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A Grande Separação

A Grande Separação

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

A Grande Separação

Sola Fide: Justificação Pela Fé Somente–Parte 2

Romanos 3.22–23

Introdução

Gostaria de chamar nossa atenção hoje a um dos versos mais conhecidos do Cristianismo. Veja Romanos 3.23, que diz: Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.

Esse verso é não somente conhecido dentro da igreja, mas o apóstolo Paulo fornece na carta aos Romanos a evidência inspirada de que a verdade desse verso está enterrada dentro do coração humano.

Na realidade, o homem passará sua vida inteira tentando se acertar com essa mensagem escrita em seu coração. O homem tem questionamentos, tais como:

  • Como encarar o sentimento de culpa?
  • O que faço com o pecado?
  • Por que eu tenho um senso de que um dia serei julgado?
  • Por que sinto um vazio interior, mesmo quando encho minha vida com mais e mais coisas?
  • O que posso fazer para trazer paz à minha mente em relação à vida após a morte?
  • Como ter certeza de que irei para um luar bom após a morte ao invés de um lugar terrível?
  • Como posso ajustar minhas contas com Deus?

No decorrer dos séculos e em todos os lugares do mundo, as religiões humanas são nada mais que esforços humanos organizados a fim de responder a essas perguntas. Elas podem responder com determinados atos, tais como: lavar-se em águas sagradas, fazer uma viagem sagrada ou fazer penitência e autossacrifícios.

Os gregos, até mesmo antes dos tempos de Paulo, haviam desenvolvido as religiões de mistério. Essas religiões envolviam rituais de iniciação introduzindo o iniciado em uma união com uma divindade que havia experimentado a morte e ressuscitado. Soa bastante familiar, não é mesmo? Daí, a pessoa que desejava se relacionar com esse deus tinha que passar por uma série de rituais de iniciação, conhecidos como ritos de identificação. Quando os rituais de identificação eram completados, o iniciado era, na linguagem das religiões de mistério, “nascido duas vezes,” ou simplesmente, “nascido de novo.”

Em uma determinada religião, chamada, “taurobolium,” o candidato era lançado dentro de um poço. Em cima do poço era colocada uma tampa de treliça. Sobre a tampa de treliça, um touro era morto, tendo sua garganta cortada. O touro, então, era colocado sobre a treliça e o sangue começava a escoar e pingar dentro do poço. O iniciado literalmente se banhava no sangue que respingava sobre ele. Após sair do poço, ele era “regenerado para toda a eternidade.”

O mundo está em busca de respostas espirituais. E nessa busca por respostas, ele exerce grande fé em todos os tipos de crenças e sistemas.

Todavia, as religiões do homem são tão fúteis em sua habilidade de solucionar o problema do pecado, da culpa e do julgamento quanto um ratinho sobre o qual li recentemente. Um homem comprou um rato branco de laboratório para servir de comida para a sua cobra de estimação. Ele colocou o ratinho dentro da caixa de vidro onde estava a cobra enquanto ela estava dormindo numa cama de pó de serragem. O ratinho estava com sérios problemas em suas mãos; ou melhor, e suas patinhas. A qualquer momento, a cobra dorminhoca poderia acordar e decidir comê-lo no jantar. Obviamente, o ratinho tinha que sair com algum plano brilhante. Então, o que ele fez? Ele começou a cobrir a cobra completamente com pó de serragem. Com isso, o rato pensou que seu problema estaria resolvido. Entretanto, a única salvação para aquele ratinho estava do lado de fora daquela caixa de vidro. O homem sentiu pena do ratinho e o removeu daquela caixa mortal.

A religião é a mesma coisa que tentar cobrir o julgamento final com pó de serragem.

Já vi pessoas tentarem cobrir sua culpa com as águas do batismo, realizando atos de penitência e autossacrifício, furando o corpo, pendurando-se em uma cruz, levando-se em águas poluídas que consideram ser sagradas, repetindo mantras, orando aos espíritos e observado as estrelas. Essas atividades são tão fúteis na tentativa de produzir salvação quanto o sangue do touro que escorre na treliça e encharca a pessoa que depois sai de dentro do poço. São tão eficazes quanto cobrir nosso pecado, culpa e julgamento com pó de serragem.

Paulo anunciou a verdade vinda e Deus ao nos dizer em Romanos 3.22 que purificação final e completa vem: mediante a fé em Jesus Cristo.

“Justificação,” ou a declaração legal de nossa posição justa diante do Deus santo, não está em nada relacionada ao que fazemos. Está, sim, em todos os aspectos, relacionada àquilo que Cristo já fez. O termo para isso é Sola Fide, que se refere à “fé em Cristo somente,” como o Único capaz de nos salvar e é independente de nossos esforços ou boas obras.

A verdade é, meu amigo, quando entende a gravidade de Romanos 3.23 (pois todos pecaram e carecem da glória de Deus), você passa a entender a absoluta necessidade da Sola Fide.

O Veredito Universal

  • Paulo começa esse texto clássico com um veredito universal com uma palavra: todos.

Paulo fala aqui com todas as pessoas. O termo “todos” é compreensivo, inclusivo, abraçando todos e envolvendo todas as pessoas. “Todos” não deixa ninguém de fora. Ninguém pode dizer: “Paulo está falando com os romanos; ele está escrevendo para os italianos do primeiro século.”

Não. “Todos” se refere a cada indivíduo que já viveram no passado e vivem no momento.

Note que antes, no verso 19 de Romanos 3, Paulo disse: e todo o mundo seja culpável perante Deus. Aí está a palavra “todo” novamente. E no que estamos todos nós incluídos?

A Condição Irrevogável

  • Nesse veredito universal, Paulo diz que estamos todos incluídos em uma condição irrevogável, pois todos pecaram. Uma nuança importante que geralmente negligenciamos nesse verso é o tempo verbal grego. O verbo se refere a algo que ocorreu no passado.

Precisamos entender que Paulo não está necessariamente se referindo a nossas atitudes pecaminosas, mas à nossa natureza pecaminosa. Em outras palavras, Paulo não está falando sobre atos individuais corruptos, mas sim da condição de nosso caráter.

Esse verso é uma referência à humanidade como um todo pecando em Adão. Adão, o representante da raça humana, pecou. Esse pecado comprometeu a fonte da raça humana, de maneira que a água está agora poluída. Não importa quão distante da fonte de Adão você esteja, a água ainda está poluída.

Paulo explica isso mais adiante em Romanos 5.12:

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

Então, Paulo, no capítulo 3, apresenta a raça humana inteira como havendo pecado em Adão. E a prova de que temos a natureza pecaminosa de Adão é que nós pecamos por natureza.

Minha esposa e eu sabíamos que haviam alguns passarinhos na viga de nosso banheiro do lado de fora. Sempre ouvíamos o som dos filhotes gorjeando. A mãe deles trazia minhocas para eles comerem e começava a agitação. Contudo, ela nunca teve que ensiná-los a gorjear. Ela nunca disse: “Olhem só, se vocês quiserem minhocas para o almoço, vão ter que gorjear direitinho.” Não! Eles instintivamente gorjeiam para chamar a atenção da mãe. E dentro de algumas semanas, graças a Deus, aquela mãe irá enxotar seus filhotes para fora do ninho e eles, instintivamente, irão bater asas e voar. Não existe nenhum período de treinamento para voar. Eles jamais serão ensinados como voar. Eles irão, por natureza, voar.

Assim como os pássaros voam por virtude de sua natureza, nós pecamos por virtude de nossa natureza. Assim como o pássaro, por causa de sua natureza, ama comer minhocas, nós, por natureza, amamos pecar. E assim como os passarinhos voam sem jamais ter que aprender a voar, nós, também, pecamos sem jamais termos sido ensinados a pecar. Jamais tivemos uma aula sobre como pecar.

Agora, isso não é uma justificativa para o nosso comportamento, mas simplesmente revela como nossa natureza é corrupta e por que somos todos culpados.

E note que Paulo não está se referindo no verso 23 à quantidade de nossos pecados. Ele se refere à natureza de nossa pecaminosidade. Poderíamos ler o verso 23 da seguinte forma: “porque todos têm a natureza de um pecador… porque todos possuem a natureza de seu pai Adão… porque todos, por natureza, pecam por instinto.”

Uma Ofensa Irrefutável

  • E é aí aonde jaz a ofensa. Paulo sai do veredito universal, passa pela condição irrevogável, e chega à ofensa irrefutável: pois todos pecaram e carecem.

Você pode negar o quanto quiser, mas não importa—todos pecaram. Você pode encontrar desculpas para o pecado, mas isso não muda em anda a sua ofensa contra o santo caráter de Deus—todos pecaram. Você pode até mesmo afirmar que pecado não existe. É isso o que o dicionário russo publicado, depois que os comunistas assumiram o poder na Rússia, tentou fazer. Depois da palavra “pecado,” estava a definição: “palavra arcaica que denota transgressão de uma lei divina fictícia.” Não importa a definição que você coloque no dicionário—todos pecaram!

Um Abismo Intransponível

  • Por causa dessa ofensa irrefutável, Paulo revela a verdade de um abismo intransponível: pois todos pecaram e carecem.

O verbo carecem no grego é “husterountai,” que significa, “faltar completamente.”

“Husterountai” era usado pelos fazendeiros gregos no primeiro século para se referir a um fazendeiro que perdia uma temporada de plantação e sega; um fazendeiro que fracassou em semear as sementes e que, portanto, não colheu nada. Então, em outras palavras, esse verso diz: “pois todos pecaram e perderam a temporada da glória de Deus.”

“Husterountai” foi usado no Egito antigo para se referir às pessoas iletradas que não sabiam ler. Então, poderíamos entender esse verso: “pois todos pecaram e são ignorantes em relação à glória de Deus.”

“Husterountai” também foi um termo usado no mundo financeiro na época de Paulo para se referir a alguém que havia falido. Então, esse verso pode ser traduzido: “pois todos pecaram e estão falidos da glória de Deus.”

Não importa qual pessoa você seja. Não importa quão justo, educado, articulado, mente aberta, generoso, bondoso e influente, você carece da glória de Deus porque você também é pecador e fracassa em atingir o padrão santo de Deus.

Um homem da cidade de Detroit, nos Estados Unidos, estava tentando se tornar um policial. Ele fez de tudo para alcançar a estatura padrão para oficiais da lei, que era de 1 metro de 70 centímetros. Ele tinha 1 metro e 65 centímetros, cinco centímetros abaixo do padrão. Ele tentou de tudo, até mesmo se esticar em seus exercícios, mas, ainda depois de todo o esforço, ele ainda estava abaixo do padrão. Todos os seus esforços chamaram a atenção da imprensa e do público. O comandante da polícia eventualmente mudou as regras e permitiu certos indivíduos tentarem a carreira na polícia a despeito da altura!

Deus, contudo, não muda as regras, mesmo quando Ele se torna alvo de uma reportagem da imprensa. Seu veredito é imutável.

Seu veredito é não somente compreensivo; a condição da humanidade irrevogável; o pecado uma ofensa irrefutável, a distância entre o pecador e o Deus santo um abismo intransponível, mas as coisas ainda pioram.

Um Alvo Inalcançável

  • A quinta declaração vista embutida nesse verso é a de que o céu é um alvo inalcançável: pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.

O que Paulo estava realmente tentando comunicar aqui? O termo traduzido como glória, é “doxa.” É a mesma palavra grega que origina o nosso vocábulo “doxologia.”

A palavra “doxa” originalmente significava “aparecer,” e eventualmente passou a se referir a “ter opinião sobre alguém.” Com o passar do tempo, a palavra passou a se referir somente a “opiniões boas e positivas.” Daí, ela desenvolveu para “louvor, honra e glória que resultavam de uma boa opinião.”

Então, quando Paulo diz, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, ele diz que a humanidade pecadora é incapaz de louvar, honrar e glorificar a Deus.

Isso, todavia, não é tudo. A palavra grega “doxa” é utilizada para traduzir o hebraico “shekinah.” Esse fato lança um novo volume de verdade no uso que Paulo faz da palavra “glória” nesse verso.

“Shekinah” se refere ao esplendor e brilho da presença de Deus. Alguns exemplos bíblicos incluem:

  • Quando o tabernáculo do Senhor foi finalizado em Êxodo 40, a “shekinah” ou glória de Deus desceu.
  • Mais tarde na história de Israel, o local da arca significava o local do “shekinah” de Deus.
  • Deus revelou novamente o Seu “shekinah” ou a Sua glória por meio das nuvens no momento da dedicação do templo de Salomão em 1 Reis 8.
  • Quando o apóstolo João estava descrevendo o nascimento de Cristo, ele escreveu que em Cristo nós vimos a glória do Pai.
  • Em Mateus 2, eu creio que a estrela que conduziu os magos do oriente ao menino Jesus foi uma manifestação do “shekinah.” O mesmo “shekinah” que guiou os israelitas durante quarenta anos também guiou os magos ao Redentor.
  • Em Atos 9, é-nos dito que, quando o apóstolo Paulo estava viajando na estrada para Damasco, ele viu a glória do Cristo ressurreto e ficou cego com o resplendor de Cristo.
  • Quando Estêvão estava sendo apedrejado à morte, Atos 7 registra que Estêvão viu os céus abertos e o “shekinah” da glória de Deus e Jesus Cristo de pé para recebê-lo.

“Carecer da glória de Deus” significa que a humanidade não pode louvar, honrar e glorificar a Deus como deve, e também que a humanidade jamais viverá na presença do “shekinah” da glória de Deus; o homem jamais alcançará o local brilhante e glorioso onde Jesus Cristo, o Filho de Deus, reside!

Portanto, “todos pecaram e carecem do ‘shekinah’ de Deus”—ao menos que o pecador admita que possui uma natureza arruinada, confesse seu pecado e receba sua passagem pela graça para cruzar a ponte que transpõe esse abismo.

A Passagem Pela Graça para Cruzar a Grande Separação

Qual é a passagem? Paulo escreve em Romanos 3.24:

sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,

E novamente no verso 22:

justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem…

Sim, existe:

  • um veredito universal;
  • uma condição irrevogável;
  • uma ofensa irrefutável;
  • uma abismo intransponível; e
  • um alvo inalcançável.

Ah, meu amigo, existe uma ponte eterna—uma ponte que transpõe essa grande separação. É uma ponte de madeira. É um altar de sacrifício onde o nosso Senhor Jesus morreu para pagar a penalidade por você, não apenas pelo seu pecado, mas por sua natureza pecaminosa também. E Jesus Cristo oferece a você, conforme Paulo diz no verso 24, gratuitamente o presente da salvação, que é a justiça e redenção em Jesus Cristo.

Vários anos atrás, houve um homem que era instrutor de dança. Ele ficou acordado na rua até de madrugada no sábado. Ainda na madrugada, ele voltou tropeçando para o seu quarto no hotel, caiu na cama e dormiu. Na amanhã seguinte, ele foi despertado de repente pelo rádio-relógio de seu quarto no hotel. Um homem estava pregando e perguntou: “Se nos próximos momentos você morrer e se vir diante de Deus e Ele perguntar a você: ‘Que direito você tem de entrar no meu céu?’ O que você diria?”

O instrutor de dança ficou perplexo e confuso com essa pergunta. Ele percebeu que não tinha uma resposta; nem sequer uma palavra para dizer. Ele se sentou em silêncio à beira de sua cama enquanto o pregador, o antigo Donald Grey Barnhouse, explicava a resposta. Aquele instrutor de dança se ajoelhou próximo à sua cama naquela manhã e colocou sua fé em Jesus Cristo somente—Sola Fide. Ele encontrou o presente de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, que é o perdão e um futuro lar no céu.

A propósito, esse antigo instrutor de dança foi o Dr. James Kennedy, que se tornou um famoso pregador presbiteriano nos Estados Unidos. Ele também deu início a um ministério de evangelismo conhecido como Evangelismo Explosivo, um método de evangelismo que muitos seminários e igrejas ensinam e utilizam. Essa é uma estratégia de evangelismo que começa perguntando à pessoa: “Se você morresse hoje e se colocasse diante de Deus e ele perguntasse a você: ‘Por que eu deixaria você entrar no céu?’ o que você diria?”

Qual seria a sua resposta, meu amigo? Por que você pensa que vai para o céu? Que direito você tem de pensar que poderá viver a eternidade na presença do “shekinah” da glória de Deus?

Paulo nos diz em Romanos 3.23: pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Isso inclui você; isso me inclui também!

Você jamais conseguirá alcançar o céu; você jamais conseguirá transpor essa grande separação. Essa é a grande separação entre a terra e o céu; entre a corrupção e a “shekinah” da glória de Deus, e você não tem chance alguma de atravessar essa separação com suas próprias forças—“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”!

Existe apenas uma maneira. Você precisa viajar naquela ponte que é feita em formato de uma antiga cruz—essa cruz criou uma ponte eterna entre a terra e o céu; entre a corrupção e a “shekinah” da glória de Deus; entre a religião e a redenção. Essa é a ponte construída pelo nosso Redentor. Porque Jesus Cristo disse a respeito de Si mesmo, conforme registrado em João 14.6: ninguém vem ao Pai senão por mim.

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 19/05/2002

© Copyright 2002 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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