 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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