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Um Caso Perdido

Um Caso Perdido

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

Um Caso Perdido

Pai Abraão—Parte 7

Romanos 4.18–19

Introdução

Teddy Stallard foi um menino que recebia pouca atenção de sua professora da quinta série.  A professora era excelente; mas, lá estava ela, numa sala com crianças que não pareciam gostar muito dela.

Dentre aquelas crianças havia um garoto chamado Teddy com o qual a professora não se importava muito. Ele não se interessava muito em estudar. Tinha expressão meio pálida e olhos vagantes. Quando ela falava com ele, geralmente ele respondia com uma ou duas palavras. Suas roupas eram sujas e seu cabelo sempre despenteado. Não era um menino bonito e as outras crianças da sala também não gostavam muito dele.

A professora deveria saber melhor da situação do menino. Ela tinha seus registros e sabia a respeito dele mais do que queria admitir. O registro mostrava:

  • 1a Série: Teddy era promissor em seus trabalhos e sua atitude; mas a situação em casa era complicada.
  • 2a Série: Teddy poderia fazer melhor. Sua mãe está seriamente doente. Ele recebe pouquíssima ajuda em casa.
  • 3a Série: Teddy é um bom garoto, mas muito sério. Ele aprende muito devagar. Sua mãe morreu este ano.
  • Série: Teddy é muito lento, mas se comporta bem. Seu pai não mostra nenhum interesse.

Chegou o Natal e as crianças trouxeram seus presentes para a professora. Colocaram seus presentes empilhados na mesa dela e ficaram ao redor, vendo-a abrir os presentes. Dentre os presentes, estava o de Teddy. Ela ficou surpresa em receber um presente dele. O presente que Teddy trouxe estava embalado num papel marrom, como o de padaria, e fechado com fita adesiva. No papel estavam escritas palavras simples que diziam: “De Teddy para a professora.”

Quando ela abriu o presente de Teddy, caiu um bracelete de bijuteria com metade dos falsos diamantes soltos e um perfume barato. As outras crianças começaram a rir do presente de Teddy; a professora, contudo, silenciou as crianças colocando o bracelete e um pouco de perfume. Mostrou a bracelete e pediu que elas cheirassem seu braço e perguntou: “Não é cheiroso meu perfume?” As crianças concordaram.

Ao fim do dia quando as aulas tinham terminado e as crianças tinham ido embora, Teddy ainda se demorou um pouco na sala. Aproximou-se lentamente da mesa da professora e disse: “Professora, você cheira como minha mãe... e o bracelete dela ficou muito bom em você!”

Quando Teddy foi para casa, a professora se ajoelhou e pediu perdão ao Senhor. No dia seguinte, quando as crianças vieram para a escola, viram uma nova professora. Ela agora era uma pessoa diferente—não uma simples professora, mas uma serva de Deus, comprometida em amar aquelas crianças. Ela ajudava todas as crianças, mas se dedicava mais às crianças lentas, especialmente Teddy. Ao final do ano, Teddy demonstrava uma melhora surpreendente. Havia recuperado muita matéria perdida e já se destacava na sala.

No ano seguinte, a professora não viu muito Teddy... e se passaram alguns anos. Então, um dia, ela recebeu um bilhete, que dizia:

Querida professora,

Quero que você seja a primeira a saber. Eu irei me formar no ensino médio.

Quatro anos depois, ela recebeu outro bilhete.

Querida professora,

Acabaram de me dizer que serei o primeiro da minha turma a se formar. Queria que você fosse a primeira a saber. A universidade não foi fácil, mas gostei muito.

Com amor, Teddy.

Quatro anos depois, outro bilhete.

Querida professora,

Hoje, sou Doutor Teodoro. O que acha? Queria que você fosse a primeira a saber. Vou me casar no próximo mês, no dia 26 para ser mais exato. Quero que você venha e sente onde minha mãe se sentaria, caso estivesse viva. Você é a única família que tenho.

Com amor, Teddy.

Então, a professora foi para o casamento e se sentou onde a mãe de Teddy naturalmente se sentaria. Ela merecia se sentar lá porque, anos atrás, ela havia quebrado um vaso e derramado amor sobre aquela criança.

Caso Perdido?

De acordo com uma pesquisa feita por um instituto de pesquisas sociais, apenas uma dentre cinco pessoas alimenta certa esperança em relação ao futuro. Essa mesma pesquisa havia sido realizada dez anos antes e, nessa primeira pesquisa, três de cada cinco tinham esperança sobre o futuro. Contudo, apenas dez anos depois, basicamente uma de cada cinco tinha esperança.

John Maxwell conta a história de uma pequena cidade que ficava no estado de Maine, nos Estados Unidos. Ela foi a cidade escolhida na qual uma barragem seria construída para uma usina hidroelétrica. Essa barragem seria construída no rio e, como resultado, a cidade seria completamente inundada. Quando anunciaram o projeto, as pessoas receberam vários meses para organizarem suas vidas e se mudarem de lá. Durante esses meses, algo curioso aconteceu—obras de melhoria na cidade de repente pararam. As pessoas pararam de fazer reparos em suas casas e a prefeitura não consertava mais danos em calçadas e ruas. Dia após dia, a cidade ia ficando cada vez mais acabada. Muito tempo antes de as águas devastarem a cidade, ela já tinha a aparência de abandonada e descuidada, apesar de as pessoas ainda não haverem se mudado de lá. Um dos cidadãos disse: “Quando não existe fé no futuro, não existe poder no presente.”

A cidade estava condenada sem esperança alguma porque não havia futuro para ela. Ela sabia que não havia esperança para o seu futuro e ela viveu com essa perspectiva.

Um autor escreveu certa vez as seguintes palavras: “Podemos sobreviver quarenta dias sem comida, oito dias sem água, quatro minutos sem oxigênio e menos de um minuto sem esperança.”

Semana passada, passei um tempo pensando em coisas que roubam nossa esperança. Pensei em coisas como:

  • necessidades não supridas;
  • circunstâncias indesejadas;
  • pressão implacável;
  • tribulações inesperadas; e
  • promessas não cumpridas.

Creio que todas os motivos que nos levam a perder esperança podem ser resumidos em apenas uma sentença: “A perda de esperança começa quando você percebe que não está conseguindo em sua vida aquilo que pensava que conseguiria, e isso culmina na convicção de que você jamais conseguirá.”

Em outras palavras, se tivermos a quantidade suficiente de perdas, reveses, dificuldades e decepções, a pessoa eventualmente concluirá que a vida não vale a pena ser vivida. Podemos dizer que essa pessoa se encontra na situação chamada de “sem esperança.”

Todas as pessoas que ouvem essa mensagem hoje terão muitas razões para concluir que não existe esperança na vida, ao menos que algo externo a elas aconteça. Para aquela pequena cidade que seria inundada, a água veio; para a maioria das pessoas entrevistadas naquela pesquisa, se deixadas a mercê de si mesmas, elas poderão muito bem concluir que não existe esperança na vida.

Existe Esperança!

Contudo, para Teddy, havia uma professora. Em nossa meditação de hoje, gostaria de revelar um professor que ensina a todos nós. Esse é um professor guiado por Deus chamado Paulo. Por meio do ensino de Paulo, o Espírito Santo sussurra em nossos corações: “Existe esperança!”

Gostaria de simplesmente destacar a lição de Paulo em Romanos 4 onde ele ensina ao contar a história de um caso sem esperança ou um caso perdido. Esse caso perdido era o de um homem chamado Abraão. Quando o assunto é necessidades não supridas, circunstâncias indesejadas, pressão implacável, dificuldades inesperadas e, acima de tudo, promessas não cumpridas, Abraão é o personagem que enfrentou tudo isso.

Deixe-me relembrá-lo que a promessa não cumprida não foi uma promessa feita por sua esposa Sara e que ela não cumpriu; não foi uma promessa que seu pai, Tera, fez e, daí, nunca a cumpriu; também não foi a promessa que seu sobrinho Ló fez e não cumpriu. Não, essa era uma promessa que tinha vindo de Deus.

Se houve alguém que teve o direito de concluir que não havia esperança na vida, esse alguém foi Abraão. E talvez o motivo por que Abraão é o grande exemplo de fé seja porque seu caso realmente parecia ser um caso absolutamente e inegavelmente perdido. Todavia, na história de sua vida, vemos determinadas coisas que criam, cuidam, fertilizam, cultivam, promovem, desenvolvem e nutrem esperança.

Ao falar sobre Abraão, Paulo escreve em Romanos 4.17-19:

como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí.), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem. Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência.

Ingredientes da Esperança

Esses versos fornecem vários ingredientes poderosos que, quando juntados, produzem o doce maná da esperança.

Eugene Peterson coloca isso da seguinte maneira:

Quando tudo pareceu não ter esperança, Abraão creu de qualquer maneira. [Como?] Ele decidiu viver não baseado naquilo que ele sabia que não poderia fazer, mas baseado naquilo que Deus disse que faria.

  • O primeiro ingrediente da esperança é a resolução do crente de crer em ver claramente.

Deixe-me dizer rapidamente uma coisa: não pense que existem ingredientes fáceis a partir dos quais você poderá concatenar o bálsamo para a esperança. Preciso dizer a você que a esperança não é como um diamante sobre o solo, mas como um diamante enterrado no chão; ela é como um tesouro que precisa ser diligentemente procurado.

A pergunta não é: “Você deseja esperança?”

Todos dizem: “Sim!”

A pergunta é: “Qual a intensidade de seu desejo?”

Lembro-me do jovem que se aproximou de Aristóteles uma tarde e perguntou: “Como posso conseguir sabedoria?”

Aristóteles se levantou e disse: “Siga-me.”

Daí, ele andou por várias ruas até que chegaram a uma piscina rasa no centro da cidade. Sem hesitar, ele tirou seus mantos e começou a entrar na água. O jovem parou e daí o seguiu. Quando Aristóteles já estava no meio da piscina, ele de repente se virou, agarrou o jovem pelo pescoço e o empurrou debaixo d’água. O aluno jovem sacudiu os braços, mas de nada adiantou. Finalmente, no último segundo, Aristóteles puxou o jovem para fora da água, arrastou-o para a beirada da piscina e o colocou lá. O jovem ficou lá ofegante e assustado com o que havia acontecido. Daí, Aristóteles simplesmente perguntou a ele: “Jovem, quando eu o segurei debaixo d’água, o que você mais desejou ardentemente?”

E o jovem disse: “Ar, senhor, ar!”

Aristóteles disse: “Quando você buscar a sabedoria com a mesma intensidade, você a encontrará.”

E daí, o filósofo foi embora.

Todos desejam ter sabedoria, mas a maioria consegue viver sem ela. Todos desejam ter esperança, mas a maioria das pessoas consegue viver sem ela.

Meu amigo, a esperança é encontrada por aqueles que não conseguem viver sem ela! Ela é encontrada por aqueles que a desejam tão ardentemente que estão dispostas a crer nas promessas de Deus, mesmo que jamais vejam essas promessas se concretizando.

Volte para o verso 17 e note como que, de uma perspectiva humana, essa promessa era absurda: Por pai de muitas nações te constituí.

O tempo verbal se refere a algo que já foi concretizado e realizado. Da perspectiva de Deus, essa promessa já estava cumprida!

Entretanto, Abraão nunca a viu se tornando realidade! “Onde estão as suas nações, Abraão? Onde estão elas cujos números são como da areia do mar e das estrelas do céu? A verdade é que você não tem nem sequer um filho!”

Antes de ele ser chamado de Abraão, seu nome era Abrão. Quando Deus fez a promessa a Abrão, Ele mudou seu nome Abrão, que significa, “pai de muitos.” Mas ele não era pai de muitos, ele não era pai de nem sequer um filho!

Donald Grey Barnhouse escreveu:

Os servos de Abraão cuidaram muito bem das necessidades de seus camelas e dos servos dos comerciantes. Comida era vendida aos viajantes. E à noite, os mercadores vinham à tenda de Abrão para prestar reverência a ele. As perguntas que surgiam seguiam o costume oriental típico. “Quem é você? Quantos anos você tem? Quanto tempo você tem vivido aqui? Qual é o seu nome?

E o seguinte deve ter acontecido centenas de vezes, milhares de vezes e cada vez mais, a amargura ficava maior do que antes. “Ah, pai de muitas nações! Parabéns! E quantos filhos você tem?”

“Nenhum.”

E, muitas das vezes, deve ter acontecido, de forma disfarçada, uma risada sarcástica de humor diante do absurdo daquele nome e do fato de não haver nem um filho para justificar aquele nome. Abrão deve ter ficado endurecido por causa dessa pergunta e sua resposta, e deve ter odiado aquela situação com grande amargura.

Mas as coisas não param por aí, amigo. Em Gênesis 17, Deus se encontra com Abrão novamente. Já havia se passado treze anos desde o nascimento de Ismael, filho de Abrão com Hagar, a serva de Sara. Ele era pai de um filho!

Daí, Deus se encontra com Abrão para reiterar a promessa de uma multidão de nações procedendo dele. Nesse encontro, Deus muda o nome de Abrão. Barnhouse adiciona, com humor, estas palavras:

É impossível não pensar no que deve ter acontecido quando Abrão disse à sua família que ele estava mudando o nome dele. Eles sabiam como o primeiro nome já havia sido um problema, Abrão, “pai de muitos.” Então, podemos imaginar a inquietação em interesse e curiosidade quando ele disse: “Vou mudar meu nome.”

Será que alguns disseram consigo mesmos: “O velho não conseguiu aturar isso. Ele finalmente perdeu a paciência. Afinal, não ser pai de ninguém por oitenta e seis anos e, de repente, ser pai de apenas um tendo o nome que tem—pai de muitos—deve ter sido difícil. Agora, ele vai mudar o nome, finalmente. Fico imaginando qual nome vai ser dessa vez.”

Daí, o velho diz: “Serei conhecido como ‘Abraão’—pai de multidões.”

Podemos imaginar o silêncio naquele momento de admiração quando ele anuncia seu novo nome. Pai de multidões. Daí, nos bastidores, o povo estoura em risadas. “O velho endoidou. Ele teve um filho com oitenta e seis anos e agora, com noventa e nove, começa a inventar essas coisas. Pai de multidões! Que ridículo!”

Parecia ridículo mesmo.

Deixe a notícia se espalhar em sua universidade, em seu ambiente de trabalho, e daí você ouvirá: “Você crê em que? Você crê que Deus criou tudo o que existe? Você acredita que Ele o levará para um céu literal um dia? Você realmente acredita que Ele criará um novo céu e uma nova terra e se sentará no trono de Davi? Você acha que Deus está no controle do mundo? Você pensa que tudo em sua vida ocorre de acordo com algum plano e propósito divino? Você está maluco?”

É no coração de uma pessoa como essa, que crê sem ver, e que crê sem entender completamente, que aquele antigo tesouro chamado esperança é encontrado.

  • O segundo ingrediente da esperança é a escolha de crer sem evidência.

Veja novamente o verso 19 de Romanos 4: E, sem enfraquecer na fé.

Espere um pouco! Se eu li direito, parece-me que Abraão teve muitos momentos de fraqueza! Contudo, em Sua graça, Deus parece se esquecer dos tropeços no caminho à obediência e recompensa o ato de fé.

Perceba que o verso diz, “sem enfraquecer na fé.” Mas, com certeza, ele enfraqueceu. Ele concordou em ter relações com Hagar, a serva de Sara, a qual teve um filho de Abraão chamado Ismael.

Em um dado momento, Abraão pediu para Deus considerar Ismael como o filho da promessa, mas Deus se recusou. Ismael foi fruto de ausência de fé, não de presença de fé. Ele foi ideia de Sara, não ideia de Deus. O filho da promessa a Abraão seria resultado da intervenção milagrosa de Deus. Abraão tinha que aprender a confiar em Deus somente.

Ele teve momentos de fraqueza, mas a graça de Deus resumiu sua vida à luz de sua fé no plano soberano de Deus. Deus fala de Abraão a partir dessa perspectiva.

E um dia, Ele falará a mesma coisa a respeito de nós que colocaram a fé em Cristo. Um dia, Ele dirá a nós, que não fizemos tudo como deveríamos, que não fomos sempre bons e fiéis: “Muito bem, servo bom e fiel.”

Como? Por causa de Sua graça incrível e perspectiva eterna, pela qual, mesmo agora, Ele enxerga como perfeitos aqueles que se encontram em Cristo. Para Deus, seus registros foram lavados pelo sangue de Cristo.

Então, Deus fala de Abraão nesse texto da perspectiva de seu relacionamento com a fé em Deus. Isso mostra que, da perspectiva de Deus, o registro de Abraão estava limpo.

Note, agora, a evidência que parece não corresponder à promessa. Continue no verso 19:

E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara,

Se o primeiro ingrediente da esperança é a resolução do crente de crer sem ver a promessa cumprida, então, claramente, o segundo ingrediente é confiar na promessa sem evidência alguma.

É como se Paulo enfatizasse o dilema de Abraão: “Veja a evidência. Meu corpo está basicamente morto. Tenho cem anos de idade. E Sara também não é nenhuma menininha não.”

Como confiar em face a essas evidências? Mas não é exatamente essa a pedra de tropeço para a fé? Não é justamente esse o motivo por que muitos não têm esperança? Você irá confiar em Deus mesmo contrário às evidências?

Em João 14, Jesus está conversando com os Seus discípulos. Eles já estão perdendo as esperanças por causa do que Cristo está falando sobre Sua morte iminente. Ele disse a eles no verso 1: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também em mim.

Nesse verso maravilhoso, Jesus está dizendo: “Parem de ficar angustiados no coração de vocês; continuem crendo em Deus, continuem crendo em mim!”

Agora, isso não tem nada a ver com crer a fim de ir para o céu; isso tem a ver com crer a fim de continuar vivendo.

Por que os discípulos enfrentariam uma prova tremenda de sua fé em Cristo? Exatamente por causa da evidência que estavam prestes a testemunhar.

Jesus tinha reivindicado ser o Deus eterno revestido em carne. Ele disse que Ele era o Messias, o Rei dos Reis. Mas o que dizer de evidência? A evidência era:

  • Judas;
  • Caifás;
  • Pilatos;
  • soldados romanos brutos com um chicote;
  • uma coroa de espinhos;
  • a incapacidade de subir um monte carregando uma cruz;
  • a crucificação;
  • um corpo morto;
  • um túmulo!

Agora, não interprete isso errado. Fé e esperança não ignoram a evidência. Os discípulos irão apenas ficar maravilhados diante do que Deus fará para cumprir Suas promessas à luz das evidências.

A esperança não ignora a evidência, mas ela não para com as evidências. E a esperança não minimiza as dificuldades da vida também!

No livro de Números, Josué e Calebe, juntamente com os demais espias, entraram na terra para espiar seus desafios no processo de possuir a terra prometida, conforme Deus havia prometido. Quando eles retornaram, dez espias disseram: “Há gigantes na terra e somos como gafanhotos diante deles!”

Essa foi a evidência.

Josué e Calebe disseram: “Podemos vencer aqueles gigantes.”

Essa era a promessa.

Enquanto os dez espias estavam calculando a evidência, Josué e Calebe estavam calculando a Providência. Os dez espias estavam concentrados com os gigantes; Josué e Calebe estavam concentrados com Deus.

E acontece que a esperança está relacionada àquilo no qual nos concentramos. E quando você se concentra em Deus, nada dentro da vontade de Deus é impossível! Até mesmo as promessas mais remotas se concretizarão.

Quando você crê sem ver completamente e confia em face a evidência contrária, você terá os ingredientes necessários para assar o delicioso pão da esperança. Esses ingredientes, como necessidades não supridas, circunstâncias indesejadas, pressão implacável e dificuldades inesperadas, quando misturados com sua fé, produzirão o pão da esperança.

Conclusão

Muitos cantam os hinos maravilhosos de Don Moen que enfatizam o envolvimento soberano de Deus em suas vidas. Contudo, a maioria não sabe a respeito da falta de esperança que deu origem às letras desses hinos.

Vários anos atrás, Don acordou no meio da noite. Seu sogra ligou para ele para falar a ele e à sua esposa sobre um acidente de carro trágico que iria impactar toda a família. A cunhada de Don, Susan, seu marido e seus quatro filhos pequenos estavam viajando quando a tragédia ocorreu. Eles sofreram um acidente de carro e todos ficaram com sérios danos físicos. O filho de oito anos do casal logo morreria por causa dos graves ferimentos.

Enquanto Don e sua esposa lamentavam aquilo e derramavam seus corações ao Senhor, eles se sentiram completamente incapazes de produzir certa esperança em Susan e seu marido. Don se lembra de pedir ao Senhor para ajudá-lo a comunicar, de alguma maneira, esperança para seus parentes. Em pouco tempo, Don escreveu a letra de uma música e compôs a música que, até aos dias de hoje, dão a crentes um profundo senso de esperança em meio a tempos difíceis. A letra dessa música diz:

Deus dará um jeito,

mesmo quando não existe jeito.

Ele trabalha de maneiras que não podemos enxergar.

Ele dará um jeito para mim.

Ele será meu guia,

Ele me segurará próximo ao Seu lado.

Com amor e força para cada novo dia

Ele dará um jeito, Ele dará um jeito.

Essa música me lembra da letra de um cântico inspirado escrito por Jeremias no capítulo 29, verso 11, que soa familiar:

Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.

De forma simples, a única forma de termos esperança é ter Deus conosco. A única maneira de possuir esperança é buscando a Deus.

Que tipo de vida é a vida de esperança? Será que essa vida envolve apenas esperar e imaginar?

Próximo ao fim de sua carta aos crentes romanos, no capítulo 15, verso 13, Paulo promete àqueles que viveriam em fé e esperança como Abraão o seguinte tipo de vida:

E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.

Que tipo de vida é essa? A vida segundo Abraão, a única vida digna de ser vivida!

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 27/10/2002

© Copyright 2002 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

 

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