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Mão na Luva

Mão na Luva

經過 Stephen Davey
系列: Romanos (Romans)
參考: Romans 1–16

Mão na Luva

A Guerra Interior—Parte 8

Romanos 8.12–15

Introdução

Até agora em nosso estudo em Romanos 8, descobrimos:

  • um novo perdão do Rei;
  • um novo amigo no Espírito Santo;
  • uma nova obsessão por meio de uma nova mentalidade.

Estamos prestes a descobrir que, pelo fato de o Espírito de Deus viver em nossas vidas, ainda existem muitas coisas a serem experimentadas.

Quando chega próximo ao inverno, eu deixo dentro de meu carro um par de luvas. Nunca sei se vou precisar ou não de luvas. As luvas são coisas maravilhosas e podem fazer coisas incríveis. Minhas luvas podem:

  • apontar para algum objeto;
  • abrir uma janela;
  • jogar brinquedos para minha cachorra pegar e brincar (só para ela olhar para mim como se eu estivesse doido; ela nunca corre atrás de brinquedos, mas se eu jogar um pedaço de carne, a história é diferente);
  • apertar as mãos de outras pessoas;
  • acenar a um amigo dando “tchau;”
  • dar uma tapinha nas costas de alguém;
  • fazer o sinal de “eu te amo.”

Minhas luvas são incríveis, não é verdade?! Claro que não! Minhas luvas são completamente inúteis se minhas mãos não estiverem dentro delas. O que as luvas fazem está diretamente ligado àquilo que está dentro delas, correto?

Você poderia dizer isso da seguinte forma: “O que possui as luvas determina o que as luvas realizam,” ou, “Quem aciona as luvas determina a atividade das luvas.” Ainda, “a ocupação das luvas depende completamente de elas terem sido ocupadas por alguém.” Porque, sem mim, nada podem fazer! Isso soa familiar para você?

Jesus Cristo disse, conforme registrado em João 15.5: porque sem mim, nada podei fazer.

O apóstolo Paulo já nos informou em Romanos 8.11 que o Espírito Santo habita o crente. Então, o Espírito Santo ocupa, habita, capacita o crente.

O Cristianismo é nada mais que uma experiência de mão na luva. É impossível vivermos por nós mesmos; nós somos apenas luvas dispostas e o Espírito de Deus representa as mãos onipotentes.

A Vida do Crente: Luvas nas Mãos do Espírito de Deus

Pelo fato de as mãos de Deus estarem ocupando nossas vidas, existem várias coisas novas que acontecem na vida do crente.

  • Primeiro, o crente pode seguir um novo Alguém!

Vamos retomar nosso estudo em Romanos 8. Veja os versos 12 a 14:

Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.

Então qual é a novidade na vida do crente? É a orientação divina.

Primeiramente, Paulo fala em termos gerais apenas revisando o que ele já ensinou nos versos anteriores do mesmo capítulo. Se você vive para a carne, você irá morrer.

Agora, esse aqui não é dos versos que supostamente ensinam perda de salvação. Paulo está ensinando de forma parecida como você ensina seu filho pequeno. Você pode dizer: “Olha, se você atravessar a rua sem olhar para os dois lados, você será atropelado,” ou, “Se você colocar a mão no forno quente, você irá se queimar.”

Esses são pensamentos dolorosos. Da mesma maneira, se você vive segundo os desejos carnais e busca apenas as coisas que apelam para seu orgulho e sua carne, seu jeito e seus próprios desejos, você transformará sua vida em uma bagunça e ainda viverá uma existência horrível no inferno.

Paulo apenas reitera a verdade geral. Ele não está sugerindo aqui que o crente pode, de alguma forma, viver de forma tão maligna a ponto de perder sua salvação.

Daí, Paulo faz uma declaração maravilhosa no verso 11: ele diz que aqueles que são habitados pelo Espírito possuem o privilégio de ser guiados pelo Espírito.

O que significa ser guiado pelo Espírito?

O que significa ser guiado pelo Espírito? Existem muitas respostas flutuando por aí.

Alguns acreditam que a direção do Espírito vem por meio de experiências místicas, ou alguma intimação especial, ou sentimentos estranhos, ou mesmo revelação divina.

Uma outra moda é a dos supostos sonhos estimulados pelo Espírito Santo. Em outras palavras, sonhos vindos de Deus que agora guiam o crente e revelam a vontade de Deus.

Você tem que aprender como interpretar esses sonhos e, já que o Novo Testamento não diz nada sobre isso, vários escritores dão sua sugestão e publicam suas especulações. Os crentes são apenas distraídos por mais um truque que retira suas mentes da verdade de Deus.

Até mesmo na antiguidade, nos tempos de Jeremias, falsos mestres se levantavam e diziam que tinham tido sonhos de Deus. No capítulo 32, versos 21, 25 a 32, lemos:

Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizaram… Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal. O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? – diz o SENHOR. Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha? Portanto, eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu companheiro. Eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse. Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o SENHOR.

Lembre-se disso quando você vir um livro ou ouvir uma história sobre pregadores e ministros tendo sonhos.

O inimigo sabe que, se ele conseguir convencê-lo a crer que as Escrituras não são suficientes para todas as suas necessidades a fim de viver uma vida piedosa, ele terá conquistado uma grande vitória. Assim com Eva no jardim, o enganador quer que você acredite que a Palavra de Deus não é final.

Então, hoje, a Bíblia não é mais considerada pela maioria como a última palavra e revelação de Deus. Agora, a igreja decide e faz votações baseada em seus sentimentos e opiniões para determinar qual a maneira de viver.

Foi dessa maneira que uma facção da igreja Episcopal nos Estados Unidos votou para decidir se aceitariam ou não homossexuais como representantes oficiais de Jesus Cristo na terra para falarem por Deus.

Ah, que Deus nos conceda o mesmo fervor presente no salmista que clamou no Salmo 119.133:

Firma os meus passos na tua palavra, e não me domine iniqüidade alguma.

E novamente no verso 35:

Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo.

Ser guiado pelo Espírito Santo significa ser guiado para dentro da Palavra de Deus

Já que uma das funções fundamentais do Espírito Santo é iluminar a mente do crente verdadeiro para que ele entenda as Escrituras, ser guiado pelo Espírito significa ser guiado para dentro da Palavra de Deus.

Jesus prometeu aos Seus discípulos em João 14.26 que o Espírito Santo:

…a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

Essa promessa teve um significado especial para os apóstolos, os quais se tornariam testemunhas de Cristo com autoridade singular para testemunhar a verdade de Jesus depois de Ele haver assunto aos céus. Mas essa promessa também é aplicada de forma geral aos crentes depois do Pentecostes. Daquele tempo em diante, todo o crente possui habitando dentro de si o próprio Santo Espírito de Cristo, cujo ministério a nós inclui derramar certa luz divina sobre as verdades das Escrituras de forma que as consigamos entender.

Paulo escreveu em 1 Coríntios 2.14-16:

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.

Ser guiado pelo Espírito Santo significa ser guiado ao estudo da Palavra de Deus.

Ser guiado pelo Espírito Santo significa ser guiado para obediência à Palavra de Deus

Além disso, ser guiado pelo Espírito Santo significa ser guiado para obediência à Palavra de Deus. Paulo escreveu em Gálatas 5.16:

Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.

Ou, como Paulo encorajou o jovem Timóteo ao lembrá-lo em 2 Timóteo 3.16-17:

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.

Você está sendo guiado pelo Espírito? Poderíamos fazer essa pergunta da seguinte forma:

  • Você está na Palavra de Deus?
  • Você obedece a Palavra de Deus?

O verbo grego para “guiar” possui várias nuanças que revelam verdades maravilhosas. Algumas delas incluem:

  • Você é frequentado pela Palavra de Deus?
  • Você é acompanhado pela Palavra de Deus?
  • Você é dirigido pela Palavra de Deus?
  • Você é puxado, conduzido, direcionado e pilotado pela Palavra de Deus?

O verbo guiados também aparece cerca de duzentas vezes na tradução grega do Antigo Testamento. A primeira vez que ela aparece nas Escrituras é naquele momento de tirar o fôlego quando Adão levanta de seu sono e Deus guia Eva até Adão. Deus a “trouxe”—e aí está o verbo—ou Deus a “guiou” a Adão.

Donald Grey Barnhouse escreveu:

Foi impossível não olhar através dos anos passados para aquele momento quando o Senhor Deus fez cair um pesado sono sobre o nosso Senhor Jesus Cristo e, ali, sobre a cruz do Calvário, Ele abriu o lado do Senhor e a partir daquele sofrimento Ele criaria a igreja de Seu povo redimido—exato, a própria noiva de Cristo.

Aqueles que são habitados pelo Espírito Santo estão habilitados a desfrutar de um privilégio incrível ao seguir um novo Alguém—direção divina!

  • Segundo, Paulo continua e diz que o crente pode pertencer a um novo Alguém!

Que novo privilégio é esse? É não somente direção divina, mas um relacionamento divino! Veja os versos 14 e 15 de Romanos 8:

Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção…

O que significa ser adotado como filho de Deus? Eu já posso dizer a você de antemão que é um dos aspectos mais belos e comoventes de nossa redenção. Não estamos mais escravizados pelo medo de não conseguir alcançar os padrões da lei; fomos livremente aceitos na comunhão dos amados como filhos adotados de Deus. O que isso significa?

O termo “adoção” é raramente usado na Bíblia. Na verdade, ele nunca ocorre no Antigo Testamento. O motivo por que ele não aparece no Antigo Testamento é porque os judeus não praticavam a adoção; eles tinham outras medidas para cuidar dos órfãos e das questões legais de herança.

A palavra “adoção” aparece apenas cinco vezes em todo o Novo Testamento. Três dessas referências são encontradas no livro de Romanos.

Temos a tendência de pensar em adoção como a transferência de uma criança de uma família para outra. Todavia, ela também se referia a uma cerimônia especial por meio da qual um pai romano adotava seu próprio filho. Essa cerimônia introduzia o garoto à posição de homem adulto. A cerimônia da adoção concedia ao jovem homem todos os direitos de sua cidadania romana.

Da mesma maneira, adoção na família de Deus, nesse sentido, significa que temos recebido todos os direitos da cidadania celestial. Temos o direito de herdar a fortuna do Pai. É a isso que Paulo se refere no verso 17 ao nos chamar de “co-herdeiros de Cristo.” Imagine isto: herdaremos a fortuna de nosso Pai!

Contudo, existe, também, o uso da palavra “adoção” como a transferência de uma criança de uma família para outra. Uma adoção romana, nesse sentido, envolvia três coisas:

  • A pessoa adotada perdia todos os direitos de sua antiga família e ganhava todos os direitos como um filho legítimo de sua nova família. Até onde a obrigação legal ia, o adotado ganhava um novo pai.
  • Pela lei, a antiga vida da pessoa adotada era completamente apagada. Por exemplo, todos os seus débitos eram cancelados.
  • Nessa cerimônia, o filho adotado recebia o direito de carregar o nome de sua nova família, bem como participar da herança da família.

Um incidente na história romana fornece um exemplo perfeito de como essa cerimônia era completa e confinante.

O imperador romano Cláudio adotou Nero a fim de que ele o sucedesse no império—eles não tinham nenhum parentesco de sangue. Cláudio já tinha uma filha de sangue chamada Otávia. Posteriormente, Nero se casaria com Otávia a fim de garantir ainda mais que ascenderia ao trono. Apesar de Nero e Otávia não estarem relacionados pelo sangue, o senado romano teve que aprovar uma legislação especial para permitir o casamento deles. Por que? Porque a lei romana os considerava irmãos. Apesar de não terem parentesco sanguíneo, uma vez que Nero tinha sido adotado, era como se ele fosse um filho biológico de Cláudio.

Nós fomos adotados pelo Deus Pai.

Na mente de Paulo, nós entramos na própria família de Deus. Não fizemos nada para merecer isso; Deus, em Seu infinito amor e misericórdia, escolheu pecadores perdidos, sem esperança, pobres e devedores e nos adotou em Sua própria família. Ao fazer isso, nossos débitos foram cancelados e a herança do céu passou a ser nossa.

Pelo fato de o Espírito de Deus ser a mão em nossa luva, podemos seguir um novo Alguém e podemos pertencer a um novo Alguém. Vamos ver mais uma novidade para nós crentes hoje.

  • Terceiro, o crente pode falar com um novo Alguém!

Nós não somente seguimos a direção divina e temos um relacionamento divino, mas, agora, podemos experimentar uma adoração divina. Veja o que diz o verso 15:

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.

Se você quer falar de novidade, aqui está uma! Nenhum judeu se dirigia a Deus como “Pai.”

Até mesmo ao escrever o nome de Deus, o escriba colocaria de lado a pena que vinha usando, lavava suas mãos, escolhia uma pena especial, escrevia o nome de Deus, separava aquela pena e depois continuava a escrever com a pena antiga. A parte maravilhosa nisso era a reverência que tinham para com Deus; a parte triste era a distância que tinham de Deus.

O Espírito de Deus mudaria tudo isso. Por causa da morte expiatória de Cristo e da criação de vida espiritual pelo agir do Espírito Santo na vida daqueles que confiam na obra de Cristo somente, o crente pode, agora, chamar Deus de “Pai.”

É algo fascinante descobrir que Jesus sempre se referiu a Deus com “Pai” e era assim que Ele se dirigia a Deus em oração. Ele nunca orou a “Deus;” Ele sempre orou ao Seu Pai.

Entretanto, houve uma exceção. Foi no Seu clamor na cruz, conforme registrado em Mateus 27.46, quando Jesus exclamou:

…Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

Mas isso apenas reforça o ponto central. A oração de Cristo na cruz saiu de Seus lábios no momento em que Ele foi feito pecado por nós, momento este em que o relacionamento que Ele tinha com o Pai foi temporariamente quebrado.

O nosso Senhor ensinou Seus discípulos a orar como Ele orava, e Seu modelo de oração começa com as palavras: “Pai nosso.”

Mas o que exatamente significa a palavra, “Abba”? Ela é simplesmente a palavra aramaica para “pai.” A única diferença é que essa palavra era usada por crianças pequenas para falarem com seu pai. Comentários judaicos confirmam que, quando a criança era desmamada, ela aprendia a dizer “abba” e “imma,” ou seja, “papai” e “mamãe.”

Essa é uma realidade completamente nova. O judeu não somente não cogitava se referir a Deus como seu Pai, ele também julgava como prepotência entrar na presença de Deus e chamá-lO de “Papai.”

Jesus combinou os dois nomes ao orar no jardim. Quando os colocamos juntos, eles revelam intimidade, confiança e respeito. Colocando no português, ficaria: “Querido Pai celestial.”

Esse verso nos ensina algo completamente novo sobre Deus. E com que direito? Por causa do Espírito Santo que reside, ocupa e capacita o crente.

Conclusão

Se você um dia usar uma luva, seja para trabalhar com uma ferramenta ou por causa do inverno, creio que você se lembrará do princípio do Espírito de Deus habitando dentro de nós, ativando em nós essas verdades maravilhosas.

E a propósito, se as luvas pudessem falar, elas jamais pensariam em dizer: “Vamos fazer isso sozinhas hoje… Podemos fazer isso sozinhas.” Elas nunca rangeriam os dentes, se tivessem algum, nem reclamariam porque têm que sair de seu lugar aconchegante no guarda-roupas para o frio, ou para um dia de trabalho na fábrica. As luvas simplesmente se submetem à mão que habita dentro delas.

Quando nos submetemos ao movimento e direção do Espírito Santo que vive dentro de nós, assim como as luvas se submetem às mãos, somos capacitados pelo Espírito; somos habilitados por Ele; ficamos seguros com Ele; somos direcionados por Ele.

O Cristianismo é, simplesmente, uma “mão na luva.”

 

 

Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 23/11/2003

©Copyright 2003 Stephen Davey

Todos os direitos reservados

 

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