
Indo para O Céu no Estilo do Antigo Testamento
Indo para O Céu
no Estilo do Antigo Testamento
Sola Fide: Justificação Pela Fé Somente–Parte 4
Romanos 3.25–26
Introdução
Será que a definição de salvação tem sido a mesma desde o início dos tempos? Será que é “justificação pela fé” para os crentes do período do Novo Testamento e “justificação pelas obras, ou circuncisão, ou regras de dieta de Levítico, ou submissão ao Judaísmo” nos tempos do Antigo Testamento? Como uma pessoa do Antigo Testamento era salva? Como eles recebiam perdão dos pecados? Como que um crente do Antigo Testamento ia para o paraíso?
Abraão nunca recebeu a Cristo em seu coração, nem Moisés ou Josué. Nenhum dos profetas se ajoelhou e disse: “Pai, agora eu sei que sou um pecador e coloca a minha fé no Teu Filho, o Senhor Jesus Cristo, para Ele me salvar e perdoar os meus pecados.”
Eles nunca fizeram uma oração como essa. Então, você pode dizer: “Mas eu pensava que era isso que você precisava fazer para ir para o céu!”
Como uma pessoa do Antigo Testamento, que viveu antes da crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo, encontrava perdão de pecados? Será que ela não precisava de perdão? Será que Deus mudou as regras para certos santos do Antigo Testamento? Será que Deus tinha favoritos?
Como Abraão foi chamado de “amigo de Deus”?
Você alguma vez já se perguntou como Abraão pôde ter sido chamado, conforme Tiago 2.23 diz, de “amigo de Deus”? Como que um covarde mentiroso se torna amigo de Deus? Ele foi um homem que pôs em risco a virtude de sua própria esposa, entregando-a “para quem quisesse” ao dizer que ela não era sua esposa, mas sua irmã. Dessa forma, quando os reis a vissem e desejassem possuí-la, já que ela era muito bonita, eles não matariam Abraão.
De acordo com Gênesis 12, o próprio faraó olhou para Sara e a adicionou ao seu harém. Mais tarde, Deus enviou uma praga à casa de faraó a fim de proteger Sara.
Que espécie de marido faria isso com sua esposa, e não somente uma vez, mas duas? Gênesis 20 registra que Abraão mandou Sara contar essa meia-verdade outra vez com o objetivo de proteger a pele dele. Eles eram, de fato, meios-irmãos, mas Sara foi forçada a dizer a todos que ela não era casada. Um rei chamado Abimeleque viu Sara e a tomou para o seu harém e deu a Abraão grande quantidade de presentes. Deus veio a Abimeleque em um sonho e disse no verso 3: Vais ser punido de morte por causa da mulher que tomaste, porque ela tem marido.
Eu pensaria que, a essa altura, Sara já ficaria cansada de Abraão. Que marido arriscaria a vida de sua esposa dessa maneira? Apesar disso, Deus ainda chamou Abraão de Seu amigo.
Como Jacó foi chamado de “príncipe de Deus”?
E o que dizer de Jacó? Como que um homem enganador, manipulador, que comprometia valores morais e egoísta tem seu nome alterado, conforme Gênesis 32.28, para “Israel,” que significa “príncipe de Deus”? Será que esse é o tipo de pessoa que Deus consideraria um príncipe? É assim que um príncipe de Deus age? Além disso, como que um homem como Jacó finda indo para o céu?
Como Moisés se tornou o grande líder de Israel e o homem a receber a Lei das mãos de Deus?
E Moisés? Moisés foi o grande líder de Israel e o homem que recebeu a Lei das mãos de Deus. Mas como que Deus colocaria a Lei, que diz em Êxodo 20.13, não matarás, nas mãos do homicida Moisés? Que tipo de Deus permitiria que um hipócrita proclamasse a mensagem da verdade?
Como Davi foi chamado de “um homem segundo o coração de Deus”?
Considere também Davi. Ele talvez realizou alguns dos pecados mais repulsivos encontrados nos registros do Antigo Testamento. Ele cometeu adultério e, daí, depois de descobrir que a mulher havia engravidado, deu ordens ao seu general que abandonasse o marido da mulher no campo de batalha em luta pesada para que ele fosse morto rapidamente. Depois disso, Davi trouxe para dentro de seu palácio a esposa do soldado morto, viveu uma farsa de casamento e anunciou que tinham um bebê chegando. Contudo, de acordo com Atos 13.22, Deus chama Davi de homem segundo o meu coração.
Existe salvação sem o perdão de pecados?
Como chamar assassinos, adúlteros, enganadores e mentirosos de amigos, servos e aliados de Deus?
Donald Grey Barnhouse fez uma pergunta honesta:
Se Deus é santo, esses homens do Antigo Testamento deveriam ser separados de Deus eternamente. Um Deus santo, por acaso, não se sujaria se segurasse em amor contra seu seio homens tão pecadores?
Como um homem ou mulher do Antigo Testamento, que viveu antes da cruz de Jesus Cristo, encontra purificação e perdão? Você pode dizer: “Por meio dos sacrifícios de animais, não é?”
Ouça o que o escritor de Hebreus disse em Hebreus 10.1-4 sob inspiração divina:
Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.
O verbo grego para “remover” é “aphaireo,” e poderia ser traduzido, “remover permanentemente.” Então, poderíamos ler o verso 4 da seguinte maneira: “Porque é impossível que o sangue de bois e bodes remova pecados permanentemente.”
Já que isso é verdade, isso significaria que era impossível para um crente do Antigo Testamento ir para o céu, já que nenhum de seus pecados foi completa ou permanentemente removido. Seus pecados foram, com certeza, cobertos pelos sacrifícios repetitivos, mas não foram removidos.
João recebeu um passeio no céu no livro de Apocalipse e ele registrou o que viu. Ele descreveu o trono de Deus e as criaturas com asas que sobrevoavam o trono. Essas criaturas, conforme ele nos dias em Apocalipse 4.8, cantavam continuamente:
…Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
Nenhuma pessoa impura com pecado ou que arrasta consigo pecado pode ter comunicação ao redor daquele trono.
Depois, João descreve os cidadãos dos meus como aqueles que haviam sido lavados e purificados. Ele até diz em 21.7 que nenhuma pessoa impura pode habitar a santa cidade.
Ao menos que Deus tenha mudado as regras, nenhuma pessoa pecaminosa, mesmo que seja Abraão, Jacó, Moisés ou Davi, pode esperar viver eternamente com Deus, uma vez que seus pecados jamais foram de todo removidos.
Como um santo do Antigo Testamento ia para o paraíso? Qual é a resposta a essa pergunta?
Salvação: para Crentes do Antigo e Novo Testamentos
A resposta é encontrada, acredite você ou não, em Romanos 3. Você pode estar pensando: “Pastor, você acha que a resposta para tudo se encontra em Romanos 3!”
Bom, veja Romanos 3. Começaremos lendo os versos 23 a 25:
pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
Em outras palavras, a cus de Cristo foi uma demonstração da justiça de Deus. Essa demonstração foi necessária porque Deus poderia ter sido visto como alguém injusto, parcial e inconsistente. Por que? Porque Ele não tinha tratado os crentes do Antigo Testamento com justiça. Os pecados deles ainda não tinham sido removidos e, mesmo assim, eles eram amigos de Deus. Na verdade, o próprio paraíso era conhecido como “o seio de Abraão.” Mas como que Abraão foi para lá?
Não existe salvação sem o perdão dos pecados
Note o verbo que é traduzido como deixado impunes no verso 25, que diz: por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.
A frase pecados anteriormente cometidos se refere aos pecados cometidos antes da cruz de Cristo. O verbo deixado impunes é o verbo grego “paresis,” que se refere à “falta de punição temporária ou refreio temporário” de julgamento contra o pecado por um certo período de tempo.
Deus fez isso? Sim. Depois de Adão e Eva terem pecado, Deus poderia ter feito total justiça pelos pecados deles e os condenado a morrer imediatamente. Ao invés disso, Deus os cobriu com peles de animais, instituindo, assim, o princípio da morte substitutiva para cobrir o pecado. Isso apontava o caminho para um futuro Substituto, o qual derramaria Seu sangue e daria Sua vida como o substituto pecaminoso pela humanidade.
No livro de Levítico, Moisés formaliza as instruções de Deus em relação à expiação e ao sacrifício de animal com o propósito temporário de cobrir o pecado. Pelo fato de os animais não compartilharem da natureza humana, eles não são seres imortais e não possuem a livre vontade de se rebelar contra Deus ou de decidir adorar a Deus. Eles não são seres espirituais, o que significa, dentre outras coisas, que, quando eles morrem, eles cessam de existir, eles não são almas imortais. Por outro lado, pelo fato de não compartilharem da natureza humana, isso também significa que eles não possuem pecado. Ou seja, eles não têm o pensamento consciente de rebelião contra Deus e violação do padrão santo de Deus. Eles nunca leram a Bíblia e não agem de uma maneira diferente daquela determinada pelos seus instintos. O cavalo, a vaca, o cachorro, o gato, a baleia ou a girafa vivem suas vidas na terra, sempre seguindo seus instintos, ao menos que sejam treinadas a agir diferente. Por exemplo, treinar a usar a caixinha de areia na lavanderia ou esperar até que você o deixe sair para brincar no quintal do vizinho, o que, sem comparação, é muito mais conveniente.
O princípio da expiação e do sacrifício de animal era simplesmente o de que um animal inocente era condenado no lugar do se humano pecador.
Talvez você ainda se lembre que o sistema de expiação do pecado que Deus fez para o crente do Antigo Testamento revolvia em torno da Arca da Aliança. Essa era uma caixa de aproximadamente 90 centímetros de comprimento coberta em ouro. Dentro dela, havia diversas coisas, sendo talvez a mais importante de todas as tábuas de pedra nas quais Deus escreveu os Dez Mandamentos. A tampa da caixa era chamada de “propiciatório,” o que, na verdade, é a palavra utilizada por Paulo em Romanos 3 para se referir a Jesus Cristo.
Agora, uma vez por ano, o sumo sacerdote imolava um boi ou um bode, levava o sangue para dentro do Santo dos Santos, uma área que ficava na parte mais interior do tabernáculo, e aspergia o sangue sobre a tampa da Arca da Aliança, o propiciatório. E Deus descia e via a Lei que havia sido quebrada por todos, mas era como se Ele visse as tábuas da Lei através do sangue derramado de um animal inocente. Assim, Deus ficava temporariamente satisfeito com fato de que Seu povo, apesar de seus pecados, tinha fé que Deus aceitava o sacrifício do animal inocente a favor deles.
Todavia, algo mais ainda precisava ser feito, uma vez que essa era uma solução temporária e não permanente. Lembre-se de Hebreus 10.4: porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.
Perdão dos pecados é somente por meio de Jesus Cristo
Então, como o crente do Antigo Testamento experimentava perdão completo e final por toda a sua vida? Ele não experimentava! Os santos do Antigo Testamento tiveram seus pecados permanentemente expiados somente com a crucificação de Jesus Cristo.
Isso significa que o crente do Antigo Testamento era salvo por crédito. Na verdade, conforme um autor escreveu, “Se Cristo não tivesse morrido na cruz para pagar a penalidade pelos seus pecados, eles teriam que ter sido arrancados do céu e lançados no inferno.”
O pagamento final e completo pelo pecado foi o Messias. Ele resumiu, finalizou, cumpriu e completou o sistema da expiação vicária. Poderíamos entender isso da seguinte forma:
- Os santos do Antigo Testamento foram para o céu por fé no perdão que ainda estava por vir;
- Os santos do Novo Testamento vão para o céu com fé no perdão que já veio.
À luz disso, o plano de salvação nunca mudou. É a fé na morte de alguém, ou algo sem pecado, por um pecador.
O crente do Antigo Testamento sabia que o animal morto o substituía para que ele pudesse evitar julgamento e viver. Na verdade, em sua clássica canção de confissão no Salmo 51, Davi escreveu as seguintes palavras: Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve.
O que ele quis dizer com Purifica-me com hissopo? O hissopo era uma planta que os sacerdotes utilizavam. Eles a mergulhavam no sangue do sacrifício a fim de aspergir esse sangue no propiciatório. Em outras palavras, Davi clama por perdão com base em ter sido purificado pelo sangue do sacrifício designado por Deus. Foi assim que Davi foi salvo: ao colocar sua fé no sacrifício designado por Deus.
O crente do Antigo Testamento sabia que o animal morto o substituía para que ele pudesse evitar julgamento e viver. O crente do Novo Testamento sabe que o Cordeiro de Deus morto é o último substituto, de forma que todos os que crêem evitam julgamento e vivem eternamente. Deixe-me dizer isso de outra maneira:
- Para o crente do Antigo Testamento, o animal inocente predizia redenção;
- Para todos os crentes, o Salvador inocente cumpriu a redenção.
E deixe-me dizer também:
- Para o crente do Antigo Testamento, a cruz de Cristo foi uma profecia;
- Para o crente do Novo Testamento, a cruz de Cristo é história.
Será que isso significa que o crente do Antigo Testamento sabia que um Redentor, uma pessoa literal, estava vindo e que esse Redentor morreria, por fim, pelos pecados da humanidade? Absolutamente sim. Isaías escreveu em Isaías 53.5-7:
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Pule para o verso 11:
Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Foi na cruz que Deus o Pai colocou sobre Deus o Filho os pecados de Davi, Moisés, Abraão, Jacó, Isaque e de todos os demais crentes do Antigo Testamento, e também de todos os crentes do Novo Testamento que colocaram sua fé na Palavra de Deus e no Redentor vindo de Deus.
Deixe-me dizer isso ainda de outra forma:
- Os santos do Antigo Testamento foram salvos pela fé na futura morte de Cristo;
- Os santos do Novo Testamento foram salvos pela fé na morte de Cristo passada.
Então, todos que vão para o céu, chegam lá por causa de Cristo. Nunca houve e nunca haverá outro caminho para o céu.
A verdade é que também somos mentirosos, assassinos, adúlteros e enganadores; pessoas iradas, egoístas, insignificantes, cobiçosas, lascivas, gananciosas e orgulhosas. Jamais seremos capazes de purificar nossos atos o suficiente a ponto de Deus dizer: “Olha, por causa de você irei mudar as regras.”
Não. Deus nunca mudou as regras; Ele nunca mudou o plano de salvação. Abraão não está no céu hoje porque Deus gostava um pouco dele. Moisés não estão no céu hoje porque ele passou todos aqueles anos aguentando pessoas irritantes. Davi não está no céu hoje porque ele foi um talentoso compositor de músicas evangélicas. Não. Eles, bem como todos os crentes hoje, vão para o céu porque Alguém morreu por causa de seus pecados; porque Alguém tomou sobre si o castigo devido a eles, derramou Seu sangue e morreu para que eles pudessem viver. A verdade é que somos muitos mais parecidos com Davi, e Moisés, e Jacó, e Abraão do que pensávamos. Estamos todos nós em profunda necessidade de um Substituto para ser punido em nosso lugar por nossos pecados.
Note, agora, o ensino de Paulo no verso 26 de Romanos 3. Ele diz o seguinte sobre a cruz:
tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
Em outras palavras, Deus permanece justo—a penalidade pelo pecado foi paga em Cristo. Ele não mudou a penalidade—que era separação eterna de Deus. Mas porque Jesus é o Filho de Deus, um ser infinito, Ele foi capaz de pagar o preço infinito por toda infinidade em apenas um momento.
Isso é algo maravilhoso! Deus reteve sua justiça e, ao mesmo tempo, justificou o pecados, perdoou o assassino, perdoou o mentiroso, o adúltero, o egoísta e abraçou o desobediente que o que? Veja o verso 26: que tem fé em Jesus.
Para o crente do Antigo Testamento, todos os seus sacrifícios substitutivos de animais apontavam para um Substituto final, o Deus encarnado, o Cordeiro de Deus, o Filho de Deus. E para nós que somos crentes do Novo Testamento, tendo o benefício da história e conhecendo o nome grego de nosso Redentor, Iesus, quando colocamos nossa fé em Seu sacrifício final e definitivo, nossos pecados, tanto passados, presentes e futuros, são perdoados.
É assim que a coisa funciona:
- O crente do Antigo Testamento olhava para Cristo adiante por meio dos olhos da profecia;
- O crente do Novo Testamento olha para de volta para Cristo por meio dos olhos da história.
A imagem, contudo, permanece a mesma para ambos. É a imagem de um Substituto morto que tomou sobre si a penalidade do pecado e pagou o preço pelos nossos pecados.
Um antigo cantor que participava das cruzadas evangelísticas de Billy Graham conta como seus filhos aprenderam a apreciar o preço que Jesus pagou pelos seus pecados. Quando eles ainda eram bem novas, as crianças fizeram algo que não deveriam ter feito. O pai teve uma boa conversa com os filhos e, daí, disse a eles que, se eles fizessem aquilo de novo, eles iriam apanhar.
Ao voltar para casa, o pai entristecido descobriu que seus filhos tinham, uma vez mais, lhe desobedecido. Só o pensamento de dar uma surra neles o deixou pesaroso nessa ocasião. Ele escreveu:
Eu chamei Bobbie e Bettie para dentro do meu quarto, tirei meu cinto… eles sabiam o que iria acontecer e já estavam começando a chorar. Mas, então, tirei a minha camisa e, com as costas nuas, eu me ajoelhei na cama. Eu dei a eles o cinto e disse a eles que eu iria receber a punição no lugar deles. Eu lhes mandei me dar dez açoites cada um com aquele cinto. Você tinha que ter ouvido o choro. E o choro era deles. Eles não queriam fazer aquilo. Mas eu disse a eles que a penalidade tinha que ser paga e, portanto, em meio às suas lágrimas soluços, eles administraram a punição. Depois que acabou, nós nos abraçamos e beijamos. Daí, nos ajoelhamos e oramos.
Esse homem conseguiu manter seu padrão de justiça e, ao mesmo tempo, permitir que os infratores saíssem em liberdade.
Você é como Abraão—um mentiroso e um covarde? Você é como Moisés—um assassino e uma pessoa iracunda? Você é como Davi—adúltero e imoral? Você é como Jacó—manipulador, egoísta e enganador?
Por causa da justiça de Deus, nenhum pecado deixará de ser punido; contudo, por causa da graça de Deus, nenhum pecado está além do perdão.
A incrível história da cruz não é a de que ela foi simplesmente uma demonstração de justiça, mas que foi também uma demonstração de amor e graça. E isso porque nosso Deus justo e santo escolheu não punir o pecador, mas, ao invés disso, enviou Seu Filho para se ajoelhar, tirar Sua camisa de onipotência e esplendor, e receber o castigo.
E os pecadores que colocam sua esperança e fé em Cristo Jesus somente irão para o céu. Lá, encontraremos crentes tanto do Antigo, como também do Novo Testamento, pessoas que têm uma coisa em comum—fé Naquele que pagou a penalidade por todos os nossos pecados.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 02/06/2002
© Copyright 2002 Stephen Davey
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