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Bem-Aventurados Os Falidos

Bem-Aventurados Os Falidos

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

Bem-Aventurados Os Falidos

A Guerra Interior—Parte 4

Romanos 7.24–25

Introdução

Um dos meus alunos no seminário contou na sala a história de um homem chamado Mark McGowan. Mark é um aluno de mestrado em Londres, na Inglaterra. Pelo que parece, ele ficou preocupado com seu débito escolar de vinte e quatro mil dólares. Então, ele decidiu apelar para o público, despertando nas pessoas alguma piedade pelos alunos em débito na Inglaterra. Em um ato de sacrifício pessoal e grande determinação, Mark teve sucesso em empurrar um amendoim com seu nariz pela rua, desde as escadarias de sua escola até ao prédio do Primeiro-Ministro. Ele se arrastou em seus joelhos por onze dias. O artigo que contava a história trazia também uma foto de Mark com um curativo no nariz e com o rosto contra o chão, empurrando o amendoim. Infelizmente, o Primeiro-Ministro não ficou muito impressionado com esse sacrifício de Mark e ele ainda teve que pagar seu grande débito devido à faculdade.

Outro artigo que li semana passada foi sobre um sacerdote budista, apelidado de “o monge da maratona,” que terminou uma corrida ritual antiga nas remotas montanhas japonesas. Essa corrida levou sete anos e a distância percorrida equivale a uma volta ao redor do mundo. Ele passou sete anos constantemente correndo, orando e jejuando—às vezes passando nove dias sem comida, água ou descanso. Essa seita budista em particular é datada do século oitavo e acredita que essa tradição extremamente exigente é o caminho à iluminação. Qualquer monge—e outros quarenta e seis já sobreviveram a esse sacrifício—que fracassa em completar a jornada está obrigado a tirar sua própria vida, seja por estripação ou enforcamento.

Esse monge que completou a maratona recentemente viu pessoas enfileiradas pelo caminho, ajoelhadas diante dele, pedindo para que ele tocasse suas cabeças, crendo que isso lhes concederia alguma bênção espiritual especial.

As histórias não são idênticas, mas o princípio é o mesmo: a humanidade acredita que um grande débito, quer espiritual ou financeiro, pode ser eliminado por um grande sacrifício. Quanto maior a dívida, maior o sacrifício.

Quer você empurre um amendoim com o nariz por onze quilômetros, ou corra por sete anos, as pessoas provavelmente ficarão impressionadas e podem acabar cancelando seus empréstimos estudantis ou se enfileirar para que você as toque na cabeça.

Mas e o que dizer do maior de todos os débitos? O que você faz com aquele sentimento persistente e diário de que você é pecador e deve algo à santidade de Deus, enquanto não honra a santidade de Deus e o decepciona dia após dia?

O apóstolo Paulo, ao tocar nesse assunto em sua carta aos Romanos, chega ao fim de sua autobiografia transparente sobre sua pecaminosidade e clama: “Desventurado homem que sou!” Paulo não disse, “era,” mas, “sou.” Depois de vinte e cinco anos de serviço a Deus, Paulo diz: “Eu ainda faço as coisas que detesto e não as coisas que amo.”

  • “Desventurado homem que sou.”
  • “Desventurado pai que eu tive.”
  • “Desventurada educação que eu tive.”
  • “Desventurada ajuda financeira que nunca tive.”
  • “Desventurado homem que meu chefe e meu professor são.”
  • “Desventurada conexão social que nunca tive.”
  • “Desventurado marido, ou esposa, ou filhos que tenho.”

“Eles são o meu problema; é culpa da minha cultura; é culpa dos meus pais; é culpa do meu chefe; é culpa das minhas escolhas profissionais; é culpa dos meus filhos; é culpa da minha escola… é culpa de alguém! E eles têm que pagar!”

Essa é a conclusão do descrente. Ele é vítima do pecado de outra pessoa. Com certeza, ele não é um pecador. E alguém tem que pagar pelo fato de ele não ter aquilo que deseja na vida.

Um tempo atrás, saiu a notícia sobre um advogado egípcio que agora é o deão em uma das faculdades de direito em uma universidade no Egito. Ele planejava processar os judeus por terem saqueado o Egito milhares de anos atrás, conforme Êxodo 12.35-36. Quando os israelitas estavam prestes a sair do Egito, Deus os instruiu a saquear o Egito. Dessa forma, eles receberiam, basicamente, o pagamento pelos anos de trabalho feito sem receberem pagamento algum. Agora, esse advogado estava perguntando se “saque” possui algum limite. Nem mencione a brutalidade e privações que os israelitas sofreram nas mãos dos egípcios—os judeus levaram ouro e prata e pedras preciosas e roupas finas. Essas coisas seriam, basicamente, o pagamento que os israelitas nunca receberam por centenas de anos de trabalho forçado. Além disso, os egípcios entregaram suas coisas alegremente, sabendo que eles tinham ofendido o Deus de Israel, o qual havia trazido terror e morte ao Egito. Eles ficaram mais do que felizes em se livrar dos israelitas. Agora, o Egito não deve nada aos judeus por aqueles séculos; Israel é que deve ao Egito!

“Desventurado povo é aquele judeu para conosco, os egípcios!”

A Guerra Interior… no Crente

A coisa fascinante sobre o testemunho de Paulo em Romanos 7 e o verso 24 é que eles vêm da pena de um crente maduro que compreendeu a verdade. E a verdade não é, “Desventuradas pessoas que vivem ao meu redor,” mas, Desventurado homem que sou!

Paulo continua e diz na última parte do verso 24: Quem me livrará do corpo desta morte?

Note, novamente, que Paulo não diz: “O que me livrará? Quais são as três coisas que preciso fazer?”

Será que você precisa começar a empurrar amendoim com seu nariz para apagar sua dívida espiritual? Será que arranhar seu nariz no chão por onze quilômetros impressionará o Primeiro- Ministro do céu? Será que você deveria começar uma maratona equivalente à distância ao redor do planeta? Será que isso dará a você poder para ser uma bênção a outros? Será que seu jejum e privações e noites em claro conduzirão o ao caminho para uma iluminação? O mundo diria, “Sim! Você precisa fazer alguma coisa para se acertar com o deus no qual você crê.”

Todavia, o problema permanece, tanto para os que não crêem em Cristo e Sua Palavra, como para os que crêem. Dentro das quatro paredes da igreja, superstição e falsa religião são abundantes também quando o assunto é a batalha interior, essa luta contra o pecado e a carne.

Quatro Maneiras como Crentes Tentam Vencer a Luta contra o Pecado

James Montgomery Boice provocou meu pensamento ao escrever que o crente em geral tenta vencer a batalha contra o pecado de diversas maneiras. Deixe-me compartilhá-las com você.

  • Primeiro, muitos crentes buscam fórmulas espirituais.

Esses crentes querem uma solução rápida, algum segredo especial. Eles estão sempre em busca de algum livro novo, de algum segredo para a verdade, alguma oração especial, algum título ou conferência que chame sua atenção, tais como, “três passos para a vitória espiritual” e “quatro chaves para a liberdade.” Talvez seja uma frase como esta: “Deixe Deus ser Deus,” ou, “Deixe Jesus tomar o controle,” ou alguma expressão que podemos chamar de, “teologia de adesivo de para-choque.”

“Com certeza, a batalha contra o pecado pode ser resolvida se eu souber somente mais uma coisa, aprender mais um princípio inteligente, fazer mais um estudo, ler mais um livro… Daí, chegarei ao ponto em que saberei fórmulas suficientes para evitar o pecado novamente.”

Volte para o parágrafo 7 de Romanos e lei o verso 19: Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.

Em outras palavras, “Eu sei o que devo fazer e eu sei o que não devo fazer, mas saber não é o suficiente! As coisas que eu quero fazer, não faço; e as coisas que não quero fazer, eu faço.”

Paulo sabia aquilo que precisava saber, mas saber não era a resposta. Pense nisso da seguinte forma: quantos técnicos esportivos você conhece que são atletas muito famosos?

Eu tenho assistido ao campeonato de tênis de Wimbledom nos últimos anos. Um pensamento que sempre chamou minha atenção foi o de que eles mostram o técnico sentado na lateral. Eu me pergunto: “Quem é aquele cara? Será que ele é um ex-profissional desconhecido e que, portanto, não foi uma estrela em sua carreira, mas que, aqui e ali, treina uma estrela do tênis?”

Por que eles não podem pegar a raquete com o conhecimento que possuem e derrotar o adversário? Porque saber como fazer não significa que você consegue fazer!

A verdade é que, saber não significa necessariamente que você conseguirá fazer. Portanto, mais conhecimento não é a resposta.

  • Segundo, muitos crentes buscam novas experiências.

Esses crentes acreditam que alguma nova experiência com Cristo, algum encontro dramático com o Espírito de Deus, algum momento uma luz brilhará e revelará um mistério que os libertará de seus desejos pecaminosos.

Talvez eles busquem falar em línguas, ou uma segunda bênção, ou algum compromisso especial, ou um momento de louvor bastante emotivo, ou uma segunda obra da graça—algo que os coloque em um estado de vitória perpétua, de forma que nunca precisem realmente lutar contra o pecado.

Eles crêem que o crente pode e deve atingir algum estado de maturidade por meio do compromisso e dedicação ou voto pessoal para que, a partir daquele momento, vivam sempre no topo da montanha!

A essa altura, o apóstolo Paulo, com certeza, já teria chegado lá, não é? Veja as experiências dele como crente. Fiz uma lista pequena e é um currículo impressionante. Paulo:

  • foi pessoalmente preso pelo Senhor ressurreto na estrada para Damasco e ouviu a voz que você e eu gostaríamos tanto de ouvir do céu—ele ouviu (Atos 9.4);
  • foi particularmente ensinado pelo Espírito Santo durante três anos (Gálatas 1.12,18);
  • recebeu a habilidade miraculosa de cura; em um ponto de seu ministério, até mesmo as pessoas que tocavam seus mantos eram curadas de suas doenças (Atos 19.12);
  • ele até ressuscitou alguém dos mortos (Atos 20.10).

Que experiência maravilhosa não seria essa a de ressuscitar alguém dos mortos! Imagine se alguém perguntasse a Paulo: “E aí, como foi seu dia hoje na igreja?”

“Ah, foi bom. Fui para um funeral hoje e decidi simplesmente levantar o cara dos mortos. Todos parecem felizes com isso. Acho que vou até ganhar um aumento no meu salário.”

Paulo:

  • havia sido levado fora do corpo para o céu em uma viagem pessoal (2 Coríntios 12.2);
  • teve visões quando Cristo veio a ele em revelações (Atos 18.9-10);
  • foi um dos apóstolos ( Gálatas 1.1);
  • foi o principal missionário e plantador de igreja e teólogo e escritos e pastor de sua geração!

E depois de vinte e cinco anos de ministério incrível e visitas pessoais de Cristo e instrução pessoal com o Espírito Santo, você pensaria que Paulo sabia qual era a fórmula, você pensaria que ele tinha tido a experiência! Se havia algo a ser conhecido, ele teria conhecido! Se havia algo a ser experimentado, ele teria experimentado! A essa altura, Paulo deveria estar respirando o ar perpétuo do “todo da montanha” do Cristianismo!

Contudo, Paulo, mesmo depois de saber o que ele soube e experimentar o que ele experimentou, depois de vinte e cinco anos incríveis repletos de compromisso e dedicação e adoração e serviço, ele clamou: Miserável homem que sou!

Alguém pode dizer: “Mas Paulo experimentou algo em Romanos 7.25 quando ele chega à declaração triunfante de vitória: Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Essa é, de fato, uma declaração de vitória. Todavia, se ela marca o fim da batalha para Paulo, por que ele diria em seu próximo fôlego no verso 25:

…De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.

Em outras palavras, por que Paulo continuou tendo uma batalha interior entre o que ele sabia que era certo (a lei de Deus) e o que ele sabia que era errado (a lei do pecado)?

A verdade permanece, se encararmos essa passagem de forma literal, não existe fórmula; não existe nenhuma experiência especial que retira o crente maduro dessa batalha interior.

  • Terceiro, uma maneira que adiciona a essa lista é que muitos crentes, para evitar a batalha, fazem o que eu chamo de um “desvio espiritual.”

Qualquer problema que você tem com o pecado é culpa do diabo, é obra do demônio. Então, você vai e se liberta do demônio da lascívia e do demônio do orgulho e do demônio da glutonaria; você pode até ficar livre do demônio da dívida.

Um tempo atrás, liguei a televisão e assisti a um pastor falando à sua multidão de milhares e a seus milhões de espectadores na televisão que eles enviassem para ele suas contas de cartão de crédito. Daí, ele orava pelas contas e as pessoas eram libertadas do demônio da dívida. Eu estava na expectativa até de um desses funcionar!

E o que falar de gastar dinheiro descontroladamente? O que falar da disciplina? E planejamento financeiro? E o que dizer de responsabilidade para com os credores cujo dinheiro você usou? Nada disso—tudo é culpa do demônio.

Essa perspectiva coloca uma geração de crentes debaixo da impressão que pensamentos perversos e obras perversas não são culpa deles e que, portanto, não são sua responsabilidade. Seus erros são culpa de um demônio que precisam exorcizar, do diabo que precisam amarrar.

Paulo conhecia bem as atividades demoníacas. Ele sentiu isso na vida de uma jovem que os seguia (Atos 16); esse advertiu os crentes a respeito das artimanhas do diabo (Efésios 6). Paulo não era um amador; ele sabia muito bem o que era a batalha espiritual.

Entretanto, não existe demônio algum em Romanos 7. Não existe diabo a ser expulso; não existe transferência de culpa para um mundo espiritual invisível. Paulo diz: “Meu problema principal sou eu mesmo.”

E sabe o que mais? É impossível exorcizar ou expulsar a carne!

Jesus Cristo: Aquele que Liberta da Batalha Interior

Paulo continua e escreve na última parte de Romanos 7.24: Quem me livrará do corpo desta morte?

O testemunho de Paulo

O que Paulo está querendo dizer com isso?

Nos dias de Paulo, tiranos romanos acorrentavam cadáveres sobre os inimigos cativos após uma batalha e esses prisioneiros eram forçados a carregar os corpos dos mortos.

Certos tipos de criminosos eram executados pelos romanos com brutalidade especial. Às vezes, se o homem tinha cometido assassinato, ele era preso pelas mãos face-a-face com o cadáver de sua vítima. Daí, ele era colocado debaixo do sol quente do Mediterrâneo, ou pendurado em uma cruz. À medida em que o corpo se decompunha, ele introduzia morte no homem vivo, o qual geralmente morria em insanidade.

Talvez Paulo tivesse com essa tortura em mente ao exclamar: “Quem me livrará do corpo desta morte?”

Contudo, não acho que Paulo não sabia a resposta para sua pergunta: “Quem me livrará?”

O verbo grego rusetai era usado para se referir ao ato de um soldado que corria diante do clamor de seu companheiro para resgatá-lo das mãos do inimigo.

Paulo está em mãos inimigas—e o inimigo é a sua própria carne. Quem o resgatará, quem o libertará?

O libertador é Jesus Cristo. A resposta a “este corpo desta morte” é Seu corpo de morte. Ele carregou a nossa vergonha; Ele gemeu em morte debaixo do cadáver de nossa carne; Ele pagou por tudo e um dia nos libertará completamente da presença e paixão malignas da carne.

Paulo não exclama uma oração de derrota, mas um reconhecimento. Ele é tanto pecador como salvo. Ele está em agonia por causa de sua pecaminosidade, e está regozijando em seu Salvador.

O teólogo escocês Robert Haldane escreveu uma vez que os homens veem a si mesmos como pecadores em proporção direta ao seu entendimento sobre a santidade e lei de Deus.

Esse é o testemunho de Paulo.

Bem-aventurados os falidos, porque deles é o reino dos céus

A verdade é que não estamos acostumados a ouvir e ver alguém demonstrando uma atitude e um espírito que Jesus Cristo disse revelar verdadeiro arrependimento e conversão.

Veja Salmo 38.3-8:

Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura. Sinto-me encurvado e sobremodo abatido, ando de luto o dia todo. Ardem-me os lombos, e não há parte sã na minha carne. Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração.

Quebrantamento não faz parte da fórmula em nossos dias; coração contrito não é uma experiência muito cobiçada.

Ouça o que Jesus tinha a dizer ao pregar Seu primeiro sermão. Essa pregação foi tão chocante que o texto diz que, quando Ele terminou, Seus ouvintes ficaram maravilhados, ou no grego ekplesso, que significa, “ficar admirado, fora de si.” Suas primeiras palavras foram, conforme registrado em Mateus 5.3: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.

Em outras palavras, os que entram no céu são os pobres de espírito. Mas o que isso significa? A palavra-chave é o termo grego para “pobres.” Nos dias de Cristo, havia dois tipos de pessoas pobres.

A palavra grega penēs se referia a alguém pobre que trabalhava duro em seu trabalho o dia inteiro, recebia seu pagamento no início da noite como todos os dias, voltava para casa, usava um pouco para comida, roupa e abrigo, e não lhe sobrava nada. Se adoecesse, ele não teria dinheiro algum para se tratar. Ele não sabia o que era economia ou segurança financeira. Ele vivia um dia de cada vez sem saber se teria ou não algo para comer no dia seguinte.

Havia outro tipo de pessoa pobre e ela era chama de ptōchos. Para começar, essa pessoa nem tinha um trabalho. Esse pobre não tinha como comprar comida, roupa e abrigo. Ele era o mendigo da vila, completamente dependente de outra pessoa para tudo. Ele estava absolutamente desamparado.

Jesus Cristo usa essa segunda palavra, ao dizer: Bem-aventurados os pobres de espírito. Então, Jesus está dizendo: “bem-aventurados os afligidos pela pobreza e que não possuem absolutamente nada.”

A pessoa que entra no reino dos céus é aquela  que entende que está espiritualmente falida. Ela oferece a Deus nada mais que a si mesma. Nessa pessoa, não existe autossuficiência, egotismo ou arrogância. Bem-aventurados os falidos, pois eles herdarão o tesouro eterno do reino de Deus.

Em Romanos 7, o apóstolo Paulo está simplesmente refletindo uma pessoa falida, mas eternamente abençoada.

Talvez isso seja melhor ilustrado pela parábola que nosso Senhor contou sobre dois homens que vieram orar no templo. Essa parábola está registrada em Lucas 18.9-14. Um dos homens era um fariseu orgulhoso, autoconfiante e espiritualmente justo. Ele tinha acabado de empurrar um amendoim por onze quilômetros com seu nariz até ao templo e esperava que Deus ficasse impressionado com ele. O outro homem era um coletor de impostos, o símbolo universal de corrupção e avareza dentre os judeus. Esse era um judeu que tinha traído seus compatriotas a Roma em troca do direito de cobrar impostos de seu povo a favor do Império. E ao comprar taxas exorbitantes, ele ficava com parte do dinheiro para si. Esses homens eram ricos, mas odiados. Ambos aparecerem para orar na mesma hora. O fariseu se colocou de pé e orou nos versos 11 e 12:

Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.

Enquanto ele orava, o verso 13 nos diz:

O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!

Daí, Jesus disse no verso 14:

Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.

Quando o fariseu orou, ele estava impressionado consigo mesmo. Quando o publicano orou, ele estava impressionado com Deus.

Você gostaria de saber o que eu descobri no diário de Paulo em Romanos 7? Eu descobri um homem não impressionado consigo mesmo, mas totalmente impressionado com Deus, pobre de espírito; entretanto, rico com o tesouro do céu.

Você não precisa correr cinquenta mil quilômetros para encontrar paz com Deus; você não precisa sacrificar a pele de seu nariz para impressionar o Primeiro-Ministro do céu, a não ser que você deseje arranhar seu nariz ao se prostrar diante dEle, dizendo com humildade e ao mesmo tempo com alegria: “Desventurado homem que sou… graças a Deus!”

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 28/09/2003

© Copyright 2003 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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