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Tempero para A Língua

Tempero para A Língua

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

Tempero para A Língua

A Depravação do Homem e A Libertação de Deus–Parte 6

Romanos 3.14

 

Introdução

Gostaria de iniciar nosso estudo de hoje com uma pergunta: “A sua língua é bonita?” Eu imagino que você jamais consideraria a beleza física da língua. É bem possível que você não se colocou de pé hoje diante do espelho e ajeitou sua língua para ficar do jeito certo. Na verdade, você provavelmente nem olhou para sua língua hoje. E você possivelmente não tem uma consulta marcada, nem terá tão cedo, com um especialista em beleza de língua. Já que estamos falando sobre isso, a Avon, o Boticário e a Natura não produzem cosméticos para a língua.

Outro dia eu estava andando no shopping olhando a seção dos homens, mas acabei entrando no setor dos cosméticos femininos. E que setor enorme! Achei que eu nunca conseguiria sair de lá de dentro! Enquanto fiquei perdido lá dentro, não me recordo de ter visto um produto para a língua.

Ninguém vende cosméticos para a língua. Não existe nenhum desfile de moda com ênfase na língua. Na realidade, você nunca fez uma dieta para emagrecer sua língua.

Todavia, a verdade permanece de que é a sua língua que define você, e não sua aparência, seu guarda-roupas, sua conta bancária, sua posição ou emprego. É a sua língua que realiza o maior impacto na sua vida, e na vida de outros, acima de qualquer outra coisa.

A Bíblia menciona vários tipos de línguas:

  • língua lisonjeadora (Salmo 5.9);
  • língua orgulhosa (Salmo 12.3);
  • língua mentirosa (Provérbios 6.17);
  • língua enganosa (Salmo 120.2);
  • língua pervertida (Provérbios 10.31);
  • língua perversa (Salmo 10.7);
  • língua serena (Provérbios 15.4);
  • língua destrutiva (Provérbios 17.4);
  • língua fofoqueira (Provérbios 25.23).

É a língua que:

  • constrói ou destrói um casamento;
  • faz do lar um lugar prazeroso ou o torna deserto;
  • faz amigos ou perde amigos;
  • fortalece a igreja ou a divide;
  • atrai pessoas a Cristo ou as repele;
  • honra a Deus ou blasfema contra Ele.

Não é de se surpreender que Salomão escreveu em Provérbios 18.21: A morte e a vida estão no poder da língua.

Até agora em nosso estudo sobre a comunicação pecaminosa da humanidade, temos visto o Médico Divino pegar os instrumentos e abrir a boca da humanidade.

O Diagnóstico Divino
sobre A Boca da Humanidade

Em Romanos 3.13-14, Deus dará o diagnóstico da garganta, dos lábios, da língua e da boca do homem. Nenhum dos diagnósticos é muito animador —mas todos são verdadeiros.

A garganta da humanidade revela depravação oculta

  • O primeiro diagnóstico inspirado no verso 13 foi o de que a garganta da humanidade revela depravação oculta: A garganta deles é sepulcro aberto.

Literalmente, a garganta deles é como uma cova que acabou de ser aberta, contendo dentro de si o terror da morte e da decomposição. Da mesma forma que a tampa de um caixão revela o odor da morte, também o abrir da garganta revela o fedor do pecador e da morte dentro do coração humano.

 

A língua da humanidade produz grande engano

  • O segundo diagnóstico inspirado no verso 13 foi igualmente desanimador: a língua da humanidade produz grande engano: com a língua, urdem engano.

Se a garganta revela depravação oculta, a língua produz grande engano. O tempo verbal indica que a humanidade é contínua e naturalmente enganosa; a humanidade é consistente e proficiente em sua mentira.

Os lábios da humanidade injetam dano incalculável

  • Daí, em terceiro lugar, o Médico Divino revela no verso 13 que os lábios da humanidade injetam dano incalculável: veneno de víboras está nos seus lábios.

Em outras palavras, cada um de nós possui em nossa boca uma glândula de veneno e nós atacamos uns aos outros com palavras venenosas. Nossas palavras injetam sofrimento, tristeza imensa, dor inacreditável.

Você já ouviu o ditado: “Paus e pedras podem quebras meus ossos, mas palavras jamais me ferirão”? Ele não é tão verdadeiro assim, não é mesmo?

Ainda me lembro de um monte de terra que havia perto da casa de um amigo de infância. Nós íamos junto com os meninos da rua toda tarde para esse monte de terra para fazermos guerra de bolo de terra. Como aquilo era divertido—atirar uns nos outros um bolo de terra que se espalhava com o impacto. Você pode dizer: “Mas que bobeira!” Bom, hoje em dia, até mesmo adultos brincam disso—é o famoso paintball. Parece ser mais sofisticado e maduro que o outro, mas a motivação ainda é a mesma: espalhar sujeira no outro.

Dois anos atrás na época do Natal, meus três irmãos e a nossa família se encontraram na casa de nossos pais. Meus dois irmãos mais novos levaram suas espingardas e pistolas de paintball. Meus filhos também levaram os rifles deles e todos os primos tinham suas armas e máscaras. Um de meus irmãos, que ganha mais dinheiro do que todos os demais juntos, tinha todo um equipamento especial—um tanque para pressão de ar, calças camufladas e botas. Todos eles foram para o morro que fica atrás da casa de meus pais. Eu não tinha nenhum equipamento, mas fui até lá para ver o massacre. Eles insistiram para que eu carregasse uma pistola de paintball e me disseram: “Olha só, você pode ficar atrás do quintal atirando sobre o morro para ajudar o time de seus filhos e os primos.”

Eu não pensei que conseguiria atirar sobre o morro—nem eles. Fiquei lá no quintal mirando cuidadosamente nos meus dois irmãos, mas as bolinhas de tinta não conseguiam passar até ao outro lado. Daí, comecei a mirar para o ar. Ainda me lembro de um de meus irmãos gritando: “Aaaaai, você me acertou na perna!”

Aquele foi um dos melhores Natais que eu tive!

Pessoalmente, não consigo me lembrar da dor que sentia quando criança ao ser alvo dos bolos de terra. Meu irmão não se lembra da dor daquela bolinha de tinta que o atingiu na perna.

A verdade é que paus e pedras podem quebrar seus ossos, mas as feridas da língua podem durar muito mais tempo. Quando as balas que a língua atira atingem seus alvos e estouram na alma, elas fazem grande estrago.

Paulo apresenta o diagnóstico divino, ao dizer: “Temos veneno em nossa boca.”

 

A boca da humanidade revela desespero interior

  • A quarta e última declaração que retiramos desse exame divino a respeito de nossa boca é vista no verso 14: a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura.

A palavra maldição é o termo grego “ara.” Essa é uma palavra que se refere à pessoa que publicamente critica e difama outra pessoa, tendo em mente as piores das intenções. Seu único desejo é causar dor e descreditar a pessoa sobre a qual fala.

A humanidade amaldiçoa Deus, associando o nome Dele a palavrões ou até mesmo o utilizando fora de contexto devido. Linguagem profana é o único tipo de linguagem natural à pessoa que anda longe de Deus.

Vário anos atrás, eu estava almoçando com um homem muito rico e sua esposa. Eles eram donos de diversas propriedades e começaram a frequentar nossa igreja. A impressão que eu tive foi a de que esse homem estava em busca de alguma forma de prestígio e poder e que ele havia me convidado para almoçar com o simples intuito de se aproximar de mim. Logo no início, contudo, ele deixou escapar um palavrão. Percebi que sua esposa ficou muito envergonhada, mas ele continuou falando, ignorando o que havia dito. Eu não disse nada; só continuei comendo. Mais tarde, ele disse: “Gostaria de saber como posso contribuir significativamente para a sua igreja.”

Eu respondi: “Veja só, o que eu acho que você precisa fazer é vir para a nossa igreja e deixar que nós o sirvamos. Apesar de você estar frequentando igrejas há muitos anos, seu uso de linguagem profana no início dessa refeição indica que você carece de crescimento espiritual. Seu vocabulário irá mudar à medida em que você for crescendo espiritualmente.”

A esposa dele ficou apenas concordando, balançando a cabeça. Não ficamos para compartilhar sobremesa; e ele nunca mais voltou à nossa igreja.

Meus amigos, somos filhos do Rei. Não use linguajar de esgoto—use o vocabulário da piedade. Fique longe de insinuações sujas e piadas e comentários de duplo-sentido. Não ande nas sombras.

É interessante notar como os nossos antepassados entenderam a linguagem civil e a linguagem profana. Um termo do latim antigo para se referir a uma igreja ou catedral na Europa medieval era “fano.” Alguns séculos atrás, dizer que uma catedral era um “fano” belo era entendido como um elogio. Posteriormente, eles adicionaram o prefixo “pro” na frente de “fano,” criando a palavra “profano.” Esse vocábulo significa literalmente, “na frente da igreja.” Com certo humor, eles inventaram essa palavra para se referir ao tipo de linguagem usado “do lado de fora, na frente da igreja,” uma linguagem que nunca era utilizada dentro da igreja. E esse tipo de linguagem ficou conhecida como linguagem profana.

As coisas que você jamais diria dentro da igreja—espero para dizer depois que sair da igreja! E você, possui um vocabulário para a igreja e outro completamente diferente para ser usado no trabalho, no lar, na universidade ou no campo de futebol?

A autenticidade do Cristianismo está relacionada diretamente ao uso da língua. Tiago escreveu em Tiago 1.26:

Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.

Eu li que durante o Reavivamento Galês que aconteceu no início dos anos de 1900, muitos dos trabalhadores de minas usavam carros puxados por pôneis para trazer o carvão de dentro das minas. Após o reavivamento quando esses mineradores foram redimidos e tiveram suas vidas radicalmente transformadas, eles tiveram um sério problema nas minas. O problema foi que os pôneis não entendiam mais as ordens dos mineradores porque o linguajar deles havia mudado drasticamente.

De acordo com a descrição que o apóstolo Paulo faz da humanidade caída nessa passagem, uma das diferenças mais significantes entre um crente e um descrente é a língua. Ele escreve: “A boca do descrente é cheia de maldição e amargura.”

O termo grego para amargura é “pikria,” que se refere à hostilidade e ira no coração humano. A verdade é que é impossível encobrir o seu coração. Paulo já disse no verso 13 que a garganta é uma cova aberta; ou seja, a garganta fica levantando a tampa do caixão do seu coração.

  • Se existe amargura em seu coração, ela sairá pela boca;
  • Se existe ódio em seu coração, ele sairá pela boca;
  • Se existe avareza em seu coração, ela sairá pela boca.

Jesus Cristo disse, conforme registrado em Mateus 12.34: Porque a boca fala do que está cheio o coração.

Qualquer que seja o tesouro escondido em seu coração, ele sairá pela sua boca. Se você ama esportes, você irá falar muito sobre esportes. Se a pessoa ama dinheiro, quando você estiver com ela, você apenas ouvirá conversas em torno de dinheiro. Se a pessoa gosta de coisas materiais, ela irá falar apenas sobre suas compras. Se ela gosta de si mesma, ela falará apenas de si mesma.

O ensino de Paulo em Romanos 3.14 é que a humanidade como um todo está amargurada, irada, ressentida, chateada, maldosa, maliciosa e vingativa e a boca da humanidade revela a decomposição de um coração pecaminoso e egoísta. Tornar-se crente não resolve esse problema automaticamente.

Um dos principais problemas na igreja de Corinto era o da língua descontrolada. Paulo estava meio que segurando seu fôlego antes de sua visita a Corinto. Ele escreveu em 2 Coríntios 12.20:

Temo, pois, que, indo ter convosco… haja entre vós contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.

Para quem ele está escrevendo? Para torcidas organizadas de um time de futebol? Meu amigo, ele escrevendo isso para nós! Ele escreve para a igreja, para pessoas que deveriam estar agindo melhor! E estas coisas são feitas pela língua—contendas, invejas, iras, porfias, intrigas. Meus amigos, essa é a linguagem profana. Mas essas coisas não estão acontecendo do lado de fora, na frente da igreja—elas são vistas nos corredores da igreja; nas sessões e reuniões administrativas; nas salas de Escola Dominical; no pátio. É esse tipo de coisa que não pertence à boca do crente. Paulo escreveu em Efésios 4.29:

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.

Esse verso me relembra de outro verso que mencionei em nossa discussão anterior. Ele se encontra em Colossenses 4.6, onde Paulo encorajou a igreja, dizendo: A vossa palavra seja sempre agradável (ou “graciosa”), temperada com sal.

Como assim? Precisamos entender que o sal era extremamente valioso nos dias de Paulo; era um tipo de tesouro. Ele era usado como moeda para comprar produtos no mercado. Na verdade, soldados romanos eram frequentemente pagos com sal.

Então, você não saía pela rua desperdiçando sal; você não tratava o sal de forma inconsequente. Você temperava sua comida com o sal e não desperdiçava nada.

É possível que Paulo esteja dizendo: “Não saia por aí usando suas palavras descuidadamente—elas são valiosas e você não deve desperdiçá-las.”

Além disso, assim como o sal torna a comida mais interessante ao paladar acentuando o sabor do alimento, a escolha das palavras também, quando usadas de maneira apropriada, acentuam a reputação da pessoa como sendo graciosa.

Palavras Valiosas
para A Boca da Humanidade

Quais são algumas palavras que temperam com graça o vocabulário de uma pessoa? Quais são algumas palavras valiosas? Deixe-me fornecer algumas. Na verdade, coloque algumas delas em prática hoje mesmo.

Por favor

  • A primeira delas é “por favor.”

Use essa palavra. Quando você diz “por favor,” você revela humildade e mostra que você está tratando a outra pessoa não como um objeto que existe para servi-lo, mas como uma pessoa que possui dignidade e honra.

Obrigado

  • Adicione a essa a palavra “obrigado.”

É possível que, no caso de algumas de vocês mulheres, já faz muito tempo que vocês ouviram seus maridos dizendo “obrigado” pelas miríades de coisas que vocês esposas fazem para eles. Amém? Quando foi a última vez que você, marido, agradeceu a sua esposa, dizendo: “Obrigado pelo almoço, querida, estava delicioso!”?

Se não estava delicioso, pelo menos diga: “Obrigado, querida, o almoço estava inesquecível… fora do sério.”

Algumas semanas atrás, perguntei a uma garçonete: “Qual é o pior dia da semana para trabalhar?”

Ela disse: “Domingo…o tratamento é péssimo e as gorjetas pequenas demais.”

Perdoe-me… Eu errei

  • Uma sentença que pode mudar sua vida é: “Perdoe-me… Eu errei.”

Como são raras essas palavras. Olhe no olho de sua esposa, seu marido, seus filhos, pais, e diga: “Perdoe-me… Eu errei.” Essas são palavras simples, mas que não deixam espaço para mal entendidos; não existem desculpas ou tentativas de se justificar, apenas o reconhecimento do erro.

Eu perdoo você

  • As palavras que respondem à frase anterior são: “Eu perdoo você.”

Essas são, provavelmente, as palavras mais poderosas na linguagem humana. Talvez um casamento seria instantaneamente curado se os cônjuges dissessem estas palavras:

“Perdoe-me… Eu errei.”

“Eu perdoo você.”

Talvez o relacionamento entre um pai e um filho, sócios em negócios, dois crentes com problemas de relacionamento, pessoas cujas vidas desfrutariam novamente do sabor da própria vida, caso essas palavras fossem faladas.

Qual é o tempero de sua língua?

Profissionais em estatística afirmam que cada pessoa tem em média setecentas oportunidades para falar todos os dias. E cada pessoa, em média, falará doze mil sentenças, formadas por aproximadamente cinquenta mil palavras, todos os dias.

Cinquenta mil palavras é o tamanho médio de um livreto. Fico me perguntando quanto de nossas palavras valeria a pena ser escrito no fim do dia; quanto seria digno de ser repetido.

A marca diferencial do crente é a sua língua, como diz Paulo—sua garganta, seus lábios, sua língua. A Bíblia também diz que a marca que autentica o crente é o uso da língua de maneira distinta, pura, bondosa e edificante.

Gostaria de concluir nosso estudo com a mesma pergunta que fiz no início. É uma pergunta que outras pessoas poderiam responder por você,  mas ninguém ousaria: “A sua língua é bonita?”

Existe uma oração que alguém escreveu em um livro o qual me esqueci do título há muito tempo. A oração diz: “Ó, Senhor, encha a minha boca com coisas proveitosas e me cutuque quando eu já houver falado demais.”

Que grande oração: “Ó, Senhor, encha a minha boca com coisas proveitosas e me cutuque quando eu já houver falado demais.”

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 10/03/2002

© Copyright 2002 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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