website tracking softwareweb statistics
Transformados!

Transformados!

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

Transformados!

O Primeiro e o Segundo Adão—Parte 3

Romanos 6.1–2

Introdução

Um jovem ligou para o seu pastor tarde da noite e perguntou se eles poderiam se encontrar na manhã seguinte. Eles combinaram de tomar café juntos em um restaurante.

Na manhã seguinte, eles se sentaram e o jovem contou ao pastor a má notícia. Uma viagem a negócios que ele tinha feito recentemente com uma colega de trabalho tinha findado em um relacionamento pecaminoso. Ele já tinha previsto o acontecido, mas falhou em se proteger do que poderia acontecer; e, agora, tinha acontecido. O jovem perguntou ao pastor: “O que eu devo fazer?”

Antes do pastor falar, ele não conseguia parar de pensar nas vidas de uma jovem esposa e dos filhos pequenos que seriam terrivelmente afetadas pelo pecado desse homem. A fim de levar o jovem a pensar de forma bíblica sobre o que ele tinha feito e como deveria proceder, o pastor pediu que o jovem ouvisse uma série de perguntas e depois as respondesse. O pastor perguntou ao jovem: Você gostaria de orar e pedir perdão a Deus? Você deseja confessar seu pecado à mulher envolvida e dizer a ela que nada jamais ocorrerá entre vocês dois? Você deseja confessar seu pecado à sua esposa e pedir pelo perdão dela? Você estaria disposto a fazer um teste de AIDS antes de colocar sob ameaça a saúde de sua esposa e do filho que ela está esperando?”

O jovem empresário ouviu cada uma das perguntas sem esboçar nenhuma reação e sem fazer comentário algum. Quando o pastor terminou, o jovem empurrou de sua frente seu prato com o café da manhã, encostou nas costas de seu assento e disse: “Eu não vim aqui para ouvir todas essas perguntas. Eu vim até você em busca da graça. Estou muito decepcionado com você, pastor.”

Antinomianismo

Tenho certeza de que, se disséssemos a esse rapaz que ele é um antinomianista, ele ficaria nervoso e diria: “O que é isso?”

Quando você explica que um antinomianista é uma pessoa que crê que o pecado não é tal ruim assim porque a graça de Deus é tão abundante, ele diz: “Bom, talvez eu seja mesmo um antinomianista.”

Poucos de nós gostaríamos de nos incluir nessa categoria. Na verdade, a maioria de nós não têm muito conhecimento sobre o antinomianismo, a não ser que soa como algo não muito bom. A verdade é, contudo, que a igreja, no decorrer dos séculos, tem incluído em sua liderança mais antinomianistas do que ela gostaria de admitir.

O antinomianismo, ou a crença de que o pecado não importa porque a graça de Deus está disponível ao pecador, é, talvez, uma das grandes ameaças que o Cristianismo encara em nossos dias. Essas são pessoas que se tornam membros de igrejas, cantam no coral e ajudam na Escola Dominical, mas suas vidas não diferem muito da vida mundana. Eles se vestem, falam, consomem, brincam, trabalham e se divertem com o mesmo impulso e motivo do descrente. Quanto maior sua influência na igreja, maior a chance de a igreja se tornar mundana.

Existem pessoas que afirmam que a graça é uma desculpa para o pecado. As maiores denominações estão repletas de antinomianismo.

Judas escreveu uma advertência severa sobre eles em sua pequena carta. Veja o verso 4:

Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.

Você já pensou alguma vez, talvez na semana passada ou no mês passado: “Sei que o que estou fazendo é pecado. Se não fosse pela graça de Deus, estaria em sérios apuros.”?

Em certo sentido, você está certo. Somos pecadores e, se não fosse pela graça de Deus, todos estaríamos em sérios problemas. Em outro sentido, contudo, você poderia estar errado de maneira perigosa. E vou dizer a você por que.

A Graça de Deus:
Livres para O Pecado ou do Pecado?

O que eu gostaria de fazer hoje é fazer uma pergunta e respondê-la. Daí, minha oração é que o Espírito de Deus arme uma armadilha para o seu coração com a sua resposta, a fim de que, caso exista uma máscara, que ela seja removida de sua mente e coração e fique evidente aquilo que você realmente é.

A pergunta é: será que a presença da graça é uma desculpa para a prática do pecado?

Acontece que essa é a mesma pergunta que foi feita cerca de dois mil anos atrás. Em todas as gerações, a igreja teve de confrontar esse questionamento.

A pergunta está registrada em Romanos 6, verso 1. Veja Romanos 6.1:

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?

“Que diremos, pois?” Poderíamos parafrasear isso da seguinte forma: “E aí, o que você tem a   dizer sobre isso?”

Obviamente, isso nos leva de volta a Romanos 5.20, onde Paulo fez a declaração poderosa:  mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.

Em outras palavras, “…onde o pecado se amontoou, um após o outro, a graça ainda o cobriu!”

O pecado ficou cada vez mais alto, mas a graça amontoou ainda mais alto. Mais pecado, mais graça. Grande pecado, maior graça! “Então, o que você tem a dizer sobre isso?”

Paulo sabia exatamente o que os leitores iam dizer. E ele escreve o que eles estavam pensando: “Ah, então eu acho que podemos continuar pecando para que a graça continue aumentando.”

Isso, meu amigo, é antinomianismo. Já que Deus é glorificado por meio da expressão de Seus atributos, e Seus atributos incluem a graça, e já que a Sua graça é demonstrada quando pecamos, vamos pecar como loucos para que a graça de Deus seja revelada e os atributos de Deus sejam exaltados! Vamos dar a Deus mais e mais oportunidades para Ele mostrar como é gracioso!

Você pode dizer: “Não penso dessa forma!”

Hum, então, o que você diz sobre este pensamento: “Sei que isso é pecado, mas Deus me perdoará porque Deus é rico em perdão”?

O antinomianista mais famoso na história do mundo, um homem conhecido por muitas pessoas, foi provavelmente um elemento chamado Rasputin. Seu nome verdadeiro era Grigory, mas os moradores locais lhe deram o apelido de Rasputin, que significa, “libertinagem, imoralidade.”

Quando estava com vinte e dois anos de idade, ele fez uma peregrinação espiritual ao Monte Athos, na Grécia. Nesse monte, ele sofreu influência de uma seita religiosa herética conhecida como Flagelantes. Eles criam que o pecado era necessário para a salvação – quanto mais você pecasse, mais segura sua salvação ficaria. Dois anos depois, Rasputin reapareceu em sua vila na Rússia como um homem santo misterioso – com uma inclinação para a imortalidade e uma habilidade descomunal de curar doentes.

Um tempo depois, ele vagueou pela grande cidade de São Petersburgo onde a sociedade estava mergulhando em misticismo e ocultismo. Ele calorosamente recebeu esse homem santo e plebeu desarrumado com olhos estranhos e talentos de cura diferentes. Eventualmente, Rasputin ganhou a atenção da família imperial – Czar Nicolas e sua esposa Alexandra – que estavam batalhando com a saúde frágil de seu filho. O menino sofria de hemofilia. Quando Rasputin demonstrou ter a habilidade de aliviar o sofrimento do garoto, ele foi bem recebido na família de forma tão próxima como um amigo de confiança. Alexandra o reverenciava como um homem santo enviado por Deus para salvar seu filho e o trono de seu marido.

Finalmente, como resultado do controle de Rasputin sobre o palácio, vieram os fracassos nas guerras. Em casa, o povo já estava começando a planejar uma revolução contra o Czar.

Um grupo formado por membros do gabinete e da realeza conspiraram para assassinar Rasputin. Na noite de 30 de dezembro, em torno de cem anos atrás, Rasputin foi convidado para o que ele pensava ser uma festa da realeza – ao invés disso, ele recebeu vinho envenenado para beber. Quando ele não morreu, um convidado descontrolado atirou nele. Rasputin conseguiu correr para o jardim, onde recebeu outro tiro e foi lançado no rio – onde finalmente morreu afogado.

O estrago na sociedade russa já havia sido feito. Três meses depois, o Czar Nicolas abdicou no trono. Insatisfeitos com isso, membros da revolução brutalmente assassinaram o Czar Nicolas, sua esposa Alexandra e seus filhos.

E o que estava por trás de tudo isso? Um homem santo com ambições malignas. Um historiador escreveu:

Se não tivesse existido nenhum Rasputin, nunca teria havido Lenin – nenhum Lenin e nunca teria havido a propagação de um comunismo ateu em todo o império da União Soviética.

Meu amigo, falsa teologia, que enganou um homem, e depois uma família real, e daí uma sociedade de místicos, no fim, abriu caminho para cerca de um século de comunismo ateu que domina cerca de um bilhão de pessoas.

A teologia fundamentada na Bíblia já foi abandonada pelas principais denominações em nosso país e homens perversos ocupam posição de poder. Meu amigo, se o antinomianismo consegue enganar um homem e influenciar um governo e enganar tantas pessoas, então ele talvez seja perigoso para você também!

Você já pensou: “Sei que estou pecando, mas tenho certeza de que Deus me perdoará. Deus não é maravilhoso?! Sei que não deveria estar vendo isso ou fazendo isso ou planejando aquilo, mas, ei, meu Deus é um Deus de graça. Sua graça não é maravilhosa?!”

Pergunto novamente a você:

Será que a presença da graça é uma desculpa para a prática do pecado? Você acha que possui liberdade do pecado ou para o pecado?

Mas não é isso o que Paulo parece sugerir aqui—o pecado cresce, mas a graça cresce ainda maior que nosso pecado? Nós entoamos essas letras em hinos! Será que estamos cantando heresia?

“O que vocês têm a dizer sobre isso?” é o que Paulo pergunta em Romanos 6.1. Será que devemos continuar no pecado, ou, conforme o verbo parece indicar, “praticar, permanecer, ficar,” no pecado para que a graça aumente, para que a graça seja vista como o grande atributo de Deus?

E qual é a resposta de Paulo? Veja Romanos 6.2: De modo nenhum!

E no verso 15:

E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!

Poderíamos traduzir isso da seguinte forma: “Acabe com essa ideia!” Ou, “Deus nos livre disso!”, “Com certeza, não!”, ou ainda “Que pensamento terrível!” Outra maneira de dizermos isso é: “Nem pense nisso!”  Era isso o que minha mãe dizia—e ela usava muito essa frase!

Três perguntas sobre a graça de Deus

Paulo continua e diz no verso 2: Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

Eu creio que Paulo está fazendo três perguntas em apenas uma frase. São três perguntas que Paulo cria que iriam nos prevenis de seguir um pensamento que destruiria o verdadeiro significado da graça e perverteria o desejo por uma vida santa. Essas perguntas são:

  • Você já se esqueceu daquilo que aconteceu com você?
  • Você já se esqueceu de quem você é?
  • Você já se esqueceu a que lugar você pertence?
  • Paulo pergunta: “Você já se esqueceu daquilo que aconteceu com você?”

Note o verso 2 novamente: Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

Em outras palavras, “Você já se esqueceu que você morreu para o pecado?! Você não deve sair por aí pecando quando tiver oportunidade—você morreu para o pecado!

Paulo usa essa expressão várias e várias vezes nesse capítulo de Romanos. Ele diz:

  • no verso 3—ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?
  • no verso 4—Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo.
  • no verso 5—fomos unidos com ele na semelhança da sua morte.
  • no verso 7—porquanto quem morreu está justificado do pecado.
  • no verso 8—Ora, se já morremos com Cristo.
  • no verso 11—considerai-vos mortos para o pecado.

Várias e várias vezes, Paulo diz que estamos mortos para o pecado. Não podemos ficar “mais mortos” do que já estamos.

Cinco interpretações sobre estar “morto para o pecado”

Então, o que Paulo quer dizer ao falar que estamos mortos para o pecado? Ainda lutamos contra o pecado. Então, como lutar com algo que está morto?!

Deixe-me fornecer a você cinco interpretações a esse respeito. Quatro são erros de interpretação comuns em nossos dias. E nós temos sido afetados por alguns desses erros, se não todos.

  • O primeiro erro de interpretação é que nós, os crentes, morremos para a fascinação do pecado.

Essa interpretação logo se mostra errada ao lermos as cartas que Paulo escreveu para os crentes da igreja primitiva. Na própria carta aos Romanos, no capítulo 7, versos 19, 20, e 24, lemos:

Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim…. Quem me livrará do corpo desta morte?

Ah, estamos mortos para o pecado, mas este corpo morto ainda nos dá trabalho. Não estamos mortos para a fascinação do pecado.

  • O segundo erro de interpretação é que os crentes morreram para o pecado como hábito de vida.

Algumas pessoas encontram espaço para esse argumento, como faz o Movimento de Santidade. Esse movimento tem como um de seus distintivos a ideia de crucificar o velho homem como o segredo para uma vida vitoriosa. O problema é que o ponto de partida está errado. A interpretação começa com o esforço humano ao invés de começar com Deus. Além disso, a imagem está equivocada. Algo que o crente não pode fazer é crucificar a si mesmo. Finalmente, o tempo do verbo que Paulo usa é errado, caso essa perspectiva esteja correta. Paulo não está dizendo que devemos morrer todos os dias, mas que já estamos mortos.

Assim como todos nós pecamos em Adão no passado, também morremos com Cristo no passado. Quando Adão, o cabeça da raça, pecou, nós pecamos com ele; quando Cristo, o Cabeça da nova raça, morreu na cruz, nós morremos com Ele.

  • A terceira interpretação errada é a de que a natureza pecaminosa do crente foi erradicada.

Essa visão ensina que a pessoa se torna perfeita em justiça. A tragédia dessa perspectiva pe que ela confunde a perfeição de Cristo com a nossa perfeição. Ela também ignora as muitas promessas, tais como: “Se (nós os crentes) confessarmos os nossos pecados, ele (Deus) é fiel e justo para perdoar os nossos pecador e nos purificar de toda injustiça.” Esse verso, encontrado em 1 João 1.9, não foi escrito para descrentes, mas para crentes.

  • O quarto erro de interpretação é o de que os crentes morrem para o pecado ao renunciá-lo.

Em outras palavras, o crente simplesmente chega a um ponto especial em sua jornada espiritual em que ele renuncia o pecado. Apesar de ser verdade que o crente renuncia um envolvimento com o pecado e busca fugir de toda tentação, essa visão, novamente, começa com algo que o homem faz, ao invés de enfatizar aquilo que Deus tem realizado.

Todo o crente morreu em Cristo—Deus nos coloca em Cristo. Todo o crente pecou em Adão—Deus também nos coloca em Adão! Deus também nos colocou em Cristo quando Ele ressuscitou do túmulo. Ele nos uniu a Cristo e nos batizou pelo Seu Espírito Santo no Corpo de Cristo. Nós não poderíamos ter realizado essas coisas—elas são todas parte da obra de Deus a nosso favor. Descobrimos apenas que elas são presentes para nós quando recebemos o presente da vida eterna.

  • A interpretação que eu creio ser consistente com a carta de Paulo é a de que o crente morreu para o domínio do pecado.

Veja novamente Romanos 5.21:

a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

Em outras palavras, morremos para o reino do pecado em Cristo, o Cabeça de nossa nova raça.

A palavra “reino” significa, “poder, controle.” O reino do pecado é o que controla cada pessoa antes de ela vir a Cristo. O reino da graça é o que controla sua vida quando ela crê em Cristo. Você pode pensar nesses dois reinos como a seguinte ilustração.

Suponha que você esteja em um navio pirata. O capitão é um homem perverso que capturou você e outros durante seus ataques. Ele dá ordens a você como se você fosse um animal. Mas, daí, seu governo toma posse daquele navio em batalha e o controla. Eles liberam você e os demais reféns. O comandante da operação algema o capitão e o coloca no porão do navio e depois começa a navegar de volta para o seu lar. Durante a viagem, o capitão fica gritando para você do porão, ameaçando-o e dizendo a você o que fazer. Você pode obedecê-lo se desejar, mas não precisa, já que ele não é mais o seu capitão. Você não precisa mais obedecer às ordens dele.

Paulo escreveu em Colossenses 1.13:

Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor.

Algo permanente aconteceu com você no passado. Assim como você pecou em Adão, o cabeça de sua raça, você também morreu para o pecado em Cristo na cruz, sendo Ele o Cabeça da nova raça à qual você passou a pertencer pela fé através da graça. Então:

  • dizer que você tem que pecar nega a verdade da graça;
  • dizer que você jamais irá pecar nega a necessidade da graça; e
  • dizer que você não tem que pecar é entender o poder da graça.

Paulo nos diz: “Não se esqueça daquilo que aconteceu com você. O pecado reinou uma época, mas agora você morreu para o poder do pecado e está debaixo do reino da graça.”

Você já se esqueceu daquilo que aconteceu com você?

  • Paulo faz uma segunda pergunta a respeito da graça de Deus: “Você já se esqueceu de quem você é?”

Veja novamente Romanos 6.2: Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

Geralmente, nós perdemos a ênfase de Paulo nesse verso. Ele está dizendo: “Como nós, sendo o que somos, ainda viveremos em pecado? Você pertence ao Rei, então, por que descobrir tentar descobrir em quanta lama você consegue se rastejar?”

Em outras palavras, o verdadeiro crente não pode mais viver no pecado porque ele não se sente mais à vontade no pecado. O crente maduro compreende bem a malignidade do pecado e odeia todo o gosto e cheiro e toque do pecado.

Um pastor me enviou recentemente um artigo sobre um problema que estava havendo numa escola de ensino fundamental. As meninas começaram a passar batom no banheiro feminino. Depois que passavam o batom, elas beijavam o espelho, deixando dezenas de marcas de batom no espelho.

Finalmente, a diretora decidiu que algo precisava ser feito. E ela saiu com um plano bem interessante para resolver o problema e disse ao zelador exatamente o que fazer.

Ela convocou as meninas ate o banheiro para uma reunião; e trouxe consigo o zelador da escola. Dai, ela explicou as meninas como aquelas marcas de batom estavam dificultando o trabalho do zelador na limpeza do banheiro todos os dias. E a fim de demonstrar a dificuldade na limpeza do espelho, a diretora, então, pediu ao zelador que mostrasse as meninas como ele estava limpando. O zelador pegou um escovão, enfiou dentro do vaso ao lado e começou a esfregar o espelho.

Bom, daí em diante, o problema das marcas de batom sumiu.

É fácil esquecermos contra o que estamos realmente pressionando nossos lábios e corações!

Você alguma vez já disse aos seus filhos, como eu digo: “Não deixem o cachorro lamber o rosto de vocês—vocês não fazem ideia de por onde essa língua andou.”

As crianças parecem que têm dificuldades em “ligar os pontos.”

Nossa cachorra gosta de coisa podre! Outro dia, ela se soltou e foi para um pasto que fica atrás de nossa casa onde os cavalos ficam pastando. É claro que ela encontrou o primeiro bolo de estrume de cavalo e se esfregou toda contra aquilo. Ela estava se divertindo demais! Minha cadela tem problemas sérios! Uma pessoa me perguntou algumas semanas atrás se nossos animais de estimação irão para o céu. Eu respondi: “Com certeza, espero que minha cadela não vá; o lugar inteiro vai feder. Não acho que minha cadela é crente.”

Ela é um cachorro! Cachorros amam fazer esse tipo de coisas!

O antinomianista vive no pecado, não porque ele deseja revelar a graça de Deus como um filho de Deus, mas porque ele realmente ama a podridão do pecado. Ele revela, em seu amor e defesa ao pecado, que ele, na verdade, não é crente.

Você já se esqueceu do que aconteceu com você?

Você já se esqueceu de quem você é?

  • A terceira pergunta vista nesse verso 2 é: “Você já se esqueceu a que lugar você pertence?”

Veja o verso 2 mais uma vez: Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

Em sua Bíblia parafraseada, Eugene Peterson escreveu o seguinte: “Se já deixamos o país onde o pecado é o soberano, como podemos ainda viver em nossa antiga casa lá? Ou você não percebeu que fizemos nossas malas e saíamos daquele lugar definitivamente?”

Você foi redimido pelo Cordeiro de Deus que sofreu a penalidade pelo seu pecado.

Com bastante frequência, pensamos que ficaremos sem pecar desde que lembremos daquilo que o pecado fará conosco. O que dizer de não pecar por causa daquilo que o pecado fará a Cristo? A questão não é o que o pecado simplesmente custará a você; a questão é o que o pecado custou ao nosso Salvador.

O verdadeiro crente não pergunta: “Quanto pecado posso fazer sem sofrer suas consequências?” O crente genuíno diz: “Ah, veja o preço que meu Salvador pagou pelo meu pecado!”

John Piper tratou desse assunto ao escrever:

Não podemos dar lugar a imagens e impulsos egoístas e lascivos mais do que cinco segundos antes de montarmos um contra-ataque violento com nossa mente. E digo isso mesmo! Cinco segundos! Nos primeiros dois segundos, gritamos: “Não! Sai da minha cabeça!”

Daí, a verdadeira batalha começa. Essa é uma guerra da mente. A necessidade absoluta é retirar de nossa mente a imagem e o impulso.

Como? Coloque em sua mente uma imagem de contra-ataque. Precisa ser uma imagem tão poderosa de maneira que a outra imagem não consegue sobreviver.

Por exemplo, você, alguma vez nos primeiros cinco segundos de uma tentação, concentrou sua atenção na cena da crucificação de Jesus Cristo? Pense nisso. Homens, vocês acabaram de ver uma mulher vestida de uma maneira que convida vocês a dar mais uma olhada e a fantasiar. Vocês têm cinco segundos. “Não” Saia da minha cabeça!”

Agora, imediatamente, exige que sua mente contemple Cristo morrendo na cruz por você. Use todo o poder de sua mente para ver Suas costas laceradas. Trinta e nove açoites deixaram pouca carne intacta. Ele se ergue ofegante, respirando contra aquela viga de madeira da cruz. Cada respiração coloca uma farpa em sua carne lacerada. O Senhor suspira. Ocasionalmente, Ele grita em dor intolerável. Ele tenta se afastar da madeira e os pregos enormes em seus pulsos arrebentam suas terminações nervosas e Ele grita de novo em agonia e se levanta com Seus pés para aliviar Seus pulsos. Mas os ossos e nervos em Seus pés perfurados se esmagam em agonia e Ele grita novamente. Não existe alívio. Sua garganta está ferida de Ele tanto gritar de dor e em tremenda sede. Ele perde Sua respiração e pensa que está sufocando e, de repente, Seu corpo, involuntariamente, busca ar e todas as feridas se unem em dor. Em tormento, Ele lança sua cabeça para trás em desespero, simplesmente para bater um dos espinhos perpendiculares contra a cruz e enfiá-lo uns dois centímetros em Seu crânio. Sua voz fica mais e mais aguda por causa da dor e ele soluça por causa de Seu corpo esmagado à medida que cada gemido produz mais e mais dor.

Agora, não estou com esse pensamento pecaminoso mais… estou no Calvário.

Conclusão

Entender a graça não significa que você pode sair por aí e pecar o quanto quiser; entender a graça significa que você nunca mais desejará pecar.

É a bondade de Deus que nos motiva ao arrependimento e santidade. Sua graça é maravilhosa.

Recentemente, li sobre uma parceria que dois crentes fizeram para prestar contas um ao outro de suas ações. Essa parceria demonstra o efeito de um entendimento adequado da graça. Em um esforço de romper com seu hábito de usar linguajar profano, Paulo começou a se encontrar com outro homem de sua igreja e, com ele, organizar um plano para promover em sua vida um falar santo.

O plano era o seguinte: todo domingo, Paulo daria um relatório a Bill do número de vezes em que ele havia usado linguagem suja durante aquela semana e, para cada incidente, Paulo deveria depositar cinco dólares no gazofilácio como oferta.  A primeira semana custou a Paulo cem dólares. Apesar de haver certa melhora nas semanas seguintes, ele não estava tendo o sucesso que gostaria e estava dando mais dinheiro como oferta do que na verdade podia.

Depois da quarta semana, Bill disse a Paulo que iria mudar o combinado na próxima semana, mas que não diria a Paulo qual seria essa mudança.  Paulo queria muito saber, mas tudo o que Bill dizia era: “Confia em mim. Vai custar menos dinheiro para você e o desafio será maior.”

No domingo seguinte antes do culto, Paulo estava meio cabisbaixo, tendo, obviamente, fracassado mais uma vez naquela semana. Bill colocou uma mão no ombro de Paulo e disse: “Paulo, isso custará a você menos e mais. Isso se chama graça.”

Naquele momento, Bill pegou seu ação de cheques, passou um cheque para a igreja, colocou a data e assinou—mas a quantidade estava em branco. Daí, ele deu o cheque a Paulo e disse: “Seu pecado ainda custa alguma coisa, mas você pode ficar livre por minha conta—só preencha o valor. A, e a propósito, próxima semana, haverá mais graça.”

Aquela primeira semana de graça custou a Bill cinquenta e cinco dólares, mas a segunda semana lhe custou apenas vinte. Não houve uma terceira semana. Paulo estava tão pesaroso diante da graça de Bill que seu coração se quebrantava de pensar que teria que usar mais um cheque. Foi somente aí que Paulo conseguiu parar com seu antigo hábito pecaminoso de xingar palavrões.

Não existe nada mais poderoso em um viver santo do que o poder maravilhoso da graça.

Conforme Romanos 6.1-2 nos diz:

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

Não se esqueça do que aconteceu com você em Cristo.

Não se esqueça de quem você é em Cristo.

Não se esqueça a que lugar você pertence em Cristo. Cristo, o segundo Adão, o Soberano Senhor da raça redimida.

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 30/03/2003

© Copyright 2003 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

添加評論