
Verdades de Um Registro Antigo
Verdades de Um Registro Antigo
Gênesis 5
Introdução
Se você já alguma vez decidiu ler a Bíblia de capa a capa e, obviamente, começou no livro de Gênesis, o primeiro obstáculo que provavelmente enfrentou foi o capítulo 5. De fato, muitas pessoas não pulam esse obstáculo e param sua leitura ali mesmo.
Em certo sentido, Gênesis 5 parece ser um capítulo sem importância para o leitor do século vinte e um; é um capítulo que pode ser desencorajador e desanimador. Quando o lemos, é como se estivéssemos caminhando por um cemitério, observando as lápides de patriarcas mortos.
Por que Deus passaria tanto tempo registrando o obituário antigo para nós em Gênesis 5? Confesso que essa pergunta passou pela minha cabeça. Na verdade, considerei até a possibilidade de tratar de Gênesis 5 simplesmente com alguns comentários e, em seguida, partir para o capítulo 6, que começa a relatar a vida de Noé e o Dilúvio.
Entretanto, enquanto lia Gênesis 5, não demorou muito até que descobri várias pedras preciosas. Quando concluí meu estudo, fiquei tentado a dividir o capítulo em duas ou três pregações. Decidi, todavia, destacar alguns pensamentos importantes retirados de Gênesis 5.
Por que Deus Registrou Esse Obituário?
Vamos responder, primeiramente a seguinte pergunta: por que Deus levaria tempo para registrar esse capítulo sobre a geração de Adão? Por que ele registrou esse obituário?
Vamos começar em Gênesis 5.1–3:
Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados. Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete.
Aqui, começamos a andar pelo cemitério. Deixe-me sugerir três motivos por que Deus registrou esse obituário.
- Primeiro, creio que, a partir desse obituário, Deus sugere que cumpre sua Palavra.
Deus prometeu um Libertador por meio da semente da mulher. Aqui, ele lista os descendentes piedosos na linhagem de Sete; o capítulo 4 listou os descendentes ímpios que descendem de Caim. Deus está dizendo com esse obituário: “Tenho preservado uma semente piedosa por meio de Sete e aqui estão seus nomes.”
- A segunda implicação que surge a partir desse obituário é que Deus sempre preserva um remanescente fiel de crentes.
Os que temem a Deus podem ser uma pequeníssima minoria. Na verdade, na época em que esse obituário era registrado, o homem se tornava cada vez mais imoral. Deus, contudo, nos faz enxergar que existem alguns que ainda não “jogaram a toalha,” ainda existem alguns que seguem o Senhor.
A pessoa que imediatamente me vem à mente é o profeta Elias que enfrentou os profetas de Baal e os venceu no Monte Carmelo; o fogo desceu e ele se viu no topo da experiência da vitória quando todos os falsos profetas ao seu redor foram mortos. Já fazia três anos também que ele vinha orando para que não chovesse e não choveu. Deus respondia suas orações como profeta.
Após a experiência do Monte Carmelo, porém, Jezabel diz em 1 Reis 19.2:
...Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles.
Ela diz em outras palavras: “Você só tem 24 horas de vida; vou acabar com você, Elias. Já contratei um assassino; amanhã, a esta hora, você estará morto.”
Talvez você se recorda que Elias fugiu para salvar sua vida; ele ficou desencorajado e cansado. E foi aqui que ele fez uma oração a Deus em 1 Reis 19.10; você já orou assim alguma vez?
...e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais... Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
Deus chega até Elias—creio que com um sorriso no rosto—e diz: “Meu filho, existem outras 7 mil pessoas em Israel que não dobraram os joelhos a Baal. 7 mil! Pessoas não conhecidas, anônimas, crentes fieis a mim. Você não sabe quem elas são, nem onde estão, mas quero que você saiba que preservo um remanescente fiel. E eles jamais se curvaram a falsos deuses” (1 Reis 19.18).
Penso no que Paulo escreveu em Filipenses 4.22: Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César. Paulo nunca menciona seus nomes, mas, dentro do lar perverso e infiel desse imperador, havia um remanescente crente: fieis que seguiam a Deus.
E o que dizer da longa lista de nomes em Romanos 16? Há nomes como Aristóbolo, Júnias, Flegontes e outros que nunca ouvimos antes. Eram pessoas anônimas, mas jamais esquecidas. Podem até ter sido uma minoria, mas nunca desistiram.
A verdade é que, com esse capítulo de Gênesis 5, Deus sussurra em seu ouvido: “Meu filho, minha filha, você não está só. Tenho um remanescente fiel lá fora—milhares aqui, milhares ali, um ou dois escondidos acolá. Você não está só.”
- A terceira implicação que aparece a partir desse obituário de Gênesis 5 é que Deus jamais se esquece de seu próprio povo.
Os capítulos 1 a 11 de Gênesis cobrem um período de 2 mil anos—2 mil anos em apenas 11 capítulos. Você sabe o que eu e você teríamos feito? Jamais teríamos gastado um capítulo inteiro listando os nomes de pessoas falecidas. Existem muitos outros acontecimentos a relatar, muitos eventos na história da humanidade. Deus tem 2 mil anos de história a cobrir e pausa para nos fornecer uma lista de nomes.
É interessante o fato de Deus se preocupar em registrar os nomes daqueles que o seguem. Uma ilustração disso aparece em Malaquias 3.16, onde o profeta escreve:
Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome.
Apocalipse 20.11–15 diz que os nomes daqueles que creem no Cordeiro estão escritos no livro da vida. Deus está interessado em você! E tão interessado a ponto de registrar seu nome. Eu e você temos dificuldade de lembrar nomes; Deus não. Nós esquecemos de aniversários, datas especiais; Deus não. Em Gênesis 5, Deus diz: “Lembro dos nomes de todos aqueles que creem em meu nome.”
Duas Menções Especiais
Agora que retiramos alguns princípios gerais, vamos observar alguns mais específicos. Não teremos tempo para estudar todos os personagens mencionados em Gênesis 5, mas quero salientar duas menções especiais a dois homens em particular nessa longa lista. Esses dois homens são como dois formandos da turma de patriarcas que recebem honras especiais. Esses dois são Enoque e Metusalém. Já que Deus os tratou de maneira especial, nós faremos o mesmo.
- A primeira menção é a Enoque.
Enoque aparece cinco vezes nas Escrituras e quatro frases ou pensamentos diferentes estão associados a esse homem.
- Em Judas 14, Enoque aparece como pertencendo à sétima geração depois de Adão.
Lemos em Judas 14: Enoque, o sétimo depois de Adão. Qual a razão para essa menção? Se voltarmos a Gênesis 4.17, descobrimos que existe um Enoque também na linhagem de Caim; existem, portanto, dois “Enoques” contemporâneos, vivos na mesma época. Deus diz: “Quero que você conheça o Enoque piedoso, o que me seguiu, não aquele que veio da linhagem de Caim. O Enoque da linha de Sete é que é o piedoso.” Isso serve para ilustrar que, no decorrer da história humana, haverá “Enoques” que seguirão a Deus e “Enoques” que seguirão o caminho de Caim.
- A segunda informação nos dada sobre Enoque é que ele era pregador da justiça.
Continue lendo Judas 14–15:
Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele.
Destaque a palavra ímpio e seus derivados que aparecem 4 vezes nesses dois versos.
Enoque foi um pregador e suas pregações tinham duas partes ou temas: a atual impiedade dos homens e o julgamento vindouro de Deus. Imagine como Enoque era um pregador popular! Era fato tão conhecido que Enoque pregava sobre impiedade que, quando a Bíblia menciona sua biografia, ela é associada à palavra “ímpio” 4 vezes.
O mais interessante é que sabemos quem era a plateia: sua família. Sua tarefa não era fácil. Mesmo assim, ele pregou a justiça.
- De volta a Gênesis 5, notamos no verso 22 a frase que você provavelmente conhece. Ela nos fornece a terceira informação sobre Enoque: ele andava com Deus.
Veja Gênesis 5.22: Andou Enoque com Deus... trezentos anos. O verbo andou não se refere a uma caminhada, mas a uma comunhão pessoal e íntima. Enoque teve comunhão com o Senhor, e não foi por uma semana ou dois meses, mas por 300 anos. E veja que se trata de um andar, não de uma corrida de 100 metros; e também não é uma caminhada descompromissada sem objetivo; é um andar íntimo, uma busca focada.
Esse é um assunto digno de uma pregação inteira, mas deixe-me sugerir duas coisas necessárias para se andar com Deus.
- A primeira coisa necessária é harmonia.
É impossível andar com alguém com quem você não se dá bem; precisa haver harmonia. Andar com alguém em comunhão íntima significa que seus corações estão em harmonia.
- A segunda coisa necessária é acordo.
Ambos estão de acordo, assim como Enoque, com a direção que Deus segue. Creio que muitos de nós não andam com Deus consistentemente porque, às vezes, não concordam com a direção na qual ele está indo. Dizemos: “Vire à esquerda,” mas Deus vira à direita; dizemos: “Pare,” mas Deus diz: “Continue.” Chega ao ponto em que dizemos: “Senhor, não estou gostando da direção dessa caminhada. Não concordo.”
Enoque viveu de acordo com Deus.
- A quarta informação que temos sobre Enoque é encontrada em Hebreus 11.5; creio que essa descrição é ainda mais poderosa do que a implicação de seu andar com Deus. O pensamento é semelhante, mas possui diferenças. Enoque agradava a Deus.
Veja Hebreus 11.5:
Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus.
Perceba que a reputação de Enoque antes de ser trasladado era a de que agradava a Deus; Enoque agradava a Deus.
Você pode pensar: “Isso é muito bom para o velho Enoque; ele foi um grande homem de fé, um dos patriarcas; ele tinha uma dose extra de graça. Tipo, Deus aplainou os caminhos para ele para que pudesse agradar a Deus. Será que agradar a Deus realmente depende de mim?”
Paulo escreveu em 2 Coríntios 5.9:
É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.
Mas como podemos ser agradáveis a Deus? Deixe-me sugerir um pensamento a esse respeito levando-o a um incidente nas Escrituras no qual um homem fez algo e depois Deus disse: “Ei, isso me agradou.” Creio que esse incidente nos ensina o que fazer para agradar a Deus. Veja 1 Reis 3.5:
Em Gibeão, apareceu o SENHOR a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres que eu te dê.
Salomão responde nos versos 6–9:
De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em fidelidade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; mantiveste-lhe esta grande benevolência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como hoje se vê. Agora, pois, ó SENHOR, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me. Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode contar. Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?
À luz disso, veja o verso 10:
Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa.
No verso 11, Deus coloca o dedo em três pedidos que eu e você naturalmente teríamos feito:
Já que pediste esta coisa e não pediste longevidade [saúde], nem riquezas [dinheiro], nem a morte de teus inimigos [o que traria popularidade]; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo;
Saúde, dinheiro e fama: três desejos naturais do ser humano. Deus disse: “Porque você não me pediu essas coisas, mas pediu discernimento para compreender a justiça,” continue no verso 12: eis que faço segundo as tuas palavras.
Com base nesse incidente, o que agrada a Deus? Nós o agradamos quando oramos: “Senhor, não peço por ajuda, mas por discernimento quando vier a doença; não peço por riqueza, mas prudência e sabedoria para administrar o que tens me dado; não peço por fama, mas por graça para lidar com meus inimigos.” Isso agradou a Deus.
- A segunda menção especial no obituário de Gênesis 5 é Metusalém. Existe menos informação sobre ele, mas o suficiente para conhecer seu caráter.
Veja Gênesis 5.22:
E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Metusalém, trezentos anos e gerou filhos e filhas (ARC).
Permita-me ressaltar três pensamentos a respeito de Metusalém.
- Primeiro, pelo que tudo indica, o nascimento de Metusalém, de alguma forma, trouxe mudança na vida de seu pai Enoque.
Veja, novamente, o verso 22 com destaque para a palavra depois: E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Metusalém, trezentos anos. Aparentemente, o nascimento do bebê cortou o coração de Enoque; Deus usou o recém-nascido para despertar entendimento e desejo correto no coração de Enoque: “Agora que tenho um filho para observar minha conduta, devo andar com o Senhor.” E por 300 anos após o nascimento de Metusalém, Enoque seguiu e agradou a Deus.
Outro dia, li a história de um homem—um alcoólatra—que vivia uma vida terrível de pecado: ele batia na esposa, nunca se preocupava com as coisas do lar e desperdiçava grande parte de seu dinheiro em bebida. Daí, um filho nasceu; a cidade inteira pensou que aquilo era uma tragédia: um menino nascer num lar desestruturado como aquele. E, de fato, o homem continuou farreando e bebendo, sem pensar na esposa e no filho.
Num inverno, contudo, quando o menino já tinha 5 anos, o pai fechou violentamente a porta de casa e caminhou sobre a neve em direção à taverna do bairro. Enquanto ia, ouviu a porta abrindo e fechando atrás e alguém dizendo: “Papai, espere.” Quando se virou, viu seu filho tentando dar passos largos, seguindo as pegadas de seu pai deixadas na neve. O pai disse com raiva: “Volte para a casa, menino! O que você está fazendo aqui?” O menino parou, encheu o peito e disse: “Papai, já sou grande o suficiente agora para que, onde você pisar, eu pise também. Agora, posso seguir suas pegadas.” Com isso, o pai foi ao filho, ajoelhou-se na neve, pegou o menino no braço e disse: “Então, nesse caso, preciso mudar de direção.”
Agora, não sabemos como Enoque era antes do nascimento de seu filho. Todavia, algo nesse nascimento disse a Enoque: “Apesar de você estar na linhagem piedosa, não tem sido piedoso e precisa mudar de direção; você precisa começar a andar com Deus.”
A melhor coisa que eu e você podemos fazer aos nossos filhos não é lhes fornecer a educação mais cara possível, a roupa ou o carro mais caro. A melhor coisa que podemos oferecer aos nossos filhos é um andar com Deus. Precisamos deixar no solo pegadas que, caso eles sigam, não ficaremos envergonhados.
- O segundo pensamento sobre a vida de Metusalém é o significado de seu nome. O nome “Metusalém” significa “quando ele morrer, virá.”
Esse era um grande nome. Na antiguidade, nomes eram escolhidos conforme seu significado; então, Enoque viu o menino e pensou: “Que nome lhe darei, cujo significado permanecerá latente nos ouvidos de quem o ouvir? Talvez Metusalém, que significa, ‘quando ele morrer, virá’.”
Esse é um nome estranho; é preciso entender a história cronológica. A história revela que, no ano em que Metusalém morreu, o dilúvio cobriu a terra. Agora, conforme Judas 14, Enoque era um profeta. Deus deve ter revelado a Enoque que, quando seu garotinho morresse—e ele não sabia se sua morte seria dentro de dias, semanas, meses ou centenas de anos—mas, quando Metusalém morresse, algo viria, a saber, um julgamento.
- O terceiro pensamento sobre Metusalém é ainda mais poderoso do que o segundo e é o seguinte: Metusalém foi a pessoa que viveu mais tempo em toda a história.
Você entende a mensagem? Deus diz: “Quando esse menino morrer, o julgamento virá.” Contudo, a fim de ilustrar sua graça e longanimidade para com a humanidade perversa, Deus permitiu que Metusalém vivesse a vida mais longa da terra. Quando Metusalém morresse, chegaria o julgamento.
“E Morreu”
Agora, é impossível ler Gênesis 5 sem identificar um tema repetido constantemente; é a frase: e morreu. Veja:
- No verso 5: Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu.
- No verso 8: Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos; e morreu.
- No verso 11: Todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos; e morreu.
- No verso 14: Todos os dias de Cainã foram novecentos e dez anos; e morreu.
- No verso 17: Todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos; e morreu.
- No verso 20: Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos; e morreu.
- No verso 27: Todos os dias de Metusalém foram novecentos e sessenta e nove anos; e morreu.
- No verso 31: Todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos; e morreu.
Lameque, o último nesse registro genealógico, viveu 777 anos e adivinha o que aconteceu? Ele morreu.
Deus tinha dito a Adão em Gênesis 2.17: no dia em que dela comeres [da árvore do conhecimento do bem e do mal] certamente morrerás. Em Gênesis 5.5, lemos: Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu. Deus cumpriu sua palavra.
E é por isso, meu querido, que o meu nome e o seu um dia estarão num obituário. Nós, assim como Adão, morreremos. Não podemos evitar a morte, a não ser pela intervenção divina da vinda de Jesus Cristo.
Conclusão
Existe o conto de um servo no Oriente Médio que foi ao mercado comprar comida para seu senhor. Quando virou uma esquina, o servo deu de cara com a Morte vestida com seu manto e capuz, erguendo suas mãos que seguravam a famosa foice. O servo, apavorado com aquilo, saiu correndo com medo de ela ter vindo buscá-lo. Ele correu até seu senhor e implorou que ele lhe desse um cavalo para que fugisse por alguns dias para o povoado vizinho chamado Samara, onde ficaria com alguns amigos. O seu senhor lhe deu o cavalo.
Então, o servo foi embora para Samara e seu senhor foi ao mercado comprar a comida. Quando virou a mesma esquina, ele se deparou com a Morte. Ela não demonstrou interesse nenhum nele; então, ele perguntou ousadamente: “Por que você ameaçou meu servo?”
A Morte respondeu: “Como assim?”
“Bom,” disse o senhor, “você ergueu sua foice para mata-lo; ele fugiu para salvar sua vida.”
A Morte respondeu: “Não... eu ergui minha mão porque fiquei espantado; eu não deveria tê-lo encontrado aqui, já que tenho um encontro marcado com ele hoje à noite na vila de Samara.”
Hebreus 9.27 diz que aos homens está ordenado morrerem uma só vez, ou seja, o destino de cada um é morrer. A verdade é que não gostamos de pensar e de falar no assunto. Contudo, um dos homens mais sábios que viveu na terra escreveu no Salmo 90.12: [Senhor], ensina-nos a contar os nossos dias. Não estamos preparados para viver, até que estejamos preparados para morrer.
Este manuscrito pertence a Stephen Davey, pregado no dia 23/10/1988
© Copyright 1988 Stephen Davey
Todos os direitos reservados
添加評論