
Rejeitando o Berço de Ouro
Rejeitando o Berço de Ouro
Escolhidos antes da Fundação dos Tempos—Parte 2
Romanos 9.4–5
Introdução
Por favor, abra sua Bíblia no livro de Romanos. Em nosso estudo anterior, comecei a pregar em Romanos 9 e descobri naquele texto, a propósito, uma boa plataforma política. Talvez os políticos poderiam incluir isso em seus discursos. Veja Romanos 9.1a: Digo a verdade em Cristo, não minto
Essa não é uma declaração maravilhosa? Esse é um ótimo distintivo com o qual servir, especialmente em nosso país, não é mesmo?
Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência:
Ou seja, “Eu digo a verdade, não minto, e o Espírito de Deus é minha testemunha!”
Não seria maravilhoso ser conhecido por isso? Na verdade, isso seria bom não somente para um político, mas para pastores também. Este país já está cheio de pastores mentirosos, cheios de esquemas corruptos em busca de dinheiro.
Esse verso é bom para políticos, pastores e para todo cidadão, especialmente para os crentes. Como crentes, devemos ficar conhecidos como pessoas que não somente seguem a verdade, mas dizem a verdade.
Jeremias falou sobre corrupção religiosa em seus dias ao falar em Jeremias 8.8 sobre a falsa pena dos escribas.
Ezequiel também alertou a respeito de profetas mentirosos com suas falsas visões e profecias enganosas satisfazendo seus próprios interesses. Em Ezequiel 13.3, ele advertiu: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito sem nada ter visto!
Paulo estava tão preocupado que seria identificado com um dos profetas mentirosos, falsos visionários e escribas corruptos diante dele que ele diz: não minto.
Essa não foi a primeira vez que ele declarou algo parecido. Ele escreveu:
- em 2 Coríntios 11.31: O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
- em Gálatas 1.20b: …eis que diante de Deus testifico que não minto.
- em 2 Timóteo 2.7a ao seu jovem aluno pregador: Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo a verdade, não minto).
Quando Paulo começou a escrever essa passagem de Romanos 9, ele estava tão convencido de que pessoas pensariam que ele estava mentindo que ele declara sua honestidade mais do que das outras vezes. Ele chama em sua defesa:
- o Senhor Jesus;
- sua própria consciência;
- e o Espírito Santo.
Conforme vimos anteriormente, a nação de Israel não creria facilmente no que Paulo diz nos versos 2 e 3 sobre seu fardo pelos judeus. Ele diz que estava disposto a ser amaldiçoado por Cristo, ou seja, ser “anátema” ou sofrer condenação divina eterna para que seus compatriotas, os judeus, seguissem a Jesus Cristo, seu verdadeiro Messias.
O que Paulo faz em seguida é exortar o povo judeu a reconhecer sua posição singular e bênção de Deus. Os judeus ficariam se perguntando se Paulo pensava que eles haviam sido abandonados por Deus; que Deus não cumpriria mais Sua aliança com eles sobre uma cidade, um trono e um reino.
Então, no verso seguinte, o verso 4, Paulo explana um pouco sobre a identidade e história de Israel e, em seguida, relembra os judeus que Deus os ama e tem um plano especial para a nação ainda. Podemos dizer que a nação de Israel havia “nascido em um berço de ouro,” ou com grandes privilégios e vantagens.
Paulo lista especificamente oito coisas que revelam como Deus abençoara a nação de Israel. Ele lista oito privilégios maravilhosos que pertencem a Israel.
Eu não sabia se deveria cobrir esse assunto em oito sermões, uma vez que são verdadeiras jóias preciosas repletas de verdades; ou se deveria cobrir esses privilégios em um sermão com oito pontos. Acabei optando por um sermão de oito pontos. E todo o povo de Deus disse, “Amém!”
Na verdade, eu dividi a mensagem em dois pontos principais. Todos os demais são sub-pontos desses dois. Nos pontos principais, Paulo fornece:
- Um resumo irrefutável das bênçãos divinas sobre Israel.
Não há argumento contra esse fato. Ninguém jamais negaria a verdade desse resumo—quer judeu ou gentio. Esse é, de fato, um resumo irrefutável das bênçãos divinas sobre Israel.
- Uma declaração irrefutável da divindade de Cristo.
Paulo escreve uma das afirmações mais poderosas a respeito da divindade de Cristo que encontraremos nas Escrituras.
Um Resumo Irrefutável das Bênçãos Divinas Sobre Israel
Vamos começar com o resumo irrefutável que Paulo faz das bênçãos divinas sobre Israel.
- A primeira bênção é que Israel possui uma posição especial diante de Deus.
Veja os versos 3 e 4a:
porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção…
Essa é a única vez em que Paulo se refere à adoção de Israel. Na verdade, essa é a única vez em todo o Novo Testamento em que os israelitas são descritos como filhos adotados de Deus.
No Antigo Testamento, contudo, existem muitos versos que se referem a Israel como nação sendo um filho de Deus. Por exemplo:
- em Êxodo 4.22, Deus mandou Moisés dizer a faraó: Israel é meu filho, meu primogênito.
- em Oséias 11.1, o Senhor disse: Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho.
Paulo simplesmente reafirma o fato de que a nação de Israel ainda era a nação escolhida de Deus.
Agora, não entenda isso errado, a salvação sempre foi algo individual; uma pessoa não pode ser salva pela fé de outra. Então, o fato de você ser um israelita não significava que você tinha um relacionamento pessoal e salvífico com Deus. No verso 4, Paulo não fala no sentido de salvação pessoal, mas no sentido de eleição nacional, ou seja, que Deus soberanamente derramou Seu chamado especial, aliança, bênção e proteção sobre essa nação [com propósitos redentores].
- A segunda bênção é que Israel não somente possui uma posição especial diante de Deus, mas também experimenta a presença especial de Deus.
Paulo continua no verso 4 e menciona que Israel recebeu também a glória.
Paulo se refere à glória de Deus, ao “doxa.” Essa palavra, sem dúvida alguma nesse contexto, se refere ao símbolo visível da presença de Deus. Por exemplo:
- Ela apareceu pela primeira vez no tempo do êxodo do Egito na forma de uma grande nuvem separando a nação em fuga do exército que a perseguia.
- Essa nuvem os guiou durante os quarenta anos de peregrinação, protegendo-os do sol e se transformando em uma coluna de fogo à noite, a qual servia como iluminação e calor.
- Posteriormente, a glória desceu no Monte Sinai, juntamente com trovão e relâmpago, quando a lei estava sendo dada a Moisés.
- Depois, ela encheu o tabernáculo e repousou sobre a Arca da Aliança.
- Um tempo depois, a glória repousou na forma de uma luz intensa sobre o propiciatório entre as asas dos querubins.
- Por fim, ela partiu e retornou ao céu em reação ao crescente pecado do povo.
Paulo diz, “Vocês, como nação, possuem essa presença de Deus inegável e irrefutável.”
Que bênção! Você consegue imaginar ter uma nuvem representando a presença de Deus ao caminhar no decorrer do dia? Se você não sabe para que lado ir e a nuvem vira à esquerda, você sabe que precisa virar à esquerda. Se você não sabe qual casa comprar e a nuvem repousa sobre o telhado daquela que Deus tem para você, você sabe qual comprar. Você nunca precisa se perguntar onde Deus está—você apenas aponta para a nuvem.
Que bênção tremenda a nação de Israel experimentou. Ao fracassarem em andar pela fé, Deus graciosamente permitiu que eles andassem por vista.
- A terceira bênção é que Israel possui as alianças de Deus.
Paulo continua no verso 4 e diz que Israel também possui as alianças.
Deus deu alianças, que podem ser traduzidas como “acordos.” Elas representam o que Deus esperava de Seu povo e o que o povo de Deus poderia esperar dEle.
Através de Moisés, houve a aliança da Lei. Através de Davi, houve a aliança de um reino e um trono eterno. E houve muitas outras.
Um escritor ressaltou que, “nenhum outro aspecto na história de Israel destacou sua singularidade como recipientes da revelação divina como as alianças.”
Essa bênção pode ser descrita da seguinte maneira: Israel recebeu as promessas de Deus.
Paulo sugere que Deus não abandonou Sua aliança com Israel—apesar de que, por um momento, Israel como nação ter sido colocada de lado enquanto Cristo cumpre uma nova aliança com Sua igreja. Todavia, essas alianças ou promessas que lidam especificamente com Israel—a vinda de um reino, a vinda de um trono, a promessa de uma Nova Jerusalém e de um trono restaurado de Davi—são promessas que Deus planeja cumprir.
- A quarta bênção é que Israel recebeu a Lei.
Paulo menciona ainda no verso 4 que Israel recebeu a legislação.
Paulo já escreveu em Romanos 3.2 que a vantagem de ser judeu era o simples fato de que aos judeus foram confiados os oráculos de Deus.
Então, a nação de Israel:
- possui uma posição diante de Deus;
- experimentou a presença de Deus;
- recebeu as promessas de Deus;
- era responsável, ao receber as palavras de Deus, pela propagação do caráter de Deus.
Israel fracassou em propagar o caráter de Deus. Os judeus reservaram a Lei e a mensagem de Deus para si mesmos. Eles as consideraram como um tesouro a ser guardado para si, e que pertencia a eles e a eles somente. Os judeus fracassaram em ser uma bênção às demais nações do mundo. A razão primária disso foi que eles rejeitaram o Salvador, o qual havia sido claramente identificado na Palavra de Deus.
Todavia, que grande bênção ter sido escolhido para ser recipiente das palavras de Deus.
- A quinta bênção é que Israel recebeu os princípios para se aproximar de Deus.
Paulo adiciona no verso 4 que a nação recebeu o culto.
O culto se refere a todo o sistema de adoração com sacrifícios, sacerdócio, cerimônias e princípios de expiação que claramente apontam para o sacrifício final de expiação, o grande Sumo Sacerdote, o próprio Senhor Jesus Cristo.
- A sexta bênção é que Israel recebeu a verdade profética de Deus.
No final do verso 4, Paulo menciona as promessas.
Pedro pregou a respeito do Messias prometido—as profecias que haviam, de fato, se cumprido. Paulo também pregou sobre as promessas feitas aos pais. Essas são declarações proféticas sobre a vinda do Messias.
Israel recebeu as profecias. Contudo, até mesmo enquanto elas eram cumpridas e após seu cumprimento, até os dias de hoje, a nação recusa a ver como essas profecias foram realizadas com precisão perfeita na pessoa de Jesus Cristo. Elas incluem:
- Ele nasceria em Belém (Miqueias 5.2);
- Ele sofreria (Gênesis 3.15; Isaías 53);
- Suas mãos e pés seriam traspassados (Salmo 22.16);
- Ele ressuscitaria (Salmo 16.10);
- Ele, o Salvador, seria judeu (Gênesis 12.1–3);
- Ele, o Salvador, viria da tribo de Judá (Gênesis 49.10);
- Ele, o Messias, descenderia diretamente da família de Davi (2 Samuel 7.1–17);
- Ele, o Messias, nasceria de uma virgem (Isaías 7.14);
- Quando Ele fosse crucificado, Seus executores lançariam sortes sobre Suas roupas (Salmo 22.18).
Existem homens e mulheres judeus que vieram à fé em Cristo. Nós os chamamos de judeus messiânicos. Imagine uma bênção dupla como essa! Em nossa igreja, temos vários que creram em Jesus Cristo como seu Messias. Alguns deles vieram à fé enquanto frequentavam nossa igreja. Lembro-me de um homem que participou de nossa turma de novos membros apenas para descobrir no que ele, de fato, cria. No decorrer de uma aula, ele recebeu a Jesus Cristo.
- A sétima bênção é que Israel descendeu de patriarcas piedosos.
Paulo escreve no verso 5 a respeito de uma outra bênção que Israel experimentou: deles são os patriarcas
Em outras palavras, “Vocês possuem a bênção de uma herança—homens de fé como Abraão, Moisés e Davi.”
Você já conheceu alguém cujo avô lutou na Primeira ou Segunda Guerra Mundial? Se você visitar essa pessoa, provavelmente ouvirá sobre o avô que lutou na guerra.
Alguns de vocês têm uma herança piedosa, uma linhagem de piedade e serviço a Cristo, a herança de um avô ou bisavó que caminhou perto de Deus. Um tempo atrás, meu pai me disse que meu irmão mais velho e eu somos a oitava geração de pastores ou missionários em nossa família. Oito gerações seguidas! Agora, nossos filhos também estão no ministério. Eles já são a nona geração. Se escolhessem fazer outra coisa, a propósito, não haveria problemas—não há pressão alguma sobre eles.
Talvez você esteja dando início a essa herança piedosa—você é o primeiro a seguir a Jesus Cristo. Sinceramente, acho que isso é mais emocionante do que estar na oitava geração.
Paulo diz a Israel, “Vocês podem falar de sua árvore genealógica, pois seus antepassados foram pessoas que demonstraram grande fé em Deus.”
O mais interessante é que essa herança piedosa não serve de nada para a geração atual.
Paulo procede para o clímax da bênção de Israel como nação.
- A oitava bênção é que a nação de Israel teve o privilégio de ser o veículo por meio do qual o Messias prometido, o Filho de Deus, foi manifestado ao mundo.
Note o verso 5: e também deles descende o Cristo, segundo a carne.
Ou seja, o próprio Messias descende da linhagem familiar de Israel! O Filho de Deus, o Cristo, o Ungido possui sangue judeu correndo em Suas veias.
Foi através de Israel que o Redentor prometido veio, o qual é o Filho de Deus.
Esse é o prêmio final! Jesus, o Deus-Homem, é judeu! O Messias veio da família de Israel!
Podemos falar sobre Abraão, Moisés, nosso avô, bisavó, oitava ou nona geração—grande coisa. A nação de Israel trouxe o Messias prometido, o Filho de Deus.
Agora, você sabe o que Paulo faz nesse momento? Ele começa a celebrar e a falar sobre o Messias de forma eloquente. Ou seja, “Esqueça da nação de Israel por um instante. Não existe nada de interessante em nossas vantagens e bênçãos. Vamos falar sobre Jesus, o Cristo!”
Paulo simplesmente pára e começa a louvar! É como se o amor de sua vida aparece em cena e ele não consegue fazer outra coisa a não ser falar sobre o seu Salvador.
Ao fazer isso, Paulo diz algo extraordinário. Esse é o segundo ponto principal que Paulo destaca no texto.
Uma Declaração Irrefutável da Divindade de Cristo
Paulo faz uma declaração irrefutável da divindade de Cristo. Ele escreve no final do verso 5:
e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!
Existe grande discussão sobre essa passagem. Um comentarista diz que a interpretação de Romanos 9.5 é talvez a passagem mais discutida em todo o Novo Testamento.
Parte do problema surge do fato de que os manuscritos gregos antigos não tinham pontuação. Como resultado, tradutores liberais colocaram um ponto final após a palavra todos, de maneira que o restante do verso passa a ser apenas uma doxologia.
Entretanto, é interessante saber que, sem exceção alguma nas Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, as doxologias colocam o termo bendito antes do nome de Deus. Mas, nesse verso, Paulo [faz algo que não é encontrado em lugar algum nas Escrituras]. Ele usa a ordem inversa, Deus bendito, indicando, sem dúvida alguma, que o apóstolo intencionalmente igualou Cristo a Deus.
Veja o texto em sua Bíblia e circule algumas palavras. Circule a palavra Deus e sublinhe o antecedente, que inclui a construção o qual é. Agora, circule as palavras o qual é e sublinhe o seu antecedente, que inclui Cristo. Paulo claramente diz, “Cristo, o qual é Deus.”
Agora, geralmente no Novo Testamento, o nome “Deus,” ou theos, refere-se a Deus o Pai, “Jesus” a Deus o Filho, e “Espírito Santo” a Deus o Espírito. Os escritores da Bíblia entendiam a existência da Triunidade e frequentemente distinguiam cada membro de alguma maneira sob a supervisão do Espírito. Portanto, quando eles não distinguiam, era com a intenção de reforçar a divindade de um dos membros. Então, Jesus Cristo não era um Deus adicional, mas o próprio Deus, o Deus encarnado. Ou seja, “Cristo, o qual é Deus bendito eternamente.”
Paulo simplesmente concorda com o testemunho das Escrituras, conforme João 1.1:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Paulo concorda com Tomé que confessou sua fé ao dizer ao Senhor ressurreto, conforme lemos em João 20.28b: Senhor meu e Deus meu!
Paulo desafiou os presbíteros de Éfeso em Atos 20.28 a fielmente pastorearem a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.
Paulo também escreveu a Tito no capítulo 2, verso 13:
aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus
Nesse momento em que Paulo adora e celebra Cristo em Romano 9.5, vemos uma das declarações mais claras e irrefutáveis sobre a divindade de Cristo.
Cristo, o qual é Deus bendito eternamente. Amém.
Observações
Deixe-me concluir nosso estudo com duas observações.
- Primeiro, é possível possuir privilégios vindos de Deus e não ser um filho de Deus.
Israel nasceu em um berço de ouro. Os judeus foram incrivelmente privilegiados, agraciados com a presença e promessa de Deus. Mas perceba que:
- apesar de sua posição;
- apesar de suas promessas;
- apesar de suas profecias;
- apesar de seus princípios;
- apesar de seus patriarcas;
- apesar de o Messias prometido provir deles,
eles rejeitaram o Salvador. Israel rejeitou o berço de ouro das vantagens de Deus. Para eles, tais vantagens não serviram de nada.
- Segundo, é possível experimentar os privilégios de Deus e não possuir a pessoa de Deus.
Pergunte a si mesmo, “O que Deus tem me dado? Em qual berço de ouro Deus tem me agraciado nascer?”
Quer gentio ou judeu, todos nós somos recipientes de irrefutáveis benefícios. Por exemplo:
- temos comida em nossa dispensa e roupas em nosso guarda-roupas;
- podemos beber água quando bem desejarmos;
- muitos de nós possuem um veículo;
- crescemos em um país construído sobre ideais e princípios judeu-cristãos;
- provavelmente temos pelo menos uma cópia pessoal da Palavra de Deus;
- temos ouvido as promessas de Deus;
- temos lido e ouvido, até mesmo hoje, as profecias do Redentor.
Todos nós, em certo sentido, nascemos em um berço de ouro.
Contudo, será que você, assim como Israel, rejeitou esse berço de ouro, ignorando as bênçãos de Deus e recusado o Salvador? O que você tem feito com Jesus Cristo, o qual é Deus bendito eternamente?
Talvez você já tenha ouvido a frase, “Tente Jesus,” ou, “Dê uma chance a Jesus.” Talvez você esteja fazendo exatamente isso. Meu amigo, ninguém “tenta” Jesus ou “dá uma chance” a Jesus. Jesus não é:
- um casaco que você coloca no frio e depois descarta;
- uma nova receita que você tenta para ver se o sabor é melhor do que outros pratos espirituais que você experimentou;
- algum experimento espiritual que você espera dar certo e melhorar sua vida;
- alguém que cuidará para que seus problemas não saiam de controle;
- alguém a consultar de vez em quando para aliviar sua consciência culpada;
- algo que você adiciona a sua mala de crenças religiosas—Ele não compartilha espaço com ninguém; Ele não divide Sua glória com Krishna ou Alá.
Não é Jesus mais todos os demais deuses; é Jesus, o qual é Deus bendito eternamente, amém! Não é Jesus e todos os demais caminhos; é Jesus, o qual é o único caminho, Deus bendito eternamente, amém! Você não tenta Jesus ou dá uma chance a Jesus; você confia em Jesus!
J. Sidlow Baxter escreveu certa vez:
A mensagem de nosso Senhor foi Ele mesmo. Ele não veio simplesmente para pregar um evangelho; Ele mesmo é esse Evangelho. Ele não veio simplesmente para suprir pão; Ele disse, “Eu sou o pão.” Ele não veio para derramar luz; Ele disse, “Eu sou a luz.” Ele não veio meramente para mostrar o caminho; Ele disse, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
Jesus Cristo é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre.
Posso fazer uma pergunta? Será que o berço de ouro de vantagens e bênçãos—a bondade e a graça comum de Deus—aproximado você de Jesus Cristo como Deus bendito eternamente? Ou você recusa crer, recusa reconhecê-lo e lhe agradecer e entregar seu coração?
Talvez você seja um crente—você possui ainda mais bênçãos eternas e significantes de Deus. Talvez você tem menosprezado essas bênçãos, ou até exigindo que Ele derrame mais bênçãos. Talvez você tenha começado a se desviar para distante do seu Senhor que parece não estar dando aquilo que você deseja.
Por que você não se junta a Paulo em louvor como lemos em Romanos 9.5 e reconhece novamente que Jesus é soberano e divino, o Deus vivo sobre todos? Apesar de seu coração estar pesado com algum fardo, agradeça a Ele, pela fé no Deus bendito, por tudo o que Ele tem dado a você e confie nEle naquilo que Ele ainda não o concedeu. Confie nEle, mesmo quando Ele não dá aquilo que você tanto deseja.
Esse tipo de dependência o levará a pronunciar esse tipo de declaração—quer em meio a gritos de alegria ou lágrimas de tristeza:
Meu Senhor Jesus Cristo é sobre todos… Ele é Deus bendito para todo o sempre. Amém.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 02/05/2004
© Copyright 2004 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
添加評論