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Recompensando Fé com Fome

Recompensando Fé com Fome

經過 Stephen Davey 參考: Genesis 12–13

Recompensando Fé com Fome

Gênesis 12.1–13.4

Introdução

Em nosso encontro anterior, começamos a estudar a biografia de Abraão. Descobrimos que ele foi um homem de fé rara, um homem disposto a deixar tudo que representava segurança e estabilidade para trás. Ele deixou sua sociedade e sua família; foi instruído por Deus a largar tudo o que há muitos anos tivera e a ir para uma terra desconhecida, a qual Deus lhe promete conceder por herança. Abraão obedece à ordem de Deus. É exatamente isso o que veremos hoje na continuidade de nosso estudo em Gênesis.

Abrão Responde Corajosamente com Fé

Veja Gênesis 12.1–5:

Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram.

O fato de Ló ter ido com Abrão foi um erro, conforme descobriremos mais adiante.

Talvez você tenha se mudado recentemente e levado consigo tudo o que acumulou por anos em seu depósito. Abrão deixou seu depósito limpo, levou tudo consigo, inclusive seus servos.

Ao chegar ao destino que Deus mandou, Abrão edifica alguns altares.

  • O primeiro altar foi no carvalho de Moré.

Veja o verso 6:

Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra.

O carvalho de Moré é uma árvore literal; essa é a localização do primeiro altar. O termo hebraico Moré significa “mestre” e, na antiguidade, nos dias de Abrão, um mestre se sentava debaixo de uma árvore frondosa; essa era a árvore de Moré, o “carvalho do mestre.”

Os mestres idólatras supostamente ouviam a voz de seus deuses que passavam pelas folhas da árvore. Foi justamente nesse local de idolatria onde Abrão edificou um altar. Que homem de grande coragem! Ele fez isso como que dizendo: “Sei que vocês têm essa prática idólatra, mas eu sigo o único Deus verdadeiro e aqui edifico um altar a ele.”

  • O segundo altar Abrão edificou entre Betel e Ai.

Veja o verso 7:

Apareceu o SENHOR a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.

É aqui que Abrão entende que a terra que possuirá é Canaã. Então, erige um altar e continua. Veja o verso 8:

Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR.

Mais uma vez, esses lugares têm grande significância. A palavra Ai significa “montão de lixo” e simboliza o mundo transitório. De fato, esse lugar se tornaria terrível aos israelitas no decorrer de sua história. O nome da outra cidade, Betel, significa “casa de Deus,” e simboliza tudo o que representa a presença e comunhão de Deus, incluindo o céu ou o reino.

Bem no meio, entre o montão de lixo que representava o mundo e a casa de Deus que representava o reino vindouro, Abrão edifica um altar.

Que ilustração tremenda do peregrino do Novo Testamento, eu e você, que também constrói um altar. Nós vivemos nossas vidas em algum lugar entre o montão de lixo deste mundo transitório e o reino vindouro de Deus. Foi aí que Abrão edificou o altar e serve de ilustração e até de advertência a nós quanto ao grande perigo que surge quando nos esquecemos que este mundo não é permanente. Podemos nos distrair com o belo cenário e cavamos fundo demais; enfiamos os pinos de nossa tenda com muita força que fica difícil levantar acampamento. Lembre-se: somos peregrinos, não colonizadores.

Agora, antes de irmos mais adiante, entenda a importância de um altar. Deixe-me mencionar duas coisas rapidamente.

  • Primeiro, o altar representa local de adoração.

Perceba no verso 7 que acontece uma teofania, isto é, um aparecimento de Deus em forma física. Ninguém jamais viu a Deus e sobreviveu. Isso aqui é o que os teólogos denominam teofania, ou seja, uma manifestação visível da glória de Deus. É como se Deus mostrasse a Abrão sua silhueta, mas nunca mostra seu rosto. O altar representa, portanto, o lugar onde Abrão adoraria Deus.

  • Segundo, o altar também representa o local de comunhão.

Esse é um dia marcante; Abrão atravessou o deserto e chegou à terra. Deus diz: “Esta é a terra que te darei.” Então, Abrão levanta um altar e tem uma comunhão maravilhosa com a glória de Deus.

Entenda que, a essa altura em sua vida, Abrão está feliz e entusiasmado. Tudo está indo maravilhosamente bem. Daí, de repente, o “feliz para sempre” termina no verso 10: Houve fome naquela terra. Bem no meio de tudo isso, Deus interrompe a alegria de Abrão ao enviar uma fome sobre aquela terra.

Como você reage quando Deus interrompe sua alegria com um período de fome? Como você reage quando uma tribulação ou provação bate à sua porta, especialmente quando ela vem montada sobre os lombos da comunhão com Deus? Ficamos coçando a cabeça sem entender. Podemos dizer: “Pensei que tivesse chegado em Canaã, Senhor. Aqui está o altar. Tivemos comunhão maravilhosa. Por que essa provação agora?” Esse é o momento quando pensamos que nada mais vale a pena. Após todos os atos de fidelidade, adivinha o que Deus faz? Ele traz a provação.

Penso no próprio Jesus Cristo, o qual, conforme registrado em Lucas 3, passou pelas águas do batismo. Quando saiu da água, a voz de seu Pai falou do céu: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo. Logo em seguida, em Lucas 4.1–2, lemos:

Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.

Deixe-me dizer algo que precisamos sempre lembrar; é algo que a maioria dos crentes não entende e, como resultado, desiste quando surge a fome em suas vidas:

Obediência inicial é apenas o ponto de partida na estrada à maturidade espiritual.

Obediência inicial é apenas o ponto de partida. Temos a ideia errada de que ela é o destino final. Dizemos: “Senhor, tudo entrego a ti. Quero ser como Cristo.” Daí, pensamos: “Bom, ótimo, isso já resolve minha santificação. Terminei.”

De repente, Deus coloca uma provação em nossas vidas e dizemos: “Ei, Senhor, espere um pouco. O que você está fazendo?” Deus responde: “Estou respondendo sua oração e farei com que você seja como Cristo.” Deus não se importa necessariamente com o que dizemos. Ele quer que experimentemos entrega total. A provação vem realizar exatamente isso.

Abrão Recua Covardemente em Medo

Agora, o que aguarda Abrão mais adiante em sua jornada espiritual?

Antes de prosseguirmos e criticarmos Abrão pelo que vai fazer, perceba que ele se pergunta algumas coisas, coisas que eu e você também nos perguntamos: “Deus, onde estão tuas promessas? Onde estão?”

Abrão tinha recebido três promessas de Deus. Deus prometeu:

  • Uma terra: Abrão chega à terra, olha ao seu redor e vê cananeus com suas carruagens de ferro e exércitos liderados por pagãos sanguinários.
  • Uma semente: Deus promete abençoar Abrão, mas aqui está ele ainda sem filho.
  • Uma bênção: Deus promete abençoar Abrão, mas aqui vem uma fome terrível.

Abrão pergunta: “Cadê as promessas? Onde posso encontrar sequer comida para sobreviver?” Já que o Egito era conhecido como “o celeiro do mundo antigo,” Abrão foge para o Egito e recua covardemente. Veja Gênesis 12.10–11:

Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra. Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher...

Falaremos das palavras de Abrão à sua mulher Sarai em instantes. Primeiro, entenda que Abrão foge para um país que, no decorrer de todo o Antigo Testamento, representa rebelião à vontade de Deus e escravidão ao mundo. Ajuda, porém, não se encontrava no Egito, mas no altar; Abrão tinha acabado de erigir dois. Abrão não consegue ver as promessas; então, começa a se estribar em seu próprio entendimento e sua razão, e vai para o Egito. Mal sabe ele que, dentro de pouco tempo, ele estará sozinho no interior de sua tenda com muitas ovelhas, mas com sua esposa no harém do faraó.

Antes de continuar, todavia, vamos observar alguns versos. Veja se você consegue se colocar nessas palavras. Lemos em Isaías 30.1–3:

Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que executam planos que não procedem de mim e fazem aliança sem a minha aprovação, para acrescentarem pecado sobre pecado! Que descem ao Egito sem me consultar, buscando refúgio em Faraó e abrigo, à sombra do Egito! Mas o refúgio de Faraó se vos tornará em vergonha, e o abrigo na sombra do Egito, em confusão.

Creio que podemos adicionar um pós-escrito a essas palavras: “E quando você desce ao Egito, e confia no mundo, quando não me pede conselho, não me culpe pelos problemas em que se mete.”

A última coisa que Abrão poderia dizer após se meter em problemas no Egito era: “Senhor, por que tu fizeste isso comigo?” Os problemas de Abrão foram consequência de sua própria rebelião.

O mesmo acontece conosco com bastante frequência: nos rebelamos e nos afastamos de Deus; não pedimos seu conselho e ajuda, e ficamos encurralados. Daí, adivinha a quem creditamos o problema? A Deus!

Abrão se encurrala aqui. Veja o que acontece em seguida em Gênesis 12.11–13:

Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência; os egípcios, quando te virem, vão dizer: É a mulher dele e me matarão, deixando-te com vida. Dize, por favor, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.

Abrão implora que Sarai diga isso. Agora, o que pede não é mentira. Em Gênesis 20.12, lemos que Sarai era meia-irmã de Abrão. Eles tinham o mesmo pai e isso foi antes de Deus dar as leis e penalidades para casamento dentro de uma mesma família. Portanto, ela é meia-irmã de Abrão.

Abrão é inteligente. Ele diz: “Não estou mentindo, estou dizendo uma ‘meia-verdade.’ Diga-lhes que você é minha irmã e tudo ficará bem. Ficaremos aqui, teremos a comida que precisamos e sobreviveremos. Depois, voltamos para Canaã e tudo dará certo.” Então, Sarai faz o que Abrão pede.

Agora, sabemos que a prática comum da época era a seguinte: se o faraó realmente quisesse uma mulher, ele respeitava tanto o casamento que matava o marido para ficar com ela. Seu respeito só ia até aí. O interessante é que Davi seguiu exatamente esse costume. Talvez você se lembre que, quando viu Bate-Seba, ele a desejou; então, tomou conta de Urias, seu marido. Davi simplesmente seguiu a prática dos faraós. E o povo de Israel muito provavelmente não disse nada por estar paganizado já. Eles pensaram: “Nosso rei está agindo como os faraós do Egito. Ele matou o marido.” Era assim que os reis faziam as coisas, até que Natã confronta Davi. O mesmo seria o destino de Abrão e Sarai.

Continue em Gênesis 12.14:

Tendo Abrão entrado no Egito, viram os egípcios que a mulher era sobremaneira formosa.

Sarai tinha 65 anos de idade. Pelo fato de viverem vidas longas naquela época, sua aparência possivelmente correspondia à de uma mulher nos seus 35 anos em nosso contexto de hoje. Portanto, ela estava chegando ao ápice de sua feminilidade. Abrão sabia que sua esposa era bonita; ele não era tonto! Ele sabia que, assim que os egípcios a vissem, a roubariam dele.

Continue no verso 15 e veja o que acontece; Abrão fica até chocado diante disso:

Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó.

Abrão não achou que isso fosse acontecer. O costume determinava que uma mulher deveria passar um período de 12 meses de preparação antes de ser adicionada ao harém do rei. Nesse período, ela recebia tratamentos e cuidados especiais e o rei não a tocava. Ela só seria colocada no harém após 12 meses. Não sabemos quanto tempo se passou aqui, mas imagino apenas Abrão sentado dentro de sua tenda percebendo que, dessa vez, tinha ido longe demais.

A esperança aparece no verso 17: Porém o Senhor. Se não fosse pela intervenção do Senhor, não haveria esperança. O que Abrão fará? Ir ao faraó e dizer: ‘Faraó, eu menti. Quero minha esposa de volta!’” De jeito nenhum! Por isso, o Senhor age. Veja os versos 17–19:

Porém o SENHOR puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela tua mulher? E me disseste ser tua irmã? Por isso, a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua mulher, toma-a e vai-te.

Agora, não pense que tudo se resolveu sem problemas e resultados, que, agora que Deus interviu, tudo voltou a ser um mar de rosas e que Abrão escapa dessa. Não. Quero ressaltar algumas consequências do pecado de Abrão.

  • Primeiro, houve perda de bênção.

Se Abrão tivesse permanecido no altar de Betel—se tivesse clamado ao Senhor para suprir suas necessidades—Deus teria respondido de alguma maneira para lhe dar pão. Deus fez isso com Moisés, com os filhos de Israel, com Elias e muitos outros. Mas, como resultado por confiar na sua própria razão, Abrão deixa de contemplar a bênção da obra de Deus provendo suas necessidades.

  • Segundo, houve um acréscimo em suas posses.

Quando Abrão deixou o Egito, lemos em Gênesis 13.2 que ele estava muito rico. Por que isso foi uma consequência? Justamente porque essas riquezas seriam o motivo da dissensão entre seus pastores e os pastores de seu sobrinho Ló, uma dissensão que, no fim, levaria à uma divisão na família.

Jamais pense que o fato de você ficar rico é, necessariamente, resultado das bênçãos de Deus. Em Canaã, dentro da vontade de Deus, Abrão teria vivido com o pão de cada dia, enquanto que, no Egito, enriqueceu grandemente. Não estou sugerindo que pobreza é sinal do agir de Deus e riqueza sinal do agir de Satanás. Estou apenas dizendo que, no caso de Abrão, isso foi verdade. E isso pode ser verdade em nossas vidas hoje também.

  • Terceiro, quando Sarai deixou o Egito, ela trouxe consigo uma serva chamada Hagar.

Essa serva teria um filho de Abrão quando ele, mais uma vez, deu ouvidos à sua razão. Esse filho cresceria e se tornaria, até hoje, o arqui-inimigo dos israelitas: as nações árabes.

  • Quarto, Ló evidentemente desenvolveu um gosto pelo Egito que persistiu; ele se desviou.

Abrão arrancou Ló do Egito quando saiu de lá, mas não conseguiu arrancar o Egito de Ló. Como é trágico quando um crente mais maduro conduz um mais novo ao tropeço.

  • A quinta consequência aparece no verso 18: existe perda de testemunho.

Veja o verso 18 novamente:

Chamou, pois, Faraó a Abrão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? Por que não me disseste que era ela tua mulher?

Abrão é confrontado por um homem que, nesse momento particular de sua vida, age mais piedosamente do que ele—e o homem é o faraó pagão. Faraó corrige a ética de Abrão e ajusta sua moral.

Que vergonha ser corrigido por um pagão que age melhor do que você, crente. Talvez você já tenha sido repreendido dessa maneira, quem sabe um filho que disse: “Pai, você tem estado muito ausente nos últimos dias,” ou um amigo que diz: “Você está bem? Parece meio impaciente,” ou ainda o cônjuge que diz: “Não estou vendo fruto em sua vida de uma comunhão íntima com Deus.”

Abrão foi confrontado por um rei pagão a quem ele deveria ter testemunhado do Deus verdadeiro.

Abrão Se Compromete a Voltar à Comunhão

Então, será que há esperança? Sim. E o motivo é simples: Abrão voltou ao altar. Em Gênesis 12.20, Abrão e todos os seus são escoltados para fora do Egito, ou seja, os egípcios os acompanharam até a fronteira e disseram: “Nunca mais queremos vê-los novamente.” Veja Gênesis 13.1–4:

Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele. Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do SENHOR.

O que Abrão nos diz com essa atitude?

  • Primeiro, ele diz: volte ao local de partida; volte àquele ponto no caminho em que se deparou com uma bifurcação e você virou à esquerda quando Deus o mandou ir à direita.

É simples: se você deseja corrigir tudo, volte ao ponto em que se desviou. Não sei, mas talvez seu Egito seja um bar, sua televisão onde assiste a imoralidade; seu Egito pode ser outro homem ou mulher, ou algo mais sutil, como conversas cheias de fofoca, uma Bíblia empoeirada que não usa, em cuja capa estão as palavras invisíveis: “Somente para os domingos.” Qualquer que seja seu Egito, volte ao ponto em que se desviou do caminho direito.

  • Abrão também nos diz: volte ao local de dependência.

Note a última parte do verso 4: e aí Abrão invocou o nome do SENHOR. Será que Deus é essencial à sua vida? Com que frequência você diz: “Posso fazer isso sozinho. Pode deixar comigo!”?

Faça como Abrão e volte àquele lugar onde invocava o nome do Senhor; volte ao lugar de total dependência.

Aplicação: Lições de Um Santo Falho

Permita-me aplicar esse texto às nossas vidas com quatro lições que aprendemos com a vida de um santo falho.

  • Primeiro: não se surpreenda quando fomes assolarem sua vida.

Geralmente, ficamos surpresos quando fomes surgem em nossas vidas, mas o caminho da fé é uma ladeira íngreme projetada por Deus para desenvolver os músculos de nossa fé. A jornada não é uma trilha plana onde caminhamos com facilidade, nem é uma descida onde apenas relaxamos. Isso não é fé. Fé é uma subida e a fome é projetada por Deus para nos ajudar na jornada.

  • Segundo: a fome vem para provar e fortalecer nossa dependência no Senhor, mesmo quando ele parece estar em silêncio, distante e agir injustamente.

Conforme lemos em Provérbios 3.5–6:

Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.

  • Terceiro: a paciência de Deus nunca acaba.

Isso é algo incrível. Se eu fosse Deus, teria dito: “Abrão, você não tem jeito. Vou arranjar outra pessoa para cumprir minha aliança relacionada a Israel. Esquece. Um pagão blasfemou meu nome por causa de você! Você me provou e quase entregou sua esposa aos egípcios. Encontrarei outro.” Mas Deus não disse nada disso.

Quando Tomas Edison terminou seu trabalho de melhoria de uma lâmpada, ele a entregou a um jovem aprendiz que o ajudava no laboratório. O garoto tinha que levar a lâmpada para uma câmara no andar superior. Ele subiu as escadas cuidadosamente, mas, no último degrau, a deixou cair e ela se quebrou em milhares de pedaços. Toda a equipe teve que passar mais 24 horas fazendo outra lâmpada. Quando terminaram, todos se admiraram quando Tomas Edison, mais uma vez, deu a lâmpada para o mesmo jovem levar para o andar de cima. Isso provavelmente marcou a vida do garoto. Dessa segunda vez, ele cumpriu sua responsabilidade corretamente.

Deus é infinitamente paciente conosco. Deixamos a lâmpada cair no meio do Egito, mas Deus ainda se preocupa conosco e nos usa.

  • E quarto: buscar ajuda em outra fonte jamais solucionará aquilo que somente a fé em Deus é capaz de solucionar.

Ah, como seria bom se entendêssemos e vivêssemos essa verdade! O Egito não ajudará! Ele jamais satisfará. Não existem altares verdadeiros no Egito, não há comunhão no Egito, não há adoração no Egito! Precisamos voltar a Betel, o local de adoração, o lugar onde Deus pacientemente nos espera retornar.

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